Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Musical sobre Elis inspira coletânea dupla com 26 gravações da cantora

Musical sobre Elis Regina (1945 -1982) que tem estreia programada para 8 de novembro de 2013, no Rio de Janeiro (RJ), Elis A musical inspirou a gravadora Universal Music - detentora dos fonogramas gravados pela cantora gaúcha na Philips entre 1965 e 1978 - a lançar coletânea inédita da artista. Nas lojas a partir de 19 de novembro, Elis A musical rebobina 26 gravações escolhidas por João Marcello Bôscoli, filho da cantora, em seleção que abrange fonogramas das gravadoras Warner Music, EMI Music (companhia encampada pela Universal Music neste ano de 2013) e Som Livre. Em parceria com Carlos Freitas, do estúdio Classic Master, João Marcello cuidou das novas masterizações das 26 gravações, reprocessadas para essa compilação dupla a partir de suas masters originais. Eis - na ordem - as 26 músicas da compilação Elis A musical:

CD 1
1. Arrastão (1965)
2. Menino das laranjas (1965)
3. Upa, Neguinho (1967)
4. Wave (1969)
5. Vou deitar e rolar (1970)
6. Não tenha medo (1970)
7. Falei e disse (1971)
8. Madalena (1971)
9. Nada será como antes (1972)
10. Atrás da porta (1972)
11. Casa no campo (1972)
12. Dois pra lá, dois pra cá (1974)
13. Só tinha de ser com você (1974)
14. Águas de março (1974)

CD 2
1. Fascinação (1976)
2. Como nossos pais (1976)
3. Querelas do Brasil (1978)
4. O bêbado e a equilibrista (1979)
5. O trem azul (1980)
6. Alô, alô, Marciano (1980)
7. Maria, Maria (1980)
8. As aparências enganam (1980)
9. Aos nossos filhos (1980)
10. Canção da América (1980)
11. Redescobrir (1980)
12. Me deixas louca (1981)

16 comentários:

Mauro Ferreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcelo disse...

Quem aguenta mais essas coletâneas de Elis??? Com tanto show gravado e tantos clipes ainda inéditos em DVD ainda insistem nessas coletâneas... Vá entender...

Unknown disse...

Sem comentários, pra quem não tem adquiram os dois box

Felipe dos Santos disse...

Concordo com Marcelo.

Claro que o som deve ter ficado uma belezura, mas coletânea altamente desnecessária.

Seria BEM melhor se João Marcello seguisse no trabalho de restauração de áudio da discografia da mãe, como feito primorosamente em "Elis e Tom", "Falso Brilhante" e "Elis" (1980).

Só na fase "Polygram", os álbuns de 1973 e 1974 pedem isso.

Felipe dos Santos Souza

Mauro Ferreira disse...

Marcelo, Maurício, Felipe: como todos os álbuns originais de Elis já foram relançados de forma criteriosa pela Universal Music, nada vejo de errado no fato de a gravadora lançar uma coletânea no rastro do musical que - sabemos - vai levar multidões ao teatro. Lembrem-se de que sempre há jovens descobrindo as maravilhas da música adulta. E uma coletânea é uma boa porta de entrada para esse mundo musical adulto quando editada com capricho. Grato a todos pela participação. Abs, MauroF

Sandro Mendes disse...

Meu povo segue um trecho do que o Mauro com muita maturidade respondeu aos caríssimos Marcelo, Maurício e Felipe: "Lembrem-se de que sempre há jovens descobrindo as maravilhas da música adulta". E essa juventude que o Mauro se refere nem sempre pode pagar pelo BOX anos 60 e 70. A coletânea é sem dúvida uma ótima oportunidade de conhecer o universo único de Elis Regina. E ainda com o brio de João Marcelo Bôscoli. Muito bem vinda a coletânea!

paulo s. disse...

Como consumidor de música, prefiro ficar calado.

Matheus Nascimento disse...

Toda coletânea é válida se produzida com critério. Como o Mauro disse, coletâneas geralmente são a porta de entrada pros jovens descobrirem antigos artistas - a maior parte das pessoas não ouve álbuns inteiros, mas apenas os maiores sucessos, simplesmente por falta de paciência. Eu não compraria, mas não vejo nada errado na edição.

Chabacano disse...

A seleção de canções é bastante óbvia, mas, nesse caso, a obviedade é muito bem-vinda, pois traz interpretações tão marcantes de canções famosas e bonitas que não tem como se cansar de ouvir. Eu incluiria em um terceiro cd suas interpretações para "Zazueira", "Bala com Bala". "Black Is Beautiful", "Eu, Hein Rosa", "O Que Foi Feito Devera (De Vera)", "Só Deus É Quem Sabe","Nova Estação", "Cartomante", "Cai Dentro", "Caxangá", "Aprendendo A Jogar" e "Vento de Maio".

Fabio disse...

A juventude não compra CDs, a juventude descobre artistas pelo youtube, google, iTunes, etc.

Alberto de Moraes disse...

Essa coletânea da Elis é óbvia e altamente desnecessária. Basta entrar nas Americanas, na Saraiva ou Multison ou qualquer outra loja de CDs e ver várias coletâneas da Elis. Isso já existe. E, como disse um amigo mais acima, os jovens estão descobrindo Elis, Maysa, Clara Nunes e outras através do youtube ou baixando as músicas delas dos vários sites para baixar que existem. A grande maioria deles tem estas músicas em MP3 ou no próprio celular, e isso foi baixado da internet, não copiado de CDs. O que nós queremos são as gravações inéditas da Elis. Recentemente achei uma gravação de Na Baixa do Sapateiro, ao vivo no Japão, com uma qualidade de áudio melhor que a de Montreaux. E a Elis não está rouca, está com a voz limpa. Quando isso vai sair em CD? Nunca.

Unknown disse...

Realmente, quase não existem coletâneas lançadas.... Concordo com Paulo s. e Fabio.

Felipe dos Santos disse...

Bem, Mauro, respondendo aqui (discussão boa é sempre bacana de ser sequenciada): concordo contigo que a ideia de coletâneas pode ser útil, se bem feita e bem organizada.

Para ficarmos em Elis, podemos dizer que "Elis - 20 anos de saudade" (2002), organizada por Marcelo Fróes, e "Elis Regina - samba, jazz e bossa" (2006), Rodrigo Faour à frente, são ótimos exemplos: têm um eixo central na compilação das faixas, e trazem coisas novas, coisas inéditas.

Não me parece o caso de "Elis Regina - a musical", embora feita com o critério característico de João Marcello. São sucessos em ordem cronológica, apenas. Nenhuma novidade, embora a obra de Elis seja de qualidade comprovada e bem mereça ser louvada, como já disseram aí.

E há o fator "digital", como já disseram aí. Pelo que conheço da galera jovem, obviamente, se gostam de um artista, compram o CD físico, mesmo que já tenham baixado o álbum nos "vazamentos" da vida, intencionais ou não. Pode acontecer com Elis, artista que sempre atrai gente por aí. Mas ninguém compra CD pelo conjunto da obra, mais.

Por isso, embora não seja nenhum pecado, continuo achando a coletânea pouco útil ao público comprador de CDs - embora tenha sido produzida com esmero, longe daquelas séries horrorosas, as "Gente", "Mestres", "Clássicos" da vida.

Felipe dos Santos Souza

Unknown disse...

Vendo por esse ângulo, só pra quem não conhece a obra mesmo.
Quanto à ordem cronológica, O trem azul teria que ser após Redescobrir,pq foi do último disco dela,o da Emi

Unknown disse...

Faltou Romaria aí, essencial

KL disse...

Vou dar uma ideia aqui para os fãs, pesquisadores e detentores dos direitos de comercialização da obra de Elis. Peguem o áudio dos vídeos dela, de gravações que nunca saíram em disco, façam uma remasterização decente e lancem numa coletânea as faixas que ficarem boas no processo de filtragem sonora. Preferencialmente, as faixas que ela nunca gravou em estúdio. Com tantos recursos tecnológicos de hoje, deve satisfazer a muita gente que já se cansou de ouvir a discografia e anseia por novidades dessa cantora top.