Mauro Ferreira no G1

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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Sombrio, 'More light' reforça a psicodelia do eletrorock do Primal Scream

Resenha de CD
Título: More light
Artista: Primal Scream
Gravadora: Ignition Records / Lab 344
Cotação: * * * 1/2

Décimo álbum de estúdio do Primal Scream, More light (2013) contraria seu título e recusa a luz na maior parte de suas 13 músicas inéditas. O sucessor de Beautiful future (2008) tem tonalidade sombria. Neste disco, produzido pelo DJ David Holmes, o grupo escocês reforça os laços psicodélicos e eletrônicos que sempre envolveram seu rock. Nesse sentido, 2013 - a música que abre o CD já lançado no Brasil pelo selo indie Lab 344 - dá em seus longos nove minutos a pista certeira do clima do álbum, reiterado em faixas como Elimination blues. Pista também dada em maior escala quando a banda andou revisitando em shows o repertório de seu clássico álbum Screamadelica (1991). De certa forma, More light representa uma volta do Primal Scream ao som daquele cultuado disco dos anos 1990, embora um álbum não seja clone do outro. Se River of pain revolve o passado ao expor em certas passagens a densidade da camada psicodélica que permeia More light, Relativity delineia alguma novidade ao evocar a música indiana no suave e cadenciado toque percussivo que sustenta a faixa em seu primeiro minuto. Já It's alright, it's ok remete ao som mais pop que pautou o álbum anterior do Primal Scream, com coro luminoso que dilui as sombras recorrentes no repertório do bom More light.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Décimo álbum de estúdio do Primal Scream, More light (2013) contraria seu título e recusa a luz na maior parte de suas 13 músicas inéditas. O sucessor de Beautiful future (2008) tem tonalidade sombria. Neste disco, produzido pelo DJ David Holmes, o grupo escocês reforça os laços psicodélicos e eletrônicos que sempre envolveram seu rock. Nesse sentido, 2013 - a música que abre o CD já lançado no Brasil pelo selo indie Lab 344 - dá em seus longos nove minutos a pista certeira do clima do álbum, reiterado em faixas como Elimination blues. Pista também dada em maior escala quando a banda andou revisitando em shows o repertório de seu clássico álbum Screamadelica (1991). De certa forma, More light representa uma volta do Primal Scream ao som daquele cultuado disco dos anos 1990, embora um álbum não seja clone do outro. Se River of pain revolve o passado ao expor em certas passagens a densidade da camada psicodélica que permeia More light, Relativity delineia alguma novidade ao evocar a música indiana no suave e cadenciado toque percussivo que sustenta a faixa em seu primeiro minuto. Já It's alright, it's ok remete ao som mais pop que pautou o álbum anterior do Primal Scream, com coro luminoso que dilui as sombras recorrentes no repertório do bom More light.