Mauro Ferreira no G1

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sábado, 29 de junho de 2013

Carla Bruni oscila entre melancolia e extroversão em 'Little french songs'

Resenha de CD
Título: Little french songs
Artista: Carla Bruni
Gravadora: Decca / Universal Music
Cotação: * * * 1/2

Uma década separa o lançamento do primeiro álbum de Carla Bruni, Quelqu’un m’a dit (2003),da edição de seu quarto disco de inéditas, Little french songs (2013), recém-lançado no Brasil pela Universal Music. Ao longo desses dez anos, a modelo franco-italiana se impôs como cantora e compositora, se tornou a Primeira Dama da França ao se casar em 2008 com o presidente Nicolas Sarkozy, deu à luz sua filha Giulia em 2011 e perdeu o posto de Primeira Dama em 2012 com a derrota de Sarkozy nas últimas eleições presidenciais da França. Gestado desde 2011, Little french songs é o primeiro (sedutor) álbum da artista em cinco anos - sucedendo Comme si de rien n’était (2008) - e reflete a gangorra emocional da vida de Bruni ao longo de suas onze músicas autorais. Produzido por Bénédicte Schmitt, o disco oscila entre a melancolia e a extroversão sem inventar qualquer moda com as canções de Bruni, pautadas por simplicidade que se ajusta bem à suavidade da voz da cantora. Dentre os temas melancólicos, os destaques são J'arrive à toi (Carla Bruni), Priére (Carla Bruni e Julien Clerc) e La valse posthume (composta sobre tema de Frédéric Chopin). Dentre as músicas animadas, que preservam o tempo de delicadeza do álbum, Chez Keith et Anita (Carla Bruni) e Mon Raymond (Carla Bruni) merecem atenção. Tanto quanto Dolce Francia, faixa de início recitada em que Bruni saúda a França em italiano ao adaptar Douce France, tema de autoria do compositor francês Charles Trenet (1913-2001). No todo, com pequenas canções francesas, Little french songs prova que a música de Carla Bruni sobrevive bem sem a política das relações exteriores. 

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Uma década separa o lançamento do primeiro álbum de Carla Bruni, Quelqu’un m’a dit (2003),da edição de seu quarto disco de inéditas, Little french songs (2013), recém-lançado no Brasil pela Universal Music. Ao longo desses dez anos, a modelo franco-italiana se impôs como cantora e compositora, se tornou a Primeira Dama da França ao se casar em 2008 com o presidente Nicolas Sarkozy, deu à luz sua filha Giulia em 2011 e perdeu o posto de Primeira Dama em 2012 com a derrota de Sarkozy nas últimas eleições presidenciais da França. Gestado desde 2011, Little french songs é o primeiro (sedutor) álbum da artista em cinco anos - sucedendo Comme si de rien n’était (2008) - e reflete a gangorra emocional da vida de Bruni ao longo de suas onze músicas autorais. Produzido por Bénédicte Schmitt, o disco oscila entre a melancolia e a extroversão sem inventar qualquer moda com as canções de Bruni, pautadas por simplicidade que se ajusta bem à suavidade da voz da cantora. Dentre os temas melancólicos, os destaques são J'arrive à toi (Carla Bruni), Priére (Carla Bruni e Julien Clerc) e La valse posthume (composta sobre tema de Frédéric Chopin). Dentre as músicas animadas, que preservam o tempo de delicadeza do álbum, Chez Keith et Anita (Carla Bruni) e Mon Raymond (Carla Bruni) merecem atenção. Tanto quanto Dolce Francia, faixa de início recitada em que Bruni saúda a França em italiano ao adaptar Douce France, tema de autoria do compositor francês Charles Trenet (1913-2001). No todo, com pequenas canções francesas, Little french songs prova que a música de Carla Bruni sobrevive bem sem a política das relações exteriores.