Mauro Ferreira no G1

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sábado, 12 de maio de 2012

Minaj oscila em 'Roman Reloaded' entre o rap das ruas e o pop das pistas

Resenha de CD
Título: Pink Friday Roman Reloaded
Artista: Nicki Minaj
Gravadora: Cash Money / Universal Music
Cotação: * * * 1/2

Nicki Minaj nasceu em Trinidad Tobago, mas cresceu nas ruas do Queens, bairro de Nova York (EUA), onde se criou. Essa vivência mundana está refletida na primeira metade de seu longo segundo álbum, Pink Friday Roman Reloaded, sequência de Pink Friday (2010). Só que Minaj saiu das ruas, se impôs na cena hip hop dos EUA como a bola da vez e fez bem-sucedidas conexões com o universo pop - a ponto de ter sido convidada pela sempre antenada (e predatória) Madonna para participar do recém-lançado 12º álbum da material lady, MDNA (2012). Essa forte ligação com o mundo pop está refletida na vibrante segunda metade de Pink Friday Roman Reloaded. Minaj se debate no álbum entre o rap desbocado das ruas e o pop sintetizado das pistas, atirando para esses dois lados com certa pontaria. Detalhe:  o título Pink Friday Roman Reloaded alude ao alter ego gay da afiada rapper, Roman Zolanski, personagem de Roman Holiday, o rap polifônico que abre o CD. Na sequência, Come on a Cone e I Am Your Leader são raps agressivos no qual Minaj dispara palavrões e esbanja arrogância em faixas-egotrips sustentadas pelas azeitadas batidas de Hit-Boy, produtor em ascensão no mundo do hip hop norte-americano. Repleto de convidados como 2 Chainz (em Beez in the Trap), Lil' Wayne (em Roman Reloaded) e Chris Brown (em Righty By My Side), o álbum vai ficando cada vez mais pop à medida em que vai avançando. Mas o ponto de virada é Starships, tema de batida inebriante que poderia figurar num disco de Katy Perry ou Lady Gaga e que, não por acaso, foi eleito o primeiro single do álbum. Pound the Alarm segue o mesmo caminho pop dance de Starships. Já Automatics é faixa jogada na pista do dubstep. No fim, aparecem até algumas baladas como Marilyn Monroe, reiterando o jogo duplo feito por Minaj em Pink Friday Roman Reloaded. A necessidade de se  manter nas paradas parece tão forte quanto o desejo de jamais renegar as suas origens, vivenciadas nas ruas do Queens.

4 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Nicki Minaj nasceu em Trinidad Tobago, mas cresceu nas ruas do Queens, bairro de Nova York (EUA), onde se criou. Essa vivência mundana está refletida na primeira metade de seu longo segundo álbum, Pink Friday Roman Reloaded, sequência de Pink Friday (2010). Só que Minaj saiu das ruas, se impôs na cena hip hop dos EUA como a bola da vez e fez bem-sucedidas conexões com o universo pop - a ponto de ter sido convidada pela sempre antenada (e predatória) Madonna para participar do recém-lançado 12º álbum da material lady, MDNA (2012). Essa ligação com o mundo pop está refletida na segunda metade de Pink Friday Roman Reloaded. Minaj se debate no álbum entre o rap desbocado das ruas e o pop sintetizado das pistas, atirando para esses dois lados com certa pontaria. O título Pink Friday Roman Reloaded alude ao alter ego gay da rapper, Roman Zolanski, personagem de Roman Holiday, o rap polifônico que abre o CD. Na sequência, Come on a Cone e I Am Your Leader são raps agressivos no qual Minaj dispara palavrões e esbanja arrogância em faixas-egotrips sustentadas pelas azeitadas batidas de Hit-Boy, produtor em ascensão no mundo do hip hop norte-americano. Repleto de convidados como 2 Chainz (em Beez in the Trap), Lil' Wayne (em Roman Reloaded) e Chris Brown (em Righty By My Side), o álbum vai ficando cada vez mais pop à medida em que vai avançando. Mas o ponto de virada é Starships, tema de batida inebriante que poderia figurar num disco de Katy Perry ou Lady Gaga e que, não por acaso, foi eleito o primeiro single do álbum. Pound the Alarm segue o mesmo caminho pop dance de Starships. Já Automatics é faixa jogada na pista do dubstep. No fim, aparecem até algumas baladas como Marilyn Monroe, reiterando o jogo duplo feito por Minaj em Pink Friday Roman Reloaded. A necessidade de se manter nas paradas parece tão forte quanto o desejo de jamais renegar as suas origens, vivenciadas nas ruas do Queens.

Luca disse...

Taí, predatória é um adjetivo perfeito pra falar de Madonna

Daniel disse...

Eu não curtia muito a cantora, pq ela e suas caretas e palavrões nos raps me davam medo. Mas, depois de Super Bass e das parcerias com David Guetta (Where Them Girls At e Turn Me On) e Britney (Remix de Till The World Ends) passei a ouvir e gostar dessa faceta mais pop dela. A segunda metade do album que é toda Pop, é ÓTIMA, be mmelhor que o MDNA da Madonna inclusive. No album da Minaj vejo pelo menos umas 5 canções com cara de hits viciantes para as pistas, já no MDNA...com muito esforço gosto de Give Me All Your Luving, Girl Gone Wild e (a melhor do ábum) Turn Up The Radio

lurian disse...

Q capa medonha!