Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quarta-feira, 13 de abril de 2011

30 anos de morte de Elis motivam reedições da obra da artista na Philips

Os 30 anos de morte de Elis Regina (1945 - 1982) - a serem completados em 19 de janeiro de 2012 - vão motivar novas reedições dos 21 álbuns gravados pela cantora na extinta companhia Philips, entre 1965 e 1978. Estes discos já haviam sido embalados na caixa Transversal do Tempo, editada em 1998. Contudo, a qualidade do som decepcionou os compradores da caixa. Os CDs que a Universal Music vai pôr nas lojas em 2012 serão alvos de novo processo de remasterização. Está previsto o lançamento de coletânea com gravações raras da Pimentinha.

17 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Os 30 anos de morte de Elis Regina (1945 - 1982) - a serem completados em 19 de janeiro de 2012 - vão motivar novas reedições dos 21 álbuns gravados pela cantora na extinta companhia Philips, entre 1965 e 1978. Estes discos já haviam sido embalados na caixa Transversal do Tempo, editada em 1998. Contudo, a qualidade do som decepcionou os compradores da caixa. Os CDs que a Universal Music vai pôr nas lojas em 2012 serão alvos de novo processo de remasterização. Está previsto o lançamento de coletânea com gravações raras da Pimentinha.

André disse...

Espero que essas reedições tb respeitem o trabalho gráfico original dos lps, já que a edição de 1998 tb decepcionou nesse aspecto. Desde já economizando prá comprar essa caixa!!

KL disse...

e, pelo amor de Deus, desistam de lançar cd de faixas raras e/ou inéditas/compactos etc. Aprendam com os japoneses e encaixem as faixas-bônus em cada álbum, de acordo com as datas em que foram gravados. Se for assim, vai valer a pena comprar tudo isso de novo e escutar cada álbum com "cerejas" adoçando o bolo de canções e interpretações irrepreensíveis. E, quanto mais surgem novas cantoras, percebe-se que a "velha" Elis Regina canta cada vez melhor.

Milton Luiz disse...

Elis, Bethânia e Gal (apesar dos pesares no caso de Gal) continuam imbatíveis...

Pedro Progresso disse...

não acho que os cds tenham que ter faixas bônus com os registros raros da época. O cd é o cd. Tem história, é um conceito fechado, não pode ter alteração.

melhor vir cd bonus com os registros pra não perder o valor histórico. Até pq uma caixa nao é uma edição avulsa de relançamento de disco (que é onde isso acontece, no Japão)

Tiago disse...

KL, a gravadora universal entente que faixas bônus em cd = processo por adulteração do produto original.

Eulalia Moreno disse...

Pedro Progresso,
Concordo plenamente com voce. Na caixa O Canto da Cigarra da Simone , Rodrigo Faour cometeu esse erro incluindo faixas bônus em Cds que deveriam apenas reproduzir os vinis da época. Outro erro é a não reprodução exata do selo interior. Acho que a Caixa deveria ter essa função: " modernizar" registros de época, sem adulteração ou acréscimos, por favor
Abraço
Eulalia

KL disse...

Pedro Progresso,

Discordo da tese "o cd é o cd". faria sentido se fosse "o lp é o lp". Um cd que relança um lp jamais será o lp, entende? Cd é outro formato (inclusive fisicamente). Na minha concepção, o relançamento de um cd é a excelente oportunidade de encartar faixas-bônus da época, até porque o vinil, muitas vezes, não permitia isso. O cd, ao contrário, tem espaço suficiente. No caso de Elis, Gal, Gil. Caetano etc, encartar faixas-bônus da época, além de enriquecerem o contexto dos álbuns originais, seria uma excelente jogada de marketing para que os fãs comprassem tudo de novo. Para os ortodoxos, todos os álbuns desses artistas do mainstream já foram lançados "virgens" e, ao meu ver, é uma grande bobagem não recheá-los adequadamente nas reedições a partir de agora. Absurdo mesmo é o tal formato "cd de inéditas, raridades etc", pois junta faixas que, muitas vezes, não têm nada a ver umas com as outras. Com Elis Regina, eu seria ainda mais radical: tiraria da lista o "Elis Especial", lançado em 1979, e distribuiria as faixas "colando-as" nos álbuns da época, pois compilação alheatória ou arquivista, para mim, não passa de caça-níqueis.
Mas brasileiro é teimoso e demora para "captar a mensagem". Tivemos aqui honrosas exceções: os boxes de Nara Leão e de Erasmo Carlos na Polydor - tanto que foram todos vendidos e hoje valem uma fortuna no mercado de raridades.

KL disse...

Tiago,

Lamento pela visão equivocada da Universal, até porque cd não é lp, mas um produto novo que, inclusive do ponto de vista mercadológico, deveria ter atrativos a mais do que um vinil. As gravadoras deveriam preocupar-se, na verdade, com o baixíssimo nível da produção atual que elas insistem em colocar no mercado. É por isso que as edições japonesas são tão raras, caras e disputadas no mercado de luxo.

KL disse...

Eulália,

Defendo ardorosamente a inclusão de faixas-bônus em relançamentos de lp em cd, porém com ressalvas: 1. têm de ser do mesmo ano em que saiu o lp; 2. têm de ser de estúdio (se o álbum foi gravado em estúdio). Imagine, por exemplo, o lindo álbum "Cantar", de Gal Costa, que tem poucas faixas e gosto de quero-mais, trazendo como bônus a pérola "Teco-teco", que foi gravada no mesmo ano, lançada em compacto inclusive com foto da sessão de fotos do lp, arranjada por João Donato (o arranjador de várias faixas do disco). Ou seja, tudo a ver com o clima - em vez de misturá-la a outras "nada a ver" do cd de "idédtas e raridades" que saiu no box. Outra: imagine o lindo álbum "Passaredo", de Francis Hime, trazendo de bônus a faixa "Quadrilha", gravada por Ele e Chico Buarque no mesmo ano e totalmente no clima do álbum. É esse tipo de faixa-bônus que realmente mereça sair, e não simplesmente entulhar um álbum com registros "raros" só para satisfazer a colecionadores e/ou fãs arquivistas de música popuplar.

Chabacano disse...

Tanto a Bethânia quanto a Gal emprestaram suas vozes e capacidade de interpretação únicas a canções chinfrins, mas 'A Pimentinha' era esperta e seletiva demais para cometer tal "erro".

Eduardo Cáffaro disse...

Mais do mesmo ! Se fosse para inovar mesmo, porque não lançam em DVD o show de Elis em Montreux, que teve até participação de Hermeto ? Isso sim seria um atrativo para os fãs ! Tem uma edição em CD com 7 faixas bonus do mesmo show ! Agora falta o video , pois o audio fantástico já foi lançado.

Edu - abc

Fernando Dasilva disse...

Sempre aparece alguem para dizer que Elis era superior em algum quesito a Bethania e Gal...pobreza mental. Nao existem erros, existem amores.

Pedro Progresso disse...

ainda insisto em querer o cd do jeito que era o vinil, com as faixas iguais e a mesma sequência.

Cd não é Vinil, mas o motivo é o mesmo e o conteúdo deve ser tb. Sem bônus.

Se há a possibilidade de lançar separadamente especificando a data, pq não fazê-lo?

Todo disco tem uma importância histórica, é um "documento" e querendo ou não - por impossibilidade, espaço no vinil ou qualquer outro motivo - o artista escolheu aquelas canções para fazer parte daquela obra. E é isso que ficou, que marcou, etc. É um trabalho finalizado.

Ninguém quer dar umas pinceladas a mais num da Vinci, num Velasquez. Ninguém quer esculpir um pouco mais uma obra do Aleijadinho. Não tem sentido fazer com nossos cânones tb.

KL disse...

Progresso,

Ninguém daria pinceladas em da Vinci ou Van Gogh, mas essas obras foram diversas vezes reapresentadas em reproduções gráficas - que, para os maiores analistas, não é jamais o original. Ou seja, original mesmo é a peça-matriz, a fita-master e, em último caso, o lp posto á venda na época.
Para os puristas radicais, a melhor maneira de não "violar" a "virgindade" de uma obra francamente pop é comprar os vinis, os quais - é bom que se diga - jamais foram reproduzidos fielmente no formato cd. Na série Elis, por exemplo, o álbum de 1974 veio em cd com a capa interna (verde-oliva) em lugar da externa, branca com letreiro e, portanto, completamente diferente da que supúnhamos ser a verdadeira. Sem querer repetir - e já repetindo - os ortodoxos têm aí, à sua disposição, toda a discografia de Elis sem faixas-bônus. A Unversal deveria pensar agora na outra parcela de consumidores, mais atenta às boas novidades. Teria bem mais do que um comporador para adquirir toda a incrível e insuperável (?) discografia de Elis, que serve inclusive como aula de canto para as gralhas atuais pararem de "cantar" e de azucrinar os ouvidos e a paciência dos Humanos.

Notas Musicais disse...

Polêmicas a parte de incluir inéditas ou não, peço apenas a Universal que faça a gentileza de realmente remasterizar e não dizer apenas que fez. Quero poder comprovar isso com meus ouvidos que ninguém engana! O álbum de 65 em que Elis debuta na antiga CBD, samba eu canto assim, tem um som péssimo. Usam removedores de ruído mas removem a parte musical junto. Quem tem o Lp original sabe do que eu falo. Isso aconteceu também com o álbum de 74. Também não façam o que fizeram com o Falso Brilhante na reedição em cd e dvd. Colocaram ecos na voz de Elis onde não existia e sumiram com determinadas partes da bateria como em Nossos Pais. A capa!!! Pois é... Façam também a gentileza de reproduzirem as capas e contra-capas originais. Não queremos coletâneas e sim as obras originais em um "novo" formato.

Notas Musicais disse...

Polêmicas a parte de incluir inéditas ou não, peço apenas a Universal que faça a gentileza de realmente remasterizar e não dizer apenas que fez. Quero poder comprovar isso com meus ouvidos que ninguém engana! O álbum de 65 em que Elis debuta na antiga CBD, samba eu canto assim, tem um som péssimo. Usam removedores de ruído mas removem a parte musical junto. Quem tem o Lp original sabe do que eu falo. Isso aconteceu também com o álbum de 74. Também não façam o que fizeram com o Falso Brilhante na reedição em cd e dvd. Colocaram ecos na voz de Elis onde não existia e sumiram com determinadas partes da bateria como em Nossos Pais. A capa!!! Pois é... Façam também a gentileza de reproduzirem as capas e contra-capas originais. Não queremos coletâneas e sim as obras originais em um "novo" formato.