Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Paez reforça assinatura de seu pop rock no tom romântico de 'Yo te amo'

Resenha de CD
Título: Yo te amo
Artista: Fito Paez
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *

Encerrada fase revisionista, quando recriou em turnê o repertório de seu emblemático álbum El amor después del amor (1992) em show perpetuado em DVD e CD ao vivo editados em 2012, Fito Paez volta a olhar para a frente. Lançado no Brasil neste mês de dezembro de 2013, via Sony Music, Yo te amo é seu 20º álbum de estúdio. Um disco de inéditas em que o cantor e compositor argentino reforça a assinatura de seu pop rock - gênero do qual Paez é uma das referências máximas em seu país natal - em 11 composições inéditas de sua lavra solitária. Aos 50 anos, Paez já se sente confortável em zona da qual jamais se afasta, ainda que os beats eletrônicos de tom tecnopop da música-título Yo te amo sinalizem o contrário na abertura do disco. Como já explicita o título Yo te amo, o CD - produzido por Paez com Diego Olivero e Mariano Lopez - apresenta repertório de inspiração explicitamente romântica. Não há, aparentemente, um clássico instantâneo entre as 11 músicas. Mas tampouco há temas que deponham contra o histórico de Paez. O artista enfileira rocks (Margarita, Sos más) e baladas (Perdón) de cepa pop e certo lirismo ao longo dos 41 minutos do CD, entre flerte com o folk em Ojalá que sea. Se há alguma real surpresa, é a batida funkeada e o vocal rapeado que tomam conta de Por donde pasa el amor na segunda metade da faixa. Justiça seja feita: Paez versa sobre o amor quase sempre sem pieguismo. La canción del soldado y Rosita Pazos foca até o amor alvejado em tempos de guerra. Já Las luces en la ciudad retrata com lirismo o momento em que um filho deixa a casa dos pais para cair no mundo e até se perder, mas ganhando o direito de amar. A ciudad, claro, é Buenos Aires, citada nominalmente na letra da balada La velocidad del tiempo que fecha o disco com piano e coros. Até nesse sentido Yo te amo é disco fiel ao universo de Paez. O musical e o geográfico. Por isso mesmo, o bom álbum deve obter pouca repercussão além das fronteiras argentinas - o que também não é novidade...

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Encerrada fase revisionista, quando recriou em turnê o repertório de seu emblemático álbum El amor después del amor (1992) em show perpetuado em DVD e CD ao vivo editados em 2012, Fito Paez volta a olhar para a frente. Lançado no Brasil neste mês de dezembro de 2013, via Sony Music, Yo te amo é seu 20º álbum de estúdio. Um disco de inéditas em que o cantor e compositor argentino reforça a assinatura de seu pop rock - gênero do qual Paez é uma das referências máximas em seu país natal - em 11 composições inéditas de sua lavra solitária. Aos 50 anos, Paez já se sente confortável em zona da qual jamais se afasta, ainda que os beats eletrônicos de tom tecnopop da música-título Yo te amo sinalizem o contrário na abertura do disco. Como já explicita o título Yo te amo, o CD - produzido por Paez com Diego Olivero e Mariano Lopez - apresenta repertório de inspiração explicitamente romântica. Não há, aparentemente, um clássico instantâneo entre as 11 músicas. Mas tampouco há temas que deponham contra o histórico de Paez. O artista enfileira rocks (Margarita, Sos más) e baladas (Perdón) de cepa pop e certo lirismo ao longo dos 41 minutos do CD, entre flerte com o folk em Ojalá que sea. Se há alguma real surpresa, é a batida funkeada e o vocal rapeado que tomam conta de Por donde pasa el amor na segunda metade da faixa. Justiça seja feita: Paez versa sobre o amor quase sempre sem pieguismo. La canción del soldado y Rosita Pazos foca até o amor alvejado em tempos de guerra. Já Las luces en la ciudad retrata com lirismo o momento em que um filho deixa a casa dos pais para cair no mundo e até se perder, mas ganhando o direito de amar. A ciudad, claro, é Buenos Aires, citada nominalmente na letra da balada La velocidad del tiempo que fecha o disco com piano e coros. Até nesse sentido Yo te amo é disco fiel ao universo de Paez. O musical e o geográfico. Por isso mesmo, o bom álbum deve obter pouca repercussão além das fronteiras argentinas - o que também não é novidade...

aguiar_luc disse...

Capa de cd bunita da porra!!

Alexander Canale disse...

Fito é fantástico.

Realmente a capa é boa. Mostra até rugas sem photoshop.