Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 28 de março de 2013

'Delta machine' flagra Depeche Mode com vigor no seu mundo sombrio

Resenha de CD
Título: Delta machine
Artista: Depeche Mode
Gravadora: Mute Records / Columbia / Sony Music
Cotação: * * * 1/2

É sintomático que o 13º álbum de estúdio do Depeche Mode - Delta machine, lançado em escala mundial nesta última semana de março de 2013 - abra com (ótima) música intitulada Welcome to my world. Desde que reanimou seu espírito dark em Playing the angel (2005), já distante da frivolidade dance de Exciter ((2001), o grupo inglês tem se mostrado à vontade em seu mundo atormentado. É essa a impressão que fica de Delta machine. Tal como seu antecessor Sounds of the universe (2009), Delta machine concilia sintetizadores, guitarras distorcidas e as tonalidades sombrias que dão cor própria ao cancioneiro do Depeche Mode. A novidade talvez seja a (pequena) influência do blues, já alardeada pela banda e perceptível somente na pegada de Slow e de Goodbye. Contudo, o que faz de Delta machine um bom disco é a boa qualidade de seu repertório. Angel (lenta, mas sedutora), Heaven (a melhor música do álbum) e Broken (com alta dose de eletrônica) são composições que se destacam no disco - e, sob certo prisma, até na obra da banda - e que sinalizam que o pulso ainda pulsa. Soft touch / Raw nerve Soothe my soul se insinuam mais pegajosas, quase comerciais, próximas de uma definição de pop - se é que se pode caracterizar o som do Depeche como comercial ou pop. Em suma, Andy Fletcher, Dave Gahan e Martin Gore acionam sua máquina de synthpop com vigor. Gravado nos Estados Unidos, com produção de Ben Hillier, Delta machine mostra que - mesmo atormentado - o mundo do Depeche Mode resiste em harmonia.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

É sintomático que o 13º álbum de estúdio do Depeche Mode - Delta machine, lançado em escala mundial nesta última semana de março de 2013 - abra com (ótima) música intitulada Welcome to my world. Desde que reanimou seu espírito dark em Playing the angel (2005), já distante da frivolidade dance de Exciter ((2001), o grupo inglês tem se mostrado à vontade em seu mundo atormentado. É essa a impressão que fica de Delta machine. Tal como seu antecessor Sounds of the universe (2009), Delta machine concilia sintetizadores, guitarras distorcidas e as tonalidades sombrias que dão cor própria ao cancioneiro do Depeche Mode. A novidade talvez seja a (pequena) influência do blues, já alardeada pela banda e perceptível somente na pegada de Slow e de Goodbye. Contudo, o que faz de Delta machine um bom disco é a boa qualidade de seu repertório. Angel (lenta, mas sedutora), Heaven (a melhor música do álbum) e Broken (com alta dose de eletrônica) são composições que se destacam no disco - e, sob certo prisma, até na obra da banda - e que sinalizam que o pulso ainda pulsa. Soft touch / Raw nerve e Soothe my soul se insinuam mais pegajosas, quase comerciais, próximas de uma definição de pop - se é que se pode caracterizar o som do Depeche como comercial ou pop. Em suma, Andy Fletcher, Dave Gahan e Martin Gore acionam sua máquina de synthpop com vigor. Gravado nos Estados Unidos, com produção de Ben Hillier, Delta machine mostra que, mesmo atormentado, o mundo do Depeche Mode resiste em harmonia.

Luca disse...

não faço parte desse mundo

Unknown disse...

PEGUE SUA NAVE E VENHA PARA ESSE MUNDO ONDE ESSA É A MELHOR BANDA QUE EXISTE. DESDE PRIMÓRDIOS DOS ANOS 80 VEM SE DESTACANDO NO CENÁRIO POP- ELETRÔNICO. LAMENTAVELMENTE NESSE MUNDO TAMBÉM EXISTEM BANDAS E CANTORES QUE DEVERIAM ESTAR NO MEU MUNDO. NÃO VOU NEM CITAR EXEMPLOS.
QDO VC CHEGAR COM SUA NAVE LEVE EMBORA O FUNK, O AXÉ, O SERTANEJO E TODA MERDA QUE AQUI PERDURA KKKKK.