♪ Ivan Lins toca piano em faixa do álbum de músicas inéditas que a cantora e compositora Wanda Sá grava em estúdio da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O cantor, compositor e músico carioca gravou anteontem, 26 de de abril de 2016, a participação no disco. Ivan - visto com Wanda na foto tirada no estúdio por Mauro Mattos - toca piano em Uma simples canção, a música inédita que deu para o álbum da cantora de origem paulistana e criação carioca. O disco se chama Cá entre nós - nome de música inédita composta por Roberto Menescal com Wanda Sá - e sai neste ano de 2016.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
Mostrando postagens com marcador Ivan Lins. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ivan Lins. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 28 de abril de 2016
sexta-feira, 11 de março de 2016
Ivan vai da música caipira ao fado nos três discos que planeja fazer em 2016
♪ Ivan Lins planeja concluir nada menos do que três álbuns neste ano de 2016. Um - já em processo de finalização - é disco de música caipira que apresentas parcerias do artista carioca com o cantor e compositor paulistano Rafael Altério - com quem Ivan forma a dupla Fioravante & Guimarães. Outro projeto, já iniciado no Brasil, é um disco dedicado ao fado que vai ser concluído ao longo do ano com gravações em Portugal e participações de músicos lusitanos. Um terceiro CD vai reunir números de shows feitos por Ivan com o compositor, pianista e produtor musical gaúcho Geraldo Flach (1945 - 2011). Aos 70 anos, festejados em junho de 2015, o cantor, compositor e pianista ainda pretende lançar biografia centrada na carreira, iniciada em 1965 com shows com o Alfa Trio.
sábado, 5 de março de 2016
Bela caixa com registros inéditos dos anos 1970 flagra Ivan Lins abrindo alas
Resenha de caixa de CDs
Título: Ivan Lins anos 70
Artista: Ivan Lins
Gravadora: Discobertas
Cotação: * * * *
Título: Ivan Lins anos 70
Artista: Ivan Lins
Gravadora: Discobertas
Cotação: * * * *
♪ O cancioneiro de Ivan Lins atingiu ponto de maturação em 1977 com a edição do álbum Somos todos iguais nesta noite (EMI-Odeon) e a consequente consolidação da parceria do cantor, compositor e pianista carioca com o letrista paulista Vitor Martins, iniciada três anos antes com a música Abre alas (Ivan Lins e Vitor Martins, 1974). Apresentada ao Brasil em 1970, ano em que Elis Regina (1945 - 1982) gravou o samba Madalena (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, 1970) e em que o próprio Ivan defendeu a ufanista O amor é o meu país (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, 1970) em festival da canção, a obra autoral de Ivan começou a maturar a partir do encontro com Vitor. Foi quando essa obra se livrou do injusto rótulo de adesista (ao Brasil dos anos de chumbo) e se tornou combativa, denunciando por meio de metáforas inteligentes a truculência do regime militar instaurado no Brasil em 1964. De alto valor documental, as gravações inéditas reproduzidas nos três CDs da caixa Ivan Lins anos 70 - posta nas lojas neste mês de março de 2016 pelo selo Discobertas - flagram Ivan em processo de transição. Os dois primeiros discos perpetuam números de dois shows feitos por Ivan em 1975 - ambos com o toque virtuoso do Modo Livre, grupo formado por Gilson Peranzzetta (teclados), Ricardo Pontes (flauta e sax), João Cortez (bateria) e Fred Barboza (baixo) - em Curitiba (PR) e em São José do Rio Preto (SP). O terceiro disco reúne gravações de estúdio, feitas em 1978, mas não aproveitadas. Por terem sido feitos no mesmo ano, com a mesma banda, os dois shows têm clima similar e trazem músicas eventualmente recorrentes como o samba Quero de volta o meu pandeiro (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, 1973), última música gravada por Ivan em sua primeira passagem pela gravadora Philips, como o artista conta em fala do show reproduzida no CD Ivan Lins anos 70 vol. 2. Como a gravação do CD Ivan Lins anos 70 vol. 1 enfatiza mais, o pandeiro é a metáfora usada por Ronaldo Monteiro de Souza para clamar pela volta da liberdade e da alegria perdidas com a repressão política do governo brasileiro da época. Nos shows, Ivan dava sutilmente o recado, surtindo efeito a repetição da palavra "desilusão" ao fim da abordagem do samba Acender as velas (Zé Kétti, 1964), outra música recorrente no roteiro dos dois shows. O repertório condensa músicas dos álbuns Modo livre (RCA-Victor, 1974) e Chama acesa (RCA-Victor, 1975), gravado e lançado por Ivan no fim daquele ano de 1975 (o disco chegaria às lojas em dezembro de 1975, após os shows). Na época com 30 anos, Ivan Lins estava no auge da força vocal, embora faça surpreendente confissão da sensação de inabilidade para o canto ("Eu não gosto de cantar. Os caras me empurraram para dentro do estúdio", conta em fala do primeiro CD da caixa). O fato é que Ivan canta a própria obra com grande propriedade. E por ser compositor de harmonias elaboradas e pianista de mão cheia, Ivan soa à vontade no clima jazzy criado pelo Modo Livre ao fim do samba Me deixa em paz (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, 1971) - destaque do roteiro reproduzido no segundo disco - e em Chega (Ivan Lins, 1974). Sem retoques, as gravações dos shows reproduzem falas espontâneas - como a do músico que lembra Ivan de apresentar o técnico do som no show de São José do Rio Preto (SP) - e mostram que a parceria inicial do compositor com Ronaldo Monteiro de Souza (diluída com a entrada retumbante de Vitor Martins na obra de Ivan a partir de 1974) merece reavaliação, pois inclui títulos importantes deste cancioneiro dos mais ricos e nobres da MPB que floresceu na década de 1970. Com gravações demos registradas em estúdio três anos após a realização dos shows de 1975, o CD Ivan Lins anos 70 vol. 3 valoriza a edição da caixa - produzida pelo pesquisador carioca Marcelo Fróes com aval e livre acesso ao acervo pessoal do artista - pelo valor documental ainda mais alto. Afinal, estão neste CD uma composição inédita de Ivan Lins com Ronaldo Monteiro de Souza - Por cima dos ossos, cantada por Ivan com os vocais de Lucinha Lins - e músicas autorais que nunca ganharam registros oficiais na discografia do artista. São os casos de As minhas leis (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, 1974) - música lançada pelo cantor paulista Jair Rodrigues(1939 - 2014) no álbum Abra um sorriso novamente (Philips, 1974) - e de Esse pássaro chamado tempo (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, 1974), ouvida no disco na voz da cantora e atriz Lucinha Lins, intérprete original da composição em já raríssimo compacto lançado em 1974 pela RCA-Victor. Lucinha também canta no CD Ivan Lins anos 70 vol. 3 outras duas músicas obscuras do cancioneiro de Ivan com Ronaldo Monteiro de Souza, Eu preciso de silêncio - lançada pela cantora mineira Clara Nunes (1942 - 1983) em raro compacto de 1971 - e Desalento, gravada originalmente pela cantora carioca Claudette Soares no LP Corpo e alma (Odeon, 1975). Enfim, a caixa Ivan Lins anos 70 embala gravações que farão a festa dos colecionadores de discos, sobretudo de admiradores deste compositor que se agigantou após esses anos de abertura de alas.
segunda-feira, 15 de junho de 2015
Voltam dois álbuns de Ivan que abriram alas para parceria com Vitor Martins
♪ Embora Ivan Lins tenha ganhado projeção nacional em 1970 com a gravação do samba Madalena e a defesa da canção de acento soul O amor é o meu país (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza) no V Festival internacional da canção (FIC), a carreira fonográfica do cantor e compositor carioca ganhou vulto somente a partir de 1974, quando, após três álbuns lançados através da gravadora Philips (os dois primeiros feitos pelo selo Forma), o artista migrou para a gravadora RCA e lá fez dois álbuns que, além de abrirem alas para a parceria definidora com o paulista Vitor Martins, deram mais prestígio a Ivan como compositor, desbravando caminho para a fase áurea vivida na sequência, já na gravadora EMI-Odeon, na segunda metade dos anos 1970. Estes dois álbuns, Modo livre (1974) e Chama acesa (1975), estão sendo relançados em CD pela gravadora Kuarup - sob licença da Sony Music, herdeira do acervo da RCA - em edições remasterizadas por Ricardo Carvalheira. As reedições reproduzem capas, contracapas e encartes dos LPs originais, devidamente adaptados para o formato de CD. Produzido por Raymundo Bittencourt, com arranjos e regências do violonista Arthur Verocai, Modo livre foi o quarto álbum de Ivan e apresentou repertório ainda centrado na parceria do compositor com Ronaldo Monteiro de Souza - coautor de músicas como Deixa eu dizer (1973), samba lançado no ano anterior em disco da cantora Cláudia - mas o grande sucesso popular de Modo livre foi Abre alas, parceria inaugural da obra de Ivan com Vitor Martins. Tanto que o nome de Vitor já é recorrente na ficha técnica de Chama acesa, quinto álbum de Ivan, gravado sob a direção artística de Carlos Guarany, com arranjos do Modo Livre, gru´po integrado pelo pianista Gilson Peranzzetta, músico que se tornaria fundamental na formatação do cancioneiro de Ivan dali em diante. Com Vitor Martins, Ivan assina em Chama acesa músicas como Corpos, Demônio de guarda, Joana dos Barcos (Beira-mar) e Ventos de junho. Mas a faixa-título tem letra de Paulo César Pinheiro. Tanto Modo livre quanto Chama acesa já tinham sido relançados em CD em 2001, mas estavam fora de catálogo. As atuais reedições são presentes dados ao público de Ivan Lins neste ano em que o artista festeja sete décadas de vida e cinco de música.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Ivan refaz cantoria em 'América, Brasil' para celebrar seu encontro com Vitor
Título: América, Brasil
Artista: Ivan Lins
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * * 1/2
♪ Ivan Lins está repondo seu bloco na rua. América, Brasil – álbum ora lançado pela gravadora Sony Music – é título com baixo teor de novidade para colecionadores da discografia do cantor e compositor carioca. A rigor, o CD apresenta uma única música inédita em disco, o samba Luxo do lixo, composto em 1981 por Ivan com Vitor Martins para bloco carioca que não chegou a desfilar. Mas a grande maioria das 14 músicas do álbum vai soar como inédita porque trata-se - como o próprio Ivan caracteriza - de “canções perdidas” em discos promovidos com outras músicas. Ou então gravadas sem grande repercussão por cantoras como Simone e Leny Andrade, intérprete original de Cantor da noite (1984), samba-canção – até então inédito na voz de seu compositor - que se ajusta à tonalidade aconchegante do arranjo criado por Ivan com o pianista Marco Brito, produtor do álbum ao lado do próprio Ivan. Com perdas que se transformam em ganhos, América, Brasil – disco idealizado em 2014 – celebra os 40 anos da parceria de Ivan com o letrista paulista Vitor Martins, parceiro de todas as 14 músicas. Foi a partir do encontro de Ivan com Vitor, em 1974, que o cancioneiro desse compositor carioca ganhou relevância e amplitude na MPB engajada dos anos 1970. Essa obra guarda joias raras no baú. Tanto que o disco presta favor à memória nacional em reavivar pérolas como Joana dos Barcos (1975) e Cantoria (1978), uma das composições da dupla que resistiu por meio de metáforas ao autoritarismo do regime militar instaurado no Brasil em 1964. Ao reencontrar suas canções perdidas, Ivan busca outros (ricos) caminhos harmônicos, recriando a criação com requinte intimista. Que quer de mim? (1993) tem acento bluesy acentuado pelo toque da guitarra do uruguaio Leo Amuedo sem perder a ternura que pauta os arranjos. Por seu tom mais íntimo, América, Brasil favorece canções mais densas como E aí? (Ivan Lins e Vitor Martins, 1991), tema lançado em disco na voz de Selma Reis e que, com Ivan, cai em tom jazzy no toque do piano de Marco Brito enquanto lembra que o amor é a coisa mais triste quando se desfaz. De romantismo sensual, Voar (2004) também alcança boa altitude no álbum, assim como a plácida Água doce (1993). Já os temas de maior brasilidade, caso do congado Do Oiapoque ao Chuí (1984), carecem por vezes de maior vivacidade, pela natureza expansiva. Nessa seara, o destaque é o samba Enquanto a gente batuca (1982), única parceria de Ivan e Vitor com Nei Lopes, promovida por Beth Carvalho para seu álbum Traço de união (RCA, 1982). Até inédito na voz de Ivan, o samba soa atual. Já Coragem, mulher (1980) sobressai no disco por juntar dois traços marcantes do cancioneiro da dupla nos anos 1970: a politização e a feminilidade. Tal como Chico Buarque, Ivan Lins e Vitor Martins sempre souberam compor músicas para vozes de mulheres com alma de mulher. Enfim, América, Brasil é um disco de lados B, que ignora o luxo do luxo. Mas o B de Ivan Lins e Vitor Martins sempre ostentou qualidade A - como prova a bela canção De nosso amor tão sincero (1988), adornada com o toque da gaita do suíço Gregoire Maret em medley que culmina com citações de Vitoriosa (1985) e Depende de nós (1981). Ou seja, não há lixo nesse cancioneiro já quarentão. O que justifica a reposição (de parte...) do bloco na rua no revisionista CD América, Brasil.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Álbum em que Célia canta inédita de Fátima e Ivan está em fase de mixagem
♪ Intitulado Aquilo que a gente diz, o segundo álbum de Célia na gravadora Nova Estação já está em fase de mixagem, em São Paulo (SP), cidade em que o CD vem sendo formatado desde fevereiro de 2014 pelo produtor Thiago Marques Luiz. O repertório inclui Tanto nó, inédita parceria de Ivan Lins com Fátima Guedes. O álbum vai ser o 14º título da discografia da cantora paulistana, já que Célia finalizou antes um outro CD, gravado simultaneamente com Aquilo que a gente diz. Também editado via Nova Estação, mas sem distribuição comercial, este outro disco - intitulado Só a pessoa sabe o que tem por dentro (2014) - é assinado pela cantora com o ator paulistano Cássio Scapin. Ambos interpretam canções e poemas de Cássio Junqueira, que assina a produção do projeto com Thiago Marques Luiz.
domingo, 8 de março de 2015
Ivan dá voz a canções perdidas em disco produzido com pianista Marco Brito
♪ Congado composto por Ivan Lins com Vitor Martins e lançado por Simone no álbum Desejos (CBS, 1984), Do Oiapoque ao Chuí ganha - pela primeira vez - a voz de seu criador. Do Oiapoque ao Chuí é uma das 14 músicas alocadas nas 13 faixas de América, Brasil, álbum que Ivan lança via Sony Music neste mês de março de 2015. No disco, produzido e arranjado por Ivan em parceria com o pianista Marco Brito, o cantor, compositor e pianista carioca dá voz ao que chama de canções perdidas de sua musicografia. São músicas como Cantor da noite (Ivan Lins e Vitor Martins) - lançada por Leny Andrade no mesmo ano de 1984 em que Simone gravou Do Oiapoque ao Chuí - e Cantoria (Ivan Lins e Vitor Martins), música que abre América, Brasil da mesma forma que abriu o sétimo álbum de Ivan, Nos dias de hoje (EMI-Odeon, 1978). Em América, Brasil, o cantor também rebobina Joana dos Barcos (Ivan Lins e Vitor Martins, 1975), E aí? - canção lançada por Selma Reis em álbum de 1991 - e Água doce (Ivan Lins e Vitor Martins, 1993), além de gravar pela primeira vez o samba Enquanto a gente batuca, parceria bissexta de Ivan e Vitor Martins com o compositor carioca Nei Lopes, feita para o álbum Traço de união (RCA-Victor, 1982), no qual Beth Carvalho promoveu encontros inéditos entre compositores de universos distintos. O gaitista suíço Gregoire Maret participa do medley que encerra o disco com a junção de Vitoriosa (Ivan Lins e Vitor Martins, 1985) e De nosso amor tão sincero (Ivan Lins e Vitor Martins, 1988). Já o guitarrista uruguaio Leo Amuedo toca em Que quer de mim (Ivan Lins e Vitor Martins), música lançada por Ivan Lins no álbum Awa Yiô (Velas, 1993). O repertório inclui samba inédito em disco, Luxo do lixo, feito com Vitor Martins em 1981 para bloco carioca, mas nunca gravado.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Raquel Saraceni debuta como cantora em CD com inédita (e aval) de Ivan

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Sem abrir alas, João Senise preserva o requinte da obra de Ivan Lins em CD
Resenha de CD
Título: Abre alas - Canções de Ivan Lins
Artista: João Senise
Gravadora: Fina Flor
Cotação: * * *
Título: Abre alas - Canções de Ivan Lins
Artista: João Senise
Gravadora: Fina Flor
Cotação: * * *
♪ Primeiro tributo aos 70 anos de Ivan Lins, a serem festejados em 16 de junho de 2015, o segundo álbum do cantor carioca João Senise, Abre alas - Canções de Ivan Lins, preserva o requinte harmônico da obra do compositor carioca neste disco de produção luxuosa orquestrada pelo próprio Senise sob a direção musical do pianista Gilson Peranzzetta, criador dos arranjos das 14 músicas selecionadas dentre as centenas de títulos de obra grandiosa em quantidade e qualidade. Parceiro de Ivan, Peranzzetta é um dos músicos que mais conhecem as entranhas desse cancioneiro por ter atuado como arranjador dos discos do compositor em período - de 1974 a 1985 - no qual Ivan apresentou a maioria dos standards de sua obra de alcance já planetário. Ao repetir a parceria com Peranzzetta, diretor musical e arranjador de seu primeiro álbum, Just in time (Independente, 2013), Senise acaba oferecendo um olhar já dèjá vu sobre a obra de Ivan, fato perceptível já na arquitetura de Abre alas (Ivan Lins e Vitor Martins, 1974), música que literalmente abre alas para este álbum que expõe o canto correto e afinado de Senise. Canto de atmosfera íntima que favorece o clima jazzy que ambienta certas passagens de Virá (Ivan Lins e Vitor Martins, 1979) - boa surpresa de seleção de repertório que equilibra bem sucessos e músicas pouco ouvidas - e Dois córregos (1999), originalmente um tema instrumental criado pelo compositor para a trilha sonora do filme homônimo, mas que Senise reaviva com a letra feita posteriormente por Caetano Veloso e gravada por Ivan em 2000. Entre tantos convidados, a presença improvável de Leo Jaime em Dinorah, Dinorah (Ivan Lins e Vitor Martins, 1979) desvia o CD da rota mais previsível. Já a entrada da voz grave e profunda de Dori Caymmi em Doce presença (Ivan Lins e Vitor Martins, 1983) vai soar menos inusitada para quem lembra que Nana Caymmi gravou essa balada no mesmo ano em que Ivan a lançou em disco. Em contrapartida, a escolha de Leila Pinheiro para dividir Madalena (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, 1970) com Senise chega a ser óbvia, já que a cantora paraense de técnica admirável chegou a ser associada a Elis Regina (1945 - 1982) - intérprete original deste samba cheio de soul - no início de sua carreira. Cantora da mesma geração de Leila, a polivalente Zélia Duncan faz harmonioso dueto romântico com Senise em Lembra de mim (Ivan Lins e Vitor Martins, 1995), balada propagada na trilha sonora da novela História de amor, exibida pela TV Globo em 1995. Sozinho, Senise manda Bilhete (Ivan Lins e Vitor Martins, 1980) sem drama - em registro em que o sofrimento parece estar mais embutido no toque da gaita de Gabriel Grossi do que na voz do cantor - e segue bem a toada sertaneja de Olhos pra te ver (Ivan Lins e Gilson Peranzzetta), música mais recente da seleção de Abre alas que tem seu acento ruralista sublinhado por acordeom tocado por Gilson Peranzzetta. Cantor de boa divisão, Senise não escapa da armadilha de soar como um Ivan genérico em Daquilo que eu sei (Ivan Lins e Vitor Martins, 1981) - apesar da pulsação incomum dos metais no fim da faixa - e em Vitoriosa (Ivan Lins e Vitor Martins, 1985). De todo modo, é nítida a afinidade do cantor com o compositor que homenageia e com o qual já havia gravado em seu primeiro disco na música Love dance (Ivan Lins, Gilson Peranzzetta e Paul Williams, 1987). Além de ter avalizado de imediato o projeto, tendo sugerido apenas a inclusão da música Art of survival (Ivan Lins, Vitor Martins e Brock Walsh, 1988), Ivan participa duplamente do disco, fazendo os vocalises do jazzístico tema Setembro (Ivan Lins e Gilson Peranzzetta,1985) e cantando com Senise sua salsa brasileira Ai, ai, ai (Ivan Lins e Vitor Martins, 1991) em gravação turbinada com os sopros e a percussão da Orquestra do Cerrado. Enfim, mesmo sem abrir alas ao abordar o cancioneiro de Ivan Lins, João Senise reitera em seu segundo disco a intimidade com o universo da MPB de tom mais jazzístico. Mas lhe faltou a coragem de cantar Ivan em outro tom.
sábado, 31 de janeiro de 2015
Ivan chega aos 70 anos de idade - e 50 de música - como um gigante da MPB
♪ EDITORIAL - Para os ouvidos apurados dos jazzistas, sobretudo os dos Estados Unidos, Ivan Lins é um gigante da MPB. Um nobre descendente da linhagem soberana de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994). O fino acabamento harmônico do cancioneiro autoral do cantor, compositor e pianista carioca é fato incontestável que vai ser celebrado ao longo deste ano de 2015 em que Ivan completa 70 anos de vida - já que nasceu em 16 de junho de 1945 - e também 50 anos de música, já que, em 1965, o artista iniciante começou a tocar nas noites da Tijuca (bairro da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro) com seu primeiro trio, o Alfa Trio. Com o Alfa Trio, Ivan começou a pôr em prática as lições que aprendeu ouvindo seu mestre Luiz Eça (1936 - 1992) tocar o piano do Tamba Trio, ícone do samba-jazz nascido nos anos 1960 a partir da Bossa Nova. Formado na escola jobiniana da Bossa Nova, aliás, Ivan despontou para o sucesso nacional em 1970, ano em que defendeu sua composição O amor é o meu país (feita em parceria com Ronaldo Monteiro de Souza) no V Festival Internacional da Canção e também o ano em que a sempre antenada Elis Regina (1945 - 1982) deu voz a Madalena (outra parceria com Ronaldo), samba cheio de soul que abriu alas para a música de Ivan Lins na MPB emergida e projetada na era dos festivais a partir de 1965. A propósito, o músico Ivan Lins entrou em cena quando nasceu a MPB. Talvez por isso seu nome seja indissociável dessa MPB que se solidificou ao longo dos anos 1970, década em que o cancioneiro de Ivan frutificou, sobretudo a partir de 1974, quando suas melodias refinadas, mas geralmente acessíveis ao grande público, entraram definitivamente no tom ao ganharem os versos conscientes do letrista e poeta paulista Vitor Martins, afastando do nome de Ivan o cálice ufanista que o compositor, a bem da verdade, nunca bebera. Após três álbuns iniciais - Ivan Lins, agora... (Forma / Philips, 1970), Deixa o trem seguir (Forma / Philips, 1971) e Quem sou eu? (Phonogram, 1972) - nos quais o artista ainda tateou à procura de sua identidade musical, Ivan Lins mostrou quem era, e a que veio, com o álbum Modo livre (RCA Victor, 1974), título que inaugurou sua parceria com Vitor Martins, desenvolvida no álbum seguinte, Chama acesa (RCA Victor, 1975), e consolidada na segunda metade dos anos 1970, período em que Ivan lançou discos históricos pela gravadora Odeon. Os quatro álbuns feitos nessa já desativada companhia - Somos todos iguais nessa noite (1977), Nos dias de hoje (1978), A noite (1979) e Novo tempo (1980) - estão entre os mais inspirados do artista. São discos que, a despeito de sua força musical, alcançaram importância social e política pelo recado de resistência dado através das músicas. Com olhos e ouvidos abertos, Ivan Lins não lavou as mãos diante da repressão imposta pelo regime militar que vigoraria até 1985. De todo modo, a força política de seu cancioneiro jamais abafou o romantismo dramático tão ao gosto das cantoras do Brasil da época. Sua canção Começar de novo (Ivan Lins e Vitor Martins) - pensada para Maria Bethânia, mas gravada por Simone em 1979 para a abertura da série Malu mulher, exibida pela TV Globo naquele ano - foi a trilha sonora preferencial da liberação feminina que deu o tom da MPB na época. Canção lançada em 1980, Bilhete (Ivan Lins e Vitor Martins) ajudou Fafá de Belém em 1982 a se livrar definitivamente do rótulo de cantora regional. Nos anos 1980, Ivan deixou de lançar álbuns anuais - em geral, demorou dois anos entre um e outro - enquanto viu sua música conquistar o universo jazzístico norte-americano. Sua obra ganhou a voz dos maiores cantores de jazz em celebração que, Jobim à parte, somente encontra paralelo na MPB na devoção dos jazzistas ao cancioneiro de Djavan. Mas Ivan nunca saiu do Brasil. Na década de 1990, o artista fundou - com Vitor Martins e com o produtor Paulinho Albuquerque - uma gravadora, a Velas, que desafiou as leis ditadas pelas multinacionais do disco numa época em que ainda não era moda e necessário ser independente. A partir daí, com a progressiva quebra da corrente que ligava a MPB ao povo brasileiro, os sucessos populares do cantor diminuíram, mas sua obra permaneceu sofisticada. Ivan Lins - visto em foto de Leo Aversa - lançou disco de Natal, explicitou a influência de Tom no álbum Jobiniando (Abril Music, 2001) e seguiu fazendo e levando, pelo Brasil e pelo mundo, uma música que agiganta o nome do compositor na cena musical do país, 50 anos após aqueles primeiros shows com o Alfa Trio.
domingo, 23 de novembro de 2014
Nelson Motta produz terceiro CD de fadista com inéditas de Djavan e Ivan
♪ Aos 70 anos, o jornalista, escritor e compositor paulistano Nelson Motta retoma em Portugal sua carreira de produtor musical. Motta é o produtor do terceiro álbum da cantora portuguesa Cuca Roseta, uma das vozes do fado contemporâneo. Postada por Roseta em sua página oficial no Facebook, a foto acima flagra a cantora com seu produtor em Lisboa, cidade onde o disco vai começar a ser gravado ainda neste mês de novembro de 2014. Motta conseguiu músicas inéditas dos compositores brasileiros Djavan e Ivan Lins para o repertório do álbum que sucede Cuca Roseta (Surco / Universal Music, 2011) e Raiz (Universal Music, 2013) na discografia da artista. Entre músicas portuguesas e inédita do compositor uruguaio Jorge Drexler, Cuca Roseta - que canta Apaixonada (Nelson Motta e Ed Motta, 2001) no CD comemorativo dos 70 anos de seu produtor, Nelson 70 (Som Livre, 2014) - vai dar voz a músicas brasileiras como Pra machucar meu coração (Ary Barroso, 1943) e Mascarada (Zé Kétti e Elton Medeiros, 1965). CD sai em 2015.
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Gudin grava parcerias com Toquinho, Ivan Lins e Lyra para álbum de inéditas
♪ A foto acima, de Joana Gudin, flagra Eduardo Gudin com Toquinho em estúdio de São Paulo (SP). Sem lançar disco de inéditas desde 2006, ano em que editou pela gravadora Dabliú o álbum Um jeito de fazer samba, Gudin - que completa 64 anos hoje, 14 de outubro de 2014 - está em estúdio gravando CD com repertório inédito. Neste disco, previsto para ser lançado no começo de 2015 pela Dabliú em parceria com a Realejo Produções, o cantor e compositor paulistano registra parcerias com Toquinho, Carlos Lyra, Ivan Lins, Paulinho da Viola, Paulo César Pinheiro, Fátima Guedes, Carlinhos Vergueiro, J.C. Costa Netto e Theo de Barros. O repertório inclui música em homenagem de Gudin ao cantor, compositor e violonista Paulinho Nogueira (1929 - 2003). A canção em tributo a Paulinho Nogueira, intitulada De todo meu violão, foi composta por Gudin em parceria com Maurício Sant'Anna (integrante da nova formação do conjunto paulistano Notícias Dum Brasil).
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Ivan, Claudio e Vitor dançam conforme música do balé 'Joana dos barcos'
♪ Ivan Lins vai assinar a trilha sonora do espetáculo de dança Joana dos barcos. A música do compositor carioca - em foto de Leo Aversa - embala o espetáculo da Cia. de Ballet da Cidade de Niterói. As canções têm letras de Claudio Lins e de Vitor Martins - compositor paulista com quem Ivan iniciou relevante parceria há 40 anos no álbum Modo livre (RCA, 1974), o LP do sucesso Abre alas. Joana dos barcos tem estreia prevista para setembro de 2015. Lançada por Ivan em seu álbum Chama acesa (RCA, 1975), a música que dá título ao balé, Joana dos barcos (Beira-mar), também figura no repertório do próximo CD de Ivan, em fase de produção.
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Célia grava inéditas de Alzira, Baleiro e Ivan em álbum que vai ficar para 2015
♪ O álbum que a cantora paulistana Célia grava desde fevereiro de 2014 - com grandes intervalos entre uma sessão de estúdio e outra - teve seu lançamento reprogramado para 2015. Produzido por Thiago Marques Luiz para seu selo Nova Estação, o disco vai alinhar no repertório músicas inéditas de compositores como Alzira Espíndola, Fátima Guedes, Joyce Moreno, Ivan Lins, Tiago Torres da Silva e Zeca Baleiro (esta em gravação produzida por Yuri Queiroga). Célia também grava músicas de Lô Borges (com Samuel Rosa) e Tom Zé. Está prevista no repertório a regravação de Não existe amor em SP (Criolo, 2011), além de uma releitura de Punk da periferia (Gilberto Gil, 1983). O álbum é o 13º da discografia de Célia (vista no estúdio na foto postada pela cantora no facebook).
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Ivan Lins posta foto no Facebook em que anuncia edição de disco em breve
♪ "Vem disco novo por aí. Aguardem!!!". Dessa forma, Ivan Lins revelou com foto postada em sua página oficial no Facebook que grava o sucessor do álbum Amorágio (Som Livre, 2012). Nessa foto, o cantor e compositor carioca aparece, no estúdio, ao lado do músico e produtor Marco Brito.
sábado, 3 de maio de 2014
Disco em que Leny reacende Ivan e Vítor, 'Iluminados' reflete o auge da MPB
Título: Iluminados - Leny Andrade canta Ivan Lins & Vítor Martins
Artista: Leny Andrade
Gravadora: Edição independente da artista
Cotação: * * * *
♪ Do alto de seus 71 anos, com a voz de contralto ainda em ótima forma, Leny Andrade joga sua luz sobre onze composições de Ivan Lins e Vítor Martins em disco, Iluminados, que reflete o período áureo da produção do gênero de música nascido na era dos festivais com o rótulo de MPB. Projetado em 1970, quando já se vislumbrava o desgaste e a finitude dessa era, o cantor e compositor carioca Ivan Lins alcançou real relevância nesse universo da MPB quando, a partir de 1974, firmou com o letrista paulista Vítor Martins uma parceria que marcou época nos anos 1970 e 1980 - combatendo com música e metáforas as forças de repressão daquela época - até perder progressivamente o fôlego (em quantidade, não em qualidade) ao longo da década de 1990. Sob produção de João Samuel, Leny ilumina esse cancioneiro perene - com ênfase na produção lançada pela dupla entre 1974 e 1987 - com arranjos do pianista Fernando Merlino. Iluminados é CD fiel à estética da MPB e da música do próprio Ivan Lins, cujo toque percussivo do piano é evocado por Merlino já na primeira música - o samba Antes que seja tarde (1979) - deste disco que vai seduzir admiradores da MPB. É com livre trânsito entre a MPB e o jazz que Leny dá voz a músicas como Iluminados (1987), Velas içadas (1979) e Guarde nos olhos (1978), sendo esta uma balada embebida em lirismo que exemplifica a perfeita sintonia entre música e letra na obra de Ivan com Vítor. Contudo, Iluminados tende sobretudo para a MPB. As músicas estão inteiramente inseridas nesse universo tradicional da MPB. A única faixa de tom mais jazzístico, com longa passagem instrumental em que Leny exercita sua habilidade nos scats, é Daquilo que eu sei (1981). Em essência, Iluminados é disco em que predominam as baladas formatadas em atmosfera clássica. E, nesse gênero, Leny também dá banho - como atesta sua arrebatadora interpretação da apaixonada balada Vieste (1987), pontuada pelo piano límpido e preciso de Merlino. Aliás, Leny é cantora que faz a diferença porque sabe aliar emoção à sua técnica esplendorosa, ciente de que sentimento é artigo essencial no canto de canções como Anjo de mim (1995), um dos últimos sucessos dessa iluminada parceria que pediu passagem na música brasileira com Abre alas (1974), faixa em que Merlino evoca na parte instrumental tanto o estilo de Ivan quanto as orquestrações feitas pelo maestro Wagner Tiso para formatar o cancioneiro de Milton Nascimento nos anos 1970. De todo modo, é preciso ressaltar que, mesmo na interpretação sedutora de Leny, Mãos de afeto (1976) - canção letrada por Vítor sob ótica feminina - continua dando a impressão de que parece talhada sob medida para Nana Caymmi, intérprete original da canção. Em seleção que concentra sucessos, Cantor da noite sobressai no repertório de Iluminados por soar como inédita, embora essa canção densa e rebuscada tenha sido lançada por Leny em álbum de 1984 e regravada pela cantora dez anos depois em disco feito para o mercado norte-americano, Maiden voyage (Chesky Records, 1994). Veículo em Iluminados para interpretação encorpada de Leny, Cantor da noite merece sair da escuridão. No fim, tudo acaba no samba Roda baiana (1981), número presente há décadas nos shows da cantora e revivido com o suingue e os scats dessa artista que continua dando aula de canto. Abram alas, pois Leny Andrade está jogando sua luz forte sobre Ivan Lins e Vítor Martins em CD - ainda sem edição comercial - que merece distribuição eficaz no mercado fonográfico do Brasil.
sábado, 19 de abril de 2014
Baú de inéditas de Fátima guarda canção com Ivan e samba com Moacyr Luz
♪ Cantores de MPB à procura de repertório devem seguir o exemplo de Simone e contatar Fátima Guedes. Contando atualmente com 23 músicas registradas pela artista carioca em gravações demos, o baú de inéditas da compositora - de quem Simone gravou o sedutor baião Haicai em seu álbum É melhor ser (Biscoito Fino, 2013) - inclui canção composta com Ivan Lins (Tanto nó) e samba feito com Moacyr Luz (Súbita primavera), entre músicas assinadas somente por Fátima Guedes, casos de Caminho do coração, Lua de cereja, Pólen, Simples pensamento, Tantos assuntos e Um anjo. Todas são inéditas - à espera de gravações em vozes alheias e/ou de registros oficiais em necessário álbum autoral desta compositora projetada em 1979. Fátima precisa gravar.
quarta-feira, 5 de março de 2014
CD com trilha de 'Em família' agrega gravações de Ivan, Roberto e Sandy
Balada romântica da lavra solitária de Ivan Lins, lançada pelo cantor e compositor carioca no álbum Amorágio (Som Livre, 2012), E isso acontece integra o CD que vai ser posto nas lojas em breve com a trilha sonora nacional da novela Em família (TV Globo, 2014). Em fase de produção na gravadora Som Livre, o disco vai trazer fonogramas de Sandy - Morada (Sandy Leah, Lucas Lima e Tati Bernardi, 2013), música do segundo álbum solo da artista paulista, Sim (Universal Music, 2013) - e Roberto Carlos, presente no CD com a gravação (de 1984) de Cartas de amor, versão em português de Lourival Faissal do standard norte-americano Love letters (Victor Young e Edward Heyman, 1945). A seleção inclui Um de nós (Marcelo Jeneci, 2013), música lançada por Jeneci em seu segundo álbum, De graça (Slap, 2013), além de Eu sei que vou te amar (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959), o tema de abertura da novela, ouvido na voz de Ana Carolina em gravação de 2013. A capa do disco não foi revelada.
sábado, 14 de dezembro de 2013
Sai no Brasil CD em que InventaRio traduz a obra de Ivan para o italiano
Lançado na Itália no primeiro semestre de 2012, em edição do selo Blue Note, o CD InventaRio encontra Ivan Lins chega ao mercado brasileiro no fim deste ano de 2013 pela gravadora Biscoito Fino. Grupo formado pelos músicos italianos Ferruccio Spinetti (baixo), Francesco Petreni (bateria e percussão) e Giovanni Ceccarelli (piano e teclados) com o brasileiro Dadi Carvalho, o InventaRio verte para o italiano o cancioneiro do cantor e compositor carioca Ivan Lins. A ponte com Ivan - que avalizou o projeto e aceitou participar do disco como cantor - foi feita pelo radialista italiano Max De Tomassi, autor das versões em italiano e parceiro do compositor na música que abre o álbum, Imprevedibile, na voz de Ivan. Nessa ponte Rio-Itália, na qual o disco foi gravado entre outubro de 2011 e fevereiro de 2012, Ivan recebeu Chico Buarque para dueto em Con me, versão em italiano do samba Sou eu (2009), segunda parceria dos compositores cariocas. Com mix de elementos da música brasileira e da canção napolitana, o CD InventaRio encontra Ivan Lins foi gravado com intervenções das cantoras brasileiras Maria Gadú - convidada de Camaleonte, versão em italiano de Camaleão (Ivan Lins, Vítor Martins e Aldir Blanc, 2005) - e Vanessa da Mata, que participa de Nascere di nuovo, versão de Começar de novo (Ivan Lins e Vítor Martins, 1979). Por ironia, a cantora e compositora italiana Chiara Civello é a solista da única faixa cantada em inglês, Maybe one day, maybe in vain, versão (escrita pela própria Chiara) de Lembra de mim (Ivan Lins e Vitor Martins, 1995).
domingo, 29 de setembro de 2013
Leny finaliza 'Iluminados', disco com 11 canções de Ivan Lins e Vitor Martins
♪ A cantora carioca Leny Andrade ainda nem lançou o disco em que dá voz em espanhol a sucessos de Roberto Carlos, Canciones del Rey, e já finalizou outro álbum. Trata-se de Iluminados, álbum dedicado à obra composta por Ivan Lins em parceria com Vitor Martins. A balada que batiza o CD, Iluminados, foi lançada por Ivan no álbum Mãos (1987). Leny canta no disco a 11 músicas da dupla.
Assinar:
Postagens (Atom)