Mauro Ferreira no G1

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domingo, 14 de agosto de 2011

Mouse e Luppi acertam ao seguir a trilha de Morricone no álbum 'Rome'

Resenha de CD
Título: Rome
Artista: Danger Mouse & Danielle Luppi
- com participações de Jack White & Norah Jones
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * 1/2

Esperado com expectativa, até pelo fato de ter levado cinco anos para ficar pronto, Rome - o álbum que junta o produtor norte-americano Danger Mouse com o compositor italiano Daniele Luppi - está longe de ser uma obra-prima. Mas a dupla acerta a mão ao seguir a trilha pavimentada por Ennio Morricone ao compor a música de filmes do gênero rotulado como western spagetthi. O repertório alterna temas instrumentais, interlúdios e canções entoadas por Jack White e Norah Jones, os solistas convidados. Logo na primeira faixa, o instrumental Theme of "Rome", fica claro que a dupla entrou o tom de Morricone - impressão reiterada por outro tema instrumental, Roman Blue. Das canções, um dos destaques é a bela The Rose with Broken Neck, cantada por um adequado Jack White. Tanto White quanto Norah Jones - solista da menos inspirada Season's Trees - saíram de suas zonas de conforto como intérpretes. Como exemplifica os vocais de Two Against One, o canto de White soa mais limpo. Contudo, o mérito principal do álbum deve ser repartido entre Mouse e Luppi. Em vez de seguir por trilha modernosa, produtor e compositor foram atrás de músicos mais antenados com a sonoridade da obra de Morricone, casos do guitarrista italiano Luciano Ciccaglioni e do baixista Dario Rosciglione. As vozes do coral Cantori Moderni Di Alessandro Alessandroni também contribuem para criar o clima adequado. Autores das músicas e dos arranjos, Mouse e Luppi se permitiram o luxo de gravar o álbum em Roma no estúdio de Morricone, Forum Studios. Enfim, como já mostrara o single Black, cantado por Norah Jones, Rome tem seus encantos, ainda que não justifique toda a expectativa depositada pelo universo pop, pois sua segunda metade é inferior.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Esperado com expectativa, até pelo fato de ter levado cinco anos para ficar pronto, Rome - o álbum que junta o produtor norte-americano Danger Mouse com o compositor italiano Daniele Luppi - está longe de ser uma obra-prima. Mas a dupla acerta a mão ao seguir a trilha pavimentada por Ennio Morricone ao compor a música de filmes do gênero rotulado como western spagetthi. O repertório alterna temas instrumentais, interlúdios e canções entoadas por Jack White e Norah Jones, os solistas convidados. Logo na primeira faixa, o instrumental Theme of "Rome", fica claro que a dupla entrou o tom de Morricone - impressão reiterada por outro tema instrumental, Roman Blue. Das canções, um dos destaques é a bela The Rose with Broken Neck, cantada por um adequado Jack White. Tanto White quanto Norah Jones - solista da menos inspirada Season's Trees - saíram de suas zonas de conforto como intérpretes. Como exemplifica os vocais de Two Against One, o canto de White soa mais limpo. Contudo, o mérito principal do álbum deve ser repartido entre Mouse e Luppi. Em vez de seguir por trilha modernosa, produtor e compositor foram atrás de músicos mais antenados com a sonoridade da obra de Morricone, casos do guitarrista italiano Luciano Ciccaglioni e do baixista Dario Rosciglione. As vozes do coral Cantori Moderni Di Alessandro Alessandroni também contribuem para criar o clima adequado. Autores das músicas e dos arranjos, Mouse e Luppi se permitiram o luxo de gravar o álbum em Roma no estúdio de Morricone, Forum Studios. Enfim, como já mostrara o single Black, cantado por Norah Jones, Rome tem seus encantos, ainda que não justifique toda a expectativa depositada pelo universo pop, pois sua segunda metade é inferior.

Luca disse...

expectativas dos críticos, só se for