Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

'Camaleão' Ney chega aos 70 na pele de grande (e inclassificável) cantor

Ney Matogrosso completa inacreditáveis 70 anos nesta segunda-feira, 1º de agosto de 2011. A descrença vem no fato de que o tempo parece não ter passado para o Camaleão, que vira septuagenário ainda na pele de um grande cantor. A rigor, um dos maiores cantores do Brasil - e do Mundo, por que não? - de todos os tempos. De timbre único que tangencia o registro dos tenorinos, a voz continua em (grande) forma. Com sua tessitura de contralto, essa voz cruzou meteoricamente o Brasil em 1973 como facho andrógino de luz em período de trevas. O Brasil não conseguiu ficar indiferente ao aparecimento de Ney Matogrosso na cena nacional. Mas o que ninguém talvez tenha suposto na época é que o artista transcenderia o fenômeno sócio-político-musical que foi o surgimento do (efêmero) trio Secos & Molhados. Quase quatro décadas depois daquela explosão meteórica, já com 70 anos, Ney de Souza Pereira permanece em cena e nos CDs como uma das referências máximas do canto popular brasileiro. Intérprete camaleônico, Ney é inclassificável não somente pela natureza rara de sua voz, mas por trocar de pele a cada disco e show, alternando recitais camerísticos com espetáculos de moldura pop. É um artista completo. Ao preciosismo vocal, ele sempre adicionou no palco mise-en-scène que captura de imediato a atenção do espectador. Tamanha vitalidade e inquietude tem sido o combustível de discografia irretocável. Mesmo quando seguiu as batidas fórmulas do mercado fonográfico, repetindo seus próprios padrões em álbuns dos anos 80, Ney sempre pairou acima da banalidade reinante. Contudo, é fato que o show-disco O Pescador de Pérolas (1987) foi divisor de águas nesta carreira por mostrar que, com ou sem fantasia, o intérprete conserva sua grandeza em cena. Foi uma virada - a rigor, já esboçada no show-disco Seu Tipo (1979) -  que permitiu que Ney chegasse aos 70 anos sem rótulos e sem amarras. Admirado mais pelo conjunto da obra do que por seus eventuais hits, o cantor recusa o posto de senhor da canção brasileira e ainda surpreende - como no recente espetáculo deste ano de 2011 em que cantou músicas do compositor paulista Itamar Assumpção (1949 - 2003) com a banda Isca de Polícia. Produtivo, o artista já prepara para 2012 álbum que vai entrelaçar músicas de jovens autores da cena indie com temas de veteranos compositores marginalizados pelo mercado. Tamanha vitalidade desmente os 70 anos que Ney Matogrosso completa hoje. É um artista de seu tempo!

27 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Ney Matogrosso completa inacreditáveis 70 anos nesta segunda-feira, 1º de agosto de 2011. A descrença vem no fato de que o tempo parece não ter passado para o Camaleão, que vira septuagenário ainda na pele de um grande cantor. A rigor, um dos maiores cantores do Brasil - e do Mundo, por que não? - de todos os tempos. De timbre único que tangencia o registro dos tenorinos, a voz continua em forma. Com sua tessitura de contralto, essa voz cruzou meteoricamente o Brasil em 1973 como facho andrógino de luz em período de trevas. O Brasil não conseguiu ficar indiferente ao aparecimento de Ney Matogrosso na cena nacional. Mas o que ninguém talvez tenha suposto na época é que o artista transcenderia o fenômeno sócio-político-musical que foi o surgimento do (efêmero) trio Secos & Molhados. Quase quatro décadas depois daquela explosão meteórica, já com 70 anos, Ney de Souza Pereira permanece em cena como uma das referências máximas do canto popular brasileiro. Intérprete camaleônico, Ney é inclassificável não somente pela natureza rara de sua voz, mas por trocar de pele a cada disco e show, alternando recitais camerísticos com espetáculos de moldura pop. É um artista completo. Ao preciosismo vocal, ele sempre adicionou no palco mise-en-scène que captura de imediato a atenção do espectador. Tamanha vitalidade e inquietude tem sido o combustível de discografia irretocável. Mesmo quando seguiu as fórmulas do mercado fonográfico, repetindo seus próprios padrões em álbuns dos anos 80, Ney sempre pairou acima da banalidade reinante. Contudo, é fato que o show-disco O Pescador de Pérolas (1987) foi divisor de águas nesta carreira por mostrar que, com ou sem fantasia, o intérprete conserva sua grandeza em cena. Foi uma virada - a rigor, já esboçada no show-disco Seu Tipo (1979) - que permitiu que Ney chegasse aos 70 anos sem rótulos e sem amarras. Admirado mais pelo conjunto da obra do que por seus eventuais hits, o cantor recusa o posto de senhor da canção brasileira e ainda surpreende - como no recente espetáculo deste ano de 2011 em que cantou músicas do compositor paulista Itamar Assumpção (1949 - 2003) com a banda Isca de Polícia. Produtivo, o artista já prepara para 2012 álbum que vai entrelaçar músicas de jovens autores da cena indie com temas de veteranos compositores marginalizados pelo mercado. Tamanha vitalidade desmente os 70 anos que Ney Matogrosso completa hoje. É um artista de seu tempo!

Afonso disse...

Belo texto, Mauro. E olha que é difícil tentar dimensionar a importância de Ney Matogrosso p/ a cultura brasileira, pois são tantas características marcantes, ele esteve sempre tão a frente de toda a linha evolutiva da mpb desde que surgiu, que é impossível tentar rotulá-lo. Aliás, isso é proposital, Ney desafia qualquer rótulo o tempo inteiro, ele faz isso prazerosamente. Dono de uma voz belíssima, que continua impressionante até hoje, Ney desestruturou as noções de velho e novo, de tradicional e irreverente, de elegância e de porralouquice. Logo em seus primeiros discos solos, conseguiu o que parecia uma heresia p/ os, então, patrulheiros de plantão: linkou, por exemplo, Rita Lee a Bororó, Gilberto Gil a Carmelo Larrea, conseguiu simbioses improváveis entre músicos de natureza díspares, sem jamais perder a unidade de seus discos e de seus shows, que possuem roteiros impecáveis. Isso sempre perturbou os críticos: acho que a partir da personalidade fortíssima de Ney aliada a presença constante de músicos excepcionais em seus trabalhos, criou-se uma linguagem, um estilo absolutamente pessoal difícil de se explicar. Dono de uma admirável liberdade criativa, sem pertencer a nenhum movimento ou gênero musical específico, sem prender-se a determinados grupos de compositores e dispensando qualquer tipo de entourage, Ney escreveu um capítulo à parte na história da música brasileira. Ney fez (e continua fazendo) a sua própria, insólita e anárquica Revolução. Um abraço e, mais uma vez, parabéns.

Luca disse...

Ney é um exemplo mesmo de coerência na condução da carreira

Mauro Ferreira disse...

Obrigado, Afonso. Seu comentário também é excelente, expõe uma análise bem interessante da carreira do Ney. Abs, MauroF

Alexandre Siqueira disse...

Que maravilha estar vivo nesse nosso País de tantos contrastes (não só negativos, que fique claro) e poder ler uma nota como essa, seguida de um comentário tão bom quanto do Afonso! Parabéns a todos e principalmente a Ney Matogrosso, que é um grande vencedor e um artista mundial fenomenal!!! Emocionado aqui!!!

Fernanda disse...

Fico extremamente curiosa, toda a vez que Ney anuncia um novo trabalho, principalmente quanto às releituras. Fico numa ansiedade louca, imaginando como ele reinventará cada determinado tema. Acho absolutamente verdadeiro qdo dizem que tudo que Ney canta, por mais conhecido que seja, fica com cara de "especialmente feito pra ele" rsss… ele inova qualquer coisa, elevando, inclusive, canções menores à patamares de clássicos. Toco piano desde pequena, tenho formação clássica, e, há 3 anos me dedico também ao canto lírico e na maravilhosa entrevista de Ney pro "Roda Viva" entendi melhor a origem dessa facilidade em recriar, que, confesso, sempre foi um mistério pra mim. Foi quando disse que escolhe o repertório a partir do que "as palavras" podem lhe oferecer, qual o sentido que, com a dinâmica de suas nuances vocais, ele poderia acrescentar ou mesmo mudar na canção. Impressionante como Ney, sem alterar em nada a harmonia ou o ritmo, consegue transmutar o que canta. Sabe-se que Ney começou a cantar em Brasília, qdo lá foi descoberto por uma grande professora de canto, Fernanda Gianetti, que o "adotou" impressionada c/ a raridade de seu timbre, segundo ela, tenore bianco. Acho que foi essa proximidade c/ o canto lírico que garantiram essa técnica, a dicção perfeita e, principalmente, a segurança que o faz sentir-se tão à vontade diante de desafios.

André Luís disse...

Multi, pluri, vários, todos, brasileiro. Simplesmente Ney.

Santana Filho disse...

Acho que Ney Matogrosso, Elba Ramalho e Maria Bethania são os maiores expoente da força cênica musical brasileira. No 'país das cantoras' a presença impecável desse artista parece anacrônica, mas é (há décadas) definitiva.

A gente se enche de orgulho dessas feras.

Cláudio Cleudson disse...

Justa homenagem! Palavras adequadas... E Ney, sem dúvidas, é merecedor destas e de muitas outras honrarias! Sou apaixonado por este moço (sempre moço), que se renova a cada trabalho, sempre preciso em suas interpretações... Ney continua magistral! Ousando sempre, sendo sempre coerente... Ney, digo sempre, é tão grandioso, tão único; que é o único cantor brasileiro que pode ser chamado de "diva", "divo", DIVINO E PROFANO!... Salve, salve!!!

Fernando Dasilva disse...

Lindo texto Mauro. Lindo texto Afonso.

Neye conseguiu o que pouco conseguiram -manter jovialidade, inquietude, anarquia e vigor como ninguem. Talvez ele tenha aberto mao de algumas coisas em sua vida pessoal para conseguir canalizar todo o esplendor de seu ser em uma unica coisa: sua musica, sua obra. Eu sou fascinado por esta natureza camaleonica que ele tem e por este vigor que ele apresenta a cada trabalho. Esta facilidade que ele tem em se permitir ser tudo e nada, ser veterano e calouro ao mesmo tempo eh o que tem tornado sua carreira e sua obra sempre muito relevante. Sinto-me feliz por ter ainda garoto me despertado pela beleza do timbre e forca de palco deste leao solar. O anversario eh dele mas nos eh quem ganhamos o presente maior: poder aplaudir seu canto a cada novo trabalho.

Mauro, muito legal voce escrever este texto pelo aniversario do Ney. Espero que ai por nossas terras, muitas outras pessoas da midia estejam tambem reverenciando a vida deste astro.

Romani disse...

Oi Mauro, certa vez eu li um texto seu, não me lembro onde, em que você dizia que, apesar de gostar de todas as facetas de Ney, você prefere o Ney mais ousado, mais pop, como ele apareceu em "Inclassificáveis". Eu também. Não que eu não goste, por exemplo, de "Beijo Bandido", acho lindo, lindo, emocionante, e, apesar de recital, muito bem cuidado visualmente, luz linda, etc.. Mas adoro o lado insurgente, atrevido, onde Ney dispõe de elementos de sobra pra exibir todo o seu talento performático. Também gosto porque estimula Ney a buscar novos compositores, novas linguagens como Ney fez no extraordinário cd/show "Vagabundo" c/ Pedro Luís e a Parede, de uma originalidade encantadora e contundente. Mas entendo a necessidade que Ney tem de alternar trabalhos mais gestuais c/ outros mais intimistas, de "hibernar", como ele mesmo se refere a esse movimento de expansão e contenção. Ney, melhor que ninguém, ligou os fios perdidos entre a tradição da mpb e o pop, pois ele nunca tratou o passado como velharia, ele, sim, o reelaborou e tratou de eternizá-lo. Mas a maravilhosa apresentação recente c/ a (ótima) Banda Tono, bem como o show c/ a Ísca de Polícia, sinalizam que vem por aí um trabalho c/ uma pegada de acento mais pop. Parece que o espírito do tal verme de figura surreal e voz exuberante que passeava pela lua cheia, ameaçando o mundo redondinho e certinho de um país tão careta (até hoje!) voltará a atacar, não com a mesma forma musical ou visual, é claro, mas c/ a mesma atitude transgressora que sempre caracterizou Ney. Oba!

Eduardo Cáffaro disse...

Para mim, uma referência artistica única. Coerente com seus pensamentos e com sua arte. Parabéns a esse grande artista. E que venha o próximo CD para nos invadir com sua beleza.

douglascigarramarron disse...

ney é um mito,jovem,natural ,maduro coerente ,fora a senxualidade que aflora pelos poros ,com uma elegancia que fascina.Enfim um privilégio ter um astro como ele ao nosso dispor.

Unknown disse...

Sabe Mauro desde pequeninho,
sempre fui apaixonado pelo Ney Matogrosso, como vc disse ele é um artista completo! A musicalidade exuberante e camaleonica do Ney me impressiona! Ney quebrou barreiras num periodo em q havia ditadura no Brasil! Ney Matogrosso é irreverente, debochado, rebelde, sensível, sensual, divertido, afindo, musical, simplesmente FORA DE SÉRIE!!! Eu me emociono mto vendo Ney cantar e dancar. Vida longa a Ney Matogrosso!!!

Unknown disse...

Sabe Mauro desde pequeninho,
sempre fui apaixonado pelo Ney Matogrosso, como vc disse ele é um artista completo! A musicalidade exuberante e camaleonica do Ney me impressiona! Ney quebrou barreiras num periodo em q havia ditadura no Brasil! Ney Matogrosso é irreverente, debochado, rebelde, sensível, sensual, divertido, afindo, musical, simplesmente FORA DE SÉRIE!!! Eu me emociono mto vendo Ney cantar e dancar. Vida longa a Ney Matogrosso!!!

Gill Sampaio Ominirò disse...

Mauro, parabéns pelo post; Muito pouco a acrescentar, apesar de elogios a Ney serem sempre pouco.

Apenas diria que Ney é o artista mais original do Brasil.

KL disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Romani disse...

Ao postar meu comentário rapidamente, não tive tempo de ler os demais, todos interessantes, e agora, lendo com calma, me deparei com essa inteligente constatação do Afonso, sobre a revolução, particularíssima, que Ney provocou na música brasileira. Verdade, ao longo das últimas décadas, muitos movimentos agitaram a mpb, Bossa Nova, Tropicália, Festivais, as turmas dos mineiros, dos baianos, dos cearenses, enfim, tudo o que acontecia era gerido por um determinado grupo de músicos com interesses (musicais ou não) mútuos. Ney jamais pertenceu a nenhum deles, pelo contrário, passou a margem disso tudo pois seu desejo de liberdade era primordial. O exercício de seu ecletismo dispensava qualquer rótulo ou aprisionamento. Tanto que lá nos 80's, Ney cruzou a fronteira da conservadora mpb pra gravar o genial Itamar Assumpção. Sempre citado como referência por intérpretes de novas gerações, pode-se afirmar que Ney, sozinho, e, talvez, inconscientemente, conseguiu criar um Movimento à parte, e com a vantagem de não ter uma data, um tempo determinado, pois à medida em que ele se recicla sempre, permanece atual.
Gostei muito das observações da Fernanda sobre os recursos vocais de Ney, e da exata conclusão do Gill: "Ney é o mais original artista do Brasil". Disse tudo.
Abraços a todos os leitores do blog.

Felipe dos Santos disse...

Afonso disse tudo.

Felipe dos Santos Souza

Alfredo disse...

Ney é sempre uma FESTA para os olhos e ouvidos!!! Ao Ney, as melhores vibrações de amor e luz!!! Alfredo Netto

Afonso disse...

Que bom que haja esse espaço de troca de ideias com gente inteligente e musicalmente bem informada, coisa rara na net. Agradeço ao Mauro pela dedicação em nos manter sempre bem informados e aos seus leitores pela forma simpática c/ que minhas palavras foram acolhidas. Linda e longa vida ao Ney e ao Notas Musicais.

CN disse...

Afonso, parabéns pelo seu texto. Gostaria que o Ney lesse, se é que já não leu....faço minhas as suas palavras e o reverencio, como transgressor ,ourives ousado e lúcido, a quem todos nós artistas devemos muito. Carlos Navas

KL disse...

Em ordem cronológica, Cauby, João Gilberto e Ney são os maiores cantores da atualidade. O restante nem de longe se aproxima da performance brilhante desses três verdadeiros fenômenos musicais, e cada qual representa uma época bem distinta da história da mpb.

2 de agosto de 2011 01:37

Romani disse...

Comentei sobre intérpretes de novas gerações que reverenciam Ney, e aí está, um dos grandes: Carlos Navas. Linda voz. Seu "Tecido" e o recente "Junte tudo o que é seu" são muito bonitos. Gosto muito também do Mateus Sartori, outro que sempre cita o Camaleão como referência. São ótimos cantores que, apesar de ainda não terem a merecida atenção da mídia, tem feito muito pela boa música.

CN disse...

Romani, obrigado. Um amigo me falou sobre o seu post e vim aqui ler. Fico honrado com sua audição dos cd´s recentes e feliz pelo elogio. Também adoro o Mateus Sartori, excelente artista e super afinado! Por favor, se cadastre no mailing do meu site (www.carlosnavas.com.br) para receber nossos informes. Será um prazer estar em contato contigo. Obrigado ao Mauro pelo blog que propicia estas pontes do bem. Carlos Navas

Afonso disse...

Carlos Navas, obrigado pelo elogio ao meu comentário, não havia lido ainda. Sou teu fã, adoro a tua voz, fiquei emocionado em te ver aqui, ou melhor, te ler rss...
Qto ao Ney ter lido o que eu escrevi... tbem adoraria, mas acho que não rolou, não. Sabe-se que ele não tem muita paciência c/ internet. Mostrou-se meio off line no Roda Viva. E bendito Mauro Ferreira que nos proporciona esses contatos! Abração!

CN disse...

Afonso, que gentil. Emocionado fico eu de tocar pessoas com a sua sensibilidade e bom gosto com um trabalho que aço com muita sinceridade e esforço. Peço também a ti que se cadastre no mailing do site www.carlosnavas.com.br e receba nossos informes, estando nos shows pra nos conhecermos, embora não saiba de que Cidade escreve. Dia 28, tem show gratuito aqui em SP. Eu adoro o blog do MF e o respeito muito. Sobre o Ney, parece mesmo que ele não está conectado, mas é muito atento e informado....um passarinho pode ler seu post pra ele!!! Grande abraço, Carlos