Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


sábado, 24 de novembro de 2012

'Red' realça o colorido cada vez mais pop do country emocional de Swift

Resenha de CD
Título: Red
Artista: Taylor Swift
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * 1/2

Blockbuster no mercado fonográfico norte-americano, tendo vendido 1 milhão e 208 mil cópias nos Estados Unidos somente na primeira semana de lançamento, o quarto álbum de estúdio de Taylor Swift, Red, talvez obtenha no Brasil repercussão maior do que seus três antecessores pelo fato de o dueto da artista norte-americana com Paula Fernandes em Long Live ter posto a cantora de country em evidência no mercado nacional  no início deste ano de 2012. Com munição forte para manter Swift no topo das paradas dos EUA, o sucessor de Speak Now (2010) realça o crescente colorido pop do diluído country da artista. Músicas como State of Grace (Taylor Swift) e Red (Taylor Swift) gravitam em torno do universo do rock. Já 22 (Taylor Swift, Max Martin e Shellback) exalta a vida com jovialidade e com a tonalidade eletrônica que imprime cor relativamente nova no som da cantora. Outra parceria de Taylor Swift com os produtores Max Martin e Shellback, I Knew You Were Trouble confirma a intenção da cantora de se jogar (até certo ponto) na pista do dubstep. No mais, Red segue os padrões do country cada vez mais pop de Taylor Swift com direito a baladas de caráter emocional como All To Well (Taylor Swift e Liz Rose) e I Almost Do (Taylor Swift). Alvo de manchetes nos tabloides e na mídia das celebridades por conta de seus relacionamentos amorosos, Taylor Swift desfia seu rosário de mágoas e júbilos amorosos ao longo das 16 músicas de Red. Afinal, todo mundo sabe que We Are Never Ever Getting Back Together (Taylor Swift, Max Martin e Shellback) - faixa pop que exemplifica a habilidade da artista de criar músicas pegajosas - é recado incisivo dirigido ao ator norte-americano Jake Gyllenhaal, ex-namorado da cantora. Dores de amores à parte, a moldura instrumental de uma ou outra faixa - como a sedutora Stay Stay Stay (Taylor Swift) - lembra por vezes em Red a origem country do som da artista. Fora do universo pop radiofônico, o dueto de Taylor Swift com Gary Lightbody - na melancólica balada The Last Time, coescrita pelo cantor do grupo Snow Patrol em parceria com Swift e com Jacknife Lee -  se impõe como um dos pontos altos do (longo) álbum, cuja Deluxe Edition adiciona mais seis faixas às 16 da edição standard, entre inéditas como The Moment I Knew e registros alternativos de temas do CD 1, caso de Treacherous, parceria de Swift com Dan Wilson, ouvida em gravação embrionária no CD 2. O belo dueto da cantora com Lightbody sinaliza que o som de Taylor Swift em Red ganha cores mais vivas quando acrescido de tons menos padronizados.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Blockbuster no mercado fonográfico norte-americano, tendo vendido 1 milhão e 208 mil cópias nos Estados Unidos somente na primeira semana de lançamento, o quarto álbum de estúdio de Taylor Swift, Red, talvez obtenha no Brasil repercussão maior do que seus três antecessores pelo fato de o dueto da artista norte-americana com Paula Fernandes em Long Live ter posto a cantora de country em evidência no mercado nacional no início deste ano de 2012. Com munição forte para manter Swift no topo das paradas dos EUA, o sucessor de Speak Now (2010) realça o crescente colorido pop do diluído country da artista. Músicas como State of Grace (Taylor Swift) e Red (Taylor Swift) gravitam em torno do universo do rock. Já 22 (Taylor Swift, Max Martin e Shellback) exalta a vida com jovialidade e com a tonalidade eletrônica que imprime cor relativamente nova no som da cantora. Outra parceria de Taylor Swift com os produtores Max Martin e Shellback, I Knew You Were Trouble confirma a intenção da cantora de se jogar (até certo ponto) na pista do dubstep. No mais, Red segue os padrões do country cada vez mais pop de Taylor Swift com direito a baladas de caráter emocional como All To Well (Taylor Swift e Liz Rose) e I Almost Do (Taylor Swift). Alvo de manchetes nos tabloides e na mídia das celebridades por conta de seus relacionamentos amorosos, Taylor Swift desfia seu rosário de mágoas e júbilos amorosos ao longo das 16 músicas de Red. Afinal, todo mundo sabe que We Are Never Ever Getting Back Together (Taylor Swift, Max Martin e Shellback) - faixa pop que exemplifica a habilidade da artista de criar músicas pegajosas - é recado incisivo dirigido ao ator norte-americano Jake Gyllenhaal, ex-namorado da cantora. Dores de amores à parte, a moldura instrumental de uma ou outra faixa - como a sedutora Stay Stay Stay (Taylor Swift) - lembra por vezes em Red a origem country do som da artista. Fora do universo pop radiofônico, o dueto de Taylor Swift com Gary Lightbody - na melancólica balada The Last Time, coescrita pelo cantor do grupo Snow Patrol em parceria com Swift e com Jacknife Lee - se impõe como um dos pontos altos do (longo) álbum, cuja Deluxe Edition adiciona mais seis faixas às 16 da edição standard, entre inéditas como The Moment I Knew e registros alternativos de temas do CD 1, caso de Treacherous, parceria de Swift com Dan Wilson, ouvida em gravação embrionária no CD 2. O belo dueto da cantora com Lightbody sinaliza que o som de Taylor Swift em Red ganha cores mais vivas quando acrescido de tons menos padronizados.

Daniel disse...

Mauro, se esqueceu de comentar outro dos pontos altos do álbum. O dueto com Ed Sheeran em "Everything Has Changed". A faixa é uma linda balada folk e as vozes de ambos se harmonizaram muito bem. Concordo que o ponto alto do album é The Last Time, ficou perfeita a canção, que lembra bem mais a sonoridade do Snow Patrol que a da Taylor, diga-se de passagem (assim como o dueto com o Ed remete mais a ele). Gostei dessa guinada pro Pop, os tres albuns anteriores dela eram otimos mas estavam começando a ficar repetitivos. O Red não tem nenhuma faixa ruim, há algumas letras ótimas, melodias contagiantes, variação de ritmos...eu daria no mínimmo 4 estrelas ;)