♪ Balada que abre e promove o segundo álbum póstumo de Michael Jackson (1958 -2009), Xscape (Epic / Sony Music, 2014), Love never felt so good (Michael Jackson e Paul Anka, 1983) gera EP digital com quatro remixes da música. Três remixes foram feitos a partir do dueto virtual de Jackson com o cantor norte-americano Justin Timberlake na canção. O quarto remix foi gerado a partir de registro solo de Jackson. Lançado no iTunes neste mês de julho de 2014, o EP alinha quatro remixes assinados por David Morales e Eric Kupper. Morales é um DJ e produtor norte-americano, originário do Brooklyn (Nova York, EUA). Kupper é compositor, tecladista e arranjador - também norte-americano - que atua como DJ e produtor de remixes.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
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segunda-feira, 14 de julho de 2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Eficiente, Xscape é o melhor disco póstumo possível de Michael Jackson
Resenha de CD
Título: Xscape
Artista: Michael Jackson
Gravadora: Epic Records / Sony Music
Cotação: * * * 1/2
Título: Xscape
Artista: Michael Jackson
Gravadora: Epic Records / Sony Music
Cotação: * * * 1/2
Por mais que sua existência seja fruto de interesses financeiros, e isso não o diferencia da maior parte dos CDs despejados nas lojas pelas multinacionais do disco, Xscape é o melhor álbum póstumo possível de Michael Jackson (1958 - 2009). Alçado instantaneamente ao topo das paradas de mais de 50 países ao ser lançado em escala mundial pela Sony Music em 13 de maio de 2014, Xscape é álbum digno na medida em que pode ser digno um disco de sobras fabricado - no caso, por um time de produtores capitaneados pelo eficiente Timbaland - a partir de exumações da obra de um artista que já saiu de cena. Como seu antecessor Michael (2010), Xscape jamais depõe contra a memória do Rei do Pop. Aliás, Xscape se parece mais como um álbum de Jackson do que Michael. A impressão deixada pelo disco - posto com atraso nas lojas do Brasil pela Sony Music - é a mesma de sua música-título Xscape (Michael Jackson, Rodney Jerkins, LaShawn Daniels e Fred Jerkins III), datada de 1999 e originária das sessões de gravação do último álbum de inéditas do artista norte-americano, Invincible (Sony Music, 2001): dá para reconhecer o d.n.a. do som de Michael nessa faixa e nas outras sete gravações inéditas de músicas também oficialmente inéditas que compõem o repertório de Xscape em registros feitos entre 1983 e 1999. Não, não há uma grande música entre essas oito composições. Mas há boas músicas entre elas - e isso, diante das circunstâncias, é fato que merece ser louvado. Faixa originada a partir de take de 1983, a balada Love never felt so good (Michael Jackson e Paul Anka - com produção de John McClain e Giorgio Tuinfort) é uma delas. Tema de batida dançante gravado por Jackson em 1998, A place with no name (Dewey Bunnell, Michael Jackson e Dr. Freeze em adaptação de A horse with no name, composição lançada em 1972 pelo grupo America) e Slave to the rhythm (L.A. Reid, Kenneth Edmonds - Babyface - Daryl Simmons e Kevin Roberson) - música originária das sessões de gravação do álbum Dangerous (1991) - também fazem Xscape valer a pena. Justiça seja feita: por mais que as gravações tenham sido maquiadas pelos produtores, sob o comando de Timbaland, dá para reconhecer a pegada do som de Michael Jackson na levada funkeada de Chicago (Cory Rooney) e no acento r & b da balada Loving you (Michael Jackson). Chicago é sobra do já mencionado álbum Invincible. Loving you entraria no álbum Bad (Epic Records / Sony Music, 1987). Completam Xscape Do you know where your children are? (Michael Jackson) - um tema das sessões de Bad que chama atenção para o abandono infantil e que soa polêmico pelo fato de o cantor ter sido judicialmente acusado de molestar crianças - e Blue gangsta (Michael Jackson e Dr. Freeze), faixa de tonalidade sombria que seria oriunda das sessões do álbum Invincible. Enfim, Xscape é um disco de sobras. Só que, aprimoradas em estúdio, tais sobras soam mais sedutoras do que muito material novo produzido atualmente no universo pop. O que faz com que Xscape, em última análise, reitere a genialidade atípica de Michael Jackson e mereça o sucesso obtido nas duas últimas semanas, cumprindo sua (maior) função no mercado.
quarta-feira, 9 de abril de 2014
'Xscape', faixa-título de CD póstumo de Michael, conserva d.n.a. do artista
Editorial - Assunto de hoje no universo pop, o vazamento da música que dá título ao segundo álbum póstumo de Michael Jackson (1958 - 2009), Xscape, sinaliza um disco digno como o antecessor Michael (2010). Xscape, a música, conserva o d.n.a. da fase adulta da obra autoral do cantor e compositor norte-americano. Dá para reconhecer as digitais de Michael na levada funkeada da gravação da música que teria sido feita pelo artista com o compositor e produtor Rodney Jerkins, um dos nomes envolvidos na produção do disco que a gravadora Sony Music vai lançar oficialmente em 13 de maio de 2014. Evidentemente, a música - que seria sobra do último álbum de estúdio do artista, Invincible (2001) - está formatada com beats mais contemporâneos sem anular a batida original. A produção é azeitada, mas não disfarça o fato de Xscape não ser - a rigor - grande música. Em suma, por mais que não atente contra a memória de Michael por tornar reconhecível a pegada do som do Rei do pop, a gravação não chega a impactar e tampouco acrescenta algo de relevante a uma obra que já deu sinais de desgaste justamente no álbum Invincible, do qual Xscape - a música vazada hoje - seria sobra.
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Eis as (prováveis) oito músicas de 'Xscape', o álbum póstumo de Jackson
Já em pré-venda no iTunes, mas sem os nomes de suas faixas, Xscape - o álbum póstumo de Michael Jackson (1958 - 2009) que a Sony Music vai lançar em 13 de maio de 2014 - vai apresentar oito músicas inéditas do cantor e compositor norte-americano. Um delas - Do you know where your children are? - versa sobre o abuso infantil de crianças, tema espinhoso que levou Jackson aos tribunais, acusado de ter molestado garotos. Em sua Deluxe edition (capa acima), Xscape adiciona às oito músicas inéditas oito remixes dessas músicas, uma 17ª faixa de conteúdo ainda ignorado e dois vídeos. Eis os (prováveis) nomes das oito músicas inéditas que expandem o cancioneiro de Michael Jackson neste CD produzido por Timbaland nos Estados Unidos com as colaborações de Jerome
Harmon, John McClain, Rodney Jerkins e de StarGate:
1. Love never felt so good (Michael Jackson, Paul Anka, John McClain e Giorgio Tuinfort)
2. Chicago (Cory Rooney e Timothy Mosley)
3. Loving you (Michael Jackson e Timothy Mosley)
3. Loving you (Michael Jackson e Timothy Mosley)
4. A place with no name (Michael Jackson, Dewey Bunnell, Dr. Freeze, Mikkel Storleer Eriksen e Tor Erik Hermansen)
5. Slave to the rhythm (L.A. Reid, Kenneth Edmonds - Babyface - e Timothy Mosley)
6. Do you know where your children are? (Michael Jackson e Timothy Mosley)
7. Blue gangsta (Michael Jackson, Dr. Freeze e Timothy Mosley)
8. Xscape (Michael Jackson, Rodney Jerkins, LaShawn Daniels e Fred Jerkins III)
6. Do you know where your children are? (Michael Jackson e Timothy Mosley)
7. Blue gangsta (Michael Jackson, Dr. Freeze e Timothy Mosley)
8. Xscape (Michael Jackson, Rodney Jerkins, LaShawn Daniels e Fred Jerkins III)
segunda-feira, 31 de março de 2014
'Xscape', CD com oito registros inéditos de Michael, sai em maio via Sony
A Epic Records - gravadora vinculada à multinacional Sony Music - anunciou hoje, 31 de março de 2014, a edição do segundo álbum póstumo do cantor e compositor norte-americano Michael Jackson (1958 - 2009), Xscape. Com lançamento mundial agendado pela Sony Music para 13 de maio, Xscape vai apresentar oito gravações inéditas do artista que se autointitulou o Rei do Pop. O disco teve produção capitaneada por Timbaland nos EUA, com colaborações adicionais de produtores como Jerome Harmon, John McClain, Rodney Jerkins e StarGate. O projeto de Xscape é de L.A.Reid, presidente da Epic Records. A música-título Xscape é composição feita por Michael com Rodney Jerkins, que formatou com o cantor a até então inédita gravação da música. A gravadora não revelou os nomes das oito músicas de Xscape, álbum que já vai entrar em pré-venda a partir de amanhã, 1º de abril. Mas, além da faixa-título, o repertório inclui Slave to the rhythm, música homônima da composição lançada pela cantora jamaicana Grace Jones em 1985. Trecho curto de Slave to the rhythm vazou na web neste mês de março.
domingo, 9 de março de 2014
Trecho de música inédita de CD póstumo de Michael aparece na internet
Um trecho de pouco mais de um minuto - mais precisamente, 67 segundos - de música inédita do segundo álbum póstumo do cantor e compositor norte-americano Michael Jackson (1958 - 2009) apareceu no SoundCloud, mas logo foi retirado do portal. O que pode significar ação de marketing para promover o disco com inéditas do baú de Michael que estaria sendo produzido pelo compositor norte-americano Timbaland. Homônima de música lançada pela cantora Grace Jones em 1985, a composição se chama Slave to the rhythm. O disco deve sair pela Sony Music.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Timbaland sugere em vídeo que trabalha em álbum póstumo de Michael
Tudo indica que um novo álbum póstumo de Michael Jackson (1958 - 2009) vai ser lançado até o fim deste ano de 2013. Em gravação feita em vídeo que entrou em rotação na internet nesta quinta-feira, 29 de agosto, o produtor norte-americano Timbaland sugeriu que trabalha em disco que une suas batidas aos vocais de Michael. Timbaland revelou inclusive que Chicago é o nome do primeiro single do álbum. A ideia do disco teria sido de LA Reid, presidente da Epic Records, gravadora associada à multinacional Sony Music. O repertório do CD seria inédito.
terça-feira, 30 de julho de 2013
Prometidos para 2011, três duetos de Jackson e Mercury saem este ano
Três gravações feitas por Michael Jackson (1958 - 2009) com Freddie Mercury (1946 - 1991) em 1983, no estúdio caseiro do cantor e compositor norte-americano, estão sendo finalizadas por dois integrantes do grupo inglês Queen, Brian May e Roger Taylor, com o produtor William Orbit. Anunciados em março de 2011 e com edição prometida para aquele ano, os três duetos serão efetivamente lançados no mercado fonográfico neste ano de 2013. As três músicas são Victory, State of shock - gravada posteriormente por Jackson com Mick Jagger e lançada em 1984 - e There must be more to life than this. Ainda não se sabe em que formato estas três gravações inéditas serão comercializadas. Haveria outras três músicas com o vocal de Mercury.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Inéditas e 'covers' de Jobim, McLachlan e Nando geram show 'Sim' de Sandy
♪ Música apaixonada em que Nando Reis expressa o amor que sentiu por Cássia Eller (1962 - 2001) e que foi lançada no segundo álbum solo do cantor e compositor paulista, Para quando o arco-íris encontrar o pote de ouro (2000), All star ganha a voz de Sandy no show Sim, que chegou ao Rio de Janeiro (RJ) em 21 de abril de 2013 uma semana após a estreia nacional em Vitória (ES) em 13 de abril. No roteiro de Sim, Sandy - vista no palco da casa Vivo Rio na foto de Rodrigo Goffredo - apresenta inéditas do segundo álbum solo, também intitulado Sim e programado ser lançado no fim de maio, entre sucessos da discografia (solo e da dupla Sandy Junior) e covers das obras de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) (Águas de março, 1972), Chitãozinho & Xororó (Se Deus me ouvisse, canção de Almir Rogério regravada pela dupla em 1986 no álbum Coração quebrado), Lulu Santos (Casa, 1986), Michael Jackson (1958 - 2009) (Bad, 1987), Nerida Pallot (Idaho, 2005) e Sarah McLachlan (Angel, música lançada pela artista canadense em 1997 no álbum Surfacing). Eis o roteiro seguido por Sandy em 21 de abril de 2013, no Vivo Rio, na estreia (carioca) do show Sim:
1. Aquela dos 30 (Sandy Leah, 2012)
2. Sem jeito (Sandy Leah e Lucas Lima, 2010)
3. Perdida e salva (Sandy Leah, 2010)
4. Ela / Ele (Sandy Leah e Lucas Lima, 2010)
5. Segredo (Sandy Leah e Lucas Lima, 2012)
6. Se Deus me ouvisse (Almir Rogério, 1971) - cover de Chitãozinho & Xororó
7. Pés cansados (Sandy Leah e Lucas Lima, 2010)
8. Ponto final (Sandy Leah, 2013) - inédita
9. Casa (Lulu Santos, 1986)
10. Bad (Michael Jackson, 1987) - cover de Michael Jackson
11. Águas de março (Antonio Carlos Jobim, 1972) - cover de Tom Jobim
12. All star (Nando Reis, 2000) - cover de Nando Reis
13. Idaho (Nerina Pallot, 2005) - cover de Nerina Pallot
14. Angel (Sarah McLachlan, 1997) - cover de Sarah McLachlan
15. Não dá pra não pensar (Sandy Leah e Junior Lima, 2001)
16. A lenda (Kiko, Nando e Ricardo Feghali, 2000)
17. Quem eu sou (Sandy Leah e Lucas Lima, 2010)
18. Escolho você (Sandy Leah, Lucas Lima e Jason Tarver, 2012)
Bis:
19. Saudade (Denis Nassar, 2012)
20. Sim (Sandy Leah, 2013) - inédita
quarta-feira, 27 de março de 2013
Marx faz 'Trinta' em cena com tema da fase solo de Michael e hits dos 80
Música do compositor inglês Rod Temperton lançada por Michael Jackson (1958 - 2009) no primeiro álbum solo da fase adulta de sua carreira (Off the wall, 1979), Rock with you foi a novidade do roteiro seguido por Patricia Marx na estreia carioca do show Trinta. Presença rara em palcos do Rio de Janeiro (RJ), a cantora e compositora paulista fez no Theatro Net Rio na noite de terça-feira, 26 de março de 2013, o show baseado no projeto fonográfico em que revisa trinta anos de carreira. Se no recém-lançado CD Trinta Marx rebobina músicas de sua discografia pós-1994, no show a artista voltou um pouco mais no tempo. Não chegou a cantar hits do Trem da Alegria, o grupo infantil no qual ingressou em 1984, mas reviveu - com a pegada neosoul de sua banda black - sucessos da fase adolescente de sua obra fonográfica como Te cuida, meu bem (Michael Sullivan e Paulo Massadas), gravado em seu primeiro álbum solo, Paty (1987). Eis o roteiro seguido por Patricia Marx - vista em foto de Rodrigo Amaral - no elegante show feito no Theatro Net Rio, no Rio de Janeiro (RJ), em 26 de março de 2013:
* Instrumental banda
1. Espelhos d'água (Dalto e Claudio Rabello, 1983)
2. Sem pensar (Patricia Marx e Mad Zoo, 2002)
3. Despertar (Patricia Marx e Bruno E, 2002)
4. Rock with you (Rod Temperton, 1979)
5. Te cuida, meu bem (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1987)
6. Cedo demais (Chico Roque, Ed Wilson, Carlos Colla, 1988)
7. Burning luv. (Patricia Marx, Robinho, Marcelo Maita e Ivan Carvalho, 2004)
8. Cedo ou tarde (Patricia Marx, Bruno E., Filiph Neo e Sorry Drummer, 2013)
* Instrumental banda
9. Melody of love (Patricia Marx, Marc Mac, Filiph Neo e Sorry Drummer, 2013)
10. Destino (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, 1991)
11. Quando chove (Quando chiove) (Pino Daniele em versão de Nelson Motta, 1994)
12. Ficar com você (I wanna be where you are) (T-Boy Ross e Leon Ware em versão de Nelson Motta, 1994)
13. Sonho de amor (Michel Sullivan e Paulo Massadas, 1991)
Bis:
14. Tudo o que eu quero (Patricia Marx,
Bruno E., Filiph Neo e Sorry Drummer, 2013)
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Remixes e sobras turbinam edição dupla que festeja os 25 anos de 'Bad'
Já nas lojas do Brasil, em edição da Sony Music, o CD duplo Bad 25 revitaliza o terceiro álbum da fase adulta da discografia solo de Michael Jackson (1958 - 2009). Ao álbum original, lançado em 1987 com a missão impossível de igualar os recordes de seu antecessor Thriller (1982), a edição comemorativa dos 25 anos de Bad acrescenta segundo CD-bônus com sobras, remixes e demos inéditos. Uma das novidades é Don't Be Messin' Round, razoável sobra de Bad. Gravada possivelmente em 1986, no início das sessões do álbum, a música foi lançada somente neste ano de 2012, como lado B da reedição do single I Just Can't Stop Loving You (relançado justamente para promover Bad 25). Uma segunda gravação inédita digna de menção é Price of Fame, música gravada por Jackson nos anos 80 para ser tema de campanha publicitária estrelada pelo artista, mas no fim descartada para ser propagada no comercial da marca de refrigerantes que patrocinava o cantor. Bad 25 ainda traz à tona outras músicas inéditas - casos da balada I'm So Blue e de Song Groove (A/K/A Abortion Papers) - que reiteram o d.n.a. musical de Jackson, mesmo sem ostentar o bom acabamento do repertório do álbum original.
domingo, 21 de outubro de 2012
Jackson é rei de carne e osso no DVD que exibe show da turnê de 'Bad'
Resenha de DVD
Título: Michael Jackson Live at Wembley July 16, 1988
Artista: Michael Jackson
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * 1/2
Título: Michael Jackson Live at Wembley July 16, 1988
Artista: Michael Jackson
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * 1/2
Michael Jackson (1958 - 2009) já era um mito, quase uma lenda, quando pisou no palco do Estádio de Wembley, na Inglaterra, em 16 de julho de 1988. Mas ali, diante de cerca de 72 mil súditos que incluíam o príncipe Charles e a então já icônica princesa Diana (1961 - 1997), o autoproclamado Rei do Pop se materializou em carne e osso para fazer um dos shows mais concorridos da turnê mundial inspirada em Bad (1987), terceiro álbum solo da fase adulta da carreira do artista. Produto derivado das comemorações dos 25 anos de Bad, o DVD Michael Jackson Live at Wembley July 16, 1988 exibe o registro audiovisual dessa especial apresentação do show criado para aquela que foi a primeira turnê mundial da carreira solo do cantor e compositor norte-americano. Gerado a partir de cópia VHS da apresentação de Wembley, vídeo garimpado em recente exumação do arquivo pessoal do artista, o DVD exibe o show tal como ele foi mostrado ao público nos telões do estádio. A imagem está longe dos padrões da alta definição - assim como o áudio 5.1 também figura abaixo do padrão de um vídeo digital. Contudo, descontadas as limitações técnicas impostas pela condição do vídeo original, o DVD oferece a oportunidade de ver Jackson em ação, no auge, com toda sua exuberante presença cênica, além de exibir na abertura o alvoroço do público inglês com a apresentação, em cenas dignas de Beatlemania, provavelmente extraídas de telejornais da época. O roteiro de 17 números entrelaça músicas de Bad com os sucessos dos álbuns anteriores Off The Wall (1979) e Thriller (1982). Era a primeira vez, aliás, que Jackson cantava em show as músicas do disco blockbuster de 1982, pois, em que pese a fenomenal repercussão do álbum, Thriller não dera origem a uma turnê. Em Wembley, como em outros países pelos quais passou a Bad World Tour, o astro cantou músicas como Human Nature (1982) e se humanizou, apesar de todo o aparato cênico do show, usado em especial a partir de Smooth Criminal (1987). Havia humanidade no artista que abraçou uma espectadora no meio da balada She's Out of My Life (1979) e que recordou sucessos do Jackson 5. "Old songs... Old fashioned way", disse ao apresentar o número, no qual o performático artista exibia orgulhoso seus dotes de dançarino. A mise-en-scène que antecede Thriller (1982), a música, não chegava a aterrorizar. Em vez do terror, havia alegria, a felicidade de estar vendo Jackson reproduzir ao vivo e em cores os passos de seu moonwalk em Billie Jean (1982), começar Beat It (1982) envolto em capa esvoaçante, em cima de um praticável, e cantar Rock With You (1979) com arranjo fiel à gravação original do tema. Ninguém sabia na ocasião, mas, a partir dos anos 90, o artista iria ficar cada vez mais lendário, mais excêntrico, parecendo perder progressivamente o contato com a humanidade. No Estádio de Wembley, em 16 de julho de 1988, Michael Jackson ainda parecia ser real, palpável, um rei de carne e osso.
sábado, 29 de setembro de 2012
Lee disseca faixas e clipes de Bad sem desembaçar espelho de Jackson
Título: Michael Jackson - Bad 25
Direção: Spike Lee
Cotação: * * * *
Em exibição no Festival do Rio, no Rio de Janeiro (RJ), até 10 de outubro de 2012
"Ele modificava as moléculas", filosofa Sheryl Crow em depoimento sobre Michael Jackson (1958 - 2009) alocado quase ao fim de Bad 25, o alentado documentário produzido e dirigido pelo cineasta norte-americano Spike Lee para celebrar os 25 anos de lançamento de Bad (1987), terceiro álbum solo da fase adulta da carreira fonográfica do autoproclamado Rei do Pop e sucessor do recordista Thriller (1982). Ao falar em modificação de moléculas, Crow - cantora norte-americana que dividiu com Jackson os vocais da balada I Just Can't Stop Loving You (Michael Jackon) ao longo da turnê de Bad - se refere ao impacto que o cantor, compositor e produtor norte-americano provocava nas pessoas ao adentrar um ambiente e, sobretudo, ao subir num palco. Quando Spike Lee encerra Bad 25 com as imagens de Jackson cantando Man in the Mirror (Glen Ballard e Siedah Garrett) em show da milionária turnê inspirada no álbum de 1987, a frase de Crow parece fazer sentido. Assim como faz sentido (quase) tudo que foi dito ao longo dos 131 minutos do filme feito por Lee a pedido da Sony Music, gravadora que vem criando eventos e produtos em torno dos 25 anos de Bad. Ao dissecar todas as músicas e clipes do álbum, a partir de fartos depoimentos de músicos e técnicos de gravação e também de raras cenas de bastidores, Lee jamais desembaça o espelho de Jackson. Por ser em essência versão estendida e mais robusta de um episódio da série de programas de TV Classic Albums, Bad 25 somente reforça a aura do mito, mas cumpre brilhantemente seu papel de esmiuçar o processo criativo que antecedeu a gravação das faixas e dos vídeos do álbum que veio ao mundo há 25 anos com a missão impossível de bisar os números fenomenais de Thriller. O filme começa justamente dimensionando o impacto de Thriller no universo pop. Havia toda uma pressão para que Jackson igualasse com Bad os recordes do álbum de 1982. E tal pressão - documenta o filme de Lee com clareza - alimentava o cantor, a ponto de o artista ter escrito no seu espelho o número de 100 milhões de discos para se lembrar diariamente da meta sonhada e inalcançada (estima-se que Bad tenha vendido algo em torno de 30 milhões de cópias no mundo, mas há fontes que elevam este número para 45 milhões). Com base nos depoimentos geralmente superlativos e elogiosos (de admiradores como Kanye West e Cee-Lo Green) e nos fatos que expõe em edição ágil, o documentário Bad 25 insinua que a vaidade de Jackson era proporcional ao seu talento e à influência de sua obra no universo pop - traço também ressaltado pelo filme. Ídolo teen da atualidade, Justin Bieber declara para as câmeras de Lee - para citar somente um exemplo - de que seu clipe de Baby foi inspirado no vídeo da música The Way We Make me Feel (Michael Jackson), uma das faixas de Bad. Em contrapartida, o filme lembra que a coreografia do clipe de Smooth Criminal (Michael Jackson) era homenagem de Jackson ao dançarino Fred Astaire (1899 - 1987), falecido no ano em que Bad veio ao mundo. Verdade seja dita: as minuciosas informações do roteiro ajudam a desmontar o circo armado em torno do Rei do Pop. Ao dissecar a gênese do já citado clipe de The Way We Make me Feel, o filme traz à tona a lembrança de que a modelo e dançarina que contracenava com o cantor no vídeo, Tatiana Thumbtzen, foi instruída no set de filmagem ao não beijar o artista ao fim do clipe. Tais fatos deixam entrever as regras e códigos vigentes no reino encantado de Jackson, cujo caráter centralizador e a obsessão pela perfeição são deixados à mostra no filme quando Bad 25 rebobina o recado deixado por Jackson na secretária eletrônica do diretor do clipe animado de Speed Demon (Michael Jackson). As falas sinceras de Quincy Jones - ouvidas em off, sem a imagem atual do produtor de Bad - amenizam o tom oficial do documentário. Jones é enfático ao questionar a qualidade da música - Just Good Friends (Terry Britten e Graham Lyle) - que uniu as vozes Jackson a Stevie Wonder em Bad. "Não conseguimos a música certa", lamenta Jones. Já no fim da narrativa a lembrança da música Leave me Alone (Michael Jackson) é pretexto para o documentário ressaltar que, às vezes, o Rei do Pop ansiava ser simples plebeu para circular livremente pela vida - situação somente possível com o uso de disfarces. E Bad 25 faz rir ao expor na tela fotos de alguns hilários (e convicentes) disfarces adotados por Jackson. O riso vem momentos antes de o filme partir para uma sequência de olhos marejados e mentes ainda inconformadas com a partida precoce de um artista genial que - sim - modificava moléculas.
domingo, 9 de setembro de 2012
Espetáculo 'Michael e Eu' tem formato mutante como o rosto de Jackson
Título: Michael e Eu
Texto: Marcelo Pedreira
Direção: Ivan Sugahara
Elenco: Bruno Garcia, Pedro Henrique Monteiro, Nikki Goularyt e Ryan Alves
Cotação: * *
Em cartaz no Teatro do Leblon, no Rio de Janeiro (RJ), de quinta-feira a domingo
Inspirada na idolatria real de Leandro Lapagesse por Michael Jackson (1958 - 2009), a peça Michael e Eu - em cartaz na Sala Marília Pêra, do Teatro do Leblon, no Rio de Janeiro (RJ) - tem formato mutante como o rosto do autoproclamado Rei do Pop. Salpicado de dados biográficos sobre Jackson (expostos em diálogos artificiais de tom quase didático), o texto de Marcelo Pedreira oscila entre o drama, a comédia e o musical (com números de dança feitos a partir de gravações de playback) sem chegar a uma definição e a uma mínima consistência dramatúrgica. De início, a peça parece esboçar um drama psicológico com a reprodução de sessões em que Doc (Bruno Garcia) analisa o fã extremado do cantor, Léo (Pedro Henrique Monteiro), procurando descobrir na psicanálise a razão de uma adoração que chegara às raias da loucura. À medida em que a ação (rarefeita) se desenvolve lentamente, a peça vai adquirindo contorno mais bem-humorado ou mesmo escrachado, sobretudo porque Bruno Garcia - intérprete do psicólogo - é ator de aguçada veia cômica. Há momentos, inclusive, de puro besteirol, quando Doc imita alguns cantores presentes na gravação de We Are The World (Michael Jackson e Lionel Richie, 1985), o single beneficente orquestrado por Jackson para combater a fome na África. Diante de dramaturgia tão rala, o diretor Ivan Sugahara ainda consegue extrair belos efeitos cênicos (sobretudo na cena inverossímil em que analista e analisado vão a uma boate). Mas tais efeitos não conseguem dar alguma coerência à encenação. E o sintoma mais visível dessa falta de rumo é que, à medida em que avança, o espetáculo recorre a material de arquivo do cantor - como um registro audiovisual de I Want You Back (da fase de Michael com o grupo Jackson 5) e o clipe ainda impressionante de Black or White (1991) - para prender a atenção do espectador. Ao fim, a entrada em cena de dois sósias de Michael nas fases infantil e adulta - Ryan Alves (de impressionante semelhança com o Michael criança e de grande vivacidade quando faz seu número de dança) e Nikki Goulart (até que não tão semelhante assim na fase em que a face de Jackson já parecia desfigurada) - reitera a fragilidade do texto e do arremate de Michael e Eu, espetáculo que parece somente querer explorar o fascínio que o Rei do Pop ainda exerce postumamente sobre os seus súditos.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Sandy mostra ao Rio suas 'humildes releituras' do repertório de Michael
"Faz um moonwalk", gritou um espectador da platéia da casa Vivo Rio logo após Sandy ter discorrido sobre sua identificação com a música Leave me Alone (1987), um lado B do repertório de Michael Jackson (1958 - 2009). "De salto, sem chance...", respondeu Sandy, espirituosa. Mesmo sem moonwalk, o show Sandy Interpreta Michael Jackson - idealizado em 2011 para o Circuito Cultural Banco do Brasil - teve reiterado seu charme na chegada do projeto itinerante ao Rio de Janeiro (RJ) na noite de 2 de agosto de 2012. Sandy - vista em foto de Rodrigo Amaral - faz 17 "humildes releituras" de músicas do cancioneiro do autoproclamado Rei do Pop neste show dirigido por Monique Gardenberg e encarado pela cantora como uma homenagem de fã ao seu ídolo Michael Jackson. Tributo que se estendeu além do previsto. Era para o projeto itinerante do Banco do Brasil ter sido encerrado em Recife (PE), em janeiro deste ano de 2012, mas o Circuito Cultural foi expandido para mais cinco cidades neste segundo semestre. A segunda fase começou por Belo Horizonte (MG), está no Rio de Janeiro (RJ) e ainda vai seguir para Brasília (DF) (de 8 a 10 de agosto, no Teatro Nacional), Porto Alegre (RS) (de 14 a 16 de
agosto, no Teatro do Sesi) e Salvador (BA) (de 24 a 26 de agosto, no Teatro Castro
Alves). Clique aqui para conhecer o roteiro do show de Sandy - repetido sem alterações na escala carioca do projeto - e aqui para ler a resenha do espetáculo.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Aos 25 anos, álbum 'Bad' é alvo de documentário dirigido por Spike Lee
Terceiro álbum da fase adulta da carreira solo de Michael Jackson (1958 - 2009), Bad vai ter sua gênese e sua influência abordadas em documentário dirigido pelo cineasta norte-americano Spike Lee, amigo do autoproclamado Rei do Pop. Com acesso liberado ao acervo de Jackson, inclusive às 60 demos que resultaram nas onze faixas do álbum lançado em 1987, Lee promete imagens inéditas da gravação de Bad. O cineasta vai entrelaçar cenas de bastidores com entrevistas com músicos e técnicos que participaram da confecção do disco - além de artistas que se influenciaram pelo som de Bad. O lançamento do documentário está previsto para o fim deste ano de 2012. Antes, em 18 de setembro, a Sony Music lança edição comemorativa dos 25 anos de Bad, com faixas adicionais e inédito material audiovisual editado no DVD-bônus.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Aos 25 anos, 'Bad' é encaixotado com inédita de Michael e show em DVD
Dando prosseguimento à exumação da obra fonográfica de Michael Jackson (1958 - 2009), a Sony Music vai lançar em 17 de setembro de 2012 uma caixa intitulada Bad 25. Tendo como gancho os 25 anos do álbum Bad, lançado pelo Rei do Pop em 31 de agosto de 1987, a gravadora produziu uma caixa com três CDs, um DVD e um libreto. Além de reedição remasterizada do álbum original, haverá um CD com demos e sobras de Bad, incluindo a inédita Don't Messin' 'Round, música composta pelo artista durante as sessões de gravações do álbum Thriller (1982), descartada na época e retomada (mas não finalizada) nas sessões de Bad. Don't Messin' 'Round já está em rotação na internet, lançada como bônus da reedição do single I Just Can't Stop Loving You. O terceiro CD vai trazer o áudio do show inédito exibido pelo DVD. Trata-se de apresentação de espetáculo da turnê de Bad, filmada em 16 de junho de 1988 - no Wembley Stadium, em Londres, na Inglaterra - para o acervo pessoal de Michael.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Vídeo de 2008 reacende polêmica sobre o dono da voz do álbum 'Michael'
Vídeo de Paris Jackson, gravado em 2008, reacende a polêmica em torno da real identidade da voz do cantor de Michael, álbum póstumo de Michael Jackson (1958 - 2009), lançado em dezembro de 2010 pela gravadora Sony Music. De acordo com supostas declarações da filha do autoproclamado Rei do Pop, feitas para amigos nesse video de natureza particular, a voz de algumas faixas do CD seria a do cantor Jason Malachi, cujo timbre é similar ao de Michael. A notícia da suposta existência desse vídeo corrobora versão anterior de Malachi. Em janeiro de 2011, o cantor teria admitido via Facebook que três faixas de Michael - Breaking News, Keep Your Head Up e Monster - teriam a sua voz. Malachi logo depois desmentiu, atribuindo tal declaração à ação de hackers, em versão confirmada pela Sony Music. Mas ficou a dúvida...
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Sandy encara Michael em cena com charme, oscilações e arranjos elegantes
Evento: Circuito Cultural Banco do Brasil
Título: Sandy Interpreta Michael Jackson
Artista: Sandy (em foto de NPL / Divulgação)
Local: Teatro Guararapes (Olinda, PE)
Data: 18 de janeiro de 2012
Cotação: * * *
♪ O anúncio de que Sandy abordaria o repertório de Michael Jackson (1958 - 2009) em um espetáculo inédito idealizado para o Circuito cultural, projeto itinerante do Banco do Brasil, gerou incredulidade e deboche nos bastidores musicais. Quando o show estreou em novembro de 2011, em Curitiba (PR), tal incredulidade virou desconfiança quando a apresentação de Sandy recebeu mais elogios dos críticos do que os shows de Maria Bethânia (dedicado ao cancioneiro de Chico Buarque) e Lulu Santos (centrado na obra de Roberto Carlos & Erasmo Carlos). Será que Sandy tinha acertado mesmo o tom ao cantar os sucessos do Rei do Pop? Sim, Sandy acertou - a julgar pela quinta e última apresentação do espetáculo idealizado sob a direção de Monique Gardenberg, feita na noite de 18 de janeiro de 2012 no Teatro Guararapes, em Olinda (PE), ponto final do atual Circuito cultural. A rigor, o show tem oscilações, mas Sandy encara os sucessos de Jackson com charme, com a voz afinada que Deus lhe deu e com arranjos elegantes, a cargo de Lucas Lima. O charme já é perceptível na mise-en-scène que abre o show, quando Sandy revive Bad (1987) com chapéu, luva prateada na mão direita e gestuais que evocam a figura de Michael sem cair na imitação. A voz concilia técnica e emoção em Gone too soon (1991) - música que encerra o show como um lamento pela precoce saída de cena do astro - e se entrosa com o violonista da banda em I'll be there (1970) em dueto que remete à gravação original do grupo Jackson 5. Embora geralmente reverentes aos arranjos dos discos de Michael, os arranjos de Lucas Lima permitem algumas liberdades estéticas como o solo de piano em Ben (1972) e o clima folk esboçado em Music and me (1973), destaques do set de baladas aberto com menor apelo em Human nature (1982). Nos números dançantes, o show oscila. Falta a Sandy suingue para encarar a azeitada mistura de rock, pop e funk que caracteriza a obra de Michael na fase adulta do cantor. Thriller (1982) aterroriza pela falta de jeito para abordar música tão empolgante na gravação original. Rock with you (1979) soa menos aterrorizante, mesmo sem sequer esboçar a pegada da gravação de Michael. Falta balanço black em I want you back (1969) - hit inicial do Jackson 5 - assim como falta vivência emocional para Sandy expor em cena a saga emocional de Billie Jean (1982). Contudo, o fato é que - ao contrário de Seu Jorge, constrangedor ao abordar as músicas do Rei do Pop em show gravado para emissora de TV - a cantora deixa boa impressão no todo ao cantar Michael Jackson. O espetáculo é chique - inclusive no que diz respeito aos elementos cênicos como os globos espelhados que evocam a era da disco music quando Sandy canta Blame It on the boogie (1978), incursão de Jackson pelos embalos noturnos dos anos 1970. Se parece pouco à vontade quando ensaia alguns passos de dança em números como Smooth criminal (1987), Sandy em contrapartida soa inteiramente verdadeira quando eleva os tons em Leave me alone (1987) - apelo de Michael contra os paparazzis e urubus de plantão - e quando lamenta os abusos ambientais na bela interpretação de Earth song (1995). Aos urubus, aliás, cabe reiterar que, sim, há certo charme, beleza, elegância e boa música no show em que Sandy canta o belo repertório de Michael Jackson no projeto Circuito Cultural. Sobretudo quando Sandy interpreta Michael Jackson sendo... Sandy.
Sandy resume bem a obra do 'Rei do Pop' no show em que canta Michael
Ao longo de 17 músicas, o roteiro do show em que Sandy interpreta Michael Jackson (1958 - 2009) cumpre bem a função de resumir a obra e o legado do Rei do Pop, dando boa amostra da genialidade do cantor. Idealizado para o Circuito Cultural, projeto do Banco do Brasil, o espetáculo saiu de cena na noite de quarta-feira, 18 de janeiro de 2012, após apresentação que lotou o Teatro Guararapes, em Olinda (PE). Sob a direção de Monique Gardenberg, Sandy cantou sucessos de todas as fases de Michael. Eis o roteiro seguido pela cantora - em foto de Mauro Ferreira - na quinta e última apresentação do show Sandy Interpreta Michael Jackson:
1. Bad (1987)
2. Smooth Criminal (1987)
3. Rock With You (1979)
4. Human Nature (1982)
5. Ben (1972)
6. Music and me (1973)
7. I'll Be There (1970)
8. Blame It on the Boogie (1978)
9. The Way You Make me Feel (1987)
10. I Want You Back (1969)
11. Man in the Mirror (1987)
12. Planet Earth (poema) - voz de Michael Jackson em off
Earth Song (1995)
13. Leave me Alone (1987)
14. Billie Jean (1982)
15. Thriller (1982)
16. Gone Too Soon (1991)
Bis:
17. Don't Stop 'Til You Get Enough (1979)
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