Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Stronger segue padrões sem fortalecer identidade pop de Kelly Clarkson

Resenha de CD
Título: Stronger
Artista: Kelly Clarkson
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *

Embora tenha uma certa coesão, o quinto álbum de Kelly Clarkson, Stronger, não consegue fortalecer a (confusa) identidade da cantora no universo pop. A voz está lá - naturalmente potente em faixas como Honestly (uma das melhores do disco), You Love me e Einstein - mas Stronger ainda deixa sérias dúvidas sobre o estilo da cantora projetada ao vencer edição do American Idol. Talvez porque, a cada álbum, Clarkson tente um caminho diferente. Em My December (2007), a cantora ensaiou chata reviravolta com rock raivoso de pífios resultados comerciais. Escaldada com o fracasso, Clarkson voltou ao pop artificial no posterior All I Ever Wanted (2009). Bem mais voltado para o pop rock, Stronger apaga a má impressão de seu antecessor sem combustível para fazer de Clarkson uma artista de marca definida. A sensação é que balada como Standing in Front of You ou pop rock como I Forgive You poderiam figurar no disco de qualquer cantora norte-americana que siga a cartilha da indústria da música. Justiça seja feita, Stronger abre com duas boas faixas, Mr. Kronw It All e What Doesn't Kill You (Stronger), de energia e pegada pop cativantes. No fim, há até um flerte com o country pop na balada Breaking Your Own Heart, instante de delicadeza em álbum que segue padrões.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Embora tenha uma certa coesão, o quinto álbum de Kelly Clarkson, Stronger, não consegue fortalecer a (confusa) identidade da cantora no universo pop. A voz está lá - naturalmente potente em faixas como Honestly (uma das melhores do disco), You Love me e Einstein - mas Stronger ainda deixa dúvidas sobre o estilo da cantora projetada ao vencer edição do American Idol. Talvez porque, a cada álbum, Clarkson tente um caminho diferente. Em My December (2007), a cantora ensaiou chata reviravolta com rock raivoso de pífios resultados comerciais. Escaldada com o fracasso, Clarkson voltou ao pop artificial no posterior All I Ever Wanted (2009). Bem mais voltado para o pop rock, Stronger apaga a má impressão de seu antecessor sem combustível para fazer de Clarkson uma artista de marca definida. A sensação é que balada como Standing in Front of You ou pop rock como I Forgive You poderiam figurar no disco de qualquer cantora norte-americana que siga a cartilha da indústria da música. Justiça seja feita, Stronger abre com duas boas faixas, Mr. Kronw It All e What Doesn't Kill You (Stronger), de energia e pegada pop cativantes. No fim, há até um flerte com o country pop na balada Breaking Your Own Heart, instante de delicadeza em álbum que segue padrões.