Mauro Ferreira no G1

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sábado, 14 de dezembro de 2013

Titãs tocam Raul em show com dez inéditas que antecipa álbum de 2014

Ninguém gritou "Toca Raul!" na pista e na arquibancada do Circo Voador durante a estreia carioca do show Titãs inédito. Mas a banda paulista reverenciou Raul Seixas (1945 - 1989) e tocou Aluga-se (1980), rock feito pelo cantor e compositor baiano com Cláudio Roberto, seu parceiro mais frequente da fase pós-Paulo Coelho. Por sua forte crítica social, Aluga-se - rock aliás regravado pelo Titãs no álbum As dez mais (Warner Music, 1999), um dos títulos mais controvertidos da discografia do grupo - se ajustou ao tom demolidor do show da banda. Em apresentação iniciada já aos primeiros minutos da madrugada deste sábado, 14 de dezembro de 2013, o grupo - atualmente reduzido a um quarteto ao qual o baterista Mario Fabre foi agregado como músico convidado - apresentou dez músicas inéditas, compostas para o álbum que a banda pretende gravar em 2014. A julgar por essas dez inéditas, assinadas pelos músicos com parceiros inusitados como o diretor de teatro Aderbal Freire-Filho (no caso de Terra à vista) e o cartunista Angeli (coautor de República dos bananas), Branco Mello (voz e baixo), Paulo Miklos (voz e guitarra - em foto de Mauro Ferreira), Sérgio Britto (voz, teclado e baixo) e Tony Bellotto (guitarra) estão dispostos a retomar no próximo disco o peso e a ideologia contestadora de obras-primas da discografia dos Titãs como os álbuns Cabeça dinossauro (1986) e Jesus não tem dentes no país dos banguelas (1987), cujos repertórios, aliás, foram a base da segunda parte do show, voltada para as músicas lançadas pela banda nos anos 80 (a exceção foi a recente Vossa excelência, lançada em MTV ao vivo de 2005). Eis o roteiro seguido pelo quarteto na primeira apresentação do show Titãs inédito no Rio de Janeiro (RJ):

Set com músicas inéditas
1. Eu me sinto bem (Paulo Miklos, Sergio Britto e Tony Bellotto)
2. Renata (Paulo Miklos, Sergio Britto e Tony Bellotto)
3. Terra à vista (Branco Mello, Aderbal Freire Filho e Emerson Villani)
4. Senhor (Tony Bellotto)
5. Baião de dois (Paulo Miklos) - com citação de Bim bom (João Gilberto, 1959)
6. Mensageiro da desgraça (Paulo Miklos, Sergio Britto e Tony Bellotto)
7. Quem são os animais? (Sergio Britto)
8. Não pode (Sergio Britto)
9. Flores pra ela (Mario Fabre e Sergio Britto)
10. República dos bananas (Branco Mello, Angeli, Hugo Possolo e Emerson Villani)

Set com músicas antigas
11. Desordem (Sérgio Britto, Marcelo Fromer e Charles Gavin, 1987)
12. AA UU (Sérgio Britto e Marcelo Fromer, 1986)
13. Bichos escrotos (Arnaldo Antunes, Sergio Britto e Nando Reis, 1986)
14. Vossa Excelência (Charles Gavin, Paulo Miklos e Tony Bellotto, 2005)
15. Televisão (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Tony Bellotto, 1985)
16. Cabeça dinossauro (Arnaldo Antunes, Branco Mello e Paulo Miklos, 1986)
17. Polícia (Tony Bellotto, 1986)
18. Homem Primata (Marcelo Fromer, Ciro Pessoa, Nando Reis e Sergio Britto, 1986)
19. Aluga-se (Raul Seixas e Claudio Roberto, 1980)
20. Diversão (Nando Reis e Sergio Britto, 1987)
21. Comida (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sergio Brito, 1987)
22. Igreja (Nando Reis, 1986)
23. Lugar Nenhum (Arnaldo Antunes, Charles Gavin, Marcelo Fromer, Sergio Britto e Tony Bellotto, 1987)
Bis:
24. Marvin (Ronald Dunbar e General Johnson em versão de Nando Reis e Sergio Britto, 1984)
25. Sonífera Ilha (Branco Mello, Marcelo Fromer, Tony Bellotto, Carlos Barmack e Ciro Pessoa, 1984)

26. Flores (Tony Bellotto, Paulo Miklos, Charles Gavin e Sergio Britto, 1989)

Bis 2:
27. Marvin R. Dunbar e G. N. Johson em versão de Nando Reis e Sergio Britto, 1984)
28. Go back (Sergio Britto e Torquato Netto, 1984)

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Ninguém gritou "Toca Raul!" na pista e na arquibancada do Circo Voador durante a estreia carioca do show Titãs inédito. Mas a banda paulista reverenciou Raul Seixas (1945 - 1989) e tocou Aluga-se (1980), rock feito pelo cantor e compositor baiano com Cláudio Roberto, seu parceiro mais frequente da fase pós-Paulo Coelho. Por sua forte crítica social, Aluga-se - rock aliás regravado pelo Titãs no álbum As dez mais (Abril Music, 1999), um dos títulos mais controvertidos da discografia do grupo - se ajustou ao tom demolidor do show da banda. Em apresentação iniciada já aos primeiros minutos da madrugada deste sábado, 14 de dezembro de 2013, o grupo - atualmente reduzido a um quarteto ao qual o baterista Mario Fabre foi agregado como músico convidado - apresentou dez músicas inéditas, compostas para o álbum que a banda pretende gravar em 2014. A julgar por essas dez inéditas, assinadas pelos músicos com parceiros inusitados como o diretor de teatro Aderbal Freire-Filho (no caso de Terra à vista) e o cartunista Angeli (coautor de República dos bananas), Branco Mello (voz e baixo), Paulo Miklos (voz e guitarra - em foto de Mauro Ferreira), Sérgio Britto (voz, teclado e baixo) e Tony Bellotto (guitarra) estão dispostos a retomar no próximo disco o peso e a ideologia contestadora de obras-primas da discografia dos Titãs como os álbuns Cabeça dinossauro (1986) e Jesus não tem dentes no país dos banguelas (1987), cujos repertórios, aliás, foram a base da segunda parte do show, voltada para as músicas lançadas pela banda nos anos 80 (a exceção foi a recente Vossa excelência, lançada em MTV ao vivo de 2005). Eis o roteiro seguido pelo quarteto na primeira apresentação do show Titãs inédito no Rio de Janeiro (RJ):

Set com músicas inéditas
1. Eu me sinto bem (Paulo Miklos, Sergio Britto eTony Bellotto)
2. Renata (Paulo Miklos, Sergio Britto eTony Bellotto)
3. Terra à vista (Branco Mello, Aderbal Freire Filho e Emerson Villani)
4. Senhor (Tony Bellotto)
5. Baião de dois (Paulo Miklos) - com citação de Bim bom (João Gilberto, 1959)
6. Mensageiro da desgraça (Paulo Miklos, Sergio Britto eTony Bellotto)
7. Quem são os animais? (Sergio Britto)
8. Não pode (Sergio Britto)
9. Flores pra ela (Mario Fabre e Sergio Britto)
10. República dos bananas (Branco Mello, Angeli, Hugo Possolo e Emerson Villani)
Set com músicas antigas
11. Desordem (Sérgio Britto, Marcelo Fromer e Charles Gavin, 1987)
12. AA UU (Sérgio Britto e Marcelo Fromer, 1986)
13. Bichos escrotos (Arnaldo Antunes, Sergio Britto e Nando Reis, 1986)
14. Vossa Excelência (Charles Gavin, Paulo Miklos e Tony Bellotto, 2005)
15. Televisão (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Tony Bellotto, 1985)
16. Cabeça dinossauro (Arnaldo Antunes, Branco Mello e Paulo Miklos, 1986)
17. Polícia (Tony Bellotto, 1986)
18. Homem Primata (Marcelo Fromer, Ciro Pessoa, Nando Reis e Sergio Britto, 1986)
19. Aluga-se (Raul Seixas e Claudio Roberto, 1980)
20. Diversão (Nando Reis e Sergio Britto, 1987)
21. Comida (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sergio Brito, 1987)
22. Igreja (Nando Reis, 1986)
23. Lugar Nenhum (Arnaldo Antunes, Charles Gavin, Marcelo Fromer, Sergio Britto e Tony Bellotto, 1987)
Bis:
24. Marvin (R. Dunbar e G. N. Johson em versão de Nando Reis e Sergio Britto, 1984)
25. Sonífera Ilha (Branco Mello, Marcelo Fromer, Tony Bellotto, Carlos Barmack e Ciro Pessoa, 1984)
26. Flores (Tony Bellotto, Paulo Miklos, Charles Gavin e Sergio Britto, 1989)
Bis 2:
27. Marvin R. Dunbar e G. N. Johson em versão de Nando Reis e Sergio Britto, 1984)
28. Go back (Sergio Britto e Torquato Netto, 1984)

Anônimo disse...

Retornar ao peso e a ideologia contestadora de outrora?!
Mal comparando - e sem nenhuma alusão ao caráter dos componentes da banda, os tenho como pessoas genuínas(com trocadilho), mas seria a mesma coisa que o PT dissesse:
A partir de agora voltaremos a sermos o que éramos nos anos oitenta.
Como diria Cazuza:
O Tempo Não Para.

PS: O Angeli, sim.
Continua rock'n'roll.
Mas os Titãs perderam a licença para a contestação implícita no gênero.