♪ EDITORIAL - A gravadora Warner Music está lançando hoje, 29 de janeiro de 2016, nas plataformas digitais um single gravado por Tiê com Alexandre Carlo, vocalista da banda brasiliense de reggae Natiruts. Isqueiro azul é a música composta por Tiê com Rita Wainer e gravada pela cantora paulistana no terceiro álbum, Esmeraldas (Warner Music, 2014). Só que Isqueiro azul figura no álbum sem a voz do cantor Alexandre Carlo e sem a levada de pop reggae que conduz o single. A reedição da música com a adição da voz de Carlo reacende questão crucial, recorrente na indústria fonográfica do Brasil e do mundo: a pressão por hits radiofônicos posta em cima de artistas que vem de um grande sucesso popular. É o caso de Tiê. Alvo de grande investimento da Warner Music, o álbum Esmeraldas parecia fadado ao fracasso quando a canção A noite - versão em português (escrita por Tiê com Adriano Cintra, André Whoong e Rita Wainer) da canção italiana La notte (Giuseppe Anastasi), lançada pela cantora italiana Arisa no álbum Amami (Warner Music, 2012) - começou a tocar sem parar na novela I love Paraisópolis (TV Globo, 2015), se tornou na sequência um hit radiofônico, virou viral na web com 17 milhões de acessos do clipe e fez Tiê - artista até então conhecida somente no circuito indie - migrar para o mainstream em caso raro de crossover. A noite se tornou uma das músicas mais populares de 2015. Esse sucesso fenomenal propagou a voz e o nome de Tiê, mas encobre uma armadilha cruel: após um hit desse porte, a gravadora espera (e cobra, mesmo silenciosamente) do artista um outro hit na mesma proporção. O que explica a regravação de Isqueiro azul com Alexandre Carlo. A intenção é iluminar e amplificar o potencial radiofônico da música, em tentativa de gerar outro hit popular para Tiê. Os problemas começam quando o artista é levado - pela gravadora e/ou por ele mesmo (o sucesso, afinal, parece embriagar) - a baixar o nível artístico da música que compõe e/ou grava para manter a cotação alta no mercado comum do disco. Tomara Tiê saiba manter o nível, para preservar o brilho de discografia docemente pop...
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
Mostrando postagens com marcador Tiê. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tiê. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
domingo, 13 de dezembro de 2015
RETROSPECTIVA 2015 – Hit de novela faz Tiê ser ouvida noite e dia no Brasil
♪ RETROSPECTIVA 2015 – Disco alvo de alto investimento da Warner Music, que bancou inclusive gravações nos Estados Unidos, o terceiro álbum de Tiê, Esmeraldas, foi lançado em setembro de 2014 sem a repercussão esperada por artista e gravadora. Este ano de 2015 chegou sem mudar o status do disco, que parecia fadado ao fracasso. Até que a inclusão da música A noite na trilha sonora da novela I love Paraisópolis - exibida pela TV Globo com sucesso entre maio e novembro, no horário das 19h - virou o jogo a favor de Tiê. Tema da protagonista da trama, Marizete (Bruna Marquezine), A noite tocou diariamente na novela, migrou para as rádios, virou hit na web e impulsionou a venda do single no iTunes, fazendo o Brasil ouvir noite e dia a voz terna de Tiê, cantora e compositora paulistana revelada na cena indie da cidade de São Paulo (SP) na segunda metade dos anos 2000. Justiça seja feita: os diretores da Warner Music sempre acreditaram em A noite, versão em português - escrita pela própria Tiê com Adriano Cintra, André Whoong e Rita Wainer - da canção italiana La notte (Giuseppe Anastasi, 2012), lançada com sucesso pela cantora italiana Arisa há três anos no álbum Amami (Warner Music, 2012). Com sedutor refrão que se ajustou ao tom pop do álbum de Tiê, A noite já tinha sido eleita o primeiro single do álbum. Escolha que pareceu equivocada no início, mas que se mostrou acertada a partir da inclusão da música na trilha sonora de I love paraisópolis – prova de que uma música em novela, se bem tocada na trama, ainda pode mudar o status de um CD, cantor ou música no mercado fonográfico.
sábado, 5 de setembro de 2015
Eis capa e faixas de '1985', disco de André Whoong bancado pela parceira Tiê
♪ Primeiro álbum do cantor, compositor e multi-instrumentista paulistano André Whoong, 1985 vai ser lançado neste mês de setembro de 2015 pelo selo indie Rosa Flamingo. Precedido pelo single Vou parar de beber, parceria de Whoong com Cauê Benetti gravada com a adesão vocal do cantor Leo Cavalcanti e já lançada na web, o álbum 1985 foi batizado com o ano do nascimento do artista, que veio ao mundo há 30 anos. A produção é assinada pelo próprio Whoong com Fabio Pinczowski. Já a produção executiva é da cantora e compositora paulistana Tiê, que bancou o disco do amigo e parceiro em várias músicas de seu terceiro álbum Esmeraldas (Warner Music, 2014). Tiê, aliás, é a letrista e a cantora convidada de Botas, faixa que tem o estilo da artista. Outro trunfo da safra de 1985 é Coisas, música de sedutora levada pop, composta apenas por Whoong. Eis, na ordem do álbum, as 12 músicas que compõem o repertório essencialmente autoral de 1985:
2. Parece (André Whoong, Isabela Fernandez e Ricardo Cilas)
3. Vou parar de beber (André Whoong e Cauê Benetti) - com Leo Cavalcanti
4. Coisas (André Whoong)
5. Acho que só você (André Whoong)
6. Botas (André Whoong e Tiê) - com Tiê
7. Amigos (André Whoong)
8. Deixa pra lá (André Whoong)
9. Cicatriz (André Whoong) - com Bárbara Eugênia
10. Ócio criativo (André Whoong)
11. Pensei bem (André Whoong)
12. Vem aqui (André Whoong) - com a guitarra de Tim Bernardes
domingo, 31 de maio de 2015
Novela faz ser de Tiê única gravação nacional no atual 'top singles' do iTunes
♪ EDITORIAL - Uma única gravação de artista brasileiro figura entre as dez músicas do Top singles do iTunes na tarde de hoje, 31 de maio de 2015. Trata-se de A noite (2014), versão em português (escrita por Tiê com Adriano Cintra, André Whoong e Rita Wainer) da canção italiana La notte (Giuseppe Anastasi, 2012), lançada pela cantora italiana Arisa há três anos no álbum Amami (Warner Music, 2012). A noite ocupa honroso oitavo lugar na lista de Top singles do iTunes. Gravada pela cantora e compositora paulistana em seu terceiro álbum, Esmeraldas (Warner Music, 2014), A noite galga posições na parada de Top singles do iTunes somente porque vem sendo propagada em escala nacional na trilha sonora da novela I love Paraisópolis, recém-estreada pela TV Globo, com sucesso, no horário das 19h. A música toca quase diariamente na novela, já que foi escolhida para ser o tema da protagonista Marizete, vivida pela atriz Bruna Marquezine. Foi um golpe de sorte que põe em evidência o terceiro álbum de Tiê - em foto de Leandro HBL - aos 44 do segundo tempo. Lançado em setembro de 2014, o bom álbum Esmeraldas foi alvo de alto investimento da gravadora Warner Music. Mas o disco parecia não justificar até então esse alto investimento. Recebido de forma positiva (mas sem grande entusiasmo) pela crítica, Esmeraldas já parecia fadado ao esquecimento quando a inclusão de seu single - A noite foi desde o início a faixa escolhida pela Warner Music para promover o disco - na trilha sonora de uma novela de sucesso da TV Globo reverte o quadro a favor do álbum e de Tiê, corroborando a tese de que, com as rádios cada vez mais segmentadas e com o mercado fonográfico cada vez mais estruturado em nichos, somete a execução maciça de uma música em novela parece ser capaz de gerar um hit nacional. A noite fez muito sucesso na Itália na versão original gravada pela cantora Arisa. Não parecia uma música capaz de florescer no doce jardim de Tiê. Mas eis que entrar na novela certa, para ilustrar as cenas da personagem certa, faz a música e o próprio álbum ganhar outro status no mercado fonográfico, renovando as chances de Esmeraldas escapar do ostracismo quase completo.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Falante e 'sincerona', Tiê escapa do intimismo nu e cru no show 'Esmeraldas'
Resenha de show
Título: Esmeraldas
Artista: Tiê (em foto de Rodrigo Goffredo)
Local: Theatro Net Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 22 de outubro de 2014
Cotação: * * * 1/2
Título: Esmeraldas
Artista: Tiê (em foto de Rodrigo Goffredo)
Local: Theatro Net Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 22 de outubro de 2014
Cotação: * * * 1/2
♪ No palco do Theatro Net Rio, onde apresentou seu show Esmeraldas no Rio de Janeiro (RJ), Tiê se referiu ao seu primeiro álbum, Sweet jardim (Independente, 2009), como "cru, íntimo e sincerão". Na apresentação feita para convidados e fãs cariocas em 22 de outubro de 2014, a cantora e compositora paulistana mostrou que, tal como no seu recém-lançado e opulento CD Esmeraldas (Warner Music, 2014), consegue escapar desse intimismo cru em cena povoada por big-band. Cordas e metais encorpam músicas como Meia hora (Tiê e André Whoong, 2014) e Vou atrás (Tiê e André Whoong, 2014) com arranjos polifônicos. Com todas as 12 músicas do terceiro álbum da artista no roteiro de apenas 16 números, o show cumpriu bem a função de reproduzir no palco a riqueza de timbres do disco produzido entre Brasil e Estados Unidos por Adriano Cintra e Jesse Harris. Tiê, inclusive, fez bem sua parte, cantando com naturalidade - perceptível já na abertura do show, quando a artista entoa a capella a primeira parte da balada Gold fish (Tiê e Flávio Juliano, 2007) - e experimentando tons agudos de sua voz doce. Destaque do repertório do disco, o rock Mínimo maravilhoso (Tiê e Vitor Stainberg, 2014) exemplificou ao vivo a habilidade de Tiê para pavimentar outras trilhas em sua discografia sem perda da inspiração. O problema da estreia carioca do show residiu mais na postura da cantora em cena. Talvez para espantar o nervosismo de estar estreando em cidade que não é sua, e na qual seu público é visivelmente mais reduzido, Tiê falou demais. Algumas de suas tiradas até tiveram humor, mas outras falas - como a confirmação no palco das presenças de convidados na plateia - prejudicaram o ritmo da apresentação e resultaram enfadonhas para quem não fazia parte da turma de amigos. Em contrapartida, é justo dizer que o single A noite - versão em português (assinada por Tiê com Adriano Cintra, André Whoong e Rita Wainer) da canção italiana La notte (Giuseppe Anastasi), lançada pela cantora italiana Arisa no álbum Amami (Warner Music, 2012) - ganhou em cena maior intensidade, condizente com a alta expectativa depositada pela gravadora Warner Music e pela própria artista nessa faixa do álbum Esmeraldas (a versão parece talhada para vozes mais calorosas, como a de Ana Carolina, por exemplo). Na sequência, canção do primeiro álbum da artista - Passarinho (Tiê, 2009), definida pela artista como "o começo de tudo" - foi cantada somente com violão e cordas, mostrando que menos às vezes por ser mais quando se trata da música sincera de Tiê, feita com "letras que parecem bilhetes", como a própria compositora avaliou em cena. E isso, longe de ser demérito, é trunfo no cancioneiro honesto de Tiê. Embora falante em excesso, a cantora jamais perdeu seu brilho ao longo da estreia carioca do show Esmeraldas justamente porque soou sempre sincerona em apresentação que cresceu na segunda metade. Urso (Tiê, Adriano Cintra, André Whoong, Naná Rizizni e Rita Wainer, 2014) reiterou em cena a garra pop capaz de encarar a selva do mercado. De todo modo, a canção que soou com mais potencial comercial foi Depois de um dia de sonho (André Whoong em versão em português de Tiê, 2014). Com força para ser o segundo single, a música foi lançada originalmente em inglês em álbum de André Whoong, tecladista da big-band do show e parceiro de Tiê em sete das 12 músicas do CD Esmeraldas. Por falar em Whoong, o músico soltou a voz com desenvoltura e com pegada em All around you (André Whoong, David Byrne, Tim Bernardes e Tiê, 2014), número em que cantou a parte em inglês gravada no disco pelo cantor e compositor escocês David Byrne. Tiê, aliás, fez questão de explicar que os versos em inglês de Byrne têm sentido diverso da parte em português da letra. Por essa sinceridade ao conceituar suas canções em cena e ao se dirigir ao público, Tiê deixou nesse público a sensação de ter visto e ter ouvido uma artista de verdade, com acertos, erros, humores e inquietações. Tiê nem fez um grande show, mas esse show foi sincerão.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Tiê experimenta o sabor de 'Chá verde' com excessos do show 'Esmeraldas'
♪ No show Esmeraldas, que estreou no Rio de Janeiro (RJ) em 22 de outubro de 2014, Tiê canta todas as 12 músicas de seu terceiro álbum, também intitulado Esmeraldas e recém-lançado pela Warner Music. "Um disco bem excessivo", como a cantora e compositora paulistana caracterizou Esmeraldas no palco do Theatro Net Rio, em alusão ao fato de o álbum ter sido produzido por Adriano Cintra e Jesse Harris com profusão de cordas e sopros. Esses saudáveis excessos - que Tiê procura reproduzir no show com banda formada por 12 músicos - deram tempero especial, no bis, a Chá verde (Tiê, 2009), música do primeiro álbum da artista, Sweet jardim (Independente, 2009), recriada com cordas e metais. Outro tempero do roteiro inteiramente autoral do show Esmeraldas foi a participação do tecladista André Whoong, parceiro de Tiê em sete das 12 músicas do CD. Na música All around you (André Whoong, David Byrne, Tim Bernardes e Tiê, 2014), Whoong cantou com desenvoltura a parte em inglês gravada no disco pelo cantor e compositor escocês David Byrne. Eis o roteiro seguido em 22 de outubro de 2014 por Tiê - em foto de Rodrigo Goffredo - no Theatro Net Rio, no Rio de Janeiro (RJ), na estreia carioca do show Esmeraldas:
1. Gold fish (Tiê e Flávio Juliano, 2007)
2. Mínimo maravilhoso (Tiê e Vitor Stainberg, 2014)
3. Vou atrás (Tiê e André Whoong, 2014)
4. Meia hora (Tiê e André Whoong, 2014)
5. Par de ases (Tiê e Flávio Juliano, 2014)
6. Máquina de lavar (Tiê e André Whoong, 2014)
7. A noite (La notte) (Giuseppe Anastasi, 2012) (Versão em português de Tiê, Adriano Cintra, André Whoong e Rita Wainer, 2014)
8. Passarinho (Tiê, 2009)
9. Dois (Tiê e Thiago Pethit, 2009)
10. Piscar o olho (Plínio Profeta, Tiê, Rita Wainer e Karina Zeviani, 2011)
11. Isqueiro azul (Tiê e Rita Wainer, 2014)
12. Depois de um dia de sonho (André Whoong em versão em português de Tiê, 2014)
13. All around you (André Whoong, David Byrne, Tim Bernardes e Tiê, 2014)
14. Urso (Tiê, Adriano Cintra e André Whoong, 2014)
15. Esmeraldas (Tiê, 2014)
Bis:
16. Chá verde (Tiê, 2009)
domingo, 21 de setembro de 2014
Tiê brilha no movimento renovador do CD 'Esmeraldas' sem perder a doçura
Resenha de CD
Título: Esmeraldas
Artista: Tiê
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * 1/2
Título: Esmeraldas
Artista: Tiê
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * 1/2
"Tô a fim de me reeducar / Tanta coisa boa pra aprender / Sobre os deuses, os astros e o ar", pondera Tiê em versos de Mínimo maravilhoso (Tiê e Vitor Steinberg), rock que se impõe entre o cancioneiro autoral do terceiro álbum da artista paulistana, Esmeraldas. Tais versos são condizentes com o espírito libertador de um disco que mostra que já há flores mais raras no doce jardim de Tiê. Com lançamento programado para 23 de setembro de 2014, o CD Esmeraldas expande o universo musical da cantora e compositora que se projetou em 2009 com fofo disco de folk, Sweet jardim (Levi's Music, 2009), calcado no seu violão. Sweet jardim floresceu na cena musical contemporânea de São Paulo (SP) e ecoou fora das fronteiras de sua cidade natal quando obteve o aval público de Caetano Veloso. Dois anos depois, já contratada pelo gravadora Warner Music, Tiê ensaiou - sem perder a ternura - uma expansão além do universo do folk com um segundo álbum de som, instrumental e repertório mais diversificados. Contudo, ainda que tenha tido até música em trilha sonora de novela da TV Globo, A coruja e o coração (Warner Music, 2011) obteve menor atenção e repercussão na cena pop paulistana, representando reversão de expectativa. Alvo de alto investimento da Warner Music, Esmeraldas tenta reposicionar Tiê no mercado fonográfico com som pop, de pegada eventualmente roqueira. Disco nascido de uma (assumida) crise criativa da artista, Esmeraldas começou a ser gestado em dezembro de 2013 na interiorana cidade de Minas Gerais que dá nome ao disco. No álbum, Tiê renova seu som com a abertura de parcerias com nomes como Adriano Cintra e André Whoong - nome fundamental na arquitetura do disco - e, sim, David Byrne, o conceituado artista escocês (de vivência norte-americana). Admirador do som de Tiê desde que assistiu a um show da artista em Nova York (EUA), em 2011, Byrne é coautor e convidado da canção bilíngue All around you (David Byrne, André Whoong, Tiê e Tim Bernardes), outro trunfo do repertório de Esmeraldas. O fato de o álbum ter sido produzido em dois países diferentes (Brasil e Estados Unidos) por dois nomes de universo musicais tão díspares - o paulistano Adriano Cintra (convidado por Tiê) e o nova-iorquino Jesse Harris (sugerido pela diretoria da Warner Music) - é surpreendente, já que há total unidade entre o som das 12 faixas do CD. Tal unidade talvez venha mais da onipresença de André Whoong na ficha técnica do disco. Parceiro de Tiê em canções como Meia hora e Depois de um dia de sonho (joia de delicadeza poética e melódica), Whoong assina os arranjos de sopros, metais e cordas que encorpam o som de oito das doze músicas de Esmeraldas. A propósito, Isqueiro azul (Tiê e Rita Wainer) acende a ideia que a ruptura do disco reside mais no som do que na composição do repertório. Tanto que Tiê abre Esmeraldas com música gravada em seu primeiro disco, um EP de 2007, na qual a então desconhecida cantautora apresentou quatro temas de sua lavra autoral. Trata-se de Gold fish (Tiê e Flávio Juliano), balada cantada em inglês e adornada com cordas orquestradas pelo maestro norte-americano Rob Moose, arranjador também de A noite. Faixa equivocadamente eleita o primeiro single do álbum, A noite - versão em português (de Tiê, Adriano Cintra, André Whoong e Rita Wainer) da canção italiana La notte (Giuseppe Anastasi), lançada pela cantora italiana Arisa no álbum Amami (Warner Music, 2012) - se ajusta ao espírito pop do disco sem arrebatar. Pop por pop, Urso (Tiê, Adriano Cintra, André Whoong, Naná Rizizni e Rita Wainer) mostra mais garra para encarar a selva do mercado com seu corinho sedutor. A propósito, Esmeraldas brilha em detalhes como o piano e o órgão hammond tocados por Guilherme Arantes na suave Máquina de lavar (Tiê e André Whoong). Ou a bateria hipnótica bem marcada por Naná Rizinni na canção-título Esmeraldas, única música assinada por Tiê sem parceiros. Em contrapartida, a ordem com que as 12 músicas estão dispostas no CD é significante detalhe que prejudica o álbum. Fica a sensação de que músicas menores como Par de ases (Tiê e Flávio Juliano) - segunda das 12 faixas - ofuscam composições mais inspiradas alocadas na segunda metade do CD. Seja como for, Esmeraldas mostra que Tiê vem se movimentando e plantando sementes que fazem seu doce jardim florescer a cada disco lançado sem que a artista perca a resistente ternura. Afinal, há tanta coisa boa para aprender sobre os deuses, os astros e o ar, não?
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Eis os nomes - e os compositores - das 12 músicas do terceiro álbum de Tiê
♪ Em 2007, dois anos antes de lançar o primeiro álbum, Sweet jardim (Independente / Warner Music, 2009), Tiê lançou EP com quatro músicas autorais. Duas entraram em Sweet jardim. As outras duas tinham permanecido esquecidas naquele disco seminal. Uma dessa esquecidas - Gold fish, parceria da cantora e compositora paulistana com Flávio Juliano - foi lembrada por Tiê na seleção de repertório do terceiro álbum, Esmeraldas, sucessor de A coruja e o coração (Warner Music, 2012). Gold fish é a música que abre Esmeraldas, CD que entra em pré-venda no iTunes a partir de 9 de setembro de 2014 e que chega ao mercado fonográfico, com distribuição da Warner Music, a partir de 23 de setembro. Produzido por Adriano Cintra e Jesse Harris, o álbum tem arranjos de cordas, sopros e metais assinados por André Whoong, nome fundamental na arquitetura de Esmeraldas. Mas coube a Rob Moose orquestrar as cordas de Gold fish e do single A noite, versão em português - assinada por Tiê com Adriano Cintra, André Whoong e Rita Wainer - da canção italiana La notte (Giuseppe Anastasi), lançada há dois anos pela cantora italiana Arisa no álbum Amami (Warner Music, 2012). Eis as 12 músicas - e respectivos compositores - gravadas por Tiê em Esmeraldas, disco no qual a artista abre parcerias com Adriano Cintra, André Whoong, David Byrne (All around you, faixa feita com voz do próprio Byrne), Rita Wainer e Vitor Stainberg:
1. Gold fish (Tiê e Flávio Juliano, 2007)
2. Par de ases (Tiê e Flávio Juliano, 2014)
3. Máquina de lavar (Tiê e André Whoong, 2014)
4. Urso (Tiê, Adriano Cintra e André Whoong, 2014)
5. Mínimo maravilhoso (Tiê e Vitor Stainberg, 2014)
6. Esmeraldas (Tiê, 2014)
7. Isqueiro azul (Tiê e Rita Wainer, 2014)
8. Depois de um dia de sonho (André Whoong em versão em português de Tiê, 2014)
9. Vou atrás (Tiê e André Whoong, 2014)
10. A noite (Giuseppe Anastasi, 2012, em versão em português de Tiê, Adriano Cintra, André Whoong e Rita Wainer, 2014)
11. Meia hora (Tiê e André Whoong, 2014)
12. All around you (André Whoong, David Byrne, Tim Bernardes e Tiê, 2014)
domingo, 17 de agosto de 2014
Tiê posta foto com Cintra e Harris, produtores de seu álbum 'Esmeraldas'
♪ Tiê postou hoje em sua página oficial no Facebook foto - tirada em Nova York (EUA) - em que aparece com Adriano Cintra (à esquerda) e com Jesse Harris, produtores de seu terceiro álbum, Esmeraldas. Nas lojas a partir da segunda quinzena de setembro de 2014, em edição da Warner Music, o disco foi gravado entre São Paulo (SP) e Nova York (EUA). Esmeraldas alinha participações de David Byrne (na canção All around you, música assinada por Byrne com Tiê, André Whoong e Tim Bernardes) e Guilherme Arantes (piano e hammond em Máquina de lavar, parceria de Tiê com o guitarrista e compositor André Whoong). O repertório é autoral.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Eis a capa de 'Esmeraldas', disco em que Tiê une Byrne e Guilherme Arantes
♪ Com foto bucólica de Leandro HBL na capa assinada por Rita Wainer, o terceiro álbum de Tiê, Esmeraldas, vai ser lançado em setembro de 2014 via Warner Music. No disco, produzido por Adriano Cintra e Jesse Harris, a cantora e compositora paulistana faz dueto com David Byrne (em All around you, música assinada por Byrne com Tiê, André Whoong e Tim Bernardes) e conta com o piano e hammond de Guilherme Arantes (em Máquina de lavar, parceria de Tiê com André Whoong). Nas rádios a partir de 15 de setembro, o primeiro single de Esmeraldas é A noite, versão em português - assinada por Tiê com Adriano Cintra, André Whoong e Rita Wainer - da canção italiana La notte (Giuseppe Anastasi), lançada há dois anos pela cantora italiana Arisa no álbum Amami (Warner Music, 2012). Rock composto por Tiê em parceria com Vitor Steinberg, Mínimo maravilhoso é uma outra composição do álbum de repertório autoral, gravado entre São Paulo (SP) e Nova York (EUA). Par de ases é música feita por Tiê em parceria com Flávio Juliano.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Tiê canta com David Byrne em faixa de seu terceiro álbum, 'Esmeraldas'
♪ Admirador do som pop folk de Tiê, de quem já assistiu a um show em Nova York (EUA) em 2011, o cantor e compositor escocês (criado nos Estados Unidos) David Byrne aceitou participar do terceiro álbum da artista paulistana, Esmeraldas, CD que vai ser lançado pela gravadora Warner Music em setembro de 2014. Byrne faz dueto com Tiê na música intitulada All around you e cantada em inglês e em português. Byrne assina a música com Tiê, André Whoong e Tim Bernardes (do grupo O Terno). No disco, de repertório inédito e autoral, Tiê faz conexão com o cantor e compositor norte-americano Jesse Harris - produtor do álbum, em função dividida com Adriano Cintra - e expande seu som, abrindo parcerias (com André Whoong, Flávio Juliano, Rita Wainer e com o próprio Adriano Cintra) e indo além do folk de seus dois doces álbuns iniciais, Sweet jardim (Levi's Music, 2009) e A coruja e o coração (Warner Music, 2011).
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Tiê faz conexão com norte-americano Jesse Harris no seu terceiro álbum
Três anos após lançar o CD A coruja e o coração (Warner Music, 2011), a cantora e compositora paulistana Tiê arquiteta seu terceiro álbum, que tem lançamento previsto para o segundo semestre de 2014 pela Warner Music. Ainda em fase de seleção de repertório, o disco vai promover a conexão da artista - vista em foto de Daryan Dornelles - com Jesse Harris, compositor norte-americano que vem se aproximando do universo musical brasileiro, já tendo feito parceria com Maria Gadú. É provável que Adriano Cintra também esteja na ficha técnica.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Doçura de Tiê se ajusta (bem) ao pop 'teen' de Celly em 'Cantoras do Brasil'
Resenha de programa de TV
Série: Cantoras do Brasil
Título: Tiê Canta Celly Campello
Idealização: Mariana Rolim, Mercedes Tristão e Simone Esmanhotto
Direção: Simone Elias
Emissora: Canal Brasil
Cotação: * * * *
Programa exibido pelo Canal Brasil às 18h45m de 11 de outubro de 2012
Série: Cantoras do Brasil
Título: Tiê Canta Celly Campello
Idealização: Mariana Rolim, Mercedes Tristão e Simone Esmanhotto
Direção: Simone Elias
Emissora: Canal Brasil
Cotação: * * * *
Programa exibido pelo Canal Brasil às 18h45m de 11 de outubro de 2012
Ao mesmo tempo em que ressalta a sensualidade que havia por trás das ingênuas letras adolescentes do repertório de Celly Campello (1942 - 2003), em depoimento para o sexto episódio da série Cantoras do Brasil, Tiê reitera que a rainha da pré-história do rock brasileiro encarnava a figura da "menininha". Pois é a doçura dessa figura - de certa forma reencarnada por Tiê na cena pop indie contemporânea de São Paulo (SP), cidade natal de Celly - que irmana essas duas cantoras de gerações e tempos distintos, fazendo com que o episódio seja um dos melhores da série que celebra uma voz de tempos idos pela ótica de uma intérprete associada aos dias de hoje (apesar de os dois minutos iniciais do programa exibirem apenas takes insossos dos ensaios). Tiê está totalmente à vontade ao entrar no Túnel do Amor (Bob Roberts e Patty Fisher em versão de Fred Jorge, 1959) - música, aliás, que a cantora e compositora paulista já abordava na pré-história de sua carreira musical - e ao amarrar Lacinhos Cor-de-Rosa (M. Gran em versão de Fred Jorge, 1959) sob a direção musical do guitarrista Maurício Tagliari. Ambas as gravações respeitam o espírito dos registros originais de Celly - e qualquer tentativa de inventar moda poderia resultar patética porque os dois temas roçam a perfeição pop dos dourados anos 50 - sem deixar de ter sutis toques pessoais. De início, Tiê segue reverente pelo Túnel do Amor até que desacelera o andamento da canção, que ganha suingue norte-americano, com algo de r & b, ao fim. Já Lacinhos Cor-de-Rosa ganha o colorido do charango de Pipo Pegoraro e do acordeom de Daniel Grajew em registro que, em sua parte final, evoca com suavidade refinada o universo country. Em ambas as músicas, Tiê dialoga com o coro masculino formado pelos músicos Maurício Tagliari, Pipo Pegoraro e Gabriel Muzak (panderola nos números). O diálogo de Lacinhos Cor-de-Rosa tem charme todo especial. Sim, a menininha Tiê celebra com propriedade a menininha Celly Campello.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Tiê dá voz a 'Pedacinhos' no CD que celebra a obra de Guilherme Arantes
Balada de Guilherme Arantes, lançada pelo compositor paulista em seu álbum Ligação (1983), Pedacinhos (Bye Bye So Long) ganha a voz doce de Tiê no disco A Voz da Mulher na Obra de Guilherme Arantes, idealizado pelo DJ Zé Pedro para a gravadora Joia Moderna. Sai em abril.
sábado, 23 de abril de 2011
Entre o folk e o country, pop de Tiê ganha banda e até (alguma) cor em cena
Resenha de Show
Título: A Coruja e o Coração
Artista: Tiê (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Teatro Rival (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 21 de abril de 2011
Cotação: * * * 1/2
Título: A Coruja e o Coração
Artista: Tiê (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Teatro Rival (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 21 de abril de 2011
Cotação: * * * 1/2
"Agora a gente vai se abraçar porque é isso que banda faz", disse Tiê - depois de degustar emocionada Chá Verde ao piano - para os cinco músicos que a acompanhavam na feliz estreia carioca do show A Coruja e o Coração. Dito e feito. Abraçada aos músicos de sua banda, Tiê agradeceu o público que lotou o Teatro Rival na noite de 21 de abril de 2011 para ver a primeira apresentação no Rio de Janeiro (RJ) do show baseado no segundo disco da cantora e compositora paulista. Estar cantando com banda deu colorido adicional à música confessional de Tiê no recém-lançado álbum A Coruja e o Coração. Em cena, a presença de uma banda também faz que o pop doce da artista ganhe alguma cor (embora a iluminação propriamente dita do show tenha poucos matizes e nuances). Em Hide and Seek (Tiê e Thiago Pethit), pop country cantado em português apesar do título em inglês, Tiê se permite até dançar pelo fato de não tocar violão no número. Pra Alegrar o meu Dia (Tiê, Karina Zeviani e Rafael Barion) é pop solar que também se ajusta bem a essa nova fase de Tiê e, não por acaso, encerra o show. Curiosamente, por sua natureza intimista, o som da artista alcança maior intensidade nos momentos mais minimalistas do show aberto e fechado (no bis) com Na Varanda da Liz (Plínio Profeta, Tiê e João Cavalcanti). A confessional valsa-canção Te Mereço (Tiê) - solada por Tiê ao piano, com intervenções precisas da guitarra econômica de Plínio Profeta - é número interiorizado de envolvente beleza. Antes, também ao piano, a cantora apresenta Perto e Distante (Tiê, Plínio Profeta e Pedro Granato), com o baixista Gianni Dias fazendo os vocais que, no disco, são do cantor uruguaio Jorge Drexler. A atmosfera minimalista do número valoriza a canção. Mas Tiê agora tem banda. E o bom de ter uma banda é poder alternar os tons de roteiro que nunca extrapola os repertórios dos dois álbuns da artista. E, verdade seja dita, as palmas dos músicos e da plateia acentuam a ambiência flamenca da releitura de Você Não Vale Nada (Dorgival Dantas), que resulta mais vivaz no show do que no disco. Em contrapartida, a abordagem em cena de Só Sei Dançar com Você (Tulipa Ruiz) dá razão a quem prefere a gravação de Tulipa (que não entrou em cena, embora tivesse sido anunciada oficialmente como convidada do show). E assim, entre folks sensíveis como Passarinho (Tiê e Dudu Tsuda) e country de contorno pop como Stranger But Mine (Tiê), entre a delicadeza e um esboço de extroversão, caminha o roteiro de A Coruja e o Coração. Para quem já ouviu o disco, o show reitera que a melodiosa Piscar o Olho (Plínio Profeta, Tiê, Rita Wainer e Karina Zeviani) é destaque entre a atual safra de inéditas de Tiê e que Já É Tarde (Tiê e Karina Zeviani) é o tema mais insosso da safra. No todo, a presença de uma banda em cena faz com que o som de Tiê ganhe cores e fique menos linear no seu tempo de delicadeza, embora haja quem prefira o sabor de Chá Verde.
domingo, 20 de março de 2011
Sem perder a ternura, doce jardim de Tiê floresce em 'A Coruja e o Coração'
Resenha de CD
Título: A Coruja e o Coração
Artista: Tiê
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * 1/2
As cores sutis na capa assinada pela estilista Rita Wainer sinalizam que o doce jardim de Tiê floresceu no segundo disco da cantora e compositora paulistana, A Coruja e o Coração, nas lojas até o fim deste mês de março de 2011 via Warner Music. De fato, basta ouvir a primeira faixa, Na Varanda da Liz (Plínio Profeta, João Cavalcanti e Tiê), para perceber que a adição de uma bateria (no caso, a de Naná Rizzini) no som de Tiê gerou uma nova pulsação para a música da artista. Por isso mesmo, é difícil resistir à tentação de sentenciar que A Coruja e o Coração representa uma evolução em relação a Sweet Jardim (2009), o primeiro álbum de Tiê, calcado no violão e em canções melancólicas que remetiam ao universo folk. Na verdade, A Coruja e o Coração deve ser encarado como um desenvolvimento natural de Sweet Jardim sem que o primeiro seja necessariamente superior ao segundo. Até porque temas como Piscar o Olho (Plínio Profeta, Tiê, Rita Wainer e Karina Zeviani) e Te Mereço (canção confessional com contornos de valsa que encerra o disco e que é assinada somente por Tiê) reiteram a delicadeza melódica e poética que caracteriza o som da artista. E o fato é que Tiê passa com louvor na sempre temida prova do segundo disco. A abordagem em clima de cabaré de Só Sei Dançar com Você - música de Tulipa Ruiz, lançada pela autora em seu incensado primeiro álbum, Efêmera (2010) - mostra que Tiê começa a se tornar também uma intérprete de personalidade. Ainda que, em contrapartida, a recriação em tom flamenco de Você Não Vale Nada soe meramente curiosa. Propagado em escala nacional em 2009 quando a gravação da banda Calcinha Preta tocava na novela Caminho das Índias, o tema forrozeiro de Dorgival Dantas nada ganha com o tom levemente dramático do canto de Tiê e com as palmas e o violão flamenco de Emiliano Castro. Fora de sua seara autoral, Tiê soa mais sedutora ao reviver sem ousadias Mapa Múndi, tema de seu amigo Thiago Pethit, lançado pelo autor em seu álbum Berlim, Texas (2010). O toque gracioso da regravação fica por conta do coro que reúne as vozes de Tulipa Ruiz, Karina Zeviani (a Ka, parceria de Tiê em três das doze faixas do disco) e do próprio Pethit. Tulipe e Ka também engrossam o coro da ensolarada Pra Alegrar o meu Dia (Tiê, Ka e Rafael Barion), faixa que ganha toque country por conta do banjo de Emerson Villani. O mesmo toque country é dado pelo banjo de Plínio Profeta - produtor do CD - a Hide and Seek (Tiê e Thiago Pethit), faixa veloz que, ao contrário do que faz supor seu título, é cantada em português (uma versão em inglês da música é o bônus da edição digital do álbum ao lado da regravação de Ando Meio Desligado, hit do grupo Os Mutantes). A faixa verdadeiramente em inglês de A Coruja e o Coração é For You and For me (Tiê), balada envolta pelo cello tocado por Luciano Correa. Enquanto Já É Tarde (Tiê e Ka) roça a trivialidade do pop mais banal, a balada Perto e Distante (Tiê, Pedro Granato e Plínio Profeta) esboça clima denso em instrumental de início minimalista que fica encorpado na medida em que a faixa avança. Já habituado a fazer conexões com artistas do Brasil, o uruguaio Jorge Drexler canta com Tiê a letra que culmina com o verso "Quem garante que o que você é é o que o outro enxerga?". O sol já bate no doce jardim de Tiê sem cobrir a sombra.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Tiê recria hit da banda Calcinha Preta e abre parceria com Karina Zeviani
Nas lojas ainda neste mês de março de 2011, com distribuição da Warner Music, o segundo álbum de Tiê, A Coruja e o Coração, inclui regravação de Você Não Vale Nada, o tema forrozeiro de Dorgival Dantas que foi popularizado em todo o Brasil em 2009 ao ser incluído na trilha sonora da novela Caminho das Índias em gravação da banda Calcinha Preta. Em seu registro, Tiê - vista em foto de Daryan Dornelles - dá tom flamenco à música com o violão e as palmas de Emiliano Castro. Em seara autoral, a artista paulista abre parceria com Karina Zeviani, integrante da banda francesa Novelle Vague e do coletivo norte-americano Thievery Corporation. Tiê e Ka - o nome artístico de Karina - assinam juntas faixas como Já É Tarde, Piscar o Olho (com Plínio Profeta e Rita Wainer) e Pra Alegrar o meu Dia (com Rafael Barion).
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Já disponível na internet, EP 'A Coruja' antecipa o segundo álbum de Tiê
Já disponível para audição e download (para usuários cadastrados) no portal Sonoras, do Terra, o EP A Coruja apresenta cinco gravações inéditas de Tiê, antecipando parte expressiva do repertório do segundo álbum da artista, A Coruja e o Coração, que tem lançamento programado pela Warner Music para 23 de março. Entre as cinco músicas, há as inéditas Na Varanda da Liz (o primeiro single do álbum), Pra Alegrar o meu Dia (exemplo do tom mais dançante deste segundo disco de Tiê) e Piscar o Olho (tema que evoca o pop folk mais íntimo do primeiro álbum da cantora, Sweet Jardim, de 2009). Completam o repertório do EP A Coruja os excelentes covers de canções dos repertórios de Tulipa Ruiz (Só Sei Dançar com Você, em clima de cabaré) e Thiago Pethit (Mapa-Múndi, no clima doce do primeiro álbum).
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Segundo CD de Tiê, 'A Coruja e o Coração' tem Drexler, banda e Tulipa
Com lançamento agendado pela gravadora Warner Music para 23 de março de 2011, o segundo álbum de Tiê, A Coruja e o Coração, traz o cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler na faixa Perto e Distante. O repertório inclui regravação de Só Sei Dançar com Você, música do primeiro álbum de Tulipa Ruiz (Efêmera, 2010). Plínio Profeta é o produtor do disco, que vai ser promovido pela faixa Na Varanda da Liz, já em rotação na internet. Diferentemente de seu antecessor Sweet Jardim (2009), centrado no violão e na voz doce de Tiê, A Coruja e o Coração é CD gravado com banda. Entre inéditas autorais, a cantora e compositora paulista regrava Mapa-Múndi, sucesso indie do primeiro álbum de Thiago Pethit (Berlim, Texas, 2010).
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Revelação de 2009, Tiê apronta o segundo álbum, 'A Coruja e o Coração'
Revelação de 2009 por conta da edição de seu primeiro álbum (Sweet Jardim, sucessor de EP de 2007 que teve repercussão restrita ao circuito indie paulista), a cantora e compositora Tiê já finaliza seu segundo álbum, A Coruja e o Coração, que tem lançamento previsto para março de 2011. Plínio Profeta é o produtor do CD. Tiê vai manter o estilo suave de seu pop folk cantado em português, inglês e até em francês. Editado de forma independente, mas logo depois distribuído pela Warner Music, Sweet Jardim seduziu fãs ilustres como Caetano Veloso.
Assinar:
Postagens (Atom)