Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Howler injeta vigor e prazer juvenil no rock com álbum 'America Give Up'

Resenha de CD
Título: America Give Up
Artista: Howler
Gravadora: Rough Trade / Lab 344
Cotação: * * * * 1/2

De tempos em tempos, entra em cena uma banda com vigoroso disco de estreia que reinjeta ânimo, energia e prazer juvenis no rock para lembrar ao mundo pop que ele - esse tal de rock'n'roll - é fênix que renasce quantas vezes for preciso para manter acesa a chama acendida nos anos 50 por Elvis Presley (1935 - 1977) e Cia. A banda da vez, Howler, vem de Minneapolis (Minnesota, EUA) e, sim, dá injeção de ânimo, energia e prazer com seu vigoroso álbum de estreia, America Give Up, lançado no exterior em janeiro de 2012 e já editado no Brasil, neste mês de fevereiro, graças ao antenado selo carioca Lab 344. O Howler jamais reinventa a roda, mas cativa em 11 faixas que totalizam 32 minutos de som meio de garagem, um rock espontâneo que tem suscitado (elogiosas) comparações com o som do álbum de estreia do Strokes. America Give Up nunca perde o pique. Na última das 11 músicas do álbum, Black Lagoon, de deliciosos dois minutos e meio, há a mesma energia da primeira, Beach Sluts. No meio delas, há gemas como This One's Different (de refrão inebriante, já conhecido por quem ouviu o EP lançado pelo quinteto em 2011), Back of Your Neck (outro tema lançado em 2011, irresistível em sua arquitetura BritPop), America (com toques de pós-punk) e Pythagorean Fearem. Há certa fúria e urgência nos vocais e riffs postos pelo cantor e guitarrista Jordan Gatesmith em faixas do alto quilate de Back to the Grave.  Enfim, America Give Up justifica a aura hype que já envolve o Howler desde o ano passado. Trata-se de grande álbum produzido com o prazer, a espontaneidade e o descompromisso de jovens que nada têm a perder por ora.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

De tempos em tempos, entra em cena uma banda com vigoroso disco de estreia que reinjeta ânimo, energia e prazer juvenis no rock para lembrar ao mundo pop que ele - esse tal de rock'n'roll - é fênix que renasce quantas vezes for preciso para manter acesa a chama acendida nos anos 50 por Elvis Presley (1935 - 1977) e Cia. A banda da vez, Howler, vem de Minneapolis (Minnesota, EUA) e, sim, dá injeção de ânimo, energia e prazer com seu vigoroso álbum de estreia, America Give Up, lançado no exterior em janeiro de 2012 e já editado no Brasil, neste mês de fevereiro, graças ao antenado selo carioca Lab 344. O Howler jamais reinventa a roda, mas cativa em 11 faixas que totalizam 32 minutos de som meio de garagem, um rock espontâneo que tem suscitado (elogiosas) comparações com o som do álbum de estreia do Strokes. America Give Up nunca perde o pique. Na última das 11 músicas do álbum, Black Lagoon, de deliciosos dois minutos e meio, há a mesma energia da primeira, Beach Sluts. No meio delas, há gemas como This One's Different (de refrão inebriante, já conhecido por quem ouviu o EP lançado pelo quinteto em 2011), Back of Your Neck (outro tema lançado em 2011, irresistível em sua arquitetura BritPop), America (com toques de pós-punk) e Pythagorean Fearem. Há certa fúria e urgência nos vocais e riffs postos pelo cantor e guitarrista Jordan Gatesmith em faixas do alto quilate de Back to the Grave. Enfim, America Give Up justifica a aura hype que já envolve o Howler desde o ano passado. Trata-se de grande álbum produzido com o prazer, a espontaneidade e o descompromisso de jovens que nada têm a perder por ora.

O Neto do Herculano disse...

Salvação do rock
é que nem golaço,
todo final de semana tem.