Mauro Ferreira no G1

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terça-feira, 22 de maio de 2012

Mraz é feliz no pop 'Love Is a Four Letter Word' sem bisar êxito anterior

Resenha de CD
Título: Love Is a Four Letter Word
Artista: Jason Mraz
Gravadora: Atlantic / Warner Music
Cotação: * * * 1/2

Quarto álbum de estúdio de Jason Mraz, Love Is a Four Letter Word é um daqueles discos que chegam ao mercado fonográfico com a missão de repetir o êxito fenomenal do CD que o antecedeu. No caso, o sucesso de We Sing. We Dance. We Steal Things (2008), álbum que pôs o cantor e compositor norte-americano - espécie de trovador pop - no mapa-múndi da música por conta de hits irresistíveis como I'm Yours e Lucky. Vai se decepcionar, entretanto, quem espera encontrar em Love Is a Four Letter Word uma outra I'm Yours. Justiça seja feita, o artista não se repete neste CD gravado sob a produção de Joe Chiccarelli. Mraz volta à cena menos dançante e eventualmente mais cool, como já sinalizara o single I Won't Give Up (Jason Mraz e Michael Natter) - tema escrito sob a ótica romântica e positivista que norteia o disco - e como mostram faixas como In Your Hands (Jason Mraz). Nem por isso o disco deixa de ser bom e, no todo, até pop. Parecem vocacionadas para as paradas músicas como 93 Million Miles (Jason Marz, Michael Natter e Mike Daly), Living in the Moment (Jason Mraz e Richard Nowels) - temperada com leve toque de country - e, em menor grau, Everything Is Sound (Jason Mraz, Matt Hales, Mike Daly e Martin Terefe). O apego do trovador ao folk pop aparece em temas como Be Honest (Jason Marz e Michael Natter), gravado com a cantora Inara Jorge, e também na gaita ouvida ao fim de Frank D. Fixer (Jason Mraz, Martin Terefe e Sacha Sharbek). Fora da trilha pop mais previsível, The Freedom Song (Luc Reynaud) flerta ligeiramente com o soul esbranquiçado enquanto 5/6 experimenta compassos mais ousados e heterodoxos. Já The World As I See It (Jason Mraz e Richard Nowels) - falso fecho do álbum, que esconde ao fim a faixa I'm Coming Over (Jason Mraz), urdida com ecos de Paul Simon - esboça leve pegada roqueira, reiterando que Jason Mraz vê o mundo com olhos sempre felizes.

4 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Quarto álbum de estúdio de Jason Mraz, Love Is a Four Letter Word é um daqueles discos que chegam ao mercado fonográfico com a missão de repetir o êxito fenomenal do CD que o antecedeu. No caso, o sucesso de We Sing. We Dance. We Steal Things (2008), álbum que pôs o cantor e compositor norte-americano - espécie de trovador pop - no mapa-múndi da música por conta de hits irresistíveis como I'm Yours e Lucky. Vai se decepcionar, entretanto, quem espera encontrar em Love Is a Four Letter Word uma outra I'm Yours. Justiça seja feita, o artista não se repete neste CD gravado sob a produção de Joe Chiccarelli. Mraz volta à cena menos dançante e eventualmente mais cool, como já sinalizara o single I Won't Give Up (Jason Mraz e Michael Natter) - tema escrito sob a ótica romântica e positivista que norteia o disco - e como mostram faixas como In Your Hands (Jason Mraz). Nem por isso o disco deixa de ser bom e, no todo, até pop. Parecem vocacionadas para as paradas músicas como 93 Million Miles (Jason Marz, Michael Natter e Mike Daly), Living in the Moment (Jason Mraz e Richard Nowels) - temperada com leve toque de country - e, em menor grau, Everything Is Sound (Jason Mraz, Matt Hales, Mike Daly e Martin Terefe). O apego do trovador ao folk pop aparece em temas como Be Honest (Jason Marz e Michael Natter), gravado com a cantora Inara Jorge, e também na gaita ouvida ao fim de Frank D. Fixer (Jason Mraz, Martin Terefe e Sacha Sharbek). Fora da trilha pop mais previsível, The Freedon Song (Luc Reynaud) flerta ligeiramente com o soul esbranquiçado enquanto 5/6 experimenta compassos mais ousados e heterodoxos. Já The World As I See It (Jason Mraz e Richard Nowels) - falso fecho do álbum, que esconde ao fim a faixa I'm Coming Over (Jason Mraz), urdida com ecos de Paul Simon - esboça leve pegada roqueira, reiterando que Jason Mraz vê o mundo com olhos sempre felizes.

Daniel disse...

É um ótimo álbum. Não há nenhuma outra canção tao bonita como o primeiro single mas no geral o trabalho segue um bom padrão de qualidade, bom de se ouvir...

André Luís disse...

Adorei esse álbum do Jason Mraz. Excelente mesmo! Eu daria pelo menos 4 estrelas.


* Mauro, uma pequena correção: "Freedom song" (e não "Freedon"). ABRAÇO!

Mauro Ferreira disse...

Grato, André. Já corrigi a grafia da música. Abs, MauroF