Mauro Ferreira no G1

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sábado, 30 de março de 2013

'Amok' refaz a rota da experimental viagem particular de Yorke e Godrich

Resenha de CD
Título: Amok
Artista: Atoms For Peace
Gravadora: XL Recordings / Lab 344
Cotação: * * 1/2

Como o universo pop já sabe, Amok soa mais como um disco solo de Thom Yorke do que como o que Amok em tese é: o primeiro álbum do grupo Atoms For Peace, formado por Yorke em Los Angeles (EUA), em 2009, com o baixista Flea (do Red Hot Chili Peppers), o produtor Nigel Godrich (nos teclados e na guitarra), o baterista Joey Waronker e o percussionista brasileiro Mauro Refosco. Por mais que a linha do baixo de Flea esteja delineada já na primeira das nove faixas do álbum, a futurista Before your eyes..., Amok refaz em essência a rota da viagem particular de Yorke e Godrich no tom experimental da discografia do grupo Radiohead pós-Kid A (2000). Para quem se sente confortável na viagem, o som resultante da combinação de sintetizadores, guitarras e batidas eletrônicas - mote de faixas como Default (apresentada em setembro de 2012, cinco meses antes do lançamento do álbum, feito em 25 de  fevereiro de 2013), Dropped (com intensidade adicional) e Unless - pode ter caráter sedutor. De toda forma, Amok deixa entrever que Yorke e Godrick repisam trilhas já experimentadas com o Radiohead. A angústia recorrente no canto de Yorke reverebera inclusive em Amok. Lançado oficialmente como o segundo single do álbum neste mês de março de 2103 (com S.A.D. no lado B), Judge, jury and executioner reitera a personalidade do baixo de Flea, mas não a ponto de diluir a estranha sensação de que Amok soa, sim, como um CD solo de Thom Yorke.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Como o universo pop já sabe, Amok soa mais como um disco solo de Thom Yorke do que como o que Amok em tese é: o primeiro álbum do grupo Atoms For Peace, formado por Yorke em Los Angeles (EUA), em 2009, com o baixista Flea (do Red Hot Chili Peppers), o produtor Nigel Godrich (nos teclados e na guitarra), o baterista Joey Waronker e o percussionista brasileiro Mauro Refosco. Por mais que a linha do baixo de Flea esteja delineada já na primeira das nove faixas do álbum, a futurista Before your eyes..., Amok refaz em essência a rota da viagem particular de Yorke e Godrich no tom experimental da discografia do grupo Radiohead pós-Kid A (2000). Para quem se sente confortável na viagem, o som resultante da combinação de sintetizadores, guitarras e batidas eletrônicas - mote de faixas como Default (apresentada em setembro de 2012, cinco meses antes do lançamento do álbum, feito em 25 de fevereiro de 2013), Dropped (com intensidade adicional) e Unless - pode ter caráter sedutor. De toda forma, Amok deixa entrever que Yorke e Godrick repisam trilhas já experimentadas com o Radiohead. A angústia recorrente no canto de Yorke reverebera inclusive em Amok. Lançado oficialmente como o segundo single do álbum neste mês de março de 2103 (com S.A.D. no lado B), Judge, jury and executioner reitera a personalidade do baixo de Flea, mas não a ponto de diluir a estranha sensação de que Amok soa, sim, como um CD solo de Thom Yorke.