Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Série Discobertas relança em CD seis títulos do arquivo da Warner Music

Produzida por Marcelo Fróes para a Warner Music, a Série Discobertas - batizada com o nome do selo do pesquisador musical - traz para o CD seis títulos então raros do arquivo da Warner, gravadora que encampou o acervo da extinta Continental.O título mais antigo é Piri, Fred, Cássio Franklin e Paulinho de Camafeu com Sérgio Ricardo, lançado originalmente em 1973. Trata-se de um dos álbuns mais obscuros da discografia de Sérgio Ricardo, compositor que completa 80 anos em junho de 2012. Posta nas lojas no início de março, a série relança discos do grupo gaúcho Almôndegas (Aqui, 1975, segundo álbum da banda que projetou os irmãos Kleiton e Kledir Ramil), Guilherme Arantes (o disco de 1979 intitulado Guilherme Arantes, um dos dois álbuns do artista que permanecia inédito em formato digital), A Cor do Som (Magia Tropical, álbum de 1982 que marcou o ingresso do guitarrista Victor Biglione no grupo e que emplacou o sucesso radiofônico Menino Deus), O Terço (O Som Mais Puro, disco de 1983, da fase pós-progressiva do grupo) e João Donato (Leilíadas, álbum ao vivo de 1986, gravado em show na extinta casa carioca People). As reedições reproduzem a arte gráfica dos LPs originais.

33 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Produzida por Marcelo Fróes para a Warner Music, a Série Discobertas - batizada com o nome do selo do pesquisador musical - traz para o CD seis títulos então raros do arquivo da Warner, gravadora que encampou o acervo da extinta Continental.O título mais antigo é Piri, Fred, Cássio Franklin e Paulinho de Camafeu com Sérgio Ricardo, lançado originalmente em 1973. Trata-se de um dos álbuns mais obscuros da discografia de Sérgio Ricardo, compositor que completa 80 anos em junho de 2012. Posta nas lojas no início de março, a série relança discos do grupo gaúcho Almôndegas (Aqui, 1975, segundo álbum da banda que projetou os irmãos Kleiton e Kledir Ramil), Guilherme Arantes (o disco de 1979 intitulado Guilherme Arantes, um dos dois álbuns do artista que permanecia inédito em formato digital), A Cor do Som (Magia Tropical, álbum de 1982 que marcou o ingresso do guitarrista Victor Biglione no grupo e que emplacou o sucesso radiofônico Menino Deus), O Terço (O Som Mais Puro, disco de 1983, da fase pós-progressiva do grupo) e João Donato (Leilíadas, álbum ao vivo de 1986, gravado em show na extinta casa carioca People). As reedições reproduzem a arte gráfica dos LPs originais.

leitordomauro disse...

Eu não quero nenhum desses. Quero os discos da Alcione da primeira fase,a discografia de Emilio Santiago,os álbuns de Maria Creuza, Fafá de Belém, tanta coisa mais importante.

Rafael disse...

Leitor domauro,

Esse discos são muito bons também, a gente tem sempre que ampliar o máximo de cultura e boa música em nossas vidas. Porém concordo também contigo que deve ser lançado os discos citados por você.

Rock Brasil 80 - FLAC disse...

Fafá de Belém mais importante que João Donato!

Rock Brasil 80 - FLAC disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Raul disse...

Que bom que a Warner voltou a revitalizar seu rico acervo. Discos como o de Sérgio Ricardo, João Donato e Almôndegas são exemplos da boa música.

Curioso é o discurso do "leitordomauro", que só aparece aqui pra reclamar. Depois falam mal do Klessius, que pelo menos embasa suas opiniões.

Ednei Martins disse...

Acho essas reedições super importantes, mesmo que pra atender a uma camada mínima de colecionadores.
Essa leva é a melhor do ano, curto pacas os Almôndegas e o do Sérgio Ricardo tenho o vinil, discaço!
Melhor selo no mercado hoje em dia é a Discobertas. - Parabéns Froes!!

KL disse...

Aos desavisados de plantão, a escolha por certos artistas e títulos para serem relançados vai além da 'importância' ou do valor comercial. 'Para nosso governo', as discografias de Fafá e Alcione estão sob o controle da Universal, que já revelou não ter interesse nenhum (no momento) em relançá-las. Esses relanamentos da Discobertas são da Copacabana e da Warner, entre outras, que têm uma política e uma ideia mais arejada em relação a isso tudo.
E, quanto aos títulos aqui resenhados, minhe recomendação é a de sempre: até os anos 1970, sinal verde. Anos 1980, amarelo. Anos 1990 em diante, sinal vermelho TOTAL.

Rafael disse...

A pergunta que não quer calar: será que estes discos são mais da série "Discos Ripados de Vinil"? Espero sinceramente que não.

Emilio Pacheco disse...

Um dos aspectos fascinantes de ser colecionador é exatamente o interesse por discos independente de sua "importância" ou posição no "ranking". Antes mesmo de ler o comentário do "leitordomauro" eu bati o olho e pensei: acho que vou querer todos esses. É exatamente para suprir as lacunas deixadas por gravadoras que só focam no "mais importante" que existem selos como o Discobertas.

Emilio Pacheco disse...

Uma observação importante: já tinha saído um CD dos Almôndegas com a capa do "Aqui", mas era na verdade uma coletânea. O "Aqui" era o único disco original dos Almôndegas que nunca tinha sido relançado em CD.

Ednei Martins disse...

Rafael o importante é a qualidade do som e a preservação da memória do povo através de relançamentos inteligentes da Discobertas, o melhor selo da atualidade.
Esses discos são demais cara!!

Rafael disse...

Ednei,

Discordo de você. Você realmente não deve gostar de música de verdade. O mais importante é sim a qualidade do som. De quê adianta você pagar 30 reais em discos velhos se os mesmos não são remasterizados, e eles fazem uma ripagem muito mal feita? Para quem é colecionador como eu, isso é um dos fatores essenciais, pois esses álbuns a gente guarda pra toda vida, ainda mais se tem uma remasterização digna. Lá nos EUA, Japão e em outros praíses eles lançam os discos antigos de seus artistas e até dos nossos com o maior zelo e capricho, esse história de lançar somente por lançar por ser raridade ou o ineditismo no formato digital e tal não cola pra mim não. Antes não lançassem.

maroca disse...

Pessoal os discos de Alcione e Fafá da Philips, foram lançados em cd sim. Na série colecionador estão todos lá, sem os encartes, mas estão todos lançados.

Bruno disse...

Lá onde, fofa? Que esses discos (Alcione e Fafá) já foram lançados, Maroca, todo mundo sabe... só que quem não comprou à época do lançamento, agora não os encontra em lugar nenhum!!! Ou melhor: encontra todos... só que na internet!

RURIK VARDA disse...

É, eu tenho todos os da Marrom da série Colecionador e alguns da Fafá (infelizmente não consegui todos à época em que foram remasterizados). Mas acho que deveriam ser relançados num box caprichado, com encarte, fotos e textos contextualizando os trabalhos.

leitordomauro disse...

Obrigado Rafael. Ednei deve ter bastante dinheiro pra jogar fora com discos que temos em casa com melhor qualidade que esses relançamentos da Discobertas

Ednei Martins disse...

Leitor do Mauro, eu gosto de boa música. Só que a que você entende como boa pode não ser a minha, cara.
A sua, eu agradeço.

Raul disse...

O Brasil é engraçado. Falam mal dos que não fazem nada pela cultura, mas falam mal dos que fazem. A Discobertas relançou coisas que eu jamais imaginei que sairiram em CD, como as caixas do Ed Lincoln e do Moreira da Silva. E olha que o Marcelo Fróes teve que abrir um selo pra conseguir relançar isso.

Então, chega de mimimi, comprem as caixas do Kid Morengueira e sejam felizes.

Rafael disse...

Raul,

Não acho que seja "mimimi" (o que é isso?) o que estamos falando aqui. Tenho achado o debate aqui muito útil, oportuno e saudável. Concordo com o Brasil quando você diz que ele é engraçado, mas ainda as pessoas que aqui habitam e seus hábitos peculiares... Nós, brasileiros, temos que parar com essa mania pedante e feia de sempre achar que merecemos o mínimo, o pouco... Isso é coisa do passado! Temos que pensar alto e grande semnpre, e sempre queremos o melhor para nós mesmo, afinal nós merecemos! E nisso se inclui ouvir discos de qualquer gravadora que seja em alta qualidade sonora... Pois se você está pagando por um disco que é inédito no formato digital ou em alguma raridade, cada centavo do seu dinheiro dinheiro suado investido nele deve valer a pena... Senão não vale a pena esses lançamentos terem a sua versão digital. Qualidade sempre!

Rafael disse...

Complementando: logicamente que a atitude do Marcelo Fróes em querer lançar em formato digital discos esquecidos e rejeitos pelas grandes gravadoras é muito digna e merecível de aplausos, mas logicamente só se o mesmo fizer tudo com zelo, atenção e capricho. O que infelizmente não tem acontecido regularmente.

OBS: Não estou insultando ninguém com o comentário acima e espero que o sr. Mauro tenha a percepção de sacar isso e publicar este meu comentário.

KL disse...

Rafael,

No outro post anterior sobre a Discobertas, eu falei sobre a questão que você sempre enfatiza: a ripagem de vinis em vez das fitas-masteres. Como lhe expliquei lá, os únicos relançamentos em cd do selo de Marcelo Fróes que saíram de vinias foram aqueles cujas fitas-masteres foram irremediavelmente perdidas. Ou seja, não cabe mais você bater nessa tecla, porque só essa é uma opção razoável pois - pelo menos na minha concepção "é melhor um pássaro na mão do que dois voando". Já foi noticiado na grande Imprensa, por exemplo, que as reedições em cd de "Àgua Céu Pássaro", de Ney Matogrosso, e "Araçá Azul", de Caetano vieram de vinil, pois ambas as fitas originais se perderam. Você poderá contra-argumentar dizendo que, então, prefere ouvir o lp mesmo etc, porém convenhamos a maioria desses álbuns em lp custa caro ou são muito difíceis de encontrar.
E, cá entre nós, a Discobertas tem dado um show, e deve vir muita coisa boa por aí, que, se não for por essa via, provavelmente teríamos de contentar-nos com ripagens caseiras, essas sim não valem nem a midiazinha queimada.

KL disse...

Rafael,

Só completando: quando você reclama de que determinadas ripagens de cds teriam vindo de vinis (e não de fitas-másteres), não deixa de ser uma acusação injusta, pois parece que tudo o que é lançado segue essa rotina, o que absolutamente não é verdade. O fantástico box Ed Lincoln, só para citar um exemplo, saiu todinho das fitas originais da Musidisc, cedidas por Claudio Fragnan. Não sei se você sabe, mas a série Som Livre Masters, produzida por Charles Gavin, boa parte teve suas ripagens de vinil, pois (acredite se quiser) a Som Livre - segundo contam - teria digitalizado o acervo e destruído as fitas originais. Deve ter sido no início da febre e do encantamento pela cultura digital, hoje com certeza não fariam isso. Então, relaxe e glose. Eu disse g.l.o.s.e.

André Queiroz disse...

KL,

Antes mesmo da série "Som Livre Masters",vários Cds lançados pela Som Livre nos anos 90 através do selo Cast e na coleção "Campeões de Audiência" em 2001 já eram ripados de vinil, assim como também na série "Odeon 100 anos" no caso dos discos de Orlandivo e Cassiano.

mfroes disse...

Confirmando o que foi dito acima, infelizmente pouquíssimos tapes existem dos selos independentes que existiram nos anos 60, 70 e 80. Seja porque foram apagados por economia, seja porque apodreceram, seja porque foram perdidos, seja porque foram literalmente jogados no lixo. Felizmente existe tape de quase tudo dos arquivos das multinacionais, mas mesmo assim há casos em que o tape simplesmente virou uma fita transparente e sem nenhuma banda magnética que permita PLAY. As fitas Scotch dos anos 50, 60 e 70 são ótimas, um colírio para os olhos de quem acha um master, mas as fitas Ampex, MAC, BASF e outras usadas a partir da segunda metade dos anos 70 são em 80% dos casos um convite à frustração: NÃO TOCAM. Matéria prima ruim X choque térmico (não teriam sido feitas para país tropical).
Obrigado.

Rafael disse...

Vamos torcer para que muitos discos raros e inéditos no formato digital não tenham tido as suas masters destruídas. O grande erro de gravadoras e de todo o seu empresariado e de até alguns produtores musicais (não estou citando ninguém em especial), quando a época do advento do CD e de todo o maravilhamento dessa nova tecnologia digital provavelmente devem ter jogado no lixo muitas masters originais e conservado apenas o material no formato digital, achando que depois lançaria isso tudo num futuro próximo com alta qualidade sonora.... Porém isso infelizmente não aconteceu. Quantos e mais quantos discos não devem ter ido para o limbo com esse pensamento das pessoas na época do surgimento dos CD's? Se até mesmo o cidadão comum, que tinham vários LP's em sua casa, jogaram coleções inteiras fora desses mesmos LP's, achando que conseguiria tudo depois em CD, imagina o que as grvadoras então devem ter feito com o teu acervo? Me assusta a possibilidade de ter que pensar nisso... Eu mesmo já vi milhares e milhares de discos em LP's, muitos deles raros, jogados nas ruas de qualquer jeito...

Rafael disse...

Foi bom ver a explicação elucidativa do sr. Fróes por aqui. Me ajudou a ter uma visão um pouco mais ampliada desse vasto mercado de LP's e do "zelo" que a maioria das gravadoras brasileiras tem com os seus acervos...

leitordomauro disse...

O selo Discobertas pode e deve lançar os discos que quiser, apenas como consumidor assíduo desses produtos quero ser comunicado na capa se é um produto realmente digital ou mera cópia do vinil. Os dois discos da cantora Maria Creuza lançados por essa gravadora foram diretos pro lixo devido a péssima qualidade.

mfroes disse...

Rafael, faz sentido seu pensamento. Mas felizmente as gravadoras não jogaram fora suas matrizes quando relançaram CD. Podem sim, em alguns raros casos, ter perdido os tapes nos arquivos. Visitei todos eles e sei que, se uma fita não fosse devidametne recolocada em seu lugar na estante, NUNCA MAIS seria reencontrada. Depois que as gravadoras venderam suas sedes e mudaram-se para escritórios pequenos, seus acervos foram encaixotados e guardados em empresas de armazemento. Na minha modesta opinião, isso foi uma verdadeira arapuca e muitos funcionários de gravadora pensam igual: as empresas recebem uma grana mensal para guardar tudo aquilo mas, quando a gravadora precisa de alguma fita e manda o pedido de número, dependendo do discernimento do funcionário ou mesmo de seu humor, a fita simplesmente NÃO APARECE. E ficam elas por elas.
Eu tive a chance de visitar todos esses arquivos de gravadora ANTES dessa nova realidade, e hoje sento e choro quando peço um tape e vem a notícia de que "não estão encontrando". Isso é raro, mas acontece.

Rafael disse...

Também concordo com o que o Leitor do Maurio diz. Deve haver uma espécie de adesivo indicando que o som foi extraído de vinil ou não, pois ao não ter estes tipos de avisos na capa do disco dá-se a péssima impressão de que você está levando gato por lebre... Como eu sempre leio na net notícias a respeito de lançamentos de discos que tiveram ou não oáudio extraído de vinil e sobre a qualidade dos mesmos, então eu já fico precavido com isto. Mas e quem não tem muito acesso a este tipo de informação e nem a cultura de uma forma mais abrangente, porém gosta de música e sempre compra discos? Acaba saindo prejudicado e indignado.

Rafael disse...

Marcelo, ao menos fico aliviado em saber que a grande parte das gravadoras não destruíram ou jogaram no lixo as masters originais... É indigno ver essa atitude delas... Deixam preciosos acervos apodrecerem em seus porões e galpões, com as masters tomando mofo, com ratos roendo os rolos dessas fitas e demais bichos estragando tão precioso material, sem contar a má vontade de funcionário desqualificados para exercerem tal função, para a boa conservação desses discos. Esses discos deveriam ser conservados em lugares onde não se batam a luz do sol e creio que com a temperatura um pouco baixa, pois como aqui é um país de alta temperatura, acaba tudo isso potencializando o tempo de vida útil do material. Se uma dessas gravadoras me contratasse para cuidar desses materiais, eu teria muito mais zelo e atenção do que os donos, empresários e funcionários das mesmas. É triste ver tamanho descaso com o rico e precioso material que essas companhias discográficas conservam seu material, e nunca lançam os mesmos em formato digital, deixando-os assim a revelia e que o tempo e pessoas despreparadas para tal função depredem patrimônios públicos como esse, pois para os empresários estão mais interessados em lucrarem com o que é mais rentável comercialmente. O Ministério da Cultura deveria intervir nessa questão e obrigar as gravadoras a guardar todo o seu catálogo em condiçoes totalmente adequadas e favoráveis para a preservação desses discos nunca lançados em CD e certamente até vários discos que nem sequer foram lançados em LP, como o álbum todo em inglês do Taiguara, que foi impedido de ter sido lançado em LP pela sua gravadora na época. Onde está esse material rico e que nunca viu a luz do dia? Imagino que estragando num porão de gravadora.

KL disse...

Viram aí? Marcelo Froes, a lenda, em pessoa, e ainda deu uma aula no quesito remaster e afins. Agora é só esperar as bolachinhas de luxo nas lojas.

Denis Gazeta disse...

Marcelo Fróes, valeu pelos comentários postados neste blog, nunca os apague, porque isso é conhecimento científico empírico, de alguém que experienciou esses fatos.
Um abraço e continue fazendo o trabalho maravilhoso que você faz!
Espero muito que você consiga encontrar o album "Um Coração em Mil" do cantor Dalto, lançado pela 3M em 1988, se possível acompanhada da música "O Amor Não É Um Filme", presente na trilha sonora original da novela Barriga de Aluguel (1991).
Quando isso ocorrer, serei o primeiro a comprar este disco!