Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Registro de homenagem a Jobim em prêmio chega às lojas em CD e DVD

Feito ao vivo em 10 de julho de 2013 na Grande Sala da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro (RJ), na última apresentação da turnê itinerante que percorreu nove cidades do Brasil com tributo a Antonio Carlos Jobim (1927 -1994), o registro do show derivado da cerimônia da 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira chega às lojas nesta primeira quinzena de dezembro, nos formatos de CD (foto) e DVD, em edição da Universal Music. Entre solos e duetos, o DVD apresenta todas as 24 músicas cantadas pelo belo time de intérpretes formado por Adriana Calcanhotto, João Bosco, Roberta Sá, Zé Renato e Zélia Duncan. Já o CD reproduz 21 das 24 músicas do roteiro montado pelo empresário José Maurício Machline (criador do prêmio e direitor do show), omitindo Estrada do sol (Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran, 1958) na voz de Calcanhotto, Você vai ver (Antonio Carlos Jobim, 1980) com Roberta Sá e o número coletivo Se todos fossem iguais a você (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1960). Eis as (24) músicas do DVD Turnê 24º Prêmio da Música Brasileira - Homenagem a Tom Jobim:

Adriana Calcanhotto:
1. Ela é carioca (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1963)
2. Corcovado (Antonio Carlos Jobim, 1960)
3. Estrada do sol (Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran, 1958)
4. Eu sei que vou te amar (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959)
Zé Renato:
5. Por causa de você(Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran, 1957)
6. Garota de Ipanema (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962)
7. Inútil paisagem (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1963)
8. Samba do avião (Antonio Carlos Jobim, 1962)

Roberta Sá:
9. Insensatez (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1961)
10. Você vai ver (Antonio Carlos Jobim, 1980)
11. Sabiá (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968)
12. Brigas nunca mais (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959)

Zélia Duncan:
13. Meditação (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959)
14. Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1958)
15. Luiza (Tom Jobim, 1981)
16. Triste (Antonio Carlos Jobim, 1967)
João Bosco:
17. Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959)
18. Águas de março (Antonio Carlos Jobim, 1972)
19. Lígia (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1972/1976)
20. Chega de saudade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958)

João Bosco e Zé Renato:
21. Tereza da praia (Antonio Carlos Jobim e Billy Blanco, 1954)
Zé Renato e Roberta Sá:
22. Eu te amo (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1980)

Adriana Calcanhotto e Zélia Duncan:
23. Outra vez (Antonio Carlos Jobim, 1954)

Todos:
24. Se todos fossem iguais a você (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1956)

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Gravado ao vivo no Rio, tributo a Tom Jobim enfileira clássicos no roteiro

Gravado ao vivo no Rio de Janeiro (RJ) na noite de 10 de julho de 2013, na última apresentação da turnê itinerante que percorreu nove cidades do Brasil com homenagem a Antonio Carlos Jobim (1927 -1994), o show derivado da 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira desfiou rosário de pérolas no roteiro montado pelo empresário José Maurício Machline, criador do prêmio e diretor do show apresentado pelo ator Murilo Rosa. O time de intérpretes foi formado por Adriana Calcanhotto, João Bosco, Roberta Sá, Zé Renato e Zélia Duncan. A seleção de 24 músicas do compositor carioca abrange período que vai de 1954 - ano do samba Tereza da praia (Antonio Carlos Jobim e Billy Blanco), revivido no dueto de João Bosco com Zé Renato (como visto na foto de Rodrigo Amaral) - a 1981, ano de Luiza (Antonio Carlos Jobim), valsa que se destacou no set individual da cantora fluminense Zélia Duncan. Eis, na ordem, o roteiro seguido pelos cinco cantores na apresentação que encheu a Grande Sala da Cidade das Artes e que vai originar DVD (e CD ao vivo) ainda neste segundo semestre de 2013:

* Texto de Francisco Bosco dito pelo apresentador Murilo Rosa
Adriana Calcanhotto:
1. Ela é carioca (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1963)
2. Corcovado (Antonio Carlos Jobim, 1960)
3. Estrada do sol (Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran, 1958)
4. Eu sei que vou te amar (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959)

Zé Renato:
5. Por causa de você(Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran, 1957)
6. Garota de Ipanema (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962)
7. Inútil paisagem (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1963)
8. Samba do avião (Antonio Carlos Jobim, 1962)

Roberta Sá:
9. Insensatez (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1961)
10. Você vai ver (Antonio Carlos Jobim, 1980)
11. Sabiá (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968)
12. Brigas nunca mais (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959)

Zélia Duncan:
13. Meditação (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959)
14. Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1958)
15. Luiza (Tom Jobim, 1981)
16. Triste (Antonio Carlos Jobim, 1967)

João Bosco:
17. Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959)
18. Águas de março (Antonio Carlos Jobim, 1972)
19. Lígia (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1972/1976)
20. Chega de saudade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958)

João Bosco e Zé Renato:
21. Tereza da praia (Antonio Carlos Jobim e Billy Blanco, 1954)
Zé Renato e Roberta Sá:
22. Eu te amo (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1980)

Adriana Calcanhotto e Zélia Duncan:
23. Outra vez (Antonio Carlos Jobim, 1954)

Todos:
24. Se todos fossem iguais a você (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1956)

João Bosco se banha nas águas do padrinho artístico em gravação no Rio

Em 1972, o carioca Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) já era um compositor consagrado em escala mundial quando aceitou lançar seu samba Águas de março no primeiro volume da série Disco de Bolso, criada pelo jornal carioca O Pasquim para lançar novos compositores. O novato da primeira vez foi o mineiro João Bosco. Decorridos 41 anos, Bosco já é um cantor e compositor consagrado em escala nacional, mas não esqueceu a força de seu padrinho artístico, rendendo homenagens a Jobim no show derivado da 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira. Bosco - em foto de Rodrigo Amaral - integra o time de intérpretes da turnê itinerante que percorreu oito cidades do Brasil até chegar na noite de ontem, 10 de julho, ao Rio de Janeiro (RJ), em apresentação na Grande Sala da Cidade das Artes. No show, dirigido pelo empresário José Maurício Machline e gravado ao vivo na cidade natal do homenageado para gerar CD e DVD a serem lançados ainda neste segundo semestre de 2013, Bosco revolveu Águas de março entre músicas em forma de cantada como Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959) e Lígia (Antonio Carlos Jobim, 1972), tema em que o cantor mineiro usou a linguagem corporal para realçar o significado de versos escritos por Tom com a colaboração posterior de Chico Buarque. Coube a Bosco também dar voz a Chega de saudade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958), pedra fundamental na construção da revolução estética da Bossa Nova. Na sequência, o cantor reencenou com Zé Renato o jogo de cena exigido pelo samba Tereza da praia. A personagem-título da parceria de Tom Jobim (1927 - 1994) e Billy Blanco (1924 - 2011) é alvo de disputas desde que o samba foi lançado em 1954 em histórico dueto protagonizado pelos cantores Dick Farney (1921 -1987) e Lúcio Alves (1927-1993). Bosco se banhou nas águas de Jobim com o orgulho de ter sido lançado por Tom.

Afinada com os tons de Jobim, Zélia vai de 'Desafinado' a 'Luiza' em show

Além de ter apresentado a 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira, que celebra neste ano de 2013 o cancioneiro imortal de Antonio Carlos Jobim (1927-1994), a cantora Zélia Duncan foi convidada a integrar o time de intérpretes da turnê itinerante que percorreu oito cidades do Brasil até chegar na noite de ontem, 10 de julho, ao Rio de Janeiro (RJ). Gravado na cidade natal de Jobim para edição de DVD e CD ao vivo, o show em tributo ao compositor carioca - dirigido e roteirizado pelo empresário José Maurício Machline, criador do prêmio - mostrou que Zélia está totalmente afinada com os tons soberanos de Jobim. Com a habitual segurança, a cantora foi (bem) de Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1958) à valsa Luiza (Tom Jobim, 1981), passando por Meditação (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959) - número em que sobressaiu o belo violão de Lula Galvão - e por Triste (Antonio Carlos Jobim, 1967). Mais tarde, na volta à cena, Zélia - em foto de Rodrigo Amaral - se harmonizou com Adriana Calcanhotto nas dissonâncias afetivas de Outra vez (Antonio Carlos Jobim, 1954).

Em tom maior, canto 'suave e decidido' de Roberta Sá brilha em gravação

Antes de chamar Roberta Sá ao palco da Grande Sala da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro (RJ), o ator Murilo Rosa - o mestre de cerimônias do show da turnê derivada da 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira - caracterizou como "suave e decidido" o canto da artista potiguar. Cada vez mais desenvolta e segura em cena, Roberta fez jus aos elogios de Rosa e entrou naturalmente no tom maior do compositor carioca Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), cativando o público que assistiu na noite de ontem, 10 de julho de 2013, ao show de encerramento da turnê, gravado ao vivo na cidade natal de Jobim para perpetuar em CD e DVD o show dirigido e roteirizado pelo empresário José Maurício Machline - criador do Prêmio da Música Brasileira - em homenagem ao Maestro Soberano. Conhecida pela leveza com que canta seu repertório, Roberta arriscou registros mais densos ao interpretar Insensatez (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1961) e Sabiá (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968) - número que Carlos Malta levou na flauta, evocando o canto do pássaro no toque de seu instrumento - sem sair do tom, com dose exata de técnica e emoção. À vontade também no universo do samba, Roberta Sá - em foto de Rodrigo Amaral - enquadrou Você vai ver (Antonio Carlos Jobim, 1980) e Brigas nunca mais (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959) no seu registro cheio de frescor. No fim do show, a cantora voltou à cena para fazer dueto com Zé Renato em Eu te amo (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1980). Show!

Zé Renato expõe 'melancolia solar da bossa' na gravação de ode a Jobim

Mestre de cerimônias do show da turnê derivada da homenagem prestada ao compositor carioca Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) na 24º edição do Prêmio da Música Brasileira, o ator Murilo Rosa ressaltou "a melancolia solar da Bossa Nova" que dá o belo tom de algumas músicas do cancioneiro de Jobim. Na sequência, Rosa convidou Zé Renato para entrar em cena, no palco da Grande Sala da Cidade das Artes, cantar algumas dessas músicas na gravação ao vivo do show, realizada em 10 de julho de 2013 no ponto final da turnê, no Rio de Janeiro (RJ), cidade natal de Jobim. O set individual do cantor carioca - em foto de Rodrigo Amaral - foi um dos pontos altos do show roteirizado e dirigido pelo empresário José Maurício Machline. Com a voz que Deus lhe deu, Zé Renato deu show na nublada Inútil paisagem (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1963) e deu o tom exato da tristeza embutida em Por causa de você (Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran, 1957). Entre uma música e outra, o cantor celebrou a beleza da Garota de Ipanema (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962), sublinhando ao fim a origem indígena da palavra Ipanema. No fim de seu set, Zé Renato voou alto no tom soberano de Jobim ao cair no Samba do avião (Antonio Carlos Jobim, 1962). Show!

Calcanhotto celebra belezas do Rio e da mulher carioca ao gravar Jobim

Compositora gaúcha que captou a alma desencanada do povo do Rio de Janeiro (RJ) em sua música Cariocas (1994), Adriana Calcanhotto celebrou as belezas da cidade e da mulher carioca em seu set individual no show da turnê itinerante da 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira, concebido em homenagem a Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994). Coube a Calcanhotto abrir com Ela é carioca (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1963) o show dirigido e roteirizado pelo empresário José Maurício Machline, criador do prêmio patrocinado pela Vale. Após percorrer oito cidades, a turnê chegou ao Rio de Janeiro (RJ) - cidade natal de Tom - em 10 de julho de 2013 em apresentação na Grande Sala da Cidade das Artes que foi gravada para edição em DVD e CD ao vivo, a serem postos nas lojas ainda neste segundo semestre. Sob a direção musical do maestro Jaques Morelenbaum, a cantora também deu voz a Corcovado (Antonio Carlos Jobim, 1960), Estrada do sol (Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran, 1958) e - munida de seu violão, como visto na foto de Rodrigo Amaral - Eu sei que vou te amar (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959). Mais tarde, já no fim do show, Calcanhotto voltou à cena para dançar com o ator-apresentador Murilo Rosa ao som de Tereza da praia (Antonio Carlos Jobim e Billy Blanco, 1954), para fazer dueto com Zélia Duncan em Outra vez (Antonio Carlos Jobim, 1954) e para participar do número coletivo que fechou a bela ode a Jobim, Se todos fossem iguais a você (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1956).

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Show do PMB em tributo a Jobim é gravado ao vivo na chegada ao Rio

A turnê itinerante derivada da 24º edição do Prêmio da Música Brasileira vai ganhar registro ao vivo ao chegar esta semana ao seu destino final, o Rio de Janeiro (RJ), cidade natal de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), o artista homenageado neste ano de 2013 pelo premiação idealizada pelo empresário José Maurício Machline. O show - que reúne Adriana Calcanhotto, João Bosco, Roberta Sá (em foto de Kamyla Matias na apresentação de Belo Horizonte), Zé Renato e Zélia Duncan - vai ser gravado para edição em DVD e CD ao vivo na quarta-feira, 8 de julho de 2013, na apresentação que encerrará a turnê na Grande Sala da Cidade das Artes. 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

24º Prêmio da Música atesta duplamente vigor de Bosco, Moraes e Zélia

João Bosco (foto), Moraes Moreira e Zélia Duncan foram alguns dos principais vencedores da 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira em noite de gala que lotou o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro (RJ), em 12 de junho de 2013. Bosco, Moraes e Zélia ganharam dois troféus na cerimônia apresentada pela cantora com Adriana Calcanhotto. Bosco concentrou os prêmios da categoria MPB por conta de seu retrospectivo CD/DVD 40 anos depois. Moraes teve reconhecido o vigor da safra de inéditas autorais de seu álbum A revolta dos ritmos, destaque da categoria Regional. Já Zélia Duncan foi eleita a melhor cantora da abrangente categoria Pop/rock/reggae/hip hop/funk por conta do CD Tudo esclarecido - Zélia Duncan canta Itamar Assumpção, eleito o melhor álbum do segmento. Aos 82 anos, Cauby Peixoto também se destacou na premiação, levando dois troféus, os de Melhor Cantor e Melhor Álbum (Minha serenata), na categoria Canção Popular. Único indicado nas categorias Arranjador e Projeto Especial por conta de três discos distintos, Mario Adnet foi obvia e inevitavelmente também um duplo vencedor, contemplado em ambas as categorias por conta do disco Vinicius & os maestros. Em premiação pontuada pela homenagem a Tom Jobim, mote do evento orquestrado pelo empresário José Maurício Machline (criador do Prêmio da Música Brasileira), a única vitória questionável foi a de Rodrigo Campos, contemplado como Revelação por seu segundo disco, Bahia fantástica. Afinal, o cantor e compositor paulista já tinha sido revelado há quatro anos com seu primeiro incensado álbum, São Mateus não é um lugar assim tão longe (2009). Eis (todos) os vencedores do 24º Prêmio da Música Brasileira:

Categoria MPB
Álbum: 40 anos depois - João Bosco
Cantor: João Bosco, pelo CD/DVD 40 anos depois
Cantora: Maria Bethânia, pelo CD Oásis de Bethânia
Grupo: Orquestra Imperial, pelo CD Fazendo as pazes com o swing

Categoria Pop / rock / reggae / hip hop / funk
Álbum: Tudo esclarecido - Zélia Duncan canta Itamar Assumpção
Cantor: Caetano Veloso, pelo disco Abraçaço
Cantora: Zélia Duncan, por Tudo esclarecido
Grupo: Titãs, pelo CD/DVD Cabeça dinossauro ao vivo 2012

Categoria Samba
Álbum: O samba da mais alta patente - Nelson Sargento
Cantor: Monarco, pelo CD A soberania do samba
Cantora: Alcione, pelo CD/DVD Duas faces - Ao vivo na Mangueira
Grupo: Quinteto em Branco e Preto, pelo CD Quinteto

Categoria Regional
Álbum: A revolta dos ritmos - Moraes Moreira
Cantor: Moraes Moreira, pelo CD A revolta dos ritmos
Cantora: Elba Ramalho, pelo álbum Vambora lá dançar
Dupla: Kleuton e Karen, pelo CD A viola permanece
Grupo: Orquestra Popular da Bomba do Hermetério, pelo CD Cabeça no mundo

Categoria Canção Popular
Álbum: Minha serenata - Cauby Peixoto
Cantor: Cauby Peixoto, pelo CD Minha serenata
Cantora: Ivete Sangalo, pelo CD Real fantasia
Dupla: Victor & Leo, pelo CD/DVD Ao vivo em Floripa
Grupo: Banda Eva, pelo álbum duplo Conexão nagô / Rede tambor

Categoria Instrumental:
Álbum: Villa-Lobos superstar - Pau Brasil
Solista: Raul de Souza, pelo CD O universo musical de Raul de Souza
Grupo: Pau Brasil, pelo álbum Villa-Lobos superstar

Álbum projeto especial: Vinicius & os maestros - Mario Adnet

Álbum infantil: Par ou ímpar ao vivo - Kleiton & Kledir + Grupo Throll

Álbum eletrônico: Peregrino - Projeto CCOMA

Álbum erudito: Villa-Lobos & Friends - Nelson Freire

Álbum em língua estrangeira: Blubell & Black Tie - Blubell & Black Tie

Melhor canção: Carta de amor (Paulo César Pinheiro e Maria Bethânia)

Revelação: Rodrigo Campos, pelo CD Bahia fantástica

DVD: Alma lírica brasileira - Mônica Salmaso

Arranjador: Mario Adnet, por Vinicius & os maestros

Projeto visual: Fernando Young e Quinta-Feira, pela direção de arte do CD Abraçaço

Ney, Nana, Rosa e Salmaso dão o tom maior no prêmio que louvou Jobim

Marco inaugural da parceria de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) com Vinicius de Moraes (1913 - 1980), Se todos fossem iguais a você (1956) foi - na voz singular de Ney Matogrosso - o fecho majestoso dos onze números musicais da 24º edição do Prêmio da Música Brasileira, realizada no Rio de Janeiro (RJ) na noite de 12 de junho de 2013, sob a orquestração do empresário José Maurício Machline, idealizador do prêmio. Contudo, Ney - convocado na última hora para substituir Gal Costa, impossibilitada de se apresentar no evento por conta de forte resfriado - não foi o único intérprete que arrebatou o público de convidados que lotou o Theatro Municipal do Rio de Janeiro para ver a homenagem a Tom Jobim que norteou a fluente entrega dos prêmios. Logo no começo da cerimônia, aberta com Eu sei que vou te amar (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959) no toque virtuoso de seis pianistas (Cristóvão Bastos, Gilson Peranzzetta, Leandro Braga, João Carlos Coutinho, João Carlos Martins e Wagner Tiso), Nana Caymmi reiterou que é senhora cantora ao dar voz a Por causa de você (Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran, 1957), incluída no roteiro informativo de Francisco Bosco para representar a parceria de Tom com Dolores Duran (1930 - 1959). Por sua vez, Rosa Passos mostrou que sabe tudo da arte de cantar ao remodelar Inútil paisagem (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1963) com sua divisão e sua bossa toda própria. Já Mônica Salmaso - intérprete escalada para cantar Derradeira primavera (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes) em tom camerístico - provou para quem tem ouvidos atentos que é uma das maiores cantoras do Brasil de todos os tempos. Outra dona do dom, Leny Andrade estava em casa ao reviver o samba Brigas nunca mais (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959) em charmoso trio formado com Leila Pinheiro - seguríssima, como de hábito, em Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959) - e com Tulipa Ruiz, estranha no ninho que logo se ambientou ao defender Garota de Ipanema (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962) em interpretação depois dividida com Leila e Leny. Colega de geração de Tulipa, Céu foi a nota dissonante da noite ao interpretar Insensatez (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962) sem brilho e sem emoção. Céu parecia fora do tom da direção musical do maestro Jaques Morelenbaum, autor dos arranjos. Maria Gadú não chegou a ficar fora do tom, mas pecou ao inventar moda em Chega de saudade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958), pedra fundamental na revolução estética causada pela Bossa Nova, e diluiu a bossa do tema. À frente da Nova Banda, Danilo Caymmi tropeçou na letra de Wave (Antonio Carlos Jobim, 1967) em número que destacou a a presença de Paula Morenlenbaum. João Bosco tratou Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959) com elegância sem de fato arrebatar a plateia. Proeza conseguida pelos cantores portugueses António Zambujo e Carminho, que voaram alto em pungente dueto em Sabiá (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968), merecendo aplausos de pé. Em tom maior, Carminho e António Zambujo se destacaram na cerimônia conduzida pelas cantoras Adriana Calcanhotto (mais dura ao dizer aos textos, embora tenha arrancado risos da plateia com alguns comentários espirituosos) e Zélia Duncan (desenvolta no papel de apresentadora da festa-show). No tom eterno de Jobim, a 24º edição do Prêmio da Música Brasileira transcorreu ágil, reverente à soberania do maestro celebrado na noite e, em alguns momentos, arrebatadora por conta dos cantos em tom maior de António Zambujo, Carminho, Mônica Salmaso, Nana Caymmi, Ney Matogrosso e Rosa Passos - vistos na premiação em fotos de Rodrigo Amaral. Se todos fossem iguais a eles...

Tributo aos que saíram de cena abre o 24º Prêmio da Música Brasileira

O saudoso cantor carioca Emílio Santiago (1946 - 2013) foi o nome mais aplaudido pelo público do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ) dentre os quatro artistas homenageados pelo empresário José Maurício Machline na noite de 12 de junho de 2013, na abertura da cerimônia do 24º Prêmio da Música Brasileira, no Rio de Janeiro (RJ). Machline saudou quatro artistas que saíram de cena neste primeiro semestre de 2013. Além de Emílio, foram lembrados o cantor e compositor mineiro Marku Ribas (1947 - 2013), o compositor paulista Paulo Vanzolini (1924-2013) e o cantor e compositor paulista Alexandre Magno Abrão (1970-2013), o Chorão

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Das cinco canções indicadas ao 24º Prêmio da Música, duas são antigas

Divulgada nesta quinta-feira, 16 de maio de 2013, a lista de indicados ao 24º Prêmio da Música Brasileira inova ao incluir cinco músicas na categoria Melhor Canção, em vez das três habituais. De todo modo, somente três - Carta de amor (Paulo César Pinheiro e Maria Bethânia), Estou triste (Caetano Veloso) e Vive (Djavan) - estariam tecnicamente habilitadas a vencer a disputa da categoria na 24ª edição do prêmio idealizado e produzido pelo empresário José Maurício Machline. Eu não sei seu nome inteiro (João Bosco, João Donato e Francisco Bosco) e Orixá de frente (Roque Ferreira) concorrem por registros lançados em 2012 por João Bosco (foto) e Mariene de Castro nos CDs 40 anos depois e Tabaroinha, mas, a rigor, não são inéditas. Eu não sei seu nome inteiro foi lançada por Bosco em seu álbum Malabaristas do sinal vermelho (2002). Já Orixá de frente foi gravada originalmente por Roberta Sá e Trio Madeira Brasil no sublime disco Quando o canto é reza - Canções de Roque Ferreira (2010).

sábado, 26 de janeiro de 2013

Tom Jobim é homenageado da 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira

Mantendo sua tradição de alternar homenagens a artistas vivos e mortos, o Prêmio da Música Brasileira vai celebrar a obra de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) na premiação deste ano de 2013. Trata-se da 24ª edição do prêmio idealizado pelo empresário José Maurício Machline.