Mauro Ferreira no G1

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sábado, 31 de maio de 2014

Bahia evoca Adoniran no CD 'Abstraia, baby' entre sambas, tango e blues

Foi como músico que Luciano Salvador Bahia começou sua carreira em 1986. Como violonista e pianista, o artista acompanhou intérpretes que emergiam na noite soteropolitana - inclusive uma cantora chamada Daniela Mercury. Mas foi somente em 1999 que Salvador Bahia iniciou sua carreira solo como cantor e compositor na cidade inserida em seu nome artístico. Seis anos depois, o artista chamou atenção em seu Estado natal com o lançamento de seu primeiro álbum, 1 (2005), gravado com a participação de Elza Soares. Ao longo dos nove anos que separam 1 de Abstraia, baby, álbum que Bahia lança neste ano de 2014 pela gravadora Dubas, músicas do compositor foram gravadas por Celso Fonseca (Queda, no álbum Feriado, lançado em 2007) e Marcia Castro (Vergonha, no álbum De pés no chão, também editado em 2007). Aliás, Vergonha integra o repertório autoral de Abstraia, baby ao lado de músicas inéditas em disco como Afobado, Tango do mal (gravada com Eduardo Dussek) e Não precisa (gravada com Ava Rocha). Das onze músicas, nove são assinadas somente por Luciano Salvador Bahia. As exceções são o samba Nem venha e o blues Maciota, compostos com os parceiros Cláudia Cunha e Fabiano Xavier, respectivamente. Em duas músicas, Salvador Bahia dialoga com títulos emblemáticos do cancioneiro brasileiro. Madame gente fina desenvolve com verve a história do samba Pra que discutir com madame? (Janet de Almeida e Haroldo Barbosa, 1945), dando para o caso fecho bem distinto do proposto por Carlos Lyra, Roberto Menescal e Joyce Moreno em Madame quer sambar, composição lançada pelo grupo vocal Os cariocas no álbum Estamos aí (Biscoito Fino,2013). Já Voo das onze evoca Trem das onze (1964), um dos sambas mais conhecidos do repertório do compositor paulista Adoniran Barbosa (1910 - 1982).

4 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Foi como músico que Luciano Salvador Bahia começou sua carreira em 1986. Como violonista e pianista, o artista acompanhou intérpretes que emergiam na noite soteropolitana - inclusive uma cantora chamada Daniela Mercury. Mas foi somente em 1999 que Salvador Bahia iniciou sua carreira solo como cantor e compositor na cidade inserida em seu nome artístico. Seis anos depois, o artista chamou atenção em seu Estado natal com o lançamento de seu primeiro álbum, 1 (2005), gravado com a participação de Elza Soares. Ao longo dos nove anos que separam 1 de Abstraia, baby, álbum que Bahia lança neste ano de 2014 pela gravadora Dubas, músicas do compositor foram gravadas por Celso Fonseca (Queda, no álbum Feriado, lançado em 2007) e Marcia Castro (Vergonha, no álbum De pés no chão, também editado em 2007). Aliás, Vergonha integra o repertório autoral de Abstraia, baby ao lado de músicas inéditas em disco como Afobado, Tango do mal (gravada com Eduardo Dussek) e Não precisa (gravada com Ava Rocha). Das onze músicas, nove são assinadas somente por Luciano Salvador Bahia. As exceções são o samba Nem venha e o blues Maciota, compostos com os parceiros Cláudia Cunha e Fabiano Xavier, respectivamente. Em duas músicas, Salvador Bahia dialoga com títulos emblemáticos do cancioneiro brasileiro. Madame gente fina desenvolve com verve a história do samba Pra que discutir com madame? (Janet de Almeida e Haroldo Barbosa, 1945), dando para o caso fecho bem distinto do proposto por Carlos Lyra, Roberto Menescal e Joyce Moreno em Madame quer sambar, composição lançada pelo grupo vocal Os cariocas no álbum Estamos aí (Biscoito Fino,2013). Já Voo das onze evoca Trem das onze (1964), um dos sambas mais conhecidos do repertório do compositor paulista Adoniran Barbosa (1910 - 1982).

Luca disse...

nunca ouvi falar...

Musico Misterioso disse...

"Queda" é uma das composições mais geniais que já ouvi, uma delícia de letra e música (do Luciano), já interpretada pelo Celso Fonseca. Fiquei curioso em relação às outras composições dele...

Manoel Neves disse...

O álbum é genial! Para mim, melhor do ano, junto com "Asa", do Gustavo Gallo.