Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


segunda-feira, 11 de março de 2013

Valéria mergulha nas águas de Clara com Rildo e Velha Guarda da Portela

Feita em fevereiro deste ano de 2013 no estúdio Cia. dos Técnicos, no Rio de Janeiro (RJ), a foto acima flagra a cantora potiguar Valéria Oliveira com as pastoras da Velha Guarda da Portela - Áurea, Surica e Neide - durante a gravação de Jardim da solidão, samba melancólico de Monarco, lançado por Clara Nunes (1942 - 1983) no álbum Esperança (1979). A gravação - que contou também com a participação do compositor Monarco e de outros integrantes da Velha Guarda da Portela - foi feita para o oitavo álbum de Valéria Oliveira, Em águas claras. Desdobramento do show Em águas claras - Homenagem a Clara Nunes, apresentado pela cantora ao público do Rio Grande do Norte entre 2011 e 2012, o CD tem produção de Rildo Hora, criador da maioria dos arranjos. Iniciadas em fevereiro no Rio de Janeiro (RJ), as gravações do disco serão concluídas a partir de 18 de março em Natal (RN). Selecionadas a partir de pesquisa iniciada em 2008, as 17 músicas do repertório conciliam sucessos da cantora mineira - como Você passa eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial, 1968), primeiro sucesso de Clara - como lados B da discografia da Guerreira. Valéria vai dar voz a músicas menos conhecidas como À flor da pele (Maurício Tapajós, Paulo César Pinheiro e Clara Nunes),   Alvoroço no sertão (Aldair Soares e Raymundo Evangelista), Apenas um adeus (Edil Pacheco, Paulinho Diniz e Roque Ferreira) e  Puxada de rede do Xaréu (Maria Rosita Salgado Goes), gravadas por Clara Nunes em 1977, 1976, 1979 e 1971, respectivamente. No Rio, as gravações contaram como Carlinhos 7 cordas, Marcos Esguleba, Pretinho da Serrinha, Camilo Mariano, Hulk, Jamil Joanes, Márcio Vanderlei e Misael da Hora - músicos recrutados por Rildo Hora. Nesta primeira etapa da gravação, Valéria priorizou o registro dos sambas. As faixas com outros ritmos serão gravadas em Natal. Eis, em ordem alfabética, as 17 belas músicas escolhidas por Valéria para o CD Em águas claras, cujo lançamento está previsto para junho:

1. À flor da pele (Maurício Tapajós, Paulo César Pinheiro e Clara Nunes) 
2. Alvoroço no sertão (Aldair Soares e Raymundo Evangelista) 
3. Apenas um adeus (Edil Pacheco, Paulinho Diniz e Roque Ferreira) 
4. Basta um dia (Chico Buarque)
5. Canto das três raças (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
6. Casinha pequenina (folclore brasileiro)
7. Conto de areia (Romildo Bastos e Toninho Nascimento)
8. Jardim da solidão (Monarco)
9. Juízo final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares)
10. Mineira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) 
11. Minha Missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) 
12. O mar serenou (Candeia)

13. Portela na avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
14. Puxada de rede do Xaréu I e II (Maria Rosita Salgado Goes) 
15. Tristeza pé no chão (Armando Fernandes) 
16. Um ser de luz (João Nogueira, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro) 
17. Você passa eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial) 

14 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Feita em fevereiro deste ano de 2013 no estúdio Cia. dos Técnicos, no Rio de Janeiro (RJ), a foto acima flagra a cantora potiguar Valéria Oliveira com as pastoras da Velha Guarda da Portela - Áurea, Surica e Neide - durante a gravação de Jardim da solidão, samba melancólico de Monarco, lançado por Clara Nunes (1942 - 1983) no álbum Esperança (1979). A gravação - que contou também com a participação do compositor Monarco e de outros integrantes da Velha Guarda da Portela - foi feita para o oitavo álbum de Valéria Oliveira, Em águas claras. Desdobramento do show Em águas claras - Homenagem a Clara Nunes, apresentado pela cantora ao público do Rio Grande do Norte entre 2011 e 2012, o CD tem produção de Rildo Hora, criador da maioria dos arranjos. Iniciadas em fevereiro no Rio de Janeiro (RJ), as gravações do disco serão concluídas a partir de 18 de março em Natal (RN). Selecionadas a partir de pesquisa iniciada em 2008, as 17 músicas do repertório conciliam sucessos da cantora mineira - como Você passa eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial, 1968), primeiro sucesso de Clara - como lados B da discografia da Guerreira. Valéria vai dar voz a músicas menos conhecidas como À flor da pele (Maurício Tapajós, Paulo César Pinheiro e Clara Nunes), Alvoroço no sertão (Aldair Soares e Raymundo Evangelista), Apenas um adeus (Edil Pacheco, Paulinho Diniz e Roque Ferreira) e Puxada de rede do Xaréu (Maria Rosita Salgado Goes), gravadas por Clara em 1977, 1976, 1979 e 1971, respectivamente. No Rio, as gravações contaram como Carlinhos 7 cordas, Marcos Esguleba, Pretinho da Serrinha, Camilo Mariano, Hulk, Jamil Joanes, Márcio Vanderlei e Misael da Hora - músicos recrutados por Rildo Hora. Nesta primeira etapa da gravação, Valéria priorizou o registro dos sambas. As faixas com outros ritmos serão gravadas em Natal. Eis, em ordem alfabética, as 17 belas músicas escolhidas por Valéria para o CD Em águas claras, cujo lançamento está previsto para junho:

1. À flor da pele (Maurício Tapajós, Paulo César Pinheiro e Clara Nunes)
2. Alvoroço no sertão (Aldair Soares e Raymundo Evangelista)
3. Apenas um adeus (Edil Pacheco, Paulinho Diniz e Roque Ferreira)
4. Basta um dia (Chico Buarque)
5. Canto das três raças (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
6. Casinha pequenina (folclore brasileiro)
7. Conto de areia (Romildo Bastos e Toninho Nascimento)
8. Jardim da solidão (Monarco)
9. Juízo final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares)
10. Mineira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro)
11. Minha Missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro)
12. O mar serenou (Candeia)
13. Portela na avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
14. Puxada de rede do Xaréu (Maria Rosita Salgado Goes)
15. Tristeza pé no chão (Armando Fernandes)
16. Um ser de luz (João Nogueira, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
17. Você passa eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial)

Bruno disse...

É por isso que eu digo: Alceu Maia não é Rildo Hora.

Bruno disse...

É por isso que eu digo: Alceu Maia não é Rildo Hora.

Anônimo disse...

Clara merece todas as homenagens, mas chega ser engraçado, que todas as cantoras de samba resolvam gravar seu repertório este ano, parece um tipo de ... jogo musical rs.

lurian disse...

Carlos Eduardo,
Como mencionei aqui outro dia, eu temo que esse excesso de regravações de Clara tornem a obra dela superexposta e a torne cansativa, como muitas vezes acontece. Quase nunca ouvi uma gravação superior de algum intérprete das músicas já gravadas por Clara. Ela merece todas as homenagens sim, os interpretes podem fazer os projetos que quiserem, mas acaba ficando enjoativo.
Em tempo A Valeria Oliveira não é cantora de samba, ela esta mais alinhada à veia nordestina e, me pareceu, que o repertório selecionado por ela é o menos óbvio dos que já vi passarem por aqui.

valderiofreire disse...

De todas as homenagens, posso dizer (por ter assistido ao show 4 vezes e por conhecer o trabalho da minha conterrânea) que o registro de Valéria soa como um dos mais sinceros!

Unknown disse...

Valéria faz essa homenagem À Clara há anos. Fez uma grande pesquisa. Não apresenta um repertório óbvio como o de Mariene. O show é lindo!

Marcelo Barbosa disse...

Eu concordo com o/a Lurian (desculpa, mas nunca sei se é homem ou mulher) emn relação a superexposição da obra da Guerreira.
No mais, assisti ao dvd da Mariene de Castro, achei lindo, mas infelizmente peca por serem os mesmos hit's. Com direito a Mauro Ferreira na platéia e ao dono de certos prêmios tb na primeira fila (alguém tem dúvida de que a Mariene irá arrebatar todos os prêmios por causa da amizade do mesmo com a saudosa cantora?).
A seleção desta cantora potiguar que infelizmente eu desconheço é melhor, porém ainda implico com as mesmas músicas CANSADAS de sempre. Tem tantos sambas lindos, mas escolhem sempre as mesmas. E Rildo Hora é O CARA e acho que a moça está bem orientada. Rildo é o MIDAS do Samba, pena que a própria Clara Nunes não se cercou de seu talento,pois talvez tivesse diversificado mais o seu repertório (que já era ótimo) com outros compositores de samba.
Abraços, Mauro!

Anônimo disse...

Se não tivesse:
À flor da pele (Maurício Tapajós, Paulo César Pinheiro e Clara Nunes)
5. Canto das três raças (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
7. Conto de areia (Romildo Bastos e Toninho Nascimento)
9. Juízo final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares)
10. Mineira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro)
11. Minha Missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro)
12. O mar serenou (Candeia)
13. Portela na avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
15. Tristeza pé no chão (Armando Fernandes)
16. Um ser de luz (João Nogueira, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
17. Você passa eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial)

Até acharia original, mas estas músicas, prefiro ouvir com a Clara e sua voz luminosa.

Bernardo Luiz disse...

Valéria é encantadora http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-XeIlufh7Jg

Segue link de matéria produzida pelo jornal Tribuna do Norte.

Roberto de Brito disse...

Curioso que, apesar do descaso da EMI Music, Clara nunes, seja a única sambista a influenciar a nova geracão de cantoras!
Quanto a Rildo Hora, de quem Clara gravou uma música em 1969, sempre será lembrado pela produção dos discos de Beth e Martinho, com quem trabalhou brilhantemente! Mas não acho que tenha feito falta na carreira de Clara. Isso seria desmerecer os excelentes trabalhos de Adelzon Alves e Paulo César Pinheiro!

Dona Emengarda disse...

Entre as cantoras de samba, Clara Nunes e Elza Soares foram as que tiveram o repertório mais diversificado. Elza para o pop, Clara para a Mpb. Acredito que Clara jamais trabalharia com um produtor que quisesse limita-la ao universo do samba, pois ela sempre evitou esse rótulo. Em entrevistas, ela sempre declarou que queria ser uma cantora de música popular brasileira, e conseguiu. O fato de ter tantas seguidoras nas novas gerações de cantoras, só reafirma o seu talento e a competência com que ela conduziu a sua carreira!

Marcelo Barbosa disse...

REFIRO-ME AO SAMBA, FRANCISCO CARLOS, OU MELHOR, DONA EMENGARDA!

Dona Emengarda disse...

A MPB não precisava de duas cantoras de pagode! Foi gravando o que gravou que Clara é Clara!