Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

'Blood Pressures' injeta peso e delicadeza romântica no som sujo do Kills

Resenha de CD
Título: Blood Pressures
Artista: The Kills
Gravadora: Domino Records / Lab 344 (Brasil)
Cotação: * * * 1/2

Vai levar um susto quem começar aleatoriamente a audição do quarto álbum da dupla The Kills, Blood Pressures, pela balada The Last Goodbye. Com vocais límpídos, a cantora Alison Mosshart entoa a bela canção no tempo da delicadeza romântica, envolvida por cordas. Entretanto, o susto logo passaria. Lançado pela Domino Records nesta segunda-feira, 4 de abril de 2011, Blood Pressures injeta peso no som do duo formado por Alison com o guitarrista Jamie Hince. Como o single Satellite já havia demonstrado, The Kills volta ao mercado fonográfico com um álbum mais sujo e sombrio do que o anterior Midnight Boom (2008), de tom mais pop. Há até ecos da pegada pop do álbum anterior em Baby Says, em Heart Is a Beating Drum e em Nail in my Coffin (uma das melhores da safra de inéditas do disco por conta de sua batida sedutora). Contudo, Blood Pressures - que vai ser editado em breve no mercado brasileiro pelo selo Lab 344 - é permeado pela sujeira do garage rock na maioria de suas músicas, umas naturalmente mais inspiradas (caso de Future Starts Slow), outras menos (Dammed If She Do). Tendência também sinalizada pelo segundo single, DNA, lançado em março. Os riffs da guitarra de Hince dominam o disco, apesar de algumas boas surpresas como a supra-citada The Last Goodye e como Wild Charms, canção de um minuto e 15 segundos entoada por Hince. E assim, entre algum peso e alguma delicadeza, The Kills apresenta outro bom álbum na cena indie, coerente com Keep on your Mean Side (2003) e No Wow (2005).

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Vai levar um susto quem começar aleatoriamente a audição do quarto álbum da dupla The Kills, Blood Pressures, pela balada The Last Goodbye. Com vocais límpídos, a cantora Alison Mosshart entoa a bela canção no tempo da delicadeza romântica, envolvida por cordas. Entretanto, o susto logo passaria. Lançado pela Domino Records nesta segunda-feira, 4 de abril de 2011, Blood Pressures injeta peso no som do duo formado por Alison com o guitarrista Jamie Hince. Como o single Satellite já havia demonstrado, The Kills volta ao mercado fonográfico com um álbum mais sujo e sombrio do que o anterior Midnight Boom (2008), de tom mais pop. Há até ecos da pegada pop do álbum anterior em Baby Says, em Heart Is a Beating Drum e em Nail in my Coffin (uma das melhores da safra de inéditas do disco por conta de sua batida sedutora). Contudo, Blood Pressures - que vai ser editado em breve no mercado brasileiro pelo selo Lab 344 - é permeado pela sujeira do garage rock na maioria de suas músicas, umas naturalmente mais inspiradas (caso de Future Starts Slow), outras menos (Dammed If She Do). Tendência também sinalizada pelo segundo single, DNA, lançado em março. Os riffs da guitarra de Hince dominam o disco, apesar de algumas boas surpresas como a supra-citada The Last Goodye e como Wild Charms, canção de um minuto e 15 segundos entoada por Hince. E assim, entre algum peso e alguma delicadeza, The Kills apresenta outro bom álbum na cena indie, coerente com Keep on your Mean Side (2003) e No Wow (2005).