Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Primeiro disco de Francis com Olivia Hime, 'Almamúsica' já está no forno

Primeiro disco assinado conjuntamente pelo casal Olivia & Francis Hime, Almamúsica já está no forno da gravadora Biscoito Fino. O CD vai chegar às lojas ainda neste mês de maio de 2011. O álbum está estruturado em seis quadros. Eis a divisão do repertório em Almamúsica:

1. Alma Música
2. Valsa de Eurídice / Saudade de Amar / O Grande Amor / Tristeza e Solidão / Lamento no Morro (citação)/ A felicidade (citação) / Desde que o Samba é Samba / Smile / Minas Gerais (citação) / Paciência / Morro Velho (citação)

3. A Ostra e o Vento / Senhorinha (citação) / História Antiga  / Canta Maria / Olha Maria / Valsa Dueto / Valsa de Eurídice (citação)
4. Du Soleil Plen La Tete / Canção de Pedroca / Chiens Perdus Sans Collier

5. Tristão e Isolda (citação) / O Que Será (À Flor da Pele) /  Balada de um Café Triste / Minas Gerais (citação) / Alma Música
6. Canta Maria

10 comentários:

Luca disse...

Gostei da capa. Agora cadê a caixa com os discos do Francis que você falou que ia sair, Mauro?

Anônimo disse...

Esse repertório já nasce cansado. Preferiria que Olivia e Francis se encontrassem para fazer um álbum de inéditas por serem uma dupla realmente inspirada quando compõem juntos. A sensação com essas músicas mil vezes regravadas é que alguns artistas ainda acreditam que essas canções podem tornar um disco mais comercial. Para quem ?

Larissa Pereira Gouveia disse...

Estou contando os segundos para ouvir.Amo tanto!Este é outro projeto de meu queridíssimo maestro que sempre alentei no coração (seu antecessor com o registro dos temas fílmicos instrumentais era algo que eu também anelara.)
Mais outro, portanto, projeto dos sonhos que ele realiza.

*Veia ZP '*calma lá nos julgamentos precipitados.
Este é um disco urdido pelo amor,por uma história em conjunto.Uma história de amor e música.
É bastante natural que eles quisessem fazer algo próximo a uma biografia sonora de sua história em comum.Se bem entendo o conceito do disco é precisamente uma suíte amorosa 'orquestrada' pelos dois.
Não sei se você sabe, mas todos estes temas escolhidos não estão aí de mera casualidade estética.Apenas porque são históricos,garantia de retorno ou coisa parecida.

Este cancioneiro eleito faz parte de alguma forma da vida dos dois.

A Valsa (linda) de Vina, por exemplo, é um tema que tem uma relevância enorme - cabal - na vida de Francis:
Foi tocando este tema ao piano, em uma reunião em casa de sua mãe Dália (esta que foi determinante para que ele estudasse música na infancia),reunião a qual estava presente o Poetinha,que um jovem Francis - ainda inseguro dos rumos profissionais - ouviu deste um o vaticínio de que não podia ser engenheiro tinha que ser músico.

A proximidade com Vinicius por sua vez de modo indireto trouxe não só a certeza da realização profissional,como o grande amor da sua vida,a Olivia.Vina fez parte de modo bastante decisivo na vida de ambos.Foi inclusive o primeiro grande entusiasta – também – da história de amor dos dois.

Quer dizer,o que está aí se justifica na montagem de uma suíte afetiva,no repassar de uma bela história mútua.

‘A Felicidade’, Francis ouviu pela primeira vez na leitura do Agostinho Silva para a trilha do filme Orfeu,quando ele estava no exterior estudando Música.Gestando o que viria a ser seu inconfundível,genial estilo criador.
Ao ouvir o tema de Tom e Vinicius,Hime encantado pressentiu que era o momento exato de retornar a sua terra. Porque aqui estava se fazendo uma música sublime,realmente nova.
Seria, portanto, ensejo dele trazer sua musicalidade gestada à tona,pôr em prática o que apreendeu.
E por aí vai...

‘Alma música’ creio que seja tema inédito.

Bem, como já disse sou seguidora fiel,devotada,apaixonada etc .O ponto é: que nunca me decepcionei em nenhuma expectativa em relação a um trabalho do Francis.
E,por sinal vitalidade é uma marca não só da sua música como de sua pessoa.
Francis, da geração dele é o criador mais ativo - e inspirado.E, diferentemente de muitos outros grandes criadores ainda vivos,seus trabalhos mais recentes nada tem de rançosos ,saudosistas ou algo similar. Muito menos abriram qualquer viés ao mainstream,ao fácil,ao comercial - aliás nem hoje e nem nunca.

Larissa Pereira Gouveia disse...

MAURO,a propósito, eu também queria saber do BOX com os albuns de Francis.Não tive mais nehuma notícia nova acerca.Apenas uma promessa vaga de que saíriam lá para o meio do ano.

Mauro Ferreira disse...

Luca / Larissa (impressionante seus conhecimentos detalhistas sobre a vida e obra do Francis!): de fato, foi ventilado há algum tempo o projeto de uma caixa com os discos do Francis. Mas acho que não vingou. A tendência - acredito - é que os discos sejam lançados aos poucos de forma avulsa. Como o 'Pau Brasil' e o 'Essas Parcerias'. Abs, MauroF

Anônimo disse...

Nossa, Larissa! Essas suas explicações tão profundas sobre esse disco, suas informações sobre a escolha desse repertório baseadas unicamente em lembranças e sentimentos de Francis e Olivia, só confirmam o desnecessário desse lançamento. Deveriam ter feito uma tiragem somente pra amigos e afins, incluindo você, é claro.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Larissa Pereira Gouveia disse...

Mauro, fico grata pela atenção, por teres sanado a minha dúvida e pelo seu comentário acerca do que eu expus.

Bem, eu preferia mesmo um Box caprichado. E, até porque havia a possibilidade de na caixa ser incluída um álbum com leituras orquestrais dos temas fílmicos.

Mas é claro que se os discos saem separados tem em mim uma segura compradora.

*Já está mais do que na hora de repassar a obra de Francis, um músico absolutamente salutar na nossa MPB.
Artista completo:compositor,
instrumentista,orquestrador,
arranjador...
Um criador que inspirou muitos outros,
que tem uma obra
tão marcante,com uma identidade tão reconhecível e paradigmática.
O grande consolo a esta longa expectativa pelo relançamento de seus discos é que ele é um criador ainda tão ativo,e não ficamos inanes de seu brilhantismo em sua discografia mais recente.

Abraços, Mauro.

Larissa Pereira Gouveia disse...

Véia ZP,sem querer relativizar mas já relativizando:O conceito de necessário e desnecessário é bastante relativo – e então neste caso.

Você com seu julgamento precipitado só assente o supracitado.Veja bem,se você não vai comprar,ou não se sente instigada a audição do trabalho,isto não significa que o disco não vai ser bem recebido,apreciado; e, bem...necessário para os demais.

O seu grande equívoco não é o fato de julgar o projeto desnecessário:É, sim, dar a esta opinião uma entonação generalizada.A ponto de dar o veredicto de que a obra deveria ser restrita.
Venhamos e convenhamos que este tipo de dificuldade em aceitar,resistir a algo ainda não experimentado é que me parece algo rançoso,envelhecido,pouco promissor.

De mais a mais regravações estão ligadas a conceitos,a momentos.
O Francis vem de um projeto (ainda) recente com temas inéditos (antes deste ao vivo calcado no referido álbum).Ainda trabalhou com seu lado erudito lançando um concerto para violão, que estava inédito em disco.
Ele tem todo o direito de agora querer expor suas lembranças, sua visão (aliás,sempre original) sobre estas canções;enfim.

Não padecerá por falta de criatividade,ou de novidade lhe assevero,uma vez que é criador bastante profícuo.

Bem,por fim,ao invés da excessiva,dramática opinião da restrição aos demais.Você pode tomar a medida mais sensata e simples no ensejo:não comprar,não é verdade?

Unknown disse...

Assisti ao show juntamente com meu marido e mais um casal de amigos, saímos de lá encantados. Parabens!