Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Bethânia opta por gravar ao vivo show dos 50 anos em São Paulo em agosto

Maria Bethânia - em foto de Rodrigo Goffredo - optou por fazer na cidade de São Paulo (SP) a gravação ao vivo do espetáculo comemorativo de seus 50 anos de carreira. Embora o cronograma inicial da turnê nacional do show Abraçar e agradecer previsse para setembro de 2015, no Rio de Janeiro (RJ), o registro audiovisual do espetáculo, a gravação ao vivo vai ser efetivamente feita em 7 e 8 de agosto de 2015 em apresentações do show na casa paulista HSBC Brasil. CD e DVD serão lançados no mercado fonográfico ainda em 2015 pela gravadora Biscoito Fino. Clique aqui para ler a resenha do show Abraçar e agradecer, publicada em Notas Musicais  em 12 de janeiro de 2015.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Bethânia revela ideia de single duplo com tema de novela e inédita de Flavia

 Em entrevista, Maria Bethânia revelou a ideia de lançar single duplo no formato de CD. Uma música seria Eu te desejo amor, versão em português de Nelson Motta de Que reste-t-il de nos amours? (Charles Trenet e Léo Chauliac, 1942) que a cantora - em foto de Tomás Rangel - gravou para a trilha sonora da novela Babilônia (TV Globo, 2015). A outra faixa do single seria uma música inédita de Flavia Wenceslau, compositora paraibana (radicada em Salvador - BA) de quem Bethânia já está cantando Silêncio  no encerramento do show comemorativo de seus 50 anos de carreira,  Abraçar e agradecer.

quarta-feira, 25 de março de 2015

iTunes já vende single com música inédita gravada por Bethânia para novela

Com timing e agilidade, a gravadora Biscoito Fino já está comercializando, em formato por ora somente digital, o fonograma da música Eu te desejo amor, gravada por Maria Bethânia para a trilha sonora da novela Babilônia. Antes de a gravadora Som Livre pôr à venda do CD com as músicas da novela exibida pela TV Globo às 21h, a Biscoito Fino lançou esta semana o single com a gravação inédita de Bethânia, já à venda no iTunes. Tema do casal lésbico formado na trama por Estela (Nathália Timberg) e Teresa (Fernanda Montenegro), Eu te desejo amor é versão em português de Nelson Motta de Que reste-t-il de nos amours? (1942), música do repertório do cantor e compositor francês Charles Trenet (1913 - 2001), parceiro de Léo Chauliac (1913 - 1977) na composição lançada em francês na voz de Trenet. Na sua versão em português, Motta se baseou na versão em inglês feita por Albert Beach e lançada em 1957 com o título I wish you love. Eu te desejo amor pode ser ouvida por meio do lyric video já posto em rotação no YouTube simultaneamente com a venda do single no iTunes. A versão dessa canção foi lançada por Bethânia no show Abraçar e agradecer, ora em turnê pelo Brasil.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Bethânia planeja gravar, no Rio, o show com que celebra 50 anos de carreira

Foi na cidade do Rio de Janeiro (RJ) que, em 13 de fevereiro de 1965, Maria Bethânia deu o primeiro passo decisivo na sua carreira de cantora. Por isso mesmo, o desejo da intérprete baiana é gravar ao vivo na cidade que a abriga há 50 anos o belo show comemorativo de suas cinco décadas de palco, Abraçar e agradecer, para a edição de DVD e CD a serem lançados no mercado no fim deste ano de 2015. Se depender do cronograma da turnê nacional, que será retomada em Brasília (DF) em março de 2015, o registro do show dirigido por Bia Lessa vai ser feito na volta de Abraçar e agradecer ao Rio de Janeiro (RJ), em setembro. Pelo menos esta é a intenção de Bethânia (em foto de Rodrigo Goffredo).

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Bethânia grava versão em português de tema de Trenet para trilha de novela

Os admiradores de Maria Bethânia não vão precisar esperar a edição da gravação ao vivo do show Abraçar e agradecer em CD e DVD para ter um registro oficial de uma das músicas inéditas do espetáculo comemorativo dos 50 anos de carreira da intérprete. Bethânia - em foto de Rodrigo Goffredo - vai gravar para a trilha sonora da próxima novela das 21h da TV Globo, Babilônia, a inédita versão em português (escrita por Nelson Motta) de Que reste-t-il de nos amours? (1942), música do repertório do cantor e compositor francês Charles Trenet (1913 - 2001). Parceria de Trenet com Léo Chauliac (1913 - 1977), Que reste-t-il de nos amours? virou Eu te desejo amor na versão feita por Motta com título idêntico a versão em inglês feita por Albert Beach e lançada em 1957 com o nome de I wish you love. A gravação de Bethânia será editada no CD com a trilha sonora nacional da novela - previsto para ser lançado neste primeiro semestre de 2015 - e também em single, numa edição somente digital.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Show 'Abraçar e agradecer' ritualiza o que há de eterno e divino em Bethânia

Resenha de show
Título: Abraçar e agradecer
Artista: Maria Bethânia (em foto de Rodrigo Goffredo)
Local: Vivo Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 11 de janeiro de 2015
Cotação: * * * * 1/2
Agenda da turnê nacional do show Abraçar e agradecer:
* 15, 17 e 18 de janeiro de 2015 - Vivo Rio - Rio de Janeiro (RJ)
* 6 de março de 2015 - Centro de Convenções Ulysses Guimarães - Brasília (DF)
* 14, 15, 21 e 22 de março de 2015 - HSBC Brasil - São Paulo (SP)

A senha para o entendimento pleno do show comemorativo dos 50 anos de carreira de Maria Bethânia está no texto escrito pela própria artista e recitado logo após o primeiro número, Eterno em mim, a canção feita pelo mano Caetano Veloso para o show de 1985 com o qual a cantora festejou seus então 20 anos de carreira. Nesse texto de tom reverente e grato, Bethânia louva a água de sua terra, o chão que a sustenta, as folhas, a raiz, o palco, a beira do abismo. Os quatro elementos de uma natureza que tem no canto teatralizado da artista uma de suas maiores forças. Tudo isso está bem entranhado no roteiro estruturado pela própria cantora com costura de fino acabamento. Show dirigido por Bia Lessa, Abraçar e agradecer ritualiza o que há de mais eterno e sagrado em Maria Bethânia, ainda - e parece que sempre - dona do dom de magnetizar sua plateia. A caminhos dos 69 anos de vida, a serem completados em 18 de junho de 2015, Bethânia continua em cena com a mesma presença morena que - ao longo de suas cinco coerentes décadas de trajetória profissional - paralisou momentos e derrubou cercas com as quais tentaram aprisioná-la entre rótulos e gêneros. A inclusão no roteiro de A tua presença morena (1971) - sagaz lembrança da canção-título de álbum de 1971 -  é muito emblemática porque Abraçar e agradecer é show sobre Bethânia. De autoria de escritores e poetas como Clarice Lispector (1920 - 1977) e Fernando Pessoa (1888 - 1935), os sete textos recitados ao longo dos dois atos do show enfatizam o eu, a primeira pessoa. Em suma, enaltecem a própria artista que, em ato de generosidade, agradece a cumplicidade de seu séquito - e, nesse sentido, a lembrança de Nossos momentos (Caetano Veloso, 1982) é igualmente sagaz - enquanto louva as próprias escolhas, princípios e nortes. A produção musical de Guto Graça Mello - arregimentador de banda afiada, regida em cena pelo baixista Jorge Helder - contribui para a louvação com trama acústica de violões, violas e tambores que jamais tira o foco da voz ainda plena de vigor e significados reforçados por gestos, expressões, olhares e ênfases nas interpretações das músicas. Eis, ali no palco, tudo de novo, como diz o título da música de Caetano Veloso, de 1978, alocada no início do segundo ato, após Viramundo (Gilberto Gil e José Carlos Capinam, 1965), reminiscência de tempos de guerra em que tentaram - em vão - fazer de Bethânia uma cantora de protesto. Rótulo recusado, sob protesto, pela voz de uma pessoa vitoriosa que sempre teve como norte a própria liberdade de seu canto indomado. Voz que tem se refugiado cada vez mais no sertão, oásis de Bethânia, evocado pelas duas inéditas de Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, Viver na fazenda (de melodia belíssima!) e Voz de mágoa, apresentadas no roteiro que fecha sintomaticamente o show (antes do bis) com música intitulada Silêncio, poético tema ruralista da lavra da cantora e compositora paraibana Flávia Wenceslau. Abraçar e agradecer situa Bethânia feliz em seu oásis, mais serena, mas ainda capaz de ir para a beira do abismo ao cantar Gita (Raul Seixas e Paulo Coelho, 1974), de provocar a explosão atlântica de Rosa dos ventos (Chico Buarque, 1971), de cruzar oceanos para cantar o fado e o universo lusitano de Meu amor é marinheiro (Alan Oulman sobre versos de Manuel Alegre, 1974) e de fazer sua festa com Bela mocidade (Donato Alves e Francisco Naiva, 1997), o bumba-meu-boi que roça a cadência de xote no arranjo da banda. Na imitação da vida exposta ali no palco, ora em carne viva, ora em momentos em que os silêncios dizem mais do que os versos de músicas serenas como Motriz (Caetano Veloso, 1983), Bethânia celebra suas fontes - como Dorival Caymmi (1914 - 2008) e sua Bahia natal, retratados na letra imagética de Doce (Roque Ferreira, 2008) - e canta o seu Brasil caboclo ainda povoado por índios, reverenciados em Povos do Brasil (Leandro Fregonesi, 2014) - samba que cresce e ganha suingue no show - e em Xavante (2014), tema de Chico César, dono do dom de traduzir em música a alma de sua intérprete preferencial. Nos quintais de Bethânia, Folia de Reis (Roque Ferreira, 2014) ilumina o show na marcha percussiva da banda, Mãe Maria (Custódio Mesquita e David Nasser, 1943) faz a evocação terna da presença eterna de Claudionor Viana Teles Veloso (1907 - 2012) - a Dona Canô - e Oração de Mãe Menininha (Dorival Caymmi, 1972) explicita a alta carga de espiritualidade que sempre regeu os caminhos de Bethânia na música e na vida. Caminhos que a levam ultimamente para o interior. Composição inédita na voz da cantora, Eu, a viola e Deus (Rolando Boldrin, 1979) abre a porteira do sertão. Na sequência interiorana, Criação (Chico Lobo, 1996) faz a viola chorar antes de abrigar Bethânia na Casa de caboclo (Roque Ferreira e Paulo Dafilin, 2014) erguida no clima ruralista que dá o tom do segundo ato de Abraçar e agradecer. A fina costura do roteiro entrelaça músicas que se alinham sem obviedade e que levam Bethânia para todos os lugares sem tirá-la de seu habitat (con)sagrado. Até mesmo um flash de romantismo urbano espouca em cena através de Eu te desejo amor, versão inédita de Nelson Motta de música do repertório do cantor francês Charles Trenet (1913 - 2001), Que reste-t-il de nos amours? (1942), famosa parceria de Trenet com Léo Chauliac (1913 - 1977). No show, a canção ganha um clima que remete aos dourados anos 1950 e que expõe a vocação popular do tema. Falso gran finale do show, Non, je ne regrette rien (Charles Dumont e Michael Vaucaire, 1956) - sucesso da cantora francesa Edith Piaf (1915 - 1963) cantado por Bethânia no original em francês - é veículo apoteótico para nova exposição de princípios em primeira pessoa. Senhora da cena, Bethânia usa de toda sua força e artifícios - como recitar a letra em português antes de arrematar a música - em número de efeito arrebatador. Que bem poderia ser o fim do show iluminado com brilho e esplendor por Binho Schaefer, mas não é. Porque Abraçar e agradecer joga em cena o tempo todo com a alternância de climas para manter a plateia magnetizada. E o resultado é o melhor show de Bethânia desde Dentro do mar tem rio (2006). Como autora do roteiro, a cantora mostra habilidade para fugir dos hits mais óbvios  - exceto o previsível bis final, dado com o já batido samba O que é o que é (Gonzaguinha, 1982) - e, ainda assim, evocar (quase) todos os momentos de sua cinquentenária carreira, embora o roteiro de certa ênfase à produção da artista após o renovador disco Âmbar (EMI-Odeon, 1996). O único problema do show é a cenografia de Bia Lessa, urdida com lustres e projeções. Cenografia bela em si, mas pouco funcional, já que as imagens expostas no telão de led alocado aos pés de Bethânia - como o mar que sublinha o conceito do samba afro-baiano Agradecer e abraçar (Gerônimo e Vevé Calazans, 1986) - somente podem ser vistas por quem fica na parte superior da plateia da casa Vivo Rio. Uma injustiça com parte da plateia! Esse descuido da cenógrafa impede que o show seja perfeito. Mas paradoxalmente acaba sendo detalhe face à grandeza da intérprete. Como dizem versos da letra de Todos os lugares (Sueli Costa e Tite de Lemos, 1966), "Faça de conta que nada disso conta / Que não importa, exceto estarmos novamente aqui". Voz da fonte, o canto de Maria Bethânia parece - como diz a letra de Alguma voz (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 2014) - o gozo do mundo dentro do ventre da terra, veiculando no show Abraçar e agradecer o que há de (mais) eterno e sagrado em si mesmo.

Bethânia tira 'Dindi' e põe 'Sonho impossível' no roteiro do show dos 50 anos

Todos os shows de Maria Bethânia têm seus roteiros alterados ao longo das turnês nacionais. Saem algumas músicas e entram outras na rota da estrada. No show comemorativo dos 50 anos de carreira da intérprete baiana, Abraçar e agradecer, as mudanças começaram logo na segunda apresentação do espetáculo dirigido por Bia Lessa e roteirizado pela própria Bethânia (em foto de Rodrigo Goffredo). Na apresentação que lotou e embeveceu a plateia da casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), em 11 de janeiro de 2015, Dindi (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959) - número do primeiro ato - saiu do roteiro. Já o primeiro dos dois bis foi modificado. Em vez de Brincar de viver (Jon Lucien e Guiherme Arantes, 1983), música raramente cantada pela artista, Bethânia deu voz - quase a capella - a Sonho impossível (1975), versão em português de Chico Buarque e Ruy Guerra para The impossible dream (The quest), canção composta por Mitch Leigh (1928 - 2014) e Joe Darion (1917 - 2001) para a trilha sonora do musical O homem de la mancha (1965). Eis o roteiro seguido por Maria Bethânia em 11 de janeiro de 2015 na segunda apresentação de Abraçar e agradecer, show que fica em cartaz na cidade do Rio de Janeiro (RJ) até 18 de janeiro de 2015, seguindo a partir de março para as Capitais do Brasil:

Ato 1
1. Eterno em mim (Caetano Veloso, 1996)
*   Texto de autoria de Maria Bethânia
2. Dona do dom (Chico César, 2001)
3. Gita (Raul Seixas e Paulo Coelho, 1974)
4. A tua presença morena (Caetano Veloso, 1971)
5. Nossos momentos (Caetano Veloso, 1982)
*  Texto de autoria de Clarice Lispector
6. Começaria tudo outra vez (Gonzaguinha, 1976)
7. Voz de mágoa (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 2015)
8. Gostoso demais (Dominguinhos e Nando Cordel, 1986)
9. Bela mocidade (Donato Alves e Francisco Naiva, 1997)
10. Alegria (Arnaldo Antunes, 1995)
11. Você não sabe (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1983)
12. Tatuagem (Chico Buarque e Ruy Guerra, 1973)
13. Meu amor é marinheiro (Alan Oulman sobre versos de Manuel Alegre, 1974)
14. Todos os lugares (Sueli Costa e Tite de Lemos, 1996)
*     Texto Depois de uma tarde..., de Clarice Lispector (1920 - 1977)
15. Rosa dos ventos (Chico Buarque, 1971)
Interlúdio
16. Até o fim (Chico Buarque, 1978) /
17. O quereres (Caetano Veloso, 1984) /
18. Qui nem jiló (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1950) /
19. Pisa na fulô (João do Vale, Silveira Júnior e Ernesto Pires, 1957) - Instrumental banda
Ato 2
20. Viramundo (Gilberto Gil e José Carlos Capinam, 1965)
21. Tudo de novo (Caetano Veloso, 1978)
22. Doce (Roque Ferreira, 2008)
23. Oração de Mãe Menininha (Dorival Caymmi, 1972)
24. Eu e água (Caetano Veloso, 1988)
25. Agradecer e abraçar (Gerônimo e Vevé Calazans, 1986)
26. Vento de lá (Roque Ferreira, 2007) /
27. Imbelezô eu (Roque Ferreira, 2014)
28. Folia de Reis (Roque Ferreira, 2014)
29. Mãe Maria (Custódio Mesquita e David Nasser, 1943)
*     Texto Câmara de ecos, de Waly Salomão (1943 - 2003)
30. Eu, a viola e Deus (Rolando Boldrin, 1979)
31. Criação (Chico Lobo, 1996)
32. Casa de caboclo (Roque Ferreira e Paulo Dafilin, 2014)
*     Texto Candeeiro, de Carmen L. Oliveira
33. Alguma voz (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 2014)
*     Maracanandé (canto tupi) - na voz em off de Márcia Siqueira
34. Xavante (Chico César, 2014)
35. Povos do Brasil (Leandro Fregonesi, 2014)
36. Motriz (Caetano Veloso, 1983)
*     Texto Prece, de Clarice Lispector (1920 - 1977)
37. Viver na fazenda (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 2015)
38. Eu te desejo amor (Que reste-t-il de nos amours?)
       (Charles Trenet e Léo Chauliac, 1942, em versão de Nelson Motta, 2015)
*     Texto Sou eu mesmo o trocado, de Fernando Pessoa (1888 - 1935)
39. Non, je ne regrette rien (Charles Dumont e Michael Vaucaire, 1956)
40. Silêncio (Flávia Wenceslau, 2015)
41. Carcará (João do Vale e José Cândido, 1964) - instrumental banda com trecho cantado
Bis 1:
42. Sonho impossível (The impossible dream)
     (Mitch Leigh e Joe Darion, 1965, em versão em português de Chico Buarque e Ruy Guerra, 1975)
Bis 2:
43. O que é o que é (Gonzaguinha, 1982)

domingo, 11 de janeiro de 2015

Bethânia põe hit de Piaf (e inéditas) no roteiro do show 'Abraçar e agradecer'

"Não me arrependo de nada", disse Maria Bethânia, em bom português, após cantar - no original, em francês - Non, je ne regrette rien (Charles Dumont e Michel Vaucaire, 1956), canção que virou espécie de epitáfio da vida e da obra da cantora francesa Edith Piaf (1915 - 1963). No caso de Bethânia, Non, je ne regrette rien está no roteiro de Abraçar e agradecer - show que estreou ontem, 10 de janeiro de 2015, na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ) - como uma reafirmação da vida, de seu canto e de suas escolhas ao longo de 50 anos de carreira sempre coerente com os princípios e os ideais da intérprete baiana. O público que lotou a casa Vivo Rio aplaudiu Bethânia de pé quando ela recitou em português a letra da canção francesa no show em que, sob a direção de Bia Lessa e com produção musical de Guto Graça Mello, Bethânia - vista na foto de Rodrigo Goffredo com o segundo dos dois figurinos de Gilda Midani - apresentou músicas inéditas como Voz de mágoa (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro) e Viver na fazenda (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro), além de Eu te desejo amor - inédita versão em português de Nelson Motta de canção do repertório do cantor e compositor francês Charles Trenet (1913 - 2001), Que reste-t-il de nos amours? (1942), parceria de Trenet com Léo Chauliac (1913 - 1977) gravada no Brasil por João Gilberto em francês, em 1991. Eis o roteiro seguido por Maria Bethânia em 10 de janeiro de 2015 na estreia nacional do show Abraçar e agradecer na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), cidade onde, em 13 fevereiro de 1965, a intérprete estreou no show Opinião, dando o primeiro passo (marcante) de carreira que completa cinco festejadas décadas:

Ato 1
1. Eterno em mim (Caetano Veloso, 1996)
*   Texto de autoria de Maria Bethânia
2. Dona do dom (Chico César, 2001)
3. Gita (Raul Seixas e Paulo Coelho, 1974)
4. A tua presença morena (Caetano Veloso, 1971)
5. Nossos momentos (Caetano Veloso, 1982)
*  Texto de autoria de Clarice Lispector
6. Começaria tudo outra vez (Gonzaguinha, 1976)
7. Voz de mágoa (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 2015)
8. Gostoso demais (Dominguinhos e Nando Cordel, 1986)
9. Bela mocidade (Donato Alves e Francisco Naiva, 1997)
10. Alegria (Arnaldo Antunes, 1995)
11. Você não sabe (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1983)
12. Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959)
13. Tatuagem (Chico Buarque e Ruy Guerra, 1973)
14. Meu amor é marinheiro (Alan Oulman sobre versos de Manuel Alegre, 1974)
15. Todos os lugares (Sueli Costa e Tite de Lemos, 1996)
*     Texto Depois de uma tarde..., de Clarice Lispector (1920 - 1977)
16. Rosa dos ventos (Chico Buarque, 1971)
Interlúdio
17. Até o fim (Chico Buarque, 1978) /
18. O quereres (Caetano Veloso, 1984) /
19. Qui nem jiló (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1950) /
20. Pisa na fulô (João do Vale, Silveira Júnior e Ernesto Pires, 1957) - Instrumental banda
Ato 2
21. Viramundo (Gilberto Gil e José Carlos Capinam, 1965)
22. Tudo de novo (Caetano Veloso, 1978)
23. Doce (Roque Ferreira, 2008)
24. Oração de Mãe Menininha (Dorival Caymmi, 1972)
25. Eu e água (Caetano Veloso, 1988)
26. Agradecer e abraçar (Abracei o mar) (Gerônimo e Vevé Calazans, 1986)
27. Vento de lá (Roque Ferreira, 2007) /
28. Imbelezô eu (Roque Ferreira, 2014)
29. Folia de Reis (Roque Ferreira, 2014)
30. Mãe Maria (Custódio Mesquita e David Nasser, 1943)
*     Texto Câmara de ecos, de Waly Salomão (1943 - 2003)
31. Eu, a viola e Deus (Rolando Boldrin, 1979)
32. Criação (Chico Lobo, 1996)
33. Casa de caboclo (Roque Ferreira e Paulo Dafilin, 2014)
*     Texto Candeeiro, de Carmen L. Oliveira
34. Alguma voz (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 2014)
*     Maracanandé (canto tupi) - na voz em off de Márcia Siqueira
35. Xavante (Chico César, 2014)
36. Povos do Brasil (Leandro Fregonesi, 2014)
37. Motriz (Caetano Veloso, 1983)
*     Texto Prece, de Clarice Lispector (1920 - 1977)
38. Viver na fazenda (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 2015)
39. Eu te desejo amor (Que reste-t-il de nos amours?)
       (Charles Trenet e Léo Chauliac, 1942, em versão de Nelson Motta, 2015)
*     Texto Sou eu mesmo o trocado, de Fernando Pessoa (1888 - 1935)
40. Non, je ne regrette rien (Charles Dumont e Michael Vaucaire, 1956)
41. Silêncio (Flávia Wenceslau, 2015)
42. Carcará (João do Vale e José Cândido, 1964) - instrumental banda com trecho cantado
Bis 1:
43. Brincar de viver (Jon Lucien e Guilherme Arantes, 1983)
Bis 2:
44. O que é o que é (Gonzaguinha, 1982)

Bethânia estreia no Rio 'Abraçar e agradecer', o show dos 50 anos de carreira

A IMAGEM DO SOM - A foto de Rodrigo Goffredo mostra Maria Bethânia no palco da casa Vivo Rio com o primeiro dos dois figurinos de Gilda Midani usados no show comemorativo de seus 50 anos de carreira, Abraçar e agradecer. Com cenário e direção de Bia Lessa, o espetáculo estreou na noite de ontem, 10 de janeiro de 2015, no Rio de Janeiro (RJ), cidade onde, em 13 de fevereiro de 1965, a intérprete baiana fez sua estreia oficial nos palcos, aos 18 anos, substituindo a cantora capixaba Nara Leão (1942 - 1989) no elenco do teatralizado show Opinião. Embora a rigor Bethânia já esteja em cena desde 1963, a histórica estreia no Opinião é o ponto de partida de trajetória luminosa nos palcos do Brasil. Com produção musical de Guto Graça Mello, o show Abraçar e agradecer passa em revista essa trajetória, misturando músicas do álbum Meus quintais (Biscoito Fino, 2014) com canções - nada óbvias... - gravadas pela cantora ao longo desses 50 anos de carreira. Dividindo o palco com banda formado por Jorge Helder (regência e baixo), João Carlos Coutinho (piano e acordeom), Paulo Dafilim (viola e violão), Pedro Franco (violão, bandolim e guitarra), Marcio Mallard (cello), Pantico Rocha (bateria) e Marcelo Costa (percussão), Bethânia deu voz a músicas como A tua presença morena (Caetano Veloso, 1971), Nossos momentos (Caetano Veloso, 1982) - música-título do show que gerou o álbum ao vivo de 1982 - e Eterno em mim (Caetano Veloso, 1996), além de Agradecer e abraçar (Gerônimo e Vevé Calazans, 1986), música que inspirou o título do atual espetáculo com que Bethânia celebra cinco décadas de atuação na cena brasileira. O show ficará em cartaz no Rio até 18 de janeiro.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Música de Vevé Calazans com Gerônimo inspira o título do show de Bethânia

Abraçar e agradecer é o título do show que Maria Bethânia vai estrear em 10 de janeiro de 2015 e que vai gravar ao longo desse ano de 2015 para edição de DVD. A inspiração do nome é a música Agradecer e abraçar, parceria dos compositores baianos Vevé Calazans (1947 - 2012) e Gerônimo, gravada pela intérprete baiana em 1999 no disco A força que nunca seca (BMG-Ariola) e lançada por Vevé em LP de 1986 com o título de Abracei o mar e a participação da cantora carioca Marília Barbosa.