Mauro Ferreira no G1

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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Um dos autores de 'Andança', Paulinho Tapajós sai de cena no Rio aos 68

Ter sido parceiro de Danilo Caymmi e Edmundo Souto em Andança - a música que catapultou Beth Carvalho à fama ao ser defendida pela cantora em 1968 no III Festival Internacional da Canção (FIC) - certamente vai encabeçar os diversos obituários de Paulo Tapajós Gomes Filho (17 de agosto de 1945 - 25 de novembro de 2013), o cantor, compositor e produtor musical conhecido como Paulinho Tapajós. De fato, Andança foi o maior sucesso da obra autoral do artista carioca - que saiu hoje de cena, no Rio de Janeiro (RJ), aos 68 anos, vítima de câncer -  mas a atuação de Tapajós na cena musical brasileira não se limita à coautoria desta sedutora composição que resiste ao tempo e atravessa gerações sem perder sua popularidade. Filho do cantor e compositor Paulo Tapajós (1913 - 1990), que formou a dupla Irmãos Tapajós nos anos 30 e permaneceu em evidência na era do rádio, Paulinho viveu seu auge artístico e produtivo na virada da década de 60 para a de 70. Em 1969, o Brasil fez coro com Evinha na sua Cantiga por Luciana, outra parceria com Edmundo Souto propagada em festival da canção. Em 1970, o país já parava para ouvir na voz calorosa de Jair Rodrigues Irmãos Coragem, a música que Tapajós compusera com Nonato Buzar para a abertura da novela homônima de Janete Clair (1925 - 1983), um blockbuster global da época. Em 1978, o Quarteto em Cy lançou no álbum Querelas do Brasil (1978) outra música de Tapajós destinada ao sucesso. Trata-se de Sapato velho, parceria de Tapajós com Claudio Nucci e Mu Carvalho que ficou conhecida na gravação lançada em 1981 pelo grupo carioca Roupa Nova. Sapato velho foi a música que abriu o segundo álbum de Tapajós, A história se repete (1979), sucessor de Paulinho Tapajós (1974), lançado cinco anos antes. Dono de discografia espaçada, Paulo - irmão do compositor Maurício Tapajós (1943-1995) - teve seu último CD, Preparando a canção, editado em 2008.

8 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Ter sido parceiro de Danilo Caymmi e Edmundo Souto em Andança - a música que catapultou Beth Carvalho à fama ao ser defendida pela cantora em 1968 no III Festival Internacional da Canção (FIC) - certamente vai encabeçar os diversos obituários de Paulo Tapajós Gomes Filho (17 de agosto de 1945 - 25 de novembro de 2013), o cantor, compositor e produtor musical conhecido como Paulinho Tapajós. De fato, Andança foi o maior sucesso da obra autoral do artista carioca - que saiu hoje de cena, no Rio de Janeiro (RJ), aos 68 anos, vítima de câncer - mas a atuação de Tapajós na cena musical brasileira não se limita à coautoria desta sedutora composição que resiste ao tempo e atravessa gerações sem perder sua popularidade. Filho do cantor e compositor Paulo Tapajós (1913 - 1990), que formou a dupla Irmãos Tapajós nos anos 30 e permaneceu em evidência na era do rádio, Paulinho viveu seu auge artístico e produtivo na virada da década de 60 para a de 70. Em 1969, o Brasil fez coro com Evinha na sua Cantiga por Luciana, outra parceria com Edmundo Souto propagada em festival da canção. Em 1970, o país já parava para ouvir na voz calorosa de Jair Rodrigues Irmãos Coragem, a música que Tapajós compusera com Nonato Buzar para a abertura da novela homônima de Janete Clair (1925 - 1983), um blockbuster global da época. Em 1978, o Quarteto em Cy lançou no álbum Querelas do Brasil (1978) outra música de Tapajós destinada ao sucesso. Trata-se de Sapato velho, parceria de Tapajós com Claudio Nucci e Mu Carvalho que ficou conhecida na gravação lançada em 1981 pelo grupo carioca Roupa Nova. Sapato velho foi a música que abriu o segundo álbum de Tapajós, A história se repete (1979), sucessor de Paulinho Tapajós (1974), lançado cinco anos antes. Dono de discografia espaçada, Paulo - irmão do compositor Maurício Tapajós (1943-1995) - teve seu último CD, Preparando a canção, editado em 2008.

maroca disse...

Augusto Flávio (Petrolina-Pe/Juazeiro-Ba)

Isso sem fala em uma das mais belas canções da música brasileira, trata-se de "NOS TEMPOS DOS QUINTAIS" com Sivuca e a eterna gravação da divina Elizeth Cardoso em 1979 no disco O inverno do meu tempo.

Sandro Mendes disse...

"Lembrar que você irá morrer, é a melhor maneira que conheço para evitar o pensamento de que se tem algo a perder". Steve Jobs.

paulo s. disse...

Um dos alicerces do som do meu tempo.
Muito mais que seus sucessos conhecidos.
Notícia entristecedora.

Marcelo Barbosa disse...

Faltou citar outra duas músicas lindas: Acalanto de Luana gravado por Emílio Santiago e Canção de Esperar Neném em parceria com a MAIOR sambista desse país que além de parceira era comadre.
Descanse em paz! Nossos sentimentos a um dos maiores clássicos da MPB eternizado, como bem definiu o Jornal Nacional, por Beth Carvalho.

lurian disse...

Compôs músicas lindas como Sapato velho e Aguapé, que por si só o imortalizaram!

Toninho Lima disse...

Compositor e intérprete de grande lirismo que merecia ter sua discografia reeditada em CD. Gosto, em especial do seu disco "Coisas do Coração" (1981), que tem participação da A Cor do Som.

Paulinho foi parceiro de muita gente boa na MPB: Sivuca, Arthur Verocai, Mu Carvalho, Ivan Lins, Toquinho, Abel Ferreira, Roberto Menescal, Fagner... entre outros).

Marcelo disse...

Seu dueto com Zizi Possi em "Filha da Noite" é maravilhoso!!!