Mauro Ferreira no G1

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sábado, 9 de abril de 2011

Panic! at the Disco retorna com pompa ao pop 'teen' em 'Vices & Virtues'

Resenha de CD
Título: Vices & Virtues
Artista: Panic! at the Disco
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * 1/2

O grupo Panic! at the Disco se recusa a crescer. Ao apresentar em 2008 seu segundo álbum, Pretty.Odd,  o então quarteto norte-americano flertou com a psicodelia - à moda dos Beatles em Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967) - para tentar ir além do pop pseudo-punk que deu o tom emo de seu primeiro álbum, A Fever You Can’t Sweat Out (2005). Contudo, a diminuição das vendas abalou a banda e provocou um racha no Panic! at the Disco em julho de 2009. Lançado em 18 de março de 2011 e já editado no Brasil pela Warner, o terceiro álbum, Vices & Virtues, apresenta o Panic! at the Disco já reduzido a um duo. O baixista Jon Walker e o guitarrista (e letrista) Ryan Ross deixaram o grupo para desenvolver o som mais maduro experimentado em Pretty.Odd. Coube então ao vocalista Brendon Uruie e ao baterista Spencer Smith a responsabilidade de levar adiante o Panic! at the Disco. Aliás, levar adiante nem é a expressão mais adequada, pois Vices & Virtues retoma com pompa e circunstância o som pop teen de A Fever You Can’t Sweat Out. Com alta dose de cordas, guitarra e eletrônica, Vices & Virtues começa bem. The Ballad of Mona Lisa - faixa eleita o primeiro single do álbum - e a esfuziante Let's Kill Tonight (de refrão empolgante) - sinalizam que o retrocesso fez bem ao duo. Temas como Memories exibem refrões mais ou menos poderosos. Mas o fato é que, à medida que avança, o álbum produzido com eficiência por Butch Walker e John Feldmann vai se revelando menos sedutor. E, lá pela sexta faixa, Ready to Go (Get me Out of my Mind), já começa a dar sinais de exaustão. Bem mais rasas do que as de Ryan Ross, as letras de Urie montam espécie de diário adolescente e podem vir a fazer a cabeça ainda em crescimento da multidão que se deixou contagiar pela febre de A Fever You Can’t Sweat Out.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

O grupo Panic! at the Disco se recusa a crescer. Ao apresentar em 2008 seu segundo álbum, Pretty.Odd, o então quarteto norte-americano flertou com a psicodelia - à moda dos Beatles em Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967) - para tentar ir além do pop pseudo-punk que deu o tom emo de seu primeiro álbum, A Fever You Can’t Sweat Out (2005). Contudo, a diminuição das vendas abalou a banda e provocou um racha no Panic! at the Disco em julho de 2009. Lançado em 18 de março de 2011 e já editado no Brasil pela Warner, o terceiro álbum, Vices & Virtues, apresenta o Panic! at the Disco já reduzido a um duo. O baixista Jon Walker e o guitarrista (e letrista) Ryan Ross deixaram o grupo para desenvolver o som mais maduro experimentado em Pretty.Odd. Coube então ao vocalista Brendon Uruie e ao baterista Spencer Smith a responsabilidade de levar adiante o Panic! at the Disco. Aliás, levar adiante nem é a expressão mais adequada, pois Vices & Virtues retoma com pompa e circunstância o som pop teen de A Fever You Can’t Sweat Out. Com alta dose de cordas, guitarra e eletrônica, Vices & Virtues começa bem. The Ballad of Mona Lisa - faixa eleita o primeiro single do álbum - e a esfuziante Let's Kill Tonight (de refrão empolgante) - sinalizam que o retrocesso fez bem ao duo. Temas como Memories exibem refrões mais ou menos poderosos. Mas o fato é que, à medida que avança, o álbum produzido com eficiência por Butch Walker e John Feldmann vai se revelando menos sedutor. E, lá pela sexta faixa, Ready to Go (Get me Out of my Mind), já começa a dar sinais de exaustão. Bem mais rasas do que as de Ryan Ross, as letras de Urie montam espécie de diário adolescente e podem vir a fazer a cabeça ainda em crescimento da multidão que se deixou contagiar pela febre de A Fever You Can’t Sweat Out.