Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Machete realça performances no registro parcial do show 'Extravaganza'

Resenha de DVD
Título: Extravaganza ao Vivo
Artista: Silvia Machete
Gravadora: Coqueiro Verde
Cotação: * * * 

Quem for ao Solar de Botafogo na noite desta quarta-feira, 28 de novembro de 2012, assistir ao show de lançamento do segundo DVD de Silvia Machete, Extravaganza ao Vivo, vai ver uma apresentação maior do que a captada pela cantora e compositora carioca no Auditório Ibirapuera, em São Paulo (SP), em 20 de maio de 2011. Machete optou por fazer registro parcial do show no DVD, enfatizando na seleção de 14 números o caráter performático de suas interpretações. Um dos melhores shows de 2010, Extravaganza perde parte de seu poder de sedução no vídeo, e não somente por não eternizar o show na íntegra. Mas seu pálido registro audiovisual expõe a grande evolução musical de Machete. A ótima cantora pode até armar seu circo em um ou outro número, mas a música permanece no centro da cena, soberana, sem truques. Meu Carnaval (Márcio Pombo e Silvia Machete, 2010) e Guzzy Muzzy (Jorge Mautner, 1974) evidenciam o espírito tropical(ista) da folia pop. Entre a sensualidade de O Baixo (Silvia Machete, 2010) e a lembrança de Volta por Cima (Paulo Vanzolini, 1963), Machete reanima Coração Valente, parceria com Hyldon, lançada no irretocável CD Extravaganza (2010). Trocas de figurinos e jogos de cena - feitos com espelhos no samba-canção Só Você (Mais Nada) (Paulo Soledade, 1961), boa sacada do roteiro - valorizam show de sonoridade incomum. Tanto que uma tuba (tocada pelo trombonista Thiago Osório) se impõe entre os instrumentos da banda arregimentada por Machete. A teatralidade da artista também foge dos habituais padrões cênicos. O gestual que simula o toque de uma guitarra em Curare (Bororó, 1940) - número herdado de show anterior - reitera a elegância da cena de Machete. Nos extras, o DVD exibe making of do espetáculo com triviais imagens de bastidores. Numa delas, um flagrante do setlist - com 20 músicas - sugere que Extravaganza cresce ao vivo. Em todos os sentidos...

5 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Quem for ao Solar de Botafogo na noite desta quarta-feira, 28 de novembro de 2012, assistir ao show de lançamento do segundo DVD de Silvia Machete, Extravaganza ao Vivo, vai ver uma apresentação maior do que a captada pela cantora e compositora carioca no Auditório Ibirapuera, em São Paulo (SP), em 20 de maio de 2011. Machete optou por fazer registro parcial do show no DVD, enfatizando na seleção de 14 números o caráter performático de suas interpretações. Um dos melhores shows de 2010, Extravaganza perde parte de seu poder de sedução no vídeo, e não somente por não eternizar o show na íntegra. Mas seu registro audiovisual expõe a grande evolução musical de Machete. A boa cantora pode até armar seu circo em um ou outro número, mas a música permanece no centro da cena, soberana, sem truques. Meu Carnaval (Márcio Pombo e Silvia Machete, 2010) e Guzzy Muzzy (Jorge Mautner, 1974) evidenciam o espírito tropical(ista) da folia pop. Entre a sensualidade de O Baixo (Silvia Machete, 2010) e a lembrança de Volta por Cima (Paulo Vanzolini, 1963), Machete reanima Coração Valente, parceria com Hyldon, lançada no irretocável CD Extravaganza (2010). Trocas de figurinos e jogos de cena - feitos com espelhos no samba-canção Só Você (Mais Nada) (Paulo Soledade, 1961), boa sacada do roteiro - valorizam show de sonoridade incomum. Tanto que uma tuba (tocada pelo trombonista Thiago Osório) se impõe entre os instrumentos da banda arregimentada por Machete. A teatralidade da artista também foge dos habituais padrões cênicos. O gestual que simula o toque de uma guitarra em Curare (Bororó, 1940) - número herdado de show anterior - reitera a elegância da cena de Machete. Nos extras, o DVD exibe making of do espetáculo com triviais imagens de bastidores. Numa delas, um flagrante do setlist - com 20 músicas - sugere que Extravaganza cresce ao vivo. Em todos os sentidos...

Rafael disse...

Também gosto da Machete. Porém prefiro a versão de estúdio desse disco.

Anônimo disse...

Ela participou do último disco do Mundo Livre S/A em uma faixa deliciosamente sacana e, digamos, iconoclasta. Pois mexe/mexe com uma fadinha.
Ela tem a voz legal e sabe acontecer. Virar Manchete.
Ops, ser Machete. Não resisti. :-)

Fabio disse...

Esse DVD, assim como o CD, ficaram sem pegada. Fui à gravação e não entendi porque cortaram tanto a entrada da Silvia pelo parque Ibirapuera. Parece tudo meio desleixado, ela parece cantar sem vontade. Realmente O CD de estúdio é bem melhor e quem ainda não conhece Silvia deve assistir ao primeiro DVD do que a este lançado com tanto atraso.

Thiago Augusto Corrêa disse...

Sempre li muito bem sobre os shows dela em seu blog, comprei o dvd muito animado mas me decepcionou. Não sei se a edição, a maneira como misturaram o cênico com a música, no dvd, não ficou legal. E eu esperava, ao menos, ouvir um Manjar de Reis no Dvd.

Uma pena.