Mauro Ferreira no G1

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Baleiro acende a palavra do poeta José Chagas com CD que tem Ednardo

Nascido em Paiancó (PB) em 29 de outubro de 1924, o poeta paraibano José Chagas passou por Teresina (PI) antes de ser radicar em São Luís, no Maranhão, a partir de 1948. Foi no Maranhão que Chagas abriu caminho para sua escrita em prosa e verso. E foi por essa vivência maranhense que o cantor e compositor Zeca Baleiro - ilustre filho da terra do tambor de crioula - decidiu celebrar os 90 anos que o poeta vai completar neste ano de 2014, mais precisamente em 29 de outubro, com a produção do disco intitulado A palavra acesa de José Chagas. Editado pelo selo de Baleiro, Saravá Discos, o CD foi produzido pelo cantor juntamente com Celso Borges. A dupla selecionou 12 poemas de Chagas para serem musicados e interpretados por time de cantores e compositores que soma mais de 20 nomes, a maioria da Nação Nordestina. Outros dois poemas - A palafita (do livro Maré memória, de 1973) e Palavra acesa (do livro Os telhados, de 1965) - completam as 14 faixas do tributo, mas já tinham melodias preexistentes, feitas por Fernando Filizola e Toinho Alves (1943 - 2008) para o álbum Até a Amazônia?! (1978), do grupo pernambucano Quinteto Violado. A versão musicada do poema A palafita é ouvida no CD A palavra acesa de José Chagas nas vozes de Lula Queiroga e Silvério Pessoa. Já Palavra acesa ganhou a interpretação do próprio Baleiro, que musicou o poema Noturno nº 2 (do livro Canção da expectativa, de 1955), cantado por Fagner com Susana Travassos. Também da produção feita para o disco, A vida é ciranda ganhou melodia de Josias Sobrinho e a voz de Marcia Castro. Este poema é do livro Os canhões do silêncio (1979), no qual Chagas também apresentou Sobrado, cujos versos foram musicados por seu conterrâneo paraibano Chico César, também o intérprete do tema (em dueto com o cearense Ednardo). Detalhe: o próprio José Chagas recita três poemas no CD ao som de trilhas incidentais compostas por Zeca Baleiro. Suas palavras poéticas continuam acesas.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Nascido em Paiancó (PB) em 29 de outubro de 1924, o poeta paraibano José Chagas passou por Teresina (PI) antes de ser radicar em São Luís, no Maranhão, a partir de 1948. Foi no Maranhão que Chagas abriu caminho para sua escrita em prosa e verso. E foi por essa vivência maranhense que o cantor e compositor Zeca Baleiro - ilustre filho da terra do tambor de crioula - decidiu celebrar os 90 anos que o poeta vai completar neste ano de 2014, mais precisamente em 29 de outubro, com a produção do disco intitulado A palavra acesa de José Chagas. Editado pelo selo de Baleiro, Saravá Discos, o CD foi produzido pelo cantor juntamente com Celso Borges. A dupla selecionou 12 poemas de Chagas para serem musicados e interpretados por time de cantores e compositores que soma mais de 20 nomes, a maioria da Nação Nordestina. Outros dois poemas - A palafita (do livro Maré memória, de 1973) e Palavra acesa (do livro Os telhados, de 1965) - completam as 14 faixas do tributo, mas já tinham melodias preexistentes, feitas por Fernando Filizola e Toinho Alves (1943 - 2008) para o álbum Até a Amazônia?! (1978), do grupo pernambucano Quinteto Violado. A versão musicada do poema A palafita é ouvida no CD A palavra acesa de José Chagas nas vozes de Lula Queiroga e Silvério Pessoa. Já Palavra acesa ganhou a interpretação do próprio Baleiro, que musicou o poema Noturno nº 2 (do livro Canção da expectativa, de 1955), cantado por Fagner com Susana Travassos. Também da produção feita para o disco, A vida é ciranda ganhou melodia de Josias Sobrinho e a voz de Marcia Castro. Este poema é do livro Os canhões do silêncio (1979), no qual Chagas também apresentou Sobrado, cujos versos foram musicados por seu conterrâneo paraibano Chico César, também o intérprete do tema (em dueto com o cearense Ednardo). Detalhe: o próprio José Chagas recita três poemas no CD ao som de trilhas incidentais compostas por Zeca Baleiro. Suas palavras poéticas continuam acesas.

Rafael disse...

A poesia de José Chagas é densa e bela... Lembro que era criança quando escutei pela primeira vez "Palavra Acesa" na voz do Quinteto Violado... Fiquei maravilhado com aquela música e até hoje sei ela de cabeça... José Chagas é um dos grandes poetas injustiçados no Brasil. Sou de Minas, porém ele e sua obra é mais conhecida e reverenciada no Nordeste, o que é muito injusto.