Mauro Ferreira no G1

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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Caixa 'Brasil brasileiro' expõe (todos) os tons da obra de Ary em 20 CDs

O lançamento da caixa Ary Barroso - Brasil brasileiro - posta nas lojas em edição do Museu da Imagem do Som (MIS) de São Paulo - é a maior homenagem que poderia ser prestada ao compositor mineiro no ano em que se completam cinco décadas da saída de cena de Ary Barroso (1903 - 1964). Com 20 CDs, a caixa inventaria toda a obra do compositor do samba-exaltação Aquarela do Brasil (1939), expondo todos os tons do cancioneiro de Ary através da disposição, em ordem cronológica, das gravações originais de 316 das 321 músicas nascidas da inspiração do compositor. O responsável pelo hercúleo inventário é o pesquisador musical paulista Omar Jubran. Ao longo de 12 anos de pesquisa, iniciada em 1994 e concluída em 2006, Jubran levantou toda a obra de Ary e compilou os fonogramas originais de cada música, em trabalho semelhante ao que já realizada com o cancioneiro autoral do compositor carioca Noel Rosa (1910 - 1937). Decorridos oito anos, a caixa Ary Barroso - Brasil brasileiro chega ao mercado fonográfico brasileiro pelo MIS, prestando inestimável serviço para a memória da música brasileira. A seleção vai do longínquo 1928 - ano em que o cantor carioca Mário Reis (1907 - 1981) gravou o samba Vou à Penha - até 2006, ano em que o fox Amor fatal foi enfim gravado pela primeira vez em disco, em registro caseiro feito pela pianista Janete Alonso especialmente para que o tema fosse incluído no projeto da caixa. Amor fatal - informa Jubran no livro encartado na caixa ao lado dos 20 CDs - foi lançado por Ary Barroso na revista Brasil da gente, em cartaz em 1932. Parte fundamental da caixa, o livro fornece informações detalhadas sobre a origem de cada fonograma e lista as cinco músicas das quais parece não haver registros fonográficos de qualquer espécie. Dentre as pérolas raras pescadas por Jubran no baú de Ary, há o samba-canção Semente do amor, ouvido em duas gravações extraídas da trilha sonora do filme Três colegas de batina (1962). Outro fonograma digno de menção pela causa curiosa é a marcha Jânio! Jânio! Jânio!, composta por Ary em 1960 para campanha do político sul-matogrossense Jânio Quadros (1917-1992). A aquarela de Ary Barroso foi pintada com um amplo painel de cores vivas, todas perpetuadas nos 20 CDs da caixa Brasil brasileiro.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

O lançamento da caixa Ary Barroso - Brasil brasileiro - posta nas lojas em edição do Museu da Imagem do Som (MIS) de São Paulo - é a maior homenagem que poderia ser prestada ao compositor mineiro no ano em que se completam cinco décadas da saída de cena de Ary Barroso (1903 - 1964). Com 20 CDs, a caixa inventaria toda a obra do compositor do samba-exaltação Aquarela do Brasil (1939), expondo todos os tons do cancioneiro de Ary através da disposição, em ordem cronológica, das gravações originais de 316 das 321 músicas nascidas da inspiração do compositor. O responsável pelo hercúleo inventário é o pesquisador musical paulista Omar Jubran. Ao longo de 12 anos de pesquisa, iniciada em 1994 e concluída em 2006, Jubran levantou toda a obra de Ary e compilou os fonogramas originais de cada música, em trabalho semelhante ao que já realizada com o cancioneiro autoral do compositor carioca Rosa (1910 - 1937). Decorridos oito anos, a caixa Ary Barroso - Brasil brasileiro chega ao mercado fonográfico brasileiro pelo MIS, prestando inestimável serviço para a memória da música brasileira. A seleção vai do longínquo 1928 - ano em que o cantor carioca Mário Reis (1907 - 1981) gravou o samba Vou à Penha - até 2006, ano em que o fox Amor fatal foi enfim gravado pela primeira vez em disco, em registro caseiro feito pela pianista Janete Alonso especialmente para que o tema fosse incluído no projeto da caixa. Amor fatal - informa Jubran no livro encartado na caixa ao lado dos 20 CDs - foi lançado por Ary Barroso na revista Brasil da gente, em cartaz em 1932. Parte fundamental da caixa, o livro fornece informações detalhadas sobre a origem de cada fonograma e lista as cinco músicas das quais parece não haver registros fonográficos de qualquer espécie. Dentre as pérolas raras pescadas por Jubran no baú de Ary, há o samba-canção Semente do amor, ouvido em duas gravações extraídas da trilha sonora do filme Três colegas de batina (1962). Outro fonograma digno de menção, por sua origem curiosa, é a marcha Jânio! Jânio! Jânio!, composta por Ary para campanha do político sul-matogrossense Jânio Quadros (1917 - 1992). A aquarela de Ary Barroso foi pintada com um amplo painel de cores vivas, todas perpetuadas nos 20 CDs da caixa Brasil brasileiro.

Fabio Gomes disse...

Mauro, na referência a Noel Rosa foi omitido o prenome do compositor, ficou apenas "o compositor carioca Rosa (1910 - 1937)".

abraço

Mauro Ferreira disse...

Grato pelo toque, Fábio Gomes. abs, obrigado, MauroF