Mauro Ferreira no G1

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sábado, 21 de setembro de 2013

Alice in Chains une peso e sons acústicos no segundo álbum com DuVall

Resenha de CD
Título: The devil put dinosaurs here
Artista: Alice in Chains
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * 1/2

O fato de o segundo álbum do Alice in Chains com o vocalista William DuVall - cantor que ocupa desde 2005 o posto deixado vago há onze anos com a morte de Layne Staley (1967 - 2002) - apresentar faixas de tons acústicos como Choke e Scalpel não representa exatamente uma novidade para um grupo que já lançou EP acústico, Jar of flies (1994), em pleno apogeu do grunge. De todo modo, os climas acústicos - mote inclusive da música que dá título ao disco recém-lançado no Brasil pela EMI Music, The devil put dinosaurs here - sinalizam a intenção da banda de não soar como clone de si mesma e de procurar desbravar novos caminhos sem sair de sua rota habitual. The devil put dinosaurs here mantém o bom nível de seu antecessor Black gives way to blue (2009), digno álbum bastante calcado na fé e na esperança, mas que paradoxalmente preservou a identidade do grunge melódico e sombrio do Alice in Chains. The devil put dinosaurs here conserva tal identidade. Faixas pesadas como Hollow, Lab monkey, Phatom limb e Pretty done reforçam a marca sonora deste grupo que sempre transitou na fronteira entre o grunge e o heavy metal com a força do toque da guitarra de Jerry Cantrell, tão fundamental para a construção da sonoridade do Alice in Chains quanto os vocais de Layne Staley. Mesmo tendo timbre similar ao do cantor que o antecedeu no posto de vocalista do grupo, DuVall consegue escapar da armadilha de soar como mero cover de Staley, inclusive quando harmoniza sua voz com a de Cantrell. Mesmo com certa melancolia em faixas como a balada VoicesThe devil put dinosaurs here mostra que o reativado Alice in Chains continua com vigor - e com fé na vida e na música, conciente de que o show sempre tem que continuar.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

O fato de o segundo álbum do Alice in Chains com o vocalista William DuVall - cantor que ocupa desde 2005 o posto deixado vago há onze anos com a morte de Layne Staley (1967 - 2002) - apresentar faixas de tons acústicos como Choke e Scalpel não representa exatamente uma novidade para um grupo que já lançou EP acústico, Jar of flies (1994), em pleno apogeu do grunge. De todo modo, os climas acústicos - mote inclusive da música que dá título ao disco recém-lançado no Brasil pela EMI Music, The devil put dinosaurs here - sinalizam a intenção da banda de não soar como clone de si mesma e de procurar desbravar novos caminhos sem sair de sua rota habitual. The devil put dinosaurs here mantém o bom nível de seu antecessor Black gives way to blue (2009), álbum calcado na fé e na esperança, mas que paradoxalmente preservou a identidade do grunge melódico e sombrio do Alice in Chains. The devil put dinosaurs here conserva tal identidade. Faixas pesadas como Hollow, Lab monkey, Phatom limb e Pretty done reforçam a marca sonora deste grupo que sempre transitou na fronteira entre o grunge e o heavy metal com a força do toque da guitarra de Jerry Cantrell, tão fundamental para a construção da sonoridade do Alice in Chains quanto os vocais de Layne Staley. Mesmo tendo timbre similar ao do cantor que o antecedeu no posto de vocalista do grupo, DuVall consegue escapar da armadilha de soar como mero cover de Staley, inclusive quando harmoniza sua voz com a de Cantrell. Mesmo com certa melancolia em faixas como a balada Voices, The devil put dinosaurs here mostra que o reativado Alice in Chains continua com vigor - e com fé na vida e na música, conciente de que o show sempre tem que continuar.