Mauro Ferreira no G1

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domingo, 13 de abril de 2014

Shakira volta a campo com álbum que dá lances certeiros na partida pop

Resenha de álbum
Título: Shakira
Artista: Shakira
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *

Shakira está novamente em campo. E parece querer jogar nas onze, com fôlego renovado neste álbum que dá lances certeiros em partida já bem conhecida pelos craques do universo pop. Shakira - décimo álbum de estúdio da cantora e compositora colombiana, recém-lançado no Brasil com capa e conteúdo levemente distintos da edição norte-americana - transita entre reggae, baladas e pop dance eletrônico (com influências de dubstep) sem a densidade dos discos iniciais da artista, mas com jogadas infalíveis para manter a estrela em campo. Música inserida no álbum oficial da Copa do Mundo de 2014, La la la fica vibrante somente na versão turbinada com o baticum do percussionista baiano Carlinhos Brown e subintitulada Brasil 2014. É essa versão que figura no disco da Copa, já que a gravação original de La la la - produzida por time formado por Dr. Luke, Cirkut, Billboard, J2 e a própria Shakira - não chega a levantar a torcida. Como Shakira vem de álbum, Sale el sol (Sony Music, 2010), em que ressaltou suas origens latino-americanas em tentativa de reverter o fracasso do americanizado disco anterior She wolf (2009), este seu décimo álbum de estúdio soa híbrido. Entre reggae de pegada pop gravado em inglês com Rihanna (Can't remember to forget you) e versão em espanhol da mesma música com letra escrita pelo hermano uruguaio Jorge Drexler (Nunca me acuerdo de olvidarte), o álbum ecoa influências de Lady Gaga em Spotlight e embute leve toque de pop country em Medicine, faixa cantada por Shakira com Blake Shelton, cantor norte-americano do gênero. Baladas sentimentais como 23 e Broken record - inspiradas pelo namoro da artista com o jogado de futebol Gerard Piqué - reforçam a tática de Shakira para ganhar o jogo. Alocada ao fim da edição internacional de Shakira, a versão de Cut me deep gravada com MAGIC! - grupo canadense de pop reggae - conecta o álbum ao seu início sem que isso signifique coesão. Enfim, a vitória é quase certa, mas virá acompanhada da sensação de que a cantora já entrou em campo de forma bem menos artificial, com músicas de maior densidade.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Shakira está novamente em campo. E parece querer jogar nas onze, com fôlego renovado neste álbum que dá lances certeiros em partida já bem conhecida pelos craques do universo pop. Shakira - décimo álbum de estúdio da cantora e compositora colombiana, recém-lançado no Brasil com capa e conteúdo levemente distintos da edição norte-americana - transita entre reggae, baladas e pop dance eletrônico (com influências de dubstep) sem a densidade dos discos iniciais da artista, mas com jogadas infalíveis para manter a estrela em campo. Música inserida no álbum oficial da Copa do Mundo de 2014, La la la fica vibrante somente na versão turbinada com o baticum do percussionista baiano Carlinhos Brown e subintitulada Brasil 2014. É essa versão que figura no disco da Copa, já que a gravação original de La la la - produzida por time formado por Dr. Luke, Cirkut, Billboard, J2 e a própria Shakira - não chega a levantar a torcida. Como Shakira vem de álbum, Sale el sol (Sony Music, 2010), em que ressaltou suas origens latino-americanas em tentativa de reverter o fracasso do americanizado disco anterior She wolf (2009), este seu décimo álbum de estúdio soa híbrido. Entre reggae de pegada pop gravado em inglês com Rihanna (Can't remember to forget you) e versão em espanhol da mesma música com letra escrita pelo hermano uruguaio Jorge Drexler (Nunca me acuerdo de olvidarte), o álbum ecoa influências de Lady Gaga em Spotlight e embute leve toque de pop country em Medicine, faixa cantada por Shakira com Blake Shelton, cantor norte-americano do gênero. Baladas sentimentais como 23 e Broken record - inspiradas pelo namoro da artista com o jogado de futebol Gerard Piqué - reforçam a tática de Shakira para ganhar o jogo. Alocada ao fim da edição internacional de Shakira, a versão de Cut me deep gravada com MAGIC! - grupo canadense de pop reggae - conecta o álbum ao seu início sem que isso signifique coesão. Enfim, a vitória é quase certa, mas virá acompanhada da sensação de que a cantora já entrou em campo de forma bem menos artificial, com músicas de maior densidade.

O blog disse...

Adorava a Shakira quando ela chegou ao Brasil. Seus cds iniciais são maravilhosos. Depois que ela começou a cantar inglês, seus cds não ficaram tão atraentes assim. Sale el sol, foi um das suas melhores apostas (no entanto que comoprei). Já esse novo cd, se parece com o apagado Shw wolf. Ouvi no itunes e não gostei. Poderia ter tido mais músicas em espanhol e mais influências de música caribenha. Que pena que o tiro saiu pela culatra.

Vinny disse...

O Shakira, pra mim, está entre os melhores CDs de Shakira, junto de 'Sale el Sol', 'Fijación Oral vol. 1l', 'Laundry Service' e 'Donde Están Los Ladrones'. É um CD que tem um pouco de tudo e me remete a vários dos CDs que mencionei acima. Considero 'She Wolf' um CD fraco, mas o 'Shakira' em nada me remete a ele.

Enfim... Percepções distintas.