Mauro Ferreira no G1

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sábado, 20 de agosto de 2011

Voz do gaúcho Fernando Ribeiro emerge na reedição de 'Em Mar Aberto'

Cantor e compositor gaúcho que gravou seu primeiro álbum em 1976 pela EMI-Odeon, sob produção de Mariozinho Rocha e Eduardo Souto Neto, Fernando Ribeiro (1950 - 2006) sumiu na poeira da estrada logo depois do lançamento desse disco, intitulado Em Mar Aberto, posto efetivamente nas lojas em 1977 e ora reeditado pelo selo carioca Discobertas neste mês de agosto de 2011. O oportuno relançamento do álbum faz emergir obra autoral inspirada, composta por Ribeiro em parceira com Arnaldo Sisson. Entre samba (Ultimamente), canção (Não Demora, Ocidente e a excelente faixa-título, Em Mar Aberto) e incursão pela bossa nova (Hora Imprópria, com as vozes do Trio Esperança e alguns floreios jazzísticos dos pianos de Gilson Peranzzetta e Eduardo Souto Neto), o artista apresentou um belo disco - de afiada veia poética - que transitou pela MPB sem sotaque ou pista que apontassem a origem gaúcha do compositor. Produzida por Marcelo Fróes, a reedição em CD de Em Mar Aberto foi feita com a colaboração de Emílio Pacheco, autor do texto que reconstitui a trajetória de Fernando Ribeiro pela cena musical brasileira. Conta Pacheco em seu informativo texto que, na sequência do lançamento de Em Mar Aberto, Ribeiro saiu da Odeon para se filiar com idealismo ao elenco de recém-aberto selo gaúcho, por onde o artista lançou em 1978 - com repercussão apenas local - aquele que seria seu segundo e derradeiro álbum, O Coro dos Perdidos, inédito em CD.

9 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Cantor e compositor gaúcho que gravou seu primeiro álbum em 1976 pela EMI-Odeon, sob produção de Mariozinho Rocha e Eduardo Souto Neto, Fernando Ribeiro (1950 - 2006) sumiu na poeira da estrada logo depois do lançamento desse disco, intitulado Em Mar Aberto, posto efetivamente nas lojas em 1977 e ora reeditado pelo selo carioca Discobertas neste mês de agosto de 2011. O oportuno relançamento do álbum faz emergir obra autoral inspirada, composta por Ribeiro em parceira com Arnaldo Sisson. Entre samba (Ultimamente), canção (Não Demora, Ocidente e a excelente faixa-título, Em Mar Aberto) e incursão pela bossa nova (Hora Imprópria, com as vozes do Trio Esperança e alguns floreios jazzísticos dos pianos de Gilson Peranzzetta e Eduardo Souto Neto), o artista apresentou um belo disco - de afiada veia poética - que transitou pela MPB sem sotaque ou pista que apontassem a origem gaúcha do compositor. Produzida por Marcelo Fróes, a reedição em CD de Em Mar Aberto foi feita com a colaboração de Emílio Pacheco, autor do texto que reconstitui a trajetória de Fernando Ribeiro pela cena musical brasileira. Conta Pacheco em seu informativo texto que, na sequência do lançamento de Em Mar Aberto, Ribeiro saiu da Odeon para se filiar com idealismo ao elenco de recém-aberto selo gaúcho, por onde o artista lançou em 1978 - com repercussão apenas local - aquele que seria seu segundo e derradeiro álbum, O Coro dos Perdidos, inédito em CD.

Luca disse...

Admito: nunca ouvi falar. O Rio Grande é um mundo à parte da música do Brasil, a maioria dos artistas de lá ficam por lá mesmo

Emilio Pacheco disse...

Fernando merecia ter feito sucesso nacional. Esse disco é uma obra-prima, vale a pena conhecê-lo.

André Queiroz disse...

Mais um pra minha lista de aquisições musicais e com texto de Emilio Pacheco(velho conhecido dos leitores do saudoso International Magazine)fica melhor ainda.
Aviso pra quem se interessou: já está a venda no site da Saraiva por R$19,90.
Mauro,sugiro que você coloque post sobre outros lançamentos do selo Discobertas(Hermes Aquino e Show de primeiro de Maio).

Abs
André Queiroz

Mauro Ferreira disse...

André, as reedições de Hermes Aquino serão assunto de post na próxima semana. Quanto ao disco de 1º de maio, ainda não o recebi. Abs, MauroF

KL disse...

qualquer produção de artista desconhecido até 1979 é melhor do que qualquer coisa produzida por todo mundo a partir de 1982. Pode-se comprar sem ouvir, que a satisfação é certa.
Ao contrário, a produção "musical" de hoje não passa de uma tremenda enganação, que oscila do populacho vulgar e estridente ao falsamente cult sabor alface: sem conceito, sem arranjo, sem forma definida, sem vibração e sem originalidade.

Luis Freitas disse...

A pequena mais consistente obra de Fernando Ribeiro e Arnaldo Sisson precisa ser conhecida e apreciada por todo que admiram a musica Brasileira de qualidade.

Toneco disse...

Prezado, Mauro Ferreira, fui arranjador do Fernando Ribeiro. Só para constar. Legal esta iniciativa.

Lautert disse...

Fernando Ribeiro foi um ídolo.