Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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domingo, 1 de maio de 2016

João Senise celebra Sinatra ao vivo com coragem e arranjos de Peranzzetta

Resenha de álbum
Título: Celebrando Sinatra ao vivo
Artista: João Senise
Gravadora: Fina Flor
Cotação: * * *

João Senise é cantor de coragem. Em dezembro de 2015, quando o universo pop festejava o centenário de nascimento de Frank Sinatra (12 de dezembro de 1905 - 14 de maio de 1998), o cantor carioca apresentou show na Sala Cecília Meirelles, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em que encarava o repertório da voz que se tornou padrão e referência de canto masculino no século XX. Gravado ao vivo, o show gera o terceiro álbum de Senise, Celebrando Sinatra ao vivo, produzido pelo próprio João Senise sob a direção musical do pianista Gilson Peranzzetta, criador de todos os arranjos inéditos que dialogam com o universo musical em que está entranhada a obra fonográfica do cantor norte-americano. Disco lançado pela gravadora carioca Fina Flor, Celebrando Sinatra ao vivo remete ao primeiro álbum de Senise, Just in time (Independente, 2013), cujo repertório foi centrado em standards da canção norte-americana. A celebração de Sinatra é corajosa porque evidentemente João Senise sequer roça o brilho das interpretações do referencial cantor norte-americano quando dá voz a temas como For once in my life (Ron Miller e Orlando Murden, 1966) e Come fly with me (Jimmy Van Heusen e Sammy Cahn, 1957). Contudo, o disco prima pelo requinte das orquestrações de Peranzzetta. O quarteto fantástico de músicos que compõem a banda-base do show - Leo Amuedo na guitarra, Ricardo Costa na bateria e Zeca Assumpção no baixo, além do próprio Peranzzetta no piano que soa jazzy em determinada passagem de I've got you under my skin (Cole Porter, 1936) - mantém aura de sofisticação ao longo das 14 músicas do disco. A voz afinada de João Senise se integra aos arranjos em tons geralmente suaves. A propósito, o melhor momento do cantor no álbum é a interpretação de Strangers in the night (Bert Kaempfert, Charles Singleton e Eddie Snyder, 1966), um dos clássicos entre os clássicos gravados por Sinatra. A atmosfera de intimismo construída pelo arranjo - pautado pelo toque do flugelhorn de José Arimatea - desvia Senise do célebre caminho trilhado por Sinatra. Essa mesma atmosfera é reeditada em outro bom momento do álbum, My one and only love (Guy Wood e Robert Mellin, 1953), balada pontuada no registro de João pelo saxofone de Mauro Senise, pai do cantor, cujo sax é ouvido também em Just friends (John Klenner e Sam M. Lewis, 1931), música que ganhou o arranjo mais jazzístico do álbum. Já I won't dance (Jerome Kern, Oscar Hammerstein II, Dorothy Fields, Otto Harbach e Jimmy McHugh, 1934 / 1935), The lady is a tramp (Richard Rodgers e Lorenz Hart, 1937) e Fly me to the moon (Bart Howard, 1954) são músicas envoltas no suingue dos metais do quinteto Brass de Pina. Os arranjos são sempre classudos. Contudo, falta ao canto de Senise nessas faixas uma dose maior de suingue. De forma geral, o cantor sobressai mais nas baladas de tonalidades mais aconchegantes. Disco em inglês, Celebrando Sinatra ao vivo tem faixa cantada em bom português. Trata-se do medley que une dois títulos do soberano cancioneiro do compositor carioca Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), com quem Sinatra dividiu antológico álbum em 1967, quando o cantor norte-americano já iniciava fase crepuscular da discografia, ainda que ainda emplacasse eventuais sucessos em escala mundial. O medley com Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959) e Insensatez (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1961) destaca a voz de Áurea Martins, grande cantora que fez nome na noite carioca e somente nos últimos anos passou a gravar discos com certa regularidade. Enfim, aos 27 anos, João Senise ratifica em Celebrando Sinatra ao vivo o apego às canções de formato mais clássico um ano após abordar o cancioneiro de Ivan Lins em Abre alas (Fina Flor, 2015), disco que seguiu os cânones da obra do genial compositor carioca. Ao celebrar Sinatra, o jovem cantor se mantém no porto seguro dos standards e dos arranjos de Gilson Peranzzetta. Encarar o repertório de Sinatra é ato de coragem, pois tudo já foi gravado de forma luminosa, mas mais corajoso seria João Senise arriscar o garimpo de canções inéditas e se aproximar de músicos da própria geração para ser ele o lançador de músicas e não o crooner correto que dá voz ao que já foi lançado de forma estupenda.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Boaventura reúne registros de músicas de Sinatra em EP para festejar cantor

Daniel Boaventura se alinha ao universo pop - que celebra neste mês de dezembro de 2015 o centenário de nascimento do cantor norte-americano Frank Sinatra (12 de dezembro de 1915 - 14 de maio de 1998) - e lança nas plataformas digitais o EP Daniel Boaventura canta Frank Sinatra. Disponível a partir de amanhã, 18 de dezembro, em edição da gravadora Sony Music, o EP compila sete gravações em que o ator e cantor baiano dá voz a músicas associadas a Sinatra. Os registros foram coletados dentre os fonogramas dos cinco álbuns já lançados pelo artista - cuja discografia iniciada em 2009 inclui três álbuns de estúdio e duas gravações ao vivo e audiovisuais de shows. Eis, na disposição do EP digital do artista, as sete músicas de Daniel Boaventura canta Frank Sinatra:

1. The lady is a tramp (Richard Rodgers e Lorenz Hart, 1937)
2. Fly me to the moon (In other words) (Bart Howard, 1954)
3. I'm in the mood for love (Jimmy McHugh e Dorothy Fields, 1935)
4. My way (Comme d'habitude) (Claude François e Jacques Revaux, 1967)
    (Versão em inglês de Paul Anka, 1969)
5. Come fly with me (Jimmy Van Heusen e Sammy Cahn, 1958) - com Filippa Giordano
6. Theme from New York, New York (John Kander e Fred Ebb, 1977)
7. Send in the clows (Stephen Sondheim, 1973)

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Aos 93, Bibi parece se sentir jovem ao cantar o melhor repertório de Sinatra

Resenha de show
Título: Bibi Ferreira canta o repertório de Sinatra
Artista: Bibi Ferreira (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Theatro Net Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 12 de maio de 2015
Cotação: * * * * *
Show em cartaz às terças e quartas-feiras, no Theatro Net Rio (RJ), até 10 de junho de 2015

Prestes a completar 93 anos de vida, em 1º de junho, Bibi Ferreira parece se sentir jovem ao interpretar o repertório de Frank Sinatra (1915 - 1998) em show em cartaz na cidade natal da artista carioca, o Rio de Janeiro (RJ), no ano em que o universo pop celebra o centenário de nascimento desse emblemático cantor norte-americano. Uma frase de Bibi reproduzida no material promocional do show que estreou em São Paulo (SP) no segundo semestre de 2014 - "Essa é a minha praia" - já sinaliza a naturalidade com que a intérprete poliglota aborda os standards norte-americanos que ganharam a voz icônica de Sinatra, referência máxima de canto masculino no século XX. À frente de orquestra regida pelo maestro Flávio Mendes, Bibi mostra - mais uma vez - que ela é o espetáculo por si só. Quando entra em cena para cantar Night and day (Cole Porter, 1932), após o número instrumental Strangers in the night (Bert Kaempfert, Charles Singleton e Eddie Snyder, 1966) da abertura, Bibi expõe de cara um inglês de pronúncia perfeita e um fraseado elegante. Senhora cantora, a intérprete trilha com prazer os caminhos melódicos do tema do compositor norte-americano Cole Porter (1891 - 1964), de quem canta na sequência I've got you under my skin (Cole Porter, 1936). Bibi brilha como cantora sem deixar a atriz fora de cena. Cheia de charme, após seu número inicial, ela volta a cantar Night and day e empaca intencionalmente na letra, para lembrar o nervosismo que paralisou Sinatra quando, ainda em início de carreira, o cantor se deparou com a presença de Porter no pequeno restaurante em que se apresentava. Esse causo - dramatizado com leveza por Bibi - é contado por Nilson Raman, que atua como mestre de cerimônias do show. Além de permitirem que Bibi recupere o fôlego entre um número e outro, as intervenções de Raman contextualizam o repertório do show na vida e na obra de Sinatra. E que cancioneiro! Bibi, aliás, canta o melhor repertório de Sinatra. Ainda que tenha uma ou outra música menos conhecida no Brasil, caso de Please (Ralph Rainger e Leo Robin, 1932), canção lançada na voz do cantor norte-americano Bing Crosby (1903 - 1977), o roteiro é formado basicamente por standards de alcance planetário. Um repertório que Bibi conhece muito bem. E que canta com gana e prazer que desafiam os efeitos naturais de seus quase 93 anos. Mesmo que eventualmente recorra ao teleprompter, a intérprete jamais aciona o piloto automático. Picos de intensidade do roteiro, as passagens mais épicas e teatrais de Ol' man river (Jerome Kern e Oscar Hammerstein II, 1927) emocionam e fazem o público ter a certeza de estar diante de um fenômeno artístico. Por ser atriz excepcional, Bibi entende o que pede canção. Por isso, reveste Nature boy (Eden Ahbez, 1948) de ternura antiga, passeia serelepe pelo ritmo de Cheek to cheek (Irving Berlin, 1935) e incentiva o coro do público no verso-título de All the way (Jimmy Van Heusen e Sammy Cahn, 1957). Além da voz resistente, Bibi tem apurado senso rítmico que lhe permite encarar músicas como The lady is a tramp (Richard Rodgers e Lorenz Hart, 1937) sem escorregar no suingue. Com Bibi, Fly me to the moon (Bart Howard, 1954) voa em céu de brigadeiro. Mesmo quando se afasta do espírito e do conceito do show, como no número em que canta e dança com jovialidade o alienígena (no universo sinatriano) Rock around the clock (Max Freedman e James Myers, 1952), Bibi se redime imediatamente por seu talento fenomenal que lhe credencia ir do rock à bossa nova. Compositor que exportou a bossa nativa para os EUA nos anos 1960, Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), a propósito, é nome recorrente no roteiro pelo fato de Sinatra de ter gravado em 1967 um álbum somente com o cancioneiro de Tom. Bibi acerta o tom lírico de temas como Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloyiso de Oliveira, 1959, em versão em inglês de Ray Gilbert). No fim, quando canta My way (Comme d'habitude) (Claude François e Jacques Revaux, 1967, em versão em inglês de Paul Anka, 1969), a intérprete sai de cena com o caco em português ''Fiz tudo do meu jeito''. Sim, Bibi Ferreira canta Sinatra na sua praia, do seu jeito e, quando dá voz a uma canção como You make me feel so young (Josep Myrow e Mack Gordon), parece que está realmente se sentindo jovem do alto de seus 74 anos de palco e quase 93 de vida.

No seu tempo, Bibi põe 'Rock around the clock' no show com hits de Sinatra

Rock and roll que detonou em 1954 a explosão mundial do rock, na gravação do grupo norte-americano Bill Halley and His Comets (1952 - 1981), Rock around the clock (Max Freedman e James Myers, 1952) é música fora do universo musical do cantor norte-americano Frank Sinatra (1915 - 1998). Só que, no tempo único de Bibi Ferreira, Rock around the clock gira no atual show da atriz e cantora carioca - dedicado ao repertório de Sinatra - para marcar a época em que até A voz se sentiu ameaçada pelo surgimento desse tal de rock'n'roll. O rock imortalizado na voz do cantor norte-americano Bill Halley (1925 - 1981) é a licença poética e musical do roteiro de Bibi Ferreira canta o repertório de Sinatra, show em cartaz às terças e quartas-feiras no Theatro Net Rio, no Rio de Janeiro (RJ), até 10 de junho de 2015. No show, que estreou no segundo semestre de 2014 em São Paulo (SP) (onde foi gravado ao vivo para edição de CD e DVD previstos para serem lançados neste ano de 2015), Bibi canta - perto de fazer 93 anos - músicas propagadas na voz icônica de Sinatra - no momento em que o universo pop celebra o centenário de nascimento do cantor - na companhia de orquestra de 18 músicos regida pelo maestro Flávio Mendes. Coautor do roteiro, estruturado em parceria com Mendes e com a própria Bibi, Nilson Raman faz intervenções entre os números, contextualizando o repertório do show na vida e obra de Sinatra. Eis o roteiro seguido no Theatro Net Rio por Bibi Ferreira - em foto de Mauro Ferreira - na apresentação de 12 de maio de 2015 do ótimo show Bibi Ferreira canta o repertório de Sinatra:

1. Strangers in the night (Bert Kaempfert, Charles Singleton e Eddie Snyder, 1966)
     - número instrumental com a orquestra regida por Flávio Mendes
2. Night and day (Cole Porter, 1932) /

3. I've got you under my skin (Cole Porter, 1936)
4. Please (Ralph Rainger e Leo Robin, 1932)
5. Ol' man river (Jerome Kern e Oscar Hammerstein II, 1927)
6. Nature boy (Eden Ahbez, 1948) /
7. Cheek to cheek (Irving Berlin, 1935) /
8. Autumn leaves (Joseph Kosma e Johnny Mercer, 1947) /
9. All of me (Gerald Marks e Seymour Simons, 1931) /
10. Someone to light up my life / Se todos fossem iguais a você 
     (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1956, em versão em inglês de Gene Lees, 1960)
11. Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959, em versão em inglês de Ray Gilbert)
12. All the way (Jimmy Van Heusen e Sammy Cahn, 1957) /
13. The lady is a tramp (Richard Rodgers e Lorenz Hart, 1937)
14. I get a kick out of you (Cole Porter, 1934)
15. You make me feel so young (Josef Myrow e Mack Gordon, 1946)
16. Rock around the clock (Max Freedman e James Myers, 1952)
17. Fly me to the moon (Bart Howard, 1954)
18. That's life (Dean Kay e Kelly Gordon, 1964)
19. Meditation (Meditação)
     (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959, em versão em inglês de Norman Gimbel, 1963) /
20. Quiet nights of quiet stars (Corcovado) 
     (Antonio Carlos Jobim, 1960, em versão em inglês de Gene Lees, 1965) /
21. Water to drink (Água de beber)
      (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1961, em versão em inglês de Norman Gimbel, 1963)
22. My way (Comme d'habitude)
      (Claude François e Jacques Revaux, 1967, em versão em inglês de Paul Anka, 1969)
Bis:
23. The 'boy' from Ipanema (Garota de Ipanema)
      (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962, em versão em inglês de Norman Gimbel, 1964)
24. Theme from New York, New York (Fred Ebb e John Kander, 1977)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Bibi grava ao vivo, em outubro, o show em que canta o repertório de Sinatra

Aos 92 anos, a atriz e cantora carioca Bibi Ferreira continua em plena atividade profissional. Embora ainda não tenha lançado o DVD do show comemorativo de seus 90 anos, Bibi - Histórias e canções (2012), gravado em Belo Horizonte (MG) em março de 2013, a artista já se prepara para fazer outro registro ao vivo de show. Em cartaz até 7 de dezembro de 2014 no Teatro Renaissance, em São Paulo (SP), o show Bibi Ferreira canta o repertório de Sinatra - feito pela intérprete com orquestra, sob a direção musical de Flávio Mendes - vai ser gravado ao vivo em outubro de 2014 para edição de CD e DVD a serem editados em 2015 pela gravadora Biscoito Fino. Como o título do espetáculo já explicita, Bibi - em foto de Rodrigo Goffredo - interpreta músicas consagradas na voz do cantor norte-americano Frank Sinatra (1915 - 1998). A cantora dá voz a standards como Fly me to the moon (Bart Howard, 1954), Night and day (Cole Porter, 1932) e My way (1969), a versão em inglês - escrita por Paul Anka - da canção francesa Comme d'habitude (Claude François e Jacques Revaux, 1967). O lançamento do DVD - previsto para ser editado (em data ainda incerta) também nos Estados Unidos - coincidirá com as comemorações pelo centenário de nascimento de Sinatra,  a referência máxima de canto masculino no universo  norte-americano.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Aos 92 anos, Christopher Lee harmoniza Sinatra e Bizet em 'Metal knight'

Aos 92 anos, completados hoje, o ator e cantor britânico Christopher Lee lança esta semana seu terceiro álbum, Metal knight. O mais veterano metaleiro do universo pop vai de Frank Sinatra (1915 - 1998) a Georges Bizet (1838 - 1875) em repertório que totaliza oito músicas. Do repertório de Sinatra, Lee traz para o universo metaleiro My way (Claude François e Jacques Revaux com letra em inglês de Paul Anka, 1969). De Bizet, Lee reaviva The toreador march, ária da ópera Carmen (1875). O repertório inclui dois temas, I, Don Quixote e The impossible dream, do musical O homem de la mancha (1965). Eis as faixas de Metal knight:

1. I, Don Quixote
2. The impossible dream
3. The toreador march
4. My way (Radio edit)
5. I, don quixote (Extended version)
6. The impossible dream (Extended version)
7. The toreador march (Extended version)

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Gravação de hit de Sinatra anuncia disco de Dylan, 'Shadows in the night'

Canção inspirada em tema do compositor russo de música clássica Sergei Rachmaninoff (1873 - 1943) e lançada em disco na voz do cantor norte-americano Frank Sinatra (1915 - 1998), em 1945, Full moon and empty arms (Buddy Kaye e Ted Mossman) ganhou a voz de Bob Dylan. Apresentada pelo cantor e compositor norte-americano em seu site oficial, a boa gravação de Dylan anuncia álbum do bardo, supostamente intitulado Shadows in the night, como sugere a capa (foto) exibida pelo artista. O último CD de Dylan, Tempest (2012), foi lançado em 2012.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Fiel aos standards, Boaventura vai de Morris a Sinatra em 'One more kiss'

O ator e cantor baiano Daniel Boaventura segue a trilha dos standards norte-americanos no quarto título de sua discografia, One more kiss. Nas lojas entre o fim deste mês de abril e o início de maio de 2014, o CD alinha regravações de duas músicas associadas à voz do cantor norte-americano Frank Sinatra (1915 - 1998) - The lady is a tramp (Richard Rodgers e Lorenz Hart, 1937) e My way (Claude François e Jacques Revaux em versão em inglês de Paul Anka, 1969) - e de um clássico póstumo do genial soulman norte-americano Otis Redding (1941 - 1967), (Sittin' on) The dock of the bay (Otis Redding e Steve Cropper, 1968). O repertório de One more kiss também inclui Feelings (Louis Gasté e Morris Albert, 1974), canção franco-brasileira que se tornou sucesso mundial nos anos 1970 a partir da adaptação feita pelo brasileiro Morris Albert de tema francês. Boaventura dá voz ainda a um sucesso da fase infanto-juvenil do cantor norte-americano Michael Jackson (1958 - 2009), I wanna be where you are (Arthur Ross e Leon Ware, 1972). A música que inspirou o título do CD, One more kiss, dear é tema da trilha sonora composta pelo músico grego Vangelis para o filme Blade Runner (1982).

quarta-feira, 26 de março de 2014

Ausência de informações desvaloriza a compilação romântica de Sinatra

Lançada nos Estados Unidos em janeiro de 2014, via Universal Music, a coletânea Sinatra with love ganha edição no Brasil neste mês de março. Explorando o rico acervo da Capitol Records, recém-adquirido através da compra da EMI Music, a gravadora Universal Music produziu a compilação com 16 gravações de tom romântico do cantor norte-americano Frank Sinatra (1915 - 1998). A ausência de informações sobre a procedência dos fonogramas desvaloriza a coletânea, cujo encarte se limita a reproduzir os nomes e os compositores das composições. De todo modo, Sinatra with love apresenta seleção irretocável que reitera a maestria da voz referencial do cantor. Quase todos os arranjos são do maestro norte-americano Nelson Riddle (1921-1985). Eis as 16 belas gravações reunidas no CD Sinatra with love, já à venda no Brasil:

1. Moonlight becomes you (Johnny Burke e Jimmy Van Heusen, 1942)
2. Love is here to stay (George Gershwin e Ira Gershwin, 1938)
3. Just one of those things (Cole Porter, 1935)
4. Misty (Erroll Garner e Johnny Burke, 1954)
5. Nice 'n' easy (Alan Bergman, Marilyn Keith e Lew Spence, 1960)
6. It could happen to you (Johnny Burke e Van Heusen, 1944)
7. The way you look tonight (Jerome Kern e Dorothy Fields, 1936)
8. Love looks so well on you (Lew Spence, Marilyn Keith e Alan Bergman, 1962)
9. (Love is) The tender trap (Sammy Cahn e Van Heusen, 1955)
10. I love you (Cole Porter, 1944)
11. The look of love (Sammy Cahn e Van Heusen, 1964)
12. Something's gotta give (Johnny Mercer, 1954)
13. From this moment on (Cole Porter, 1950)
14. Wave (Antonio Carlos Jobim, 1967)
15. It had to be you (Isham Jones e Gus Kahn, 1924)
16. My foolish heart (Ned Washington e Victor Young, 1949)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Edição de 20 anos de 'Duets' apresenta dois registros inéditos de Sinatra

Recém-lançado nos Estados Unidos, a dupla Deluxe edition que celebra os 20 anos do lançamento de Duets (1993) - o álbum que reposicionou Frank Sinatra (1915 - 1998) em lugar de honra na parada norte-americana - vai ser editado no Brasil pela Universal Music ainda neste ano de 2013, já estando disponível no iTunes nacional. Como isca para os fãs da Voz, o CD Duets - Twentieth anniversary apresenta duas gravações inéditas do cantor entre os fonogramas dos álbuns Duets e Duets II, a sequência imediata de 1994. As novidades são o dueto com o saxofonista e maestro norte-americano Tom Scott - em One for my baby (and one more for the road) (Harold Arlen e Johnny Mercer, 1943) - e o dueto com a cantora norte-americana de country Tanya Tucker em Embraceable you (George Gershwin e Ira Gershwin, 1928). Além dos dois fonogramas inéditos, Duets - Twentieth anniversary traz também raras faixas-bônus como o dueto de Sinatra com o cantor norte-americano de country George Strait em Fly me to the moon (Bart Howard, 1954) e o encontro de Sinatra com o tenor italiano Luciano Pavarotti (1935 - 2007) em My way (Claude François e Jacques Revaux com letra em inglês de Paul Anka, 1969) - música também ouvida no disco em dueto da Voz com o cantor norte-americano de country Willie Nelson. A reedição dupla vem com libreto de 32 páginas, preenchidas com fotos raras e com texto inédito sobre os CDs - outra isca para fãs de Sinatra.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Aos 91 anos, Bibi se prepara para lançar DVD e planeja projeto sobre Sinatra

Aos 91 anos, Bibi Ferreira continua em plena atividade. Enquanto prepara a edição em DVD do espetáculo comemorativo de seus 90 anos de carreira, Bibi - Histórias e canções (2012), a atriz e cantora - em foto de Rodrigo Amaral - já arquiteta projeto focado no repertório do cantor norte-americano Frank Sinatra (1915 - 1998). Esse novo projeto vai gerar show e disco em datas ainda incertas. Já o DVD de seus 90 anos foi gravado em março deste ano de 2013 em apresentação de Bibi - Histórias e canções (2012) - show derivado do espetáculo Bibi in concert IV (2011) - no Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG), feita com a (local) Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

domingo, 5 de agosto de 2012

Coleção 'Grandes Vozes' biografa cantores como Aznavour, Piaf e Sinatra

Lançada oficialmente nas bancas neste domingo, 5 de agosto de 2012, a coleção Folha Grandes Vozes biografa 25 intérpretes em livros-CDs. Os dois primeiros volumes - dedicados a Frank Sinatra (1915 - 1998) e a Charles Aznavour (foto), cantores apresentados em textos biográficos assinados pelos jornalistas Carlos Calado (editor da coleção) e Mauro Ferreira, respectivamente - estão sendo vendidos de forma conjunta. A seleção de intérpretes prioriza nomes estrangeiros como Carlos Gardel (1890 - 1935), Edith Piaf (1915 - 1963), Ella Fitzgerald (1917 - 1996), Nat King Cole (1919 - 1965), Nina Simone (1933 - 2003), Sarah Vaughan (1924 - 1990) e Tony Bennett. Do time brasileiro, representado em quatro dos 25 títulos, há Dalva de Oliveira (1917-1972), Elizeth Cardoso (1920 - 1990), Elza Soares e Orlando Silva (1915 - 1978).

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Coletânea 'Best of the Best' junta hits de Sinatra na Capitol e na Reprise

São tantas as coletâneas de Frank Sinatra (1915 - 1998) que Best of the Best - a compilação ora lançada pela EMI Music - dificilmente vai ter atrativos para quem já possui um greatest hits do cantor. Lançado no Brasil somente na edição standard (há uma Deluxe Edition dupla cujo segundo CD apresenta 19 números de show feito por Sinatra em 1957), Best of the Best rebobina os sucessos de sempre. Mas com o diferencial de ser a primeira compilação que junta tanto os êxitos do cantor na Capitol - gravadora por onde a Voz fez discos de 1953 a 1960 - quanto na Reprise, companhia aberta por Sinatra e pela qual o cantor gravou de 1961 a 1984. Na edição brasileira de Best of the Best, a seleção inclui 24 fonogramas e é ligeiramente diferente da edição norte-americana. É por isso que o release distribuído pela EMI Music cita equivocadamente a faixa I've Got the World on a String como sendo o fonograma mais antigo, de 1953, quando, a rigor, tal música nem figura no repertório da edição nacional de Best of the Best. A seleção inclui All the Way, My Way, Strangers in the Night e That's Life.

sábado, 13 de agosto de 2011

'Best of Vegas' compila 17 gravações feitas por Sinatra entre 1961 e 1987

Em 2006, a caixa Sinatra - Vegas apresentou em quatro CDs e um DVD gravações até então inéditas de Frank Sinatra (1915 - 1998), feitas entre 1961 e 1987 em vários palcos da cidade de Las Vegas (EUA), onde o cantor norte-americano se apresentou com regularidade de 1951 a 1994. Best of Vegas - o CD lançado pela Universal Music em fevereiro deste ano de 2011 e ora editado no Brasil neste mês de agosto - compila 17 gravações dessa caixa. A seleção apresenta números feitos por Sinatra nas casas The Sends (em 1961 e 1966), Caesars Palace (1982) e Golden Nugget (1987). Os registros ao vivo dos anos 60, como The Lady Is a Tramp (The Sands, 1961) e I've Got You Under my Skin (The Sands, 1966), flagram Sinatra com a voz ainda no auge. As gravações da década de 80 -  casos de Theme From New York, New York (Caesars Palace, 1982) e Pennies From Heaven (The Golden Nugget, 1987) - sinalizam que Sinatra sempre permaneceu sendo um cantor de primeiro time mesmo quando a voz já dava os primeiros sinais de que começaria a perder parte do viço e da potência dos tempos áureos.

sábado, 9 de julho de 2011

Não é pecado apreciar hits de Sinatra com cantores e arranjos metaleiros

Resenha de CD
Título: Sin-Atra
Artista: Vários Artistas
Gravadora: Armoury Records / Eagle Records / ST2
Cotação: * * *

Com título que faz trocadilho com o nome de Frank Sinatra (1915 - 1998) e a palavra pecado (sin, em inglês), o inusitado tributo Sin-Atra apresenta 12 músicas associadas ao repertório do emblemático cantor norte-americano com arranjos de rock pesado e as vozes de cantores de grupos de metal. E, para quem tem os ouvidos fechados para qualquer tipo de preconceito, não vai ser nenhum pecado ouvir e apreciar o disco produzido pelo guitarrista Bob Kulick com o baterista Brett Chassen. A impressão é positiva já na abertura com Theme from New York, New York, que tem preservada sua grandiosidade no registro de Devin Townsend (do grupo Strapping Young Lad). Mesmo com a inevitável perda de seu suingue, I've Got You Under my Skin também se ajusta bem ao peso da gravação de Glenn Hughers (ex-integrante do Deep Purple). Verdade seja dita: do ponto de vista instrumental, Sin-Atra é disco de peso - com trocadilho. Basta ouvir Witchcraft no registro de Tim Ripper Owens (ex-integrante do Judas Priest) para atestar a competência de riffs à altura de qualquer bom disco de metal. O mesmo podendo ser dito do arranjo de Fly me to the Moon, que certamente nunca ganhou vocais tão rascantes quanto os de Robin Zander (do grupo Cheap Trick). Mas é preciso ter a pré-disposição de aceitar sem pré-conceitos a proposta curiosa de Sin-Atra. Afinal, músicas como Strangers in the Night - a cargo de Joey Belladonna (Anthrax), no registro mais respeitoso do tributo - vão soar no mínimo... estranhas para quem estava habituados a ouvi-las na voz impecavelmente polida de Sinatra. E, acredite se quiser, há até um mínimo de delicadeza na introdução de I've Got The World on a String, tema rebobinado sem brilho especial na voz de dUg Pinnick (King's X). Enfim, o disco recém-editado no Brasil via ST2 tem lá seus encantos, sim. Pecado é não entender que a boa música sempre ultrapassa rótulos e fronteiras estéticas.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

DVD rebobina a trilogia de especiais 'A Man and His Music', de Sinatra

Em 1965, Frank Sinatra (1915 - 1998) lançou álbum de caráter retrospectivo, A Man and His Music, que originou uma trilogia de especiais gravados para a TV dos Estados Unidos. Já lançados em DVD, os três especiais - exibidos originalmente entre 1965 e 1967 - estão sendo rebobinados com áudio remasterizado em A Man and His Music Trilogy, DVD lançado no Brasil neste mês de abril de 2011 pela Universal Music. É a primeira vez que os três especiais são reunidos num único DVD. O primeiro programa da série apresenta Sinatra na companhia das orquestras de Nelson Riddle e Gordon Jenkins. O segundo tem a participação de Nancy Sinatra. Já o terceiro mostra o encontro do cantor com Ella Fitzgerald (1917 - 1996) e Tom Jobim (1927 - 1994), com quem Sinatra gravou naquele ano de 1967 LP instantaneamente histórico.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Cantores de heavy metal gravam disco em homenagem a Frank Sinatra

Vocalistas de grupos de heavy metal regravaram sucessos de Frank Sinatra (1915 - 1998) para disco que vai ser lançado no exterior em 28 de março de 2011. O título do CD, Sin-atra, faz trocadilho com o nome do cantor e a palavra pecado (sin, na língua inglesa). Eis as 12 músicas e os respectivos intérpretes do inusitado disco, em que um quinteto acompanhou os vocalistas:

1. Theme From New York, New York - Devin Townsend (Strapping Young Lad)
2. I've Got You under my Skin - Glenn Hughes (ex-Deep Purple)
3. Summerwind - Geoff Tate (Queensrÿche)
4. It Was a Very Good Year - Dee Snider (Twisted Sister)
5. Witchcraft - Tim Ripper Owens (ex-Judas Priest e Iced Earth)
6. Fly me to the Moon - Robin Zander (Cheap Trick)
7. The Lady Is a Tramp - Eric Martin (Mr. Big)
8. I've Got the World on a String - dUg Pinnick (King's X)
9. Love and Marriage - Elias Soriano (Nonpoint)
10. Strangers in the Night - Joey Belladonna (Anthrax)
11. High Hopes - Franky Perez (Scars on Broadway)
12. That's Life - Jani Lane (Warrant) & Richie Kotzen

sábado, 27 de novembro de 2010

Cauby canta Sinatra à sua maneira já suave em registro ao vivo de show

Resenha de CD e DVD
Título: Cauby Sings Sinatra
Artista: Cauby Peixoto
Gravadora: Lua Music / Cultura Marcas
Cotação: * * *

"Pensavam que eu imitava Sinatra. Nunca imitei Sinatra, não. Cantava Sinatra à minha maneira", pondera Cauby Peixoto, diante do público que lotou o Teatro Fecap, em São Paulo (SP), na noite de 2 de maio de 2010, para assistir ao show gravado ao vivo na data para gerar o CD e DVD Cauby Sings Sinatra, ora postos nas lojas pela gravadora Lua Music neste mês de novembro de 2010. Sim, Cauby canta o repertório de Frank Sinatra (1915 - 1998) à sua maneira. E é em his way que o cantor brasileiro - um das vozes remanescentes da era de ouro do rádio - revive em inglês 15 temas do repertório de Sinatra 15 anos após ter abordado esse cancioneiro em duetos com astros da MPB em disco (Cauby Canta Sinatra, 1995) pautado por desconfortáveis versões em português de canções propagadas pela Voz, referência máxima de canto masculino nos Estados Unidos dos anos 40 aos 70. Aos 79 anos, Cauby já não tem a voz de 50 ou mesmo de 15 anos atrás e, por isso mesmo, acerta ao baixar os tons e evitar as exacerbações vocais de outrora quando entoa - com providencial leveza - temas como I've Got You Under my Skin (Cole Porter), Strangers in the Night (Bert Kaempfert, Charles Singleton e Eddie Snyder) e All the Way (Sammy Cahn e Jimmy Van Heusen). Em All the Things You Are (Jerome Kern e Oscar Hammerstein II), a banda meramente correta esboça um clima de Bossa Nova que fica mais nítido, sete números depois, na versão em inglês de Triste (Tom Jobim), único número ausente do CD que reúne 14 das 15 músicas do roteiro urdido pelo produtor Thiago Marques Luiz com ênfase quase absoluta nos clássicos mundiais de Sinatra (a exceção é The  World We Knew, tema menos batido de Bert Kaempfert, Herb Rehbein e Carl Sigmon). E o fato é que Cauby sings Sinatra sem nunca perder a dignidade. Sentado, como canta Moon River (Johnny Mercer e Henry Mancini), ou de pé diante do piano de Keco Brandão, convidado e arranjador de Laura (Johnny Mercer e David Raksin), Cauby provoca o respeito do ouvinte / espectador. Afinal, está ali no palco do Teatro Fecap - com bravura - um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos, dono de uma voz ímpar que evoca reminiscências de tempos áureos quando passeia, ainda segura e aveludada, por joias do quilate de Fly me to the Moon (Bart Howard), Night and Day (Cole Porter) e Something (George Harrison), pretexto para o respeitável crooner lembrar ao público que, em his way, Sinatra também cantou Beatles. Nenhuma das 15 interpretações resulta definitiva ou digna de figurar numa antologia de Cauby. Mas todas reiteram a personalidade desse bravo cantor que permanece em contínua atividade na música brasileira desde os anos 40. Quando o registro ao vivo do show vai se aproximando do fim, com My Way (em registro de início minimalista que vai ganhando intensidade vocal) e com o habitualmente apoteótico Theme from New York New York (Fred Ebb e John Kander), a grandeza da figura já mítica do cantor faz com que o espectador / ouvinte tenha ímpeto de gritar, como nos áureos tempos da Rádio Nacional, "Cauby! Cauby!!".