Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Com '13', Sabbath tenta reacender o fogo de seu metal na década de 70

Resenha de CD
Título: 13
Artista: Black Sabbath
Gravadora: Vertigo / Universal Music
Cotação: * * * 1/2

Há todo um simbolismo em torno de 13, o álbum que catapultou o Black Sabbath ao topo das paradas norte-americanas - proeza rara nos 45 anos de carreira deste grupo inglês que deu forma ao rock pesado rotulado como heavy metal. Afinal, 13 é o primeiro álbum gravado pelo grupo com seu vocalista original, Ozzy Osbourne, em 35 anos. Desde Never Say die! (1978), Ozzy não se reunia com o guitarrista Tony Iommi e com o baixista Geezer Butler. Quarto membro da formação original do Sabbath, o baterista Bill Ward caiu fora antes da gravação de 13, supostamente por questões financeiras, mas a debandada de Ward jamais invalidou o valor da reunião do trio. 13 é também o primeiro álbum de repertório inédito lançado pelo grupo desde Forbidden (1995). Ou seja, havia no universo metaleiro toda uma expectativa em torno de 13. Que, de certa forma, é cumprida - ainda que o disco não seja uma obra-prima. Osbourne, Iommi e Butler assinam juntas as onze inéditas de 13, álbum que tenta reacender a todo custo o fogo do metal do Sabbath nos anos 70. Basta ouvir músicas como Damaged soul, Dirty womanEnd of the beginning e Loner para constatar a intenção de evocar a década áurea da discografia da banda. 13, contudo, tem consistência e não chega a ser um simulacro dos primeiros álbuns do Sabbath - até porque a voz de Ozzy já não é a mesma (os riffs e solos de Tony Iommi, ao contrário, parecem imunes aos efeitos do tempo). Criado com violões, o clima acústico de Zeitgeist é boa surpresa de 13, cuja Deluxe Edition adiciona em CD-bônus mais três músicas (Methademic, Peace of mind e Pariah) às oito faixas da edição simples do álbum. Enfim, 13 cumpre sua missão de apresentar um Black Sabbath à moda clássica. Nessa altura da vida do grupo, isso significa muito. O que explica a chegada de 13 ao topo da parada.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Há todo um simbolismo em torno de 13, o álbum que catapultou o Black Sabbath ao topo das paradas norte-americanas - proeza rara nos 45 anos de carreira deste grupo inglês que deu forma ao rock pesado rotulado como heavy metal. Afinal, 13 é o primeiro álbum gravado pelo grupo com seu vocalista original, Ozzy Osbourne, em 35 anos. Desde Never Say die! (1978), Ozzy não se reunia com o guitarrista Tony Iommi e com o baixista Geezer Butler. Quarto membro da formação original do Sabbath, o baterista Bill Ward caiu fora antes da gravação de 13, supostamente por questões financeiras, mas a debandada de Ward jamais invalidou o valor da reunião do trio. 13 é também o primeiro álbum de repertório inédito lançado pelo grupo desde Forbidden (1995). Ou seja, havia no universo metaleiro toda uma expectativa em torno de 13. Que, de certa forma, é cumprida - ainda que o disco não seja uma obra-prima. Osbourne, Iommi e Butler assinam juntas as onze inéditas de 13, álbum que tenta reacender a todo custo o fogo do metal do Sabbath nos anos 70. Basta ouvir músicas como Damaged soul, Dirty woman, End of the beginning e Loner para constatar a intenção de evocar a década áurea da discografia da banda. 13, contudo, tem consistência e não chega a ser um simulacro dos primeiros álbuns do Sabbath - até porque a voz de Ozzy já não é a mesma (os riffs e solos de Tony Iommi, ao contrário, parecem imunes aos efeitos do tempo). Criado com violões, o clima acústico de Zeitgeist é boa surpresa de 13, cuja Deluxe Edition adiciona em CD-bônus mais três músicas (Methademic, Peace of mind e Pariah) às oito faixas da edição simples do álbum. Enfim, 13 cumpre sua missão de apresentar um Black Sabbath à moda clássica. Nessa altura da vida do grupo, isso significa muito. O que explica a chegada de 13 ao topo da parada.

Lola disse...

O álbum é fantástico. Um autêntico trabalho com as verdadeiras características do Sabbath clássico.