Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


sábado, 7 de abril de 2012

The Little Willies revivem os bons tempos do country em disco reverente

Resenha de CD
Título: For The Good Times
Artista: The Little Willies
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * * 1/2

Grupo criado nos Estados Unidos em 2003 com a reunião de músicos que celebram as tradições da música country norte-americana, The Little Willies chega ao segundo álbum, For the Good Times, com a mesma reverência do primeiro, The Little Willies (2006). Projetado fora dos EUA pelo fato de ter a cantora, compositora e pianista Norah Jones em sua formação, o quinteto desencava as fortes raízes do country em álbum respeitoso que, nem por isso, deixa de apresentar um certo frescor nos covers alinhados em seu repertório moldado com clássicos de ícones do gênero como Dolly Parton, Johnny Cash (1932 - 2003) e Willie Nelson. Boa cantora associada de início ao pop jazz, mas que sempre expôs em seu trabalho solo a admiração pelo country, Norah Jones é a solista ideal para expressar a melancolia romântica de Remember me (Scott Wiseman). A interação do grupo e sua real intimidade com o gênero é exposta na autoral Tommy Rockwood  (Jim Campilongo), tema quase instrumental (há breves vocais) da lavra do guitarrista do quinteto. Se Worship You (Ralph Stanley) evoca os tempos do bluegrass (ritmo seminal da família do country), Foul Own on the Prowl (Quincy Jones, Alan Bergman e Marilyn Bergman) é faixa de início ambientada em clima de cabaré. Entre solos inspirados de Norah Jones em For The Good Times (Kristoffer Kristofferson) e em Jolene (Dolly Parton), o grupo esbanja energia ao tocar temas como If You've Got The Money I've Got The Time (Lefty Frizzell e Jim Beck) e Wide Open Road (Johnny Cash), este um sucesso do Man in Black. A voz de Norah Jones se faz ouvir ao longo das 12 faixas do álbum. Contudo, o solo vocal do violonista Richard Julian em Permanently Lonely - música do repertório do cantor Willie Nelson, compositor do tema - soa digno em belo CD que evoca a era pré-pop do country.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Grupo criado nos Estados Unidos em 2003 com a reunião de músicos que celebram as tradições da música country norte-americana, The Little Willies chega ao segundo álbum, For the Good Times, com a mesma reverência do primeiro, The Little Willies (2006). Projetado fora dos EUA pelo fato de ter a cantora, compositora e pianista Norah Jones em sua formação, o quinteto desencava raízes do country em álbum respeitoso que, nem por isso, deixa de apresentar um certo frescor nos covers alinhados em seu repertório moldado com clássicos de ícones do gênero como Dolly Parton, Johnny Cash (1932 - 2003) e Willie Nelson. Boa cantora associada de início ao pop jazz, mas que sempre expôs em seu trabalho solo a admiração pelo country, Norah Jones é a solista ideal para expressar a melancolia romântica de Remember me (Scott Wiseman). A interação do grupo e sua real intimidade com o gênero é exposta na autoral Tommy Rockwood (Jim Campilongo), tema quase instrumental (há breves vocais) da lavra do guitarrista do quinteto. Se Worship You (Ralph Stanley) evoca os tempos do bluegrass (ritmo seminal da família do country), Foul Own on the Prowl (Quincy Jones, Alan Bergman e Marilyn Bergman) é faixa de início ambientada em clima de cabaré. Entre solos inspirados de Norah Jones em For The Good Times (Kristoffer Kristofferson) e em Jolene (Dolly Parton), o grupo esbanja energia ao tocar temas como If You've Got The Money I've Got The Time (Lefty Frizzell e Jim Beck) e Wide Open Road (Johnny Cash), este um sucesso do Man in Black. A voz de Norah Jones se faz ouvir ao longo das 12 faixas do álbum. Contudo, o solo vocal do violonista Richard Julian em Permanently Lonely - música do repertório do cantor Willie Nelson, compositor do tema - soa digno em belo CD que evoca a era pré-pop do country.

Luca disse...

Esse é um disco de americanos para americanos, Brasileiro ouve múaica sertaneja e não o country deles