Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Máquina de Florence Welch funciona na fábrica acústica, mas perde força

Resenha de CD e DVD
Título: Florence + The Machine MTV Unplugged
Artista: Florence + The Machine
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * 

Somente a ganância da indústria fonográfica por registros ao vivo de shows justifica o lançamento deste precoce Unplugged MTV de Florence + The Machine. Florence Welch foi um dos grandes destaques do mercado fonográfico do ano passado por conta de seu grandioso segundo álbum, Ceremonials, lançado em 28 de outubro de 2011. Justamente pelo fato de o álbum ter sido tão aclamado, soa despropositado o fato de a cantora inglesa ter gravado ao vivo um show em Nova York (EUA) em 16 dezembro de 2011 - ou seja, menos de dois meses após a edição de Ceremonials - para edição em CD e DVD da série MTV Unplugged. Lançado em abril de 2012 no exterior e já disponibilizado no Brasil pela Universal Music neste mês de maio, em CD e DVD vendidos de forma avulsa, o projeto acústico de Florence + The Machine soa sem sentido neste momento. Por mais que o som épico, majestoso e algo sombrio da artista tenha se ajustado bem ao formato acústico, o teor de redundância é alto. Sem falar que, na engrenagem acústica, a máquina perde força na comparação com o álbum de estúdio. Basta comparar o registro ao vivo de Shake It Out com o fonograma de Ceremonials. Para (tentar) amenizar a redundância, dois covers foram inseridos no curto roteiro de 10 músicas perpetuado no DVD. Try a Little Tenderness (Jimmy Campbell, Reg Connelly e Harry M. Woods) - música de 1932 que Florence introduz no show como sendo sua canção favorita - ganha registro classudo que expõe o alcance da voz da intérprete. Já Jackson (Jerry Leiber e Billy Edd Wheeler, 1963) - sucesso do casal country Johnny Cash (1932 - 2003) e June Carter (1929 - 2003) - é revivido por Florence e sua banda com a adesão dos vocais de Josh Homme. Enfim, não era hora de a indústria pôr a máquina de Florence Welch para funcionar de novo... 

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Somente a ganância da indústria fonográfica por registros ao vivo de shows justifica o lançamento deste precoce Unplugged MTV de Florence + The Machine. Florence Welch foi um dos grandes destaques do mercado fonográfico do ano passado por conta de seu grandioso segundo álbum, Ceremonials, lançado em 28 de outubro de 2011. Justamente pelo fato de o álbum ter sido tão aclamado, soa despropositado o fato de a cantora inglesa ter gravado ao vivo um show em Nova York (EUA) em 16 dezembro de 2011 - ou seja, menos de dois meses após a edição de Ceremonials - para edição em CD e DVD da série MTV Unplugged. Lançado em abril de 2012 no exterior e já disponibilizado no Brasil pela Universal Music neste mês de maio, em CD e DVD vendidos de forma avulsa, o projeto acústico de Florence + The Machine soa sem sentido neste momento. Por mais que o som épico, majestoso e algo sombrio da artista tenha se ajustado bem ao formato acústico, o teor de redundância é alto. Sem falar que, na engrenagem acústica, a máquina perde força na comparação com o álbum de estúdio. Basta comparar o registro ao vivo de Shake It Out com o fonograma de Ceremonials. Para (tentar) amenizar a redundância, dois covers foram inseridos no curto roteiro de 10 músicas perpetuado no DVD. Try a Little Tenderness (Jimmy Campbell, Reg Connelly e Harry M. Woods) - música de 1932 que Florence introduz no show como sendo sua canção favorita - ganha registro classudo que expõe o alcance da voz da intérprete. Já Jackson (Jerry Leiber e Billy Edd Wheeler, 1963) - sucesso do casal country Johnny Cash (1932 - 2003) e June Carter (1929 - 2003) - é revivido por Florence e sua banda com a adesão dos vocais de Josh Homme. Enfim, não era hora de a indústria pôr a máquina de Florence Welch para funcionar de novo...

Daniel disse...

Eu gostei da maioria das versões acusticas. Os arranjos sofisticados e épicos do álbum são majestosos mas no formato acústico podemos perceber mais nuances da técnica vocal e interpretação dela assim como das letras.