Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Depois de tocar o samba de Chico, Hamilton visita Milton em 'Casa de Bituca'

Depois de tocar o samba de Chico Buarque em álbum lançado em abril pela gravadora Biscoito Fino, o bandolinista Hamilton de Holanda visita a obra de Milton Nascimento em disco também programado para ser lançado neste ano de 2016. Casa de Bituca é o nome do álbum gravado por Hamilton com o quinteto formado pelo bandolinista com os músicos Daniel Santiago (violão), Gabriel Grossi (harmônica), Guto Wirtti (baixo) e Marcio Bahia (bateria). O disco sairá no segundo semestre de 2016.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Sem economizar notas, Hamilton ignora barzinhos ao tocar sambas de Chico

Resenha de álbum
Título: Samba de Chico
Artista: Hamilton de Holanda
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * 1/2

Se por acaso alguém começar a ouvir o álbum em que o Hamilton de Holanda toca o repertório de Chico Buarque de Hollanda pela faixa-bônus, a gravação da marchinha A banda (1966), poderá ter a impressão de que o bandolinista de origem carioca (mas criação brasiliense) se utilizou da obra magistral do compositor carioca fez um disco para ser fundo musical do coro popular dos barzinhos. Tal impressão seria, no caso, totalmente equivocada. Em Samba de Chico, Hamilton - bandolinista extraordinário do tipo que jamais economiza notas -  toca Chico com boa dose de reinvenção, como mostram as abordagens dos sambas Piano na Mangueira (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1992) e Quem te viu, quem te vê (1967). Como o próprio Hamilton explica em texto reproduzido no encarte da edição física em CD, o objetivo foi encontrar "um novo caminho" ao tocar os sambas de Chico Buarque. De fato, Hamilton imprime o próprio toque ao longo de quase todo o disco. Por seguir por rotas próprias, o músico também pega eventuais trilhas acidentadas. O bandolinista esbarra na tensão de Deus lhe pague (1971) e a dilui no medley que une a composição à engenhosa Construção (1971). Por mais que Hamilton seja gênio-virtuose do bandolim, toda a engrenagem de Roda viva (1967) também parece desabar em Samba de Chico. É o preço (alto) que se paga pela recriação da criação alheia, pela intenção de se afastar do lugar-comum. Como o álbum é essencialmente instrumental, e nem todas as melodias são de Chico (caso do já citado samba Piano na Mangueira), há certa estranheza em ouvir o samba-canção Trocando em miúdos (Francis Hime e Chico Buarque, 1977) sem a letra, por exemplo. Nesse momento, Hamilton toca a rigor o samba de Francis Hime. O que justifica o convite feito à cantora espanhola Sílvia Pérez Cruz para dar voz aos versos dilacerados de outro magistral samba-canção composto por Chico com Francis, Atrás da porta (1972). Cruz também dá voz aos versos de O meu amor (1977), bolero trazido para o universo do samba. Em ambas as interpretações, a cantora dribla bem a pouca intimidade com a língua portuguesa, mas não consegue transmitir a sensualidade de O meu amor e tampouco a dramaticidade afetiva de Atrás da porta. Mais à vontade, obviamente, soa o próprio Chico ao cantar mais uma vez os sambas Vai trabalhar vagabundo (1976) e A volta do malandro (1985). É quando o canto do compositor guia o músico pelos caminhos mais convencionais de obra já em si perfeita - ainda que Hamilton vez por outra escape dessa trilha nas duas gravações com Chico. É assim também quando o músico pega outras vielas sem deixar de desembocar na estrada afro que conduz a vivaz Morena de Angola (1980). Aos 40 anos, Hamilton de Holanda vive momento áureo em que se exercita com segurança no toque do bandolim. E, mesmo inventando e explorando caminhos, o músico reproduz o clima original de Samba e amor (1969) e a levada sedutora do Samba do grande amor (1983). De quebra, ainda há celebra o compositor com o sinuoso Samba de Chico, tema inédito que dá nome ao álbum. Definitivamente, Samba de Chico não é álbum para se ouvir em barzinhos. Sem malandragem, Hamilton retrabalhou a obra de Chico.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Hamilton toca sambas e canções de Chico em CD que traz cantora espanhola

O bandolinista Hamilton de Holanda vai além do samba de Chico Buarque no repertório de Samba de Chico, álbum que chega ao mercado fonográfico a partir de sexta-feira, 22 de abril de 2016, em edição da gravadora Biscoito Fino. Ao longo de 16 músicas alocadas em 15 faixas, Hamilton também toca belas canções de amor dilacerado como Trocando em miúdos (Francis Hime e Chico Buarque, 1977). A cantora espanhola Silvia Pérez Cruz, aliás, solta a voz na canção Atrás da porta (Francis Hime e Chico Buarque, 1972) e no bolero O meu amor (Chico Buarque, 1977). Samba de Chico (veja capa à esquerda) traz o próprio Chico Buarque em outras duas faixas, os sambas Vai trabalhar vagabundo (Chico Buarque, 1976) e A volta do malandro (Chico Buarque, 1985). Além do inédito tema instrumental autoral que dá lhe dá título, Samba de Chico, o disco traz no repertório músicas como Morena de Angola (Chico Buarque, 1980), Piano na Mangueira (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1992), A Rita (Chico Buarque, 1966), Samba do grande amor (Chico Buarque, 1983), Quem te viu, quem te vê (Chico Buarque, 1967), Roda viva (Chico Buarque, 1967), A banda (Chico Buarque, 1966), Samba e amor (Chico Buarque,1969) e medley que une duas músicas de 1971, Construção e Deus lhe pague.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

'Vai trabalhar vagabundo' badala CD em que Hamilton toca sambas de Chico

Lançado em disco há 40 anos, em gravações simultâneas feitas por Chico Buarque e pelo grupo MPB-4 para os respectivos álbuns Meus caros amigos (Philips, 1976) e Canto dos homens (Philips, 1976), o samba Vai trabalhar vagabundo - composto por Chico Buarque para a trilha sonora de filme de Hugo Carvana (1937 - 2014) - ganha registro do bandolinista Hamilton de Holanda, com direito à voz do próprio cantor e compositor do samba e ao suingue do toque do piano do músico italiano Stefano Bollani. Disponível nas plataformas digitais a partir de hoje, 8 de abril de 2016, a gravação de Vai trabalhar vagabundo é o primeiro single de Samba de Chico, álbum em que Hamilton de Holanda toca somente músicas de autoria do compositor carioca - e não somente sambas, como dá a entender erroneamente o título do disco, programado para chegar ao mercado fonográfico brasileiro, em edição da gravadora Biscoito Fino, no dia 22 deste mês de abril de 2016.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Hamilton dá um giro pelo Brasil através do repertório inédito de disco autoral

O bandolinista e compositor carioca Hamilton de Holanda dá um giro musical pelo país através do inédito repertório de seu álbum autoral Pelo Brasil. Gravado, mixado e masterizado entre julho e agosto de 2014, o disco está sendo editado neste último trimestre de 2015. Produzido pelo próprio artista com Marcos Portinari, o CD alinha 14 músicas compostas solitariamente por Hamilton. A viagem musical tem escalas no Rio de Janeiro (A escola e a bola, Sambaíba, Tijucana), no Sul do Brasil (região representada ritmicamente no disco pelo chamamé Chama lá), no Norte do Brasil (Carimbobó mistura carimbó e bumba-meu-boi) e em Pernambuco (Frevinho), estado do Nordeste, região evocada no CD por A volta da macaxeira. Já Caboclinho caipira mostra que Pelo Brasil transita até por temas e terras rurais. O giro por ritmos nacionais reitera a maestria de Hamilton de Holanda no toque do bandolim,  instrumento do qual ele já é um dos maiores virtuoses do Brasil.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Show-gafieira de Hamilton, 'Baile do Almeidinha' é lançado em CD de estúdio

Show em clima de gafieira comandado pelo bandolinista Hamilton de Holanda com música instrumental, O baile do Almeidinha é sucesso há quase três anos na noite carioca, já tendo tido mais de 40 edições realizadas sob a lona do Circo Voador, no centro do Rio de Janeiro (RJ). Mas somente agora ganha seu primeiro registro fonográfico no formato de CD, gravado e mixado por Daniel Musy no Estúdio Fibra, no Rio de Janeiro (RJ), entre abril e maio deste ano de 2015, sob a supervisão de Hamilton e de Marcos Portinari (cocriador do projeto com Maria Juçá). Lançado neste mês de junho pelo selo Brasilianos, com distribuição da Sonora, o CD Hamilton de Holanda & O baile do Almeidinha tem gracioso projeto gráfico criado por Enio Souza (da Human Design) a partir de ilustrações de Paulo Brabo. O disco alinha somente composições de autoria dos músicos que ajudam Hamilton a comandar o baile. O baixista Guto Wirtti é parceiro de Hamilton nas saudações que abrem e fecham o disco, assinando também, sozinho, Balaio (tema de influência uruguaia) e o bolero à gaúcha À moda antiga. Já o saxofonista Edu Neves é parceiro de Rogério Caetano no Chorinho em Cochabamba e de Dudu Oliveira em Essa fada. Sozinho, Hamilton assina músicas como  Xote do Almeidinha,  Choro no Circo,  Frevo carioca  e o samba  A escola e a bola.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Em sintonia com Hamilton, Diogo reitera sua evolução no show 'Bossa negra'

Resenha de show
Título: Bossa negra
Artistas: Diogo Nogueira e Hamilton de Holanda (em foto de Rodrigo Goffredo)
Local: Theatro Net Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 27 de agosto de 2014
Cotação: * * * * 1/2
Show em cartaz na casa Imperator, no Rio de Janeiro (RJ), em 10 de setembro de 2014

O show Bossa negra mostra a quem quiser ouvir - sem preconceito - que Diogo Nogueira se tornou um excelente cantor. Projetado na segunda metade dos anos 2000, o artista carioca se revelou inseguro nos shows iniciais, mas foi se aprimorando na escola do palco e, nos últimos espetáculos, já vinha mostrando grande progresso e desenvoltura em cena. O projeto com Hamilton de Holanda - nascido de um show feito pelo cantor carioca com o bandolinista também carioca em 2009, em Miami (EUA) - é a coroação da evolução do filho de João Nogueira (1941 - 2000), que dá show de interpretação em músicas como Doce flor (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari, Diogo Nogueira, André Vasconcellos e Thiago da Serrinha, 2014). Feita na sequência imediata do lançamento do disco, recebido com unanimidade positiva pela crítica, a estreia nacional do show Bossa negra reitera o upgrade do cantor. Para Hamilton, o projeto reafirma a sua maestria no toque do bandolim e adiciona dose de popularidade ao seu nome por juntá-lo com um artista jovem que já tem público fiel. Para Diogo, Bossa negra - tanto o disco como o show que debutou em cena no Theatro Net Rio, no Rio de Janeiro (RJ), de 25 a 27 de agosto de 2014 - representa aquisição de status no mercado fonográfico. Não fosse pela interpretação menos rigorosa de Sem compromisso (Nelson Trigueiro e Geraldo Pereira, 1954), samba abordado já no relaxado bis, o show teria reeditado a perfeição do disco gravado sob a direção de Hamilton. Em cena, a Bossa negra tem realçado o tempero jazzístico entranhado na sonoridade do CD. O jazz cheio de bossa bem brasileira é percebido já no toque do bandolim de Hamilton na execução do exuberante samba que dá título ao projeto, Bossa negra (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari e Diogo Nogueira, 2014), primeira das 20 músicas enfileiradas no roteiro da apresentação de 27 de agosto. São 20 músicas se contabilizada a citação de Berimbau (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1964) feita ao fim do afro-samba Canto de Ossanha (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1966), música ausente do disco, mas presente em espírito, já que os afro-sambas foram a principal fonte de inspiração do projeto. O show ressalta também o acento percussivo do toque do bandolim de Hamilton, evidente em sambas como Bicho da terra (Diogo Nogueira, Bruno Barreto, Wallace Perez e Hamilton de Holanda, 2014) e no já mencionado Canto de Ossanha. Com seu canto exteriorizado, Diogo se mostra totalmente à vontade na divisão e nos scats imprimidos em Batendo a porta (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1974). Neste sucesso de seu pai, João Nogueira, o jazz vem também do toque do baixo de André Vasconcellos, músico que divide o palco com Diogo, Hamilton e com o percussionista Thiago da Serrinha. Já Brasil de hoje (Hamilton de Holanda, Arlindo Cruz, Marcos Portinari e Diogo Nogueira, 2014) sobressai em cena (também) pela entrada do coro infantil formado pelos filhos dos artistas. É quando Diogo senta no palco e direciona o seu microfone para as crianças, que cantam sem virtuosismos vocais, com a naturalidade e a espontaneidade de suas poucas idades. Sempre em fina sintonia com Hamilton, o cantor remexe no Vatapá de Dorival Caymmi (1914 - 2008) sem aguar a receita dada pelo centenário compositor baiano em 1942. Ao fim do número, Diogo, Hamilton e Thiago da Serrinha batucam nos tamborins que formam o cenário interativo criado pela designer Marina Ribas com Fred Gelli. Dois números mais tarde, abordagem apoteótica do samba-canção Risque (Ary Barroso, 1952) confirma a interação entre Diogo e Hamilton em cena.  A bossa negra conserva no palco a pegada do excelente CD homônimo.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Em cena, 'Bossa negra' ganha o tempero do jazz e do 'Vatapá' de Caymmi

Inspirado pelos afro-sambas compostos por Baden Powell (1937 - 2000) com Vinicius de Moraes (1913 - 1980), o álbum Bossa negra (Universal Music, 2014) - lançado neste mês de agosto pelo cantor e compositor Diogo Nogueira com o compositor e bandolinista Hamilton de Holanda - tem sutis toques de jazz à moda brasileira. No show, que estreou no Rio de Janeiro (RJ) em três apresentações que lotaram o Theatro Net Rio de 25 a 27 de agosto, o tempero do jazz sobressai mais em saboroso roteiro ao qual os artistas cariocas adicionam os infalíveis ingredientes do Vatapá receitado em 1942 pelo centenário compositor baiano Dorival Caymmi (1914 - 2008). O afro-samba Canto de Ossanha (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1966) e os - azeitados - sambas Batendo a porta (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1974) e Sem compromisso (Nelson Trigueiro e Geraldo Pereira, 1954) também encorpam o roteiro, alocados entre as 14 musicas do CD Bossa negra. Eis o roteiro seguido por Diogo Nogueira e Hamilton de Holanda - em foto de Rodrigo Goffredo - em 27 de agosto de 2014 na apresentação do show Bossa negra que lotou o Theatro Net Rio, no Rio de Janeiro, a cidade natal dos bambas:

1. Bossa negra (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari e Diogo Nogueira, 2014)
2. Desde que o samba é samba (Caetano Veloso, 1993)
3. Mais um dia (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari, Diogo Nogueira, André Vasconcellos e Thiago da Serrinha, 2014)
4. Bicho da terra (Diogo Nogueira, Bruno Barreto, Wallace Perez e Hamilton de Holanda, 2014)
5. Batendo a porta (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1974)
6. Salamandra (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 2014)
7. Brasil de hoje (Hamilton de Holanda, Arlindo Cruz, Marcos Portinari e Diogo Nogueira, 2014)
8. Até a volta (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari e Diogo Nogueira, 2014) /
9. Tá (Hamilton de Holanda e Thiago da Serrinha, 2014)
10. Doce flor (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari, Diogo Nogueira, André Vasconcellos e Thiago da Serrinha, 2014)
11. Vatapá (Dorival Caymmi, 1942)
12. O que é o amor (Arlindo Cruz , Maurição e Fred Camacho, 2007)
13. Risque (Ary Barroso, 1952)
14. Mineira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1975) /
15. Samba de Arerê (Arlindo Cruz, Xande de Pilares e Mauro Jr., 1999)
16. Mundo melhor (Pixinguinha e Vinícius de Moraes, 1962)
Bis:
17. Canto de Ossanha (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1966) /
18. Berimbau (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1964)
19. Sem compromisso (Nelson Trigueiro e Geraldo Pereira, 1954)
20. Bossa negra (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari e Diogo Nogueira, 2014)

Coral infantil 'Bossinha negra' valoriza show de Diogo e Hamilton no Rio

Tal como no disco Bossa negra (Universal Music), lançado por Diogo Nogueira com Hamilton de Holanda neste mês de agosto de 2014, o show Bossa negra ganha o reforço de coro infantil no samba Brasil de hoje, composto pelo cantor carioca e o bandolinista também carioca (mas de criação brasiliense) em afinada parceria com Arlindo Cruz e com Marcos Portinari. Tirada na apresentação de 27 de agosto, a foto de Rodrigo Goffredo capta o momento em que Diogo Nogueira sentou no palco do Theatro Net Rio e direcionou o microfone para o coral infantil formado por Antônio Portinari, Davi Nogueira, Gabriel de Holanda,  Rafaela de Holanda, Theo Carvalho e Yuri Carvalho - filhos dos artistas e de integrantes da produção do espetáculo. É o coral Bossinha negra, como batizou Diogo em cena. A turnê nacional do show Bossa negra estreou no Theatro Net Rio, no Rio de Janeiro (RJ), de 25 a 27 de agosto, no embalo da ótima receptividade obtida pelo disco homônimo. Já há uma quarta apresentação programada na cidade para 10 de setembro, no Imperator, a casa de shows do Centro Cultural João Nogueira.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Expressiva capa do CD 'Bossa negra' vai poder ser vista na forma de LP

A expressiva capa criada por Gê Alves Pinto e Thiago Fontin - a partir de foto de Rafaê Silva - para o CD Bossa negra vai poder ser apreciada na forma expandida de LP. Lançado neste mês de agosto pela Universal Music, o álbum de Diogo Nogueira e Hamilton de Holanda vai ganhar edição em vinil até o fim deste ano de 2014. No primeiro semestre de 2015, o cantor e compositor carioca faz mais um registro ao vivo de show - para sua carreira solo - antes de entrar em estúdio para gravar um álbum de inéditas com repertório (essencialmente) autoral.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Diogo honra sobrenome em álbum em que Hamilton expande a bossa negra

Resenha de CD
Título: Bossa negra
Artistas: Diogo Nogueira e Hamilton de Holanda
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * * *

"Toca o tambor, meu bandolim / Com esse canto na avenida / É bossa negra até o fim", brada Diogo Nogueira, com convicção, no refrão de Bossa negra (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari e Diogo Nogueira), magnetizante samba que dá título ao projeto que une o cantor e compositor carioca ao bandolinista também carioca (de criação brasiliense) em disco que injeta sangue novo no samba ao se voltar sem saudosismo para o passado do gênero, formado pela miscigenação do povo brasileiro. No mercado fonográfico a partir de hoje, 19 de agosto de 2014, o CD Bossa negraupgrade na discografia de Diogo Nogueira, cantor que vinha desperdiçando sua evolução vocal ao pisar no pantanoso terreno do pagode populista de tom romântico-sensual. O sangue novo vem da interação do toque percussivo do bandolim magistral de Hamilton com a percussão de Thiago da Serrinha e o baixo de André Vasconcellos. O bandolim se mete na cozinha para dar forma a um repertório valorizado pelo ineditismo e pela inspiração das sete músicas compostas por Hamilton com Diogo e/ou com eventuais parceiros como Marcos Portinari, um dos idealizadores - ao lado da dupla e do empresário Afonso Carvalho - deste projeto nascido da afinidade que brotou instantaneamente entre Hamilton e Diogo em show feito de improviso em Miami (EUA) em 2009. Parceria de Hamilton com Thiago da Serrinha que confirma a alta qualidade do repertório inédito, é embasada pela percuteria - nome dado ao arsenal de percussões manuseadas por Thiago - mas  é o bandolim de Hamilton que cria a centelha da renovação, como mostra a abordagem de Desde que o samba é samba (Caetano Veloso, 1993), tema adequado a disco que evoca a ancestralidade do samba com inspiração primordial nos afro-sambas compostos por Baden Powell (1937 - 2000) com Vinicius de Moraes (1913 - 1980). Os clássicos desse gênero formatado nos anos 1960 guiaram João Nogueira (1941 - 2000) e Paulo César Pinheiro na composição de Salamandra, inédita da dupla que valoriza Bossa negra, reconectando Diogo às suas origens familiares e musicais. Bossa negra é um disco que revolve raízes com olhar contemporâneo. Se Bicho da terra (Diogo Nogueira, Bruno Barreto, Wallace Perez e Hamilton de Holanda) faz ecoar o lamento do povo de lá, evidenciando a crescente segurança de Diogo como cantor, o samba Brasil de hoje (Hamilton de Holanda, Arlindo Cruz, Marcos Portinari e Diogo Nogueira) exalta país em que o lixo e o luxo andam juntos e misturados em terra à eterna espera de um amanhã que não chega. O coro infantil que entra no fim da faixa é o símbolo dessa esperança. Faixa que anunciou o disco Bossa negra em novembro de 2013 ao ser disponibilizada para audição no site oficial do projeto, O que é amor (Arlindo Cruz, Maurição e Fred Camacho) - samba lançado em 2007 por Arlindo Cruz e Maria Rita nos respectivos álbuns Sambista perfeito (Deck) e Samba meu (Warner Music) - exemplifica a sintonia que rege o encontro de Diogo com Hamilton. A química é tão boa que faz com que um samba menos arrebatador como Mais um dia (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari, Diogo Nogueira, André Vasconcellos e Thiago da Serrinha) soe mais sedutor do que realmente seria se gravado de forma mais convencional. Já Doce flor (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari, Diogo Nogueira, André Vasconcellos e Thiago da Serrinha) desabrocha no disco com suavidade - evidenciando a base segura dos tambores de Thiago da Serrinha - e prepara o clima íntimo para abordagem do magoado samba-canção Risque (Ary Barroso, 1952). Ainda na seara das regravações, Mineira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1975) reabre o pano do passado - evidenciando o suingue do toque do bandolim de Hamilton, solista de parte da melodia - em conexão com momento mais recente do samba, representado pela lembrança do Samba de Arerê (Arlindo Cruz, Xande de Pilares e Mauro Jr., 1999). Na sequência, Mundo melhor (1962) é sagaz reminiscência da bissexta parceria do seminal Pixinguinha (1897 - 1973) - pioneiro mestre que evidenciou a partir da década de 1910 a bossa negra naturalmente entranhada no samba de tom afro - com Vinicius, o poeta arquiteto dos afro-sambas dos anos 1960. No fim, inédita e moderna canção de tom praieiro, Até a volta (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari e Diogo Nogueira), logo remete ao universo do centenário Dorival Caymmi (1914 - 2008), ampliando as conexões de Bossa negra, grande álbum que faz Diogo Nogueira honrar seu sobrenome enquanto reitera a maestria renovadora de Hamilton de Holanda, mestre na expansão dessa (exuberante) bossa negra.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Eis a capa e as 14 músicas de 'Bossa negra', o disco de Diogo com Hamilton

Esta é a expressiva capa de Bossa negra, o álbum gravado pelo cantor e compositor carioca Diogo Nogueira com o bandolinista e compositor carioca Hamilton de Holanda com inspiração nos afro-sambas de Baden Powel (1937 - 2000) e Vinicius de Moraes (1913 - 1980). Idealizado pela dupla com o empresário Afonso Carvalho e com Marcos Portinari, parceiro de Diogo e Hamilton em algumas das músicas inéditas do repertório, o disco Bossa negra chega às lojas a partir de 19 de agosto de 2014 em edição da Universal Music. Gravado e mixado de janeiro a junho, o CD se origina de show feito por Diogo com Hamilton em Miami (EUA) em 2009. O repertório mistura sete inéditas autorais com abordagens de músicas já conhecidas como Risque (Ary Barroso, 1952). Eis as 14 músicas alocadas nas 13 faixas do disco, gravado sob a direção musical de Hamilton de Holanda:

1. Bossa negra (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari e Diogo Nogueira, 2014)
2. Tá (Hamilton de Holanda e Thiago da Serrinha, 2014)
3. Desde que o samba é samba (Caetano Veloso, 1993)
4. Bicho da terra (Diogo Nogueira, Bruno Barreto, Wallace Perez e Hamilton de Holanda, 2014)
5. Brasil de hoje (Hamilton de Holanda, Arlindo Cruz, Marcos Portinari e Diogo Nogueira, 2014)
6. Salamandra (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 2014)
7. O que é o amor (Arlindo Cruz , Maurição e Fred Camacho, 2007)
8. Mais um dia (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari, Diogo Nogueira, André Vasconcellos e
Thiago da Serrinha, 2014)
9. Doce flor (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari, Diogo Nogueira, André Vasconcellos e
Thiago da Serrinha, 2014)
10. Risque (Ary Barroso, 1952)

11. Mineira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1975) /
      Samba de Arerê (Arlindo Cruz, Xande de Pilares e Mauro Jr., 1999)

12. Mundo melhor (Pixinguinha e Vinícius de Moraes, 1962)
13. Até a volta (Hamilton de Holanda, Marcos Portinari e Diogo Nogueira, 2014)

domingo, 1 de junho de 2014

Disco de Hamilton com Diogo, 'Bossa negra', inclui parceria com Arlindo

 Com lançamento previsto para o segundo semestre de 2014, em edição da Universal Music, o CD Bossa negra - projeto em duo que junta o bandolinista Hamilton de Holanda com o cantor Diogo Nogueira - inclui parceria inédita dos dois artistas cariocas com Arlindo Cruz. A música se chama Brasil de hoje. Aliás, a primeira gravação oficial do projeto Bossa negra foi O que é o amor (Arlindo Cruz, Maurição e Fred Camacho), samba lançado em 2007 por Arlindo Cruz e por Maria Rita nos respectivos álbuns Sambista perfeito (Deck) e Samba meu (Warner Music).

sábado, 10 de maio de 2014

Hamilton lança 'Caprichos', CD duplo que visa ensinar a arte do bandolim

Um dos maiores bandolinistas do Brasil, o carioca Hamilton de Holanda lança álbum duplo de caráter didático, Caprichos. A ideia do músico é transmitir pelo disco a arte e a técnica de compor temas para o bandolim de 10 cordas. Caprichos alinha em seu repertório inteiramente autoral 24 temas - 12 em cada CD - batizados com o nome de Capricho, mas cada um composto a partir de um universo musical distinto, explicitado já no complemento do título da composição. No CD 1, por exemplo, há Capricho bachiano, Capricho de choro, Capricho de valsa e Capricho do Pixinguinha, entre outros temas específicos. Já o CD 2 traz Capricho de Raphael (em alusão ao violonista carioca Raphael Rabello), Capricho do Norte e Capricho do Oriente, entre outros. O projeto inclui um site oficial interativo pelo qual é possível fazer o download do áudio e das partituras dos temas, além de comprar o CD e ler texto de Hamilton.

domingo, 23 de março de 2014

Mariene recebe Hamilton para duo na estreia nacional do show 'Colheita'

O olhar embevecido de Mariene de Castro - captado na foto de Rodrigo Amaral - expressa a devoção da cantora baiana ao bandolim de Hamilton de Holanda. O músico carioca foi um dos convidados da estreia nacional de Colheita, show baseado no CD homônimo lançado em fevereiro de 2014 pela gravadora Universal Music. Tal como fez no quinto álbum de Mariene, Hamilton abrilhantou com o toque magistral de seu bandolim o samba-canção Nós dois, joia pouco conhecida do baú do compositor carioca Cartola (1908 - 1980). Iniciado com solo do músico, o número de voz-e-bandolim foi um dos mais aplaudidos do show feito pela cantora na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), na noite de 22 de março de 2014. O dueto reiterou a afinação dos dois artistas em cena no show emoldurado com colorido cenário de Gringo Cardia.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Em duo, Diogo e Hamilton preparam CD baseado no projeto 'Bossa negra'

Diogo Nogueira vai dar oportuno upgrade em seu repertório - atualmente mais voltado para o pagode romântico do que para o samba, como evidenciado no CD Mais amor (2013) - em disco a ser gravado em duo com o bandolinista Hamilton de Holanda. Trata-se de CD baseado no projeto Bossa Negra, nascido a partir de show feito no improviso, sem ensaio, pelo cantor carioca com o músico também carioca em Miami (EUA), em 2009. Por conta da química resultante no palco, Diogo e Hamilton tiveram a vontade de criar um show no qual o duo - acompanhado em cena pelo baixista André Vasconcellos e o percussionista Thiago da Serrinha - reavivam repertório centrado no bom samba. Já em fase de pré-produção, o disco vai ter repertório inspirado pelos afro-sambas compostos nos anos 60 pelo violonista fluminense Baden Powell (1937-2000) com o poeta carioca Vinicius de Moraes (1913-1980). A primeira gravação do projeto Bossa Negra - inspirada abordagem de O que é amor (Arlindo Cruz, Maurição e Fred Camacho), samba lançado em 2007 por Arlindo Cruz e Maria Rita nos respectivos álbuns Sambista perfeito e Samba meu -  já está disponível para audição no site oficial do projeto.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Hamilton e Mehmari celebram Egberto e Hermeto em 'GismontiPascoal'

Chega às lojas neste mês de janeiro de 2011, com distribuição da empresa Microservice, GismontiPascoal - A Música de Egberto e Hermeto, CD em que o bandolinista Hamilton de Holanda e o pianista André Mehmari celebram as obras de Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal com o aval e as participações dos homenageados. Egberto toca violão em Fala da Paixão. Já Hermeto põe piano, flauta, voz e outros sons em Música das Nuvens e do Chão. A faixa-título, GismontiPascoal, é de autoria de Hamilton e Mehmari. Sozinho, Mehmari assina Chorinho pra Eles, composto sobre temas de Egberto e Hermeto. Já Hamilton é o autor de Menino Hermeto. O repertório inclui Loro, tema que Egberto dedicou a Hermeto. Eis as 16 faixas do CD GismontiPascoal, sucessor de Contínua Amizade (2007),  primeiro álbum do virtuoso duo:
1. GismontiPascoal (André Mehmari e Hamilton de Holanda)
2. São Jorge (Hermeto Pascoal)
3. Intocável (Hermeto Pascoal)
4. Frevo (Egberto Gismonti)
5. Sete Anéis (Egberto Gismonti)
6. Palhaço (Egberto Gismonti)
7. Bebê (Hermeto Pascoal)
8. Memória e Fado (Egberto Gismonti)
9. Fala da Paixão (Egberto Gismonti) - com Egberto Gismonti
10. Chorinho pra Eles (André Mehmari)
11. Menino Hermeto (Hamilton de Holanda)
12. Santo Antonio (Hermeto Pascoal)
13. Loro (Egberto Gismonti)
14. O Farol que nos Guia (Hermeto Pascoal)
15. GismontiPascoal (festa) (André Mehmari e Hamilton de Holanda)
16. Música das Nuvens e do Chão (Hermeto Pascoal) - com Hermeto Pascoal

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Com Mehmari, Hamilton prepara disco que celebra Gismonti e Hermeto

Três anos após lançar álbum gravado com André Mehmari, Contínua Amizade (Deck, 2007), o bandolinista Hamilton de Holanda (foto) se junta novamente com o pianista em CD que celebra as obras de Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal. Os homenageados vão participar do projeto - intitulado GismontiPascoal - em encontro inédito em disco. A edição está prevista para 2011.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

'Esperança' flagra as dez cordas de Hamilton em turnê solo pela Europa

Simultaneamente ao registro em CD-livro da sinfonia que compôs para celebrar os 50 anos de Brasília (DF), Hamilton de Holanda lança Esperança - Ao Vivo na Europa, disco que flagra o bandolinista sozinho em cena em shows feitos em março de 2010 em cidades como Frankfurt (Alemanha), Paris (França), Troyes (França) e Lucerna (Suíça). Com seu atípico bandolim de dez cordas, criado em 2000, Hamilton transita com habilidade por músicas de Chico Buarque (O Que Será), Egberto Gismonti (7 Anéis), Pixinguinha (Vou Vivendo) e da dupla Baden Powell & Vinicius de Moraes (Canto de Iemanjá e Canto de Ossanha), entre temas autorais como Negro Samba (inspirado na série de afro-sambas de Baden e Vinicius), Pros Anjos e Esperança, a música que dá título ao registro ao vivo da turnê européia desse extraordinário bandolinista.

domingo, 14 de novembro de 2010

Hamilton perpetua, em CD e livro, sinfonia que festeja 50 anos de Brasília

Filho de pais pernambucanos, Hamilton de Holanda nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1976, mas, já no ano seguinte, sua família se mudou para Brasília (DF), cidade onde o bandolinista deu seus primeiros passos na vida e na música. É por isso que coube a Hamilton compor - em parceria com Daniel Santiago - a Sinfonia Monumental que festeja os 50 anos da capital do Brasil, inaugurada em 1960. Inspirada na Sinfonia da Alvorada, composta por Tom Jobim (1927 - 1994) e Vinicius de Moraes (1913 - 1980) sob encomenda do presidente Juscelino Kubitschek (1902 - 1976) para a inauguração de Brasília, a Sinfonia Monumental está dividida em cinco movimentos (Primeiras Ideias, A Marcha dos Candangos, Prece ao Santo CéuJK Proibido e Caos e Harmonia). Recém-lançado, o livro Brasília 50 Anos - Sinfonia Monumental documenta a criação da obra e traz encartado CD no qual a sinfonia (realmente monumental) é tocada pelo Hamilton de Holanda Quinteto com a Orquestra Brasilianos, regida por Gil Jardim.