Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


domingo, 27 de novembro de 2011

De olho no retrovisor, Fagner canta hits e celebra Rio com samba de 1982

Em 1982, Fagner lançou o compacto simples Batuquê de Praia com o jogador Zico, então uma das maiores estrelas do futebol brasileiro. O compacto trazia Cantos do Rio, samba de Petrúcio Maia que enaltece as belezas naturais do Rio de Janeiro (RJ) sem recorrer às imagens-clichês. Foi com esse esquecido samba que Fagner abriu o roteiro do show que o trouxe de volta aos palcos cariocas na noite de 26 de novembro de 2011 em apresentação que encheu a casa Vivo Rio. Abrir o show com Cantos do Rio - explicou Fagner ao público alguns números depois - foi uma forma de celebrar os 40 anos de sua chegada ao Rio de Janeiro, em 1971. A cidade onde o cantor ganhou fama progressiva ao longo da década de 70 com obra que Fagner passou em revista nas duas horas de show. De olho no retrovisor, o cantor enfileirou hits em roteiro de início mais curto. "Acabou o repertório. Mas a memória é boa. Posso ficar aqui até de manhã...", gracejou após cantar Flor do Mamulengo (Luiz Fidélis), acrescentando então de improviso mais seis músicas ao roteiro. Eis as 30 músicas cantadas por Fagner - visto em foto de Mauro Ferreira - no (bom) show apresentado em 26 de novembro de 2011 na casa Vivo Rio:

1. Cantos do Rio (Petrúcio Maia) - 1982
2. Um Real de Amor (Raimundo Fagner e Brandão) - 2003
3. Motivo (Raimundo Fagner sobre poema de Cecília Meirelles) - 1978
4. Paralelas (Belchior) - 1975 
5. Nossa Canção (Luiz Ayrão) - 1966
6. Asa Partida (Raimundo Fagner e Abel Silva) - 1976
7. Mucuripe (Raimundo Fagner e Belchior) - 1972
8. Me Leve (Cantiga Para Não Morrer) (Raimundo Fagner e Ferreira Gullar) - 1984
9. Fanatismo (Raimundo Fagner sobre poema de Florbela Espanca) - 1981
10. Guerreiro Menino (Um Homem Também Chora) (Gonzaguinha) - 1983
11. Jura Secreta (Sueli Costa e Abel Silva) - 1977
12. Revelação (Clodô e Clésio) - 1978
13. Espumas ao Vento (Accioly Neto) - 1997
14. Deslizes (Michael Sullivan e Paulo Massadas) - 1987
15. Borbulhas de Amor (Juan Luis Guerra em versão de Ferreira Gullar) - 1991
16. Canteiros (Raimundo Fagner sobre poema de Cecília Meirelles) - 1973
17. Pedras que Cantam (Dominguinhos e Fausto Nilo) - 1991
18. Deixa Viver (Francisco Casaverde e Fausto Nilo) - 1985
19. Cartaz (Francisco Casaverde e Fausto Nilo) - 1984
Bis:
20. Cebola Cortada (Petrúcio Maia e Clodô) - 1977
21. Noturno (Graco e Caio Silvio) - 1979
22. Jardim dos Animais (Paraíso) (Fagner e Fausto Nilo) - 2001
23. Chorando e Cantando (Geraldo Azevedo e Fausto Nilo) - 1986
24. Flor do Mamulengo (Luiz Fidélis) - 1998
Bis 2 (de improviso)
25. Quem me Levará Sou Eu (Manduka e Dominguinhos, 1979)
26. Vaca Estrela e Boi Fubá (Patativa do Assaré, 1980)
27. Eternas Ondas (Zé Ramalho, 1980)
28. A Morte do Vaqueiro (Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho) - 1963
Bis 3
29. Romance no Deserto (Bob Dylan e Jacques Levy em versão de Fausto Nilo) - 1987
30. Retrovisor (Raimundo Fagner e Fausto Nilo) - 1989

5 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Em 1982, Fagner lançou o compacto simples Batuquê de Praia com o jogador Zico, então uma das maiores estrelas do futebol brasileiro. O compacto trazia Cantos do Rio, samba de Petrúcio Maia que enaltece as belezas naturais do Rio de Janeiro (RJ) sem recorrer às imagens-clichês. Foi com esse esquecido samba que Fagner abriu o roteiro do show que o trouxe de volta aos palcos cariocas na noite de 26 de novembro de 2011 em apresentação que encheu a casa Vivo Rio. Abrir o show com Cantos do Rio - explicou Fagner ao público alguns números depois - foi uma forma de celebrar os 40 anos de sua chegada ao Rio de Janeiro, em 1971. A cidade onde o cantor ganhou fama progressiva ao longo da década de 70 com obra que Fagner passou em revista nas duas horas de show. De olho no retrovisor, o cantor enfileirou hits em roteiro de início mais curto. "Acabou o repertório. Mas a memória é boa. Posso ficar aqui até de manhã...", gracejou após cantar Flor do Mamulengo (Luiz Fidélis), acrescentando então de improviso mais seis músicas ao roteiro. Eis as 30 músicas cantadas por Fagner - visto em foto de Mauro Ferreira - no (bom) show apresentado em 26 de novembro de 2011 na casa Vivo Rio:

1. Cantos do Rio (Petrúcio Maia) - 1982
2. Um Real de Amor (Raimundo Fagner e Brandão) - 2003
3. Motivo (Raimundo Fagner sobre poema de Cecília Meirelles) - 1978
4. Paralelas (Belchior) - 1975
5. Nossa Canção (Luiz Ayrão) - 1966
6. Asa Partida (Raimundo Fagner e Abel Silva) - 1976
7. Mucuripe (Raimundo Fagner e Belchior) - 1972
8. Me Leve (Cantiga Para Não Morrer) (Raimundo Fagner e Ferreira Gullar) - 1984
9. Fanatismo (Raimundo Fagner sobre poema de Florbela Espanca) - 1981
10. Guerreiro Menino (Um Homem Também Chora) (Gonzaguinha) - 1983
11. Jura Secreta (Sueli Costa e Abel Silva) - 1977
12. Revelação (Clodô e Clésio) - 1978
13. Espumas ao Vento (Accioly Neto) - 1997
14. Deslizes (Michael Sullivan e Paulo Massadas) - 1987
15. Borbulhas de Amor (Juan Luis Guerra em versão de Ferreira Gullar) - 1991
16. Canteiros (Raimundo Fagner sobre poema de Cecília Meirelles) - 1973
17. Pedras que Cantam (Dominguinhos e Fausto Nilo) - 1991
18. Deixa Viver (Francisco Casaverde e Fausto Nilo) - 1985
19. Cartaz (Francisco Casaverde e Fausto Nilo) - 1984
Bis:
20. Cebola Cortada (Petrúcio Maia e Clodô) - 1977
21. Noturno (Graco e Caio Silvio) - 1979
22. Jardim dos Animais (Paraíso) (Fagner e Fausto Nilo) - 2001
23. Chorando e Cantando (Geraldo Azevedo e Fausto Nilo) - 1986
24. Flor do Mamulengo (Luiz Fidélis) - 2003
Bis 2 (de improviso)
25. Quem me Levará Sou Eu (Manduka e Dominguinhos, 1979)
26. Vaca Estrela e Boi Fubá (Patativa do Assaré, 1980)
27. Eternas Ondas (Zé Ramalho, 1980)
28. A Morte do Vaqueiro (Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho) - 1963
Bis 3
29. Romance no Deserto (Bob Dylan e Jacques Levy em versão de Fausto Nilo) - 1987
30. Retrovisor (Raimundo Fagner e Fausto Nilo) - 1989

Geraldo disse...

O show foi perfeito. Desde a abertura, num set de voz, violão e a guitarra discreta de Cristiano Pinho, quando ele tirou do fundo do baú a música "Cantos do Rio". Fagner fez um show belíssimo, além de contar com uma banda muito boa, com ele desde o lançamento do cd Uma Canção no Rádio. É o momento de novos passos dentro do mercado fonográfico.

Geraldo disse...

Mauro,
fiquei encucado quanto aos anos das músicas.
O que foi postado é o ano em que a música foi feita o ano em que Fagner a gravou?

Se for pelo segundo critérios tem algumas imprecisões. Jura Secreta, 1978, Cantos do Rio 1983, Flor do Mamulengo 2009, chorando e cantando 2010...

Caso o critério seja o primeiro, faço ressalvas a Flor do Mamulengo: não sei precisar o ano, mas esta música já era tocada no Nordeste nos anos noventa.

Quero parabenizá-lo pelo maravilhoso texto.

Geraldo disse...

Na realidade não dá para dizer que houve improviso. Todas as músicas têm sido cantadas nos shows recentes que Fagner tem feito. Apenas algumas não entram nos shows realizados em praça pública. Quem foi ao show do Teatro Riachuelo em Natal viu uma apresentação muito parecida com a do Vivo Rio. Talvez se destaquem as mudanças nos arranjos de Eternas Ondas e em Canteiros, esta última de forma muito sutil, a partir da bela perfomance de André Carneiro no baixo.

Anônimo disse...

aguem sabe me dizer o nome da modelo que faz o clip da musica jardim dos animais de fagner