Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Em seis meses, Paula vende um milhão de cópias de DVD e CD ao vivo

Em seis meses, Paula Fernandes vendeu um milhão de cópias de sua primeira gravação ao vivo, lançada em janeiro de 2011. A entrada da cantora mineira no seletíssimo clube do milhão - divulgada pela gravadora Universal Music neste mês de agosto - já não chega a  surpreender, pois o CD e DVD Paula Fernandes ao Vivo já vinham atingindo cifras astronômicas, tendo chegado a 700 mil cópias em maio. Ainda assim, os números são inacreditáveis. A fraqueza da indústria do disco - progressivamente corroída pelas piratarias física e virtual de CDs - envolve o milhão de Paula Fernandes em aura fenomenal. Um milhão de cópias vendidas de um projeto sempre foi cifra incomum no mercado fonográfico brasileiro mesmo quando não havia pirataria. No atual contexto, tal cifra não tem explicação racional. É fato que Paula - vista em foto de Guto Costa - foi beneficiada pelas especulações da mídia sobre um suposto e nunca confirmado  envolvimento com o cantor Roberto Carlos (e a escalada da artista coincide com sua aparição no especial natalino do Rei), pelo repertório populista, pela beleza de sua voz grave e, claro, por aquele algo mais a rigor indefinível, mas que é uma mistura inexata de talento, carisma e sorte. Seja como for, Paula Fernandes é a campeã de vendas do mercado fonográfico brasileiro em 2011. E, para deleite da Universal Music, já parece improvável que algum outro artista lhe faça frente nos cinco meses que faltam para acabar o ano.  Fenômeno!

14 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Em seis meses, Paula Fernandes vendeu um milhão de cópias de sua primeira gravação ao vivo, lançada em janeiro de 2011. A entrada da cantora mineira no seleto clube do milhão - divulgada pela gravadora Universal Music neste mês de agosto - já não chega a surpreender, pois o CD e DVD Paula Fernandes ao Vivo já vinham atingindo cifras astronômicas, tendo chegado a 700 mil cópias em maio. Ainda assim, os números são inacreditáveis. A fraqueza da indústria do disco - progressivamente corroída pelas piratarias física e virtual de CDs - envolve o milhão de Paula Fernandes em aura fenomenal. Um milhão de cópias vendidas de um projeto sempre foi cifra incomum no mercado fonográfico brasileiro mesmo quando não havia pirataria. No atual contexto, tal cifra não tem explicação racional. É fato que Paula - vista em foto de Guto Costa - foi beneficiada pelas especulações da mídia sobre um suposto e nunca confirmado envolvimento com o cantor Roberto Carlos (e a escalada da artista coincide com sua aparição no especial natalino do Rei), pelo repertório populista, pela beleza de sua voz grave e, claro, por aquele algo mais a rigor indefinível, mas que é uma mistura inexata de talento, carisma e sorte. Seja como for, Paula Fernandes é a campeã de vendas do mercado fonográfico brasileiro em 2011. E, para deleite da Universal Music, já parece improvável que algum outro artista lhe faça frente nos cinco meses que faltam para acabar o ano. Fenômeno!

Fábio Passadisco disse...

Isso vem calar a boca daqueles que torcem para que o mercado fonográfico brasileiro chegue ao fim, que as lojas de Cds fechem suas portas...

Além do fenômeno Paula Fernandes, outros bons vendedores são Luan Santana, Maria Gadu, Caetano Veloso & Maria Gadu, a trilha sonora de "Cordel Encantado"...

Alice Ribeiro disse...

Fico feliz por ela. Eu não ouço muito música sertaneja, mas é fato e não é de hoje quão o brasileiro gosta desse segmento musical, tão "mal tratado" por parte da "elite musical" e tb por parte da imprensa brasileira. Hoje se fala tanto em homofobia, que até esquecemos q o preconceito está em todas as partes da nossa vida!

KL disse...

ela é uma gracinha e usa a voz de uma forma econômica, o que por si só já a coloca à frente do segmento que hoje representa. O problema é chamar esse subgênero de Música Sertaneja. Melhor seria Brazilan Pop Rock Country já que em nada remete à singeleza rude da música regional brasileira produzida até o fim dos anos 1970, e que - salvo raríssimas exceções - nfelizmente não existe mais.

Luca disse...

é um alento pra indústria, mas pra música brasileira...

falsobrilhante disse...

A indústria fonográfica dá seus últimos suspiros, ao tempo em que promove o sepultamento da cultura e da arte musical. LAMENTÁVEL!!!

Pedro Progresso disse...

pode vender 10 milhões, continua insuportável.

Vitor disse...

Nao confio nesses numeros divulgados pelas gravadoras

Gill Sampaio Ominirò disse...

pode vender 10 milhões, continua insuportável. (2)

Eu passo.

Daทilo disse...

Alice, não é questão de PRÉ-conceito e sim de conceito, afinal, conheço os "artístas" em questão muito bem, já que eles nos são enfiados guela abaixo. Nada contra artístas populares e sim contra a falta de criatividade e a cultura do jabá que fomenta e pasteuriza a música brasileira que é (ou foi) uma das meias respeitadas do mundo.

Miyage disse...

Hmmm, pelo teor dos comentários, tô sentindo cheiro de "não ouvi e não gostei" no ar...

Saci Pererê disse...

Eu assisti ao DVD na casa de um amigo. Vi, ouvi e não gostei.

A mulher canta com a boca fechada, trincando os dentes. O som grave (forçado) não sustenta uma interpretação mais emocional, pois a rigidez da articulação das palavras e emissão do som são incompatíveis com variações modais ou mesmo melódicas dentro de uma mesma escala. Dá pena!

O repertório nem é tão medonho assim. É ruim, mas não por ser populista, mas por ser ruim mesmo.

Que venham outras ao país das cantoras.

Eduardo Cáffaro disse...

Eu e minha boca .... !!! Acho que dentro do contexto musical atual, não é surpresa essa artista chegar a essa cifra. Ja disse que trabalho com adolescentes, e 90% deles tem repertório extremamente limitado ao que passa na TV e nos bailes de seus bairros. Resumindo Funk, Sertanejo aparecem empatados, e pagode vem em segundo lugar. Essa pesquisa foi feita entre março e abril deste ano de 2011. Acho que reflete um pouco o público das capitais. Na periferia, quando faço visitas, escuto muito Funk, Banda djavu, e Banda Calypso. Como ampliar o conhecimento e repertório dessas pessoas se um CD da Banda calypso ORIGINAL custa R$ 9,90 e um do Chico Buarque( por exemplo ) na base de R$40,00 ??? Nas barraquinhas dos piratas, que tambem visitei para fazer a pesquisa, os títulos mais disponíveis são : Duplas Sertanejas atuais, Funk, e grupos de pagode, e claro Beyonce, Lady gaga, e alguns títulos de coletâneas de Black Music e RAP.
Essa é a realidade que presenciei. Talvez explique porque uma garota, bonita com músicas românticas, e chapeu de cowboy venda tanto. Na minha opinião, só teremos mudanças quando a midia ampliar seu leque e der espaço para outros gêneros serem mais divulgados. Do contrário os campeões continuarão sendo, Paula, Luan Santana, Calypso, Aviões e calcinhas do Forró.

Gill Sampaio Ominirò disse...

Eduardo, concordo plenamente com o que você disse.