Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Com produção de João Marcelo Bôscoli, Negra Li prepara seu primeiro DVD

Aos 36 anos de vida, recém-completados em 17 de setembro de 2015, a rapper paulistana Negra Li já contabiliza 20 anos de carreira, iniciada informalmente em 1995 quando cantou pela primeira vez com o grupo Virtude Negra - formado com amigos do bairro Vila Brasilândia - e oficializada em 1996 com o convite para integrar o grupo paulistano de rap RZO. Para celebrar estas duas décadas em cena, a cantora e atriz prepara DVD com produção de João Marcelo Bôscoli. Em fase de pré-produção e de seleção de repertório, o primeiro DVD de Negra Li vai suceder o álbum Tudo de novo (Arsenal Music / Universal Music, 2012) na discografia solo da artista.  O projeto sai em 2016.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Coletânea de duetos de Negra Li traz gravação com Pitty inédita em disco

Negra Li não chegou a acontecer como artista após dissolver a dupla formada com Helião e partir para a carreira solo, mas, a despeito da inexpressividade da discografia solo da rapper paulistana, Li sempre foi requisitada para participar de discos de colegas, com os quais emplacou indiretamente hits como Ainda gosto dela (Samuel Rosa e Nando Reis, 2008), música gravada para álbum do grupo mineiro Skank. Além disso, Li sempre contou com nomes expressivos do universo pop brasileiro em seus próprios álbuns. Lançada pela gravadora Universal Music neste mês de julho de 2014, a coletânea Você vai estar na minha - Duetos compila 14 parcerias musicais da cantora - projetada fora do universo do hip hop em 2000 ao gravar a música Não é sério com o grupo paulista Charlie Brown Jr - e apresenta gravação inédita em disco, feita por Li com a roqueira baiana Pitty. Arquitetada para a edição de 2007 do projeto Estúdio Coca-Cola, a gravação de Li com Pitty é o r & b Chain of fools (Don Covay), sucesso da cantora norte-americana Aretha Franklin em 1967. Eis os 18 fonogramas da compilação Você vai estar na minha - Duetos, cuja edição digital traz quatro faixas-bônus:

1. Não é sério - com Charlie Brown Jr.
2. Meus telefonemas - com Caetano Veloso
3. Ainda gosto dela - com Skank
4. Beautiful (Como um sonho) - com Akon
5. O destino - com NX Zero e Rappin' Hood
6. Guerreiro, guerreira - com Helião
7. 1 minutos - com D Black
8. Negra livre - com Nando Reis
9. Chain of fools - com Pitty
10. Antônia - com Leilah Moreno, Quelynah e Cindy Mendes
11. Deixa rolar - com Gabriel O Pensador
12. Aqui neste lugar - com Sergio Britto
13. Não dá mais sem você - com Belo
14. Você vai estar na minha 
Faixas-bônus da edição digital:
15. Você vai estar na minha - remix do DJ Linky Mix
16. Jura - com Walter Alfaiate
17. Exército do rap - com Helião
18. Ninguém pode me impedir

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Bonadio tira alma do pop soul de Negra Li no padronizado 'Tudo de Novo'

Resenha de CD
Título: Tudo de Novo
Artista: Negra Li
Gravadora: Universal Music
Cotação: * 1/2

Seis anos após tentar migrar da cena hip hop paulista para o universo pop com um primeiro disco solo (Negra Livre, 2006) aprisionado dentro de mal-sucedida fórmula de sucesso imposta pela gravadora Universal Music, Negra Li volta à cena ainda sem liberdade artística. Segundo dico solo da artista paulista, Tudo de Novo sugere já no título um recomeço. Já não resquícios do passado de Li como rapper ao lado do parceiro Helião. As fotos de JR Duran - expostas na capa e ao longo do encarte - simbolizam a intenção de repaginar o visual de Li. Sob a direção artística de Paul Ralphes, o produtor Rick Bonadio se encarrega de dar o banho de loja na parte musical. A ênfase é num soul sem alma, de pegada assumidamente pop. Refrões pegajosos como o da faixa-título, Tudo de Novo (Maurício Bressan), explicitam a intenção de nivelar o som de Li pelo baixo padrão radiofônico. Os arranjos - assinados por Bonadio com Beto Paciello, autores da insossa Hoje Eu Só Quero Ser Feliz - se encarregam de ajustar tudo a esse padrão pop. O formato similar dos arranjos - as programações, o baixo e a guitarra / violão pilotados por Bonadio são mixados com os teclados de Paciello e com (eventuais) cordas arranjadas por Eric Silver - faz com que uma música de Leandro Lehart (Posso Morrer de Amor) soe igual a um tema de Sérgio Britto (Não Vá). O titã, aliás, figura em dose tripla como compositor na ficha técnica de Tudo de Novo. Além de Não Vá, Britto assina a balada Vai Passar - um dos hits em potencial do disco pela melodia levemente sedutora - e Como Iguais, faixa que se diferencia do restante do repertório por estar ambientada num clima jazzy de cabaré. O fraseado soul de Li - cuja voz soa bem colocada ao longo das onze faixas do álbum - é elegante, mas essa elegância não se revela suficiente para realçar toda a nostalgia contida na bela balada Fotografia, parceria antiga de Leoni com Leo Jaime, dois compositores que sabem falar a língua do pop com habilidade sem cair na banalidade que pauta, por exemplo, uma canção com Mais Um Olhar, parceria de Di Ferrero e Gee Rocha, gravada por Li com o toque do violão de Gee. Bastante irregular, o repertório de Tudo de Novo chega a roçar o primarismo melódico e poético em Volta pra Casa, tema assinado pela própria Li com Khristiano Oliveira. No fim, ao cantar Culto de Amor (Edgard Scandurra e Taciana Barros) em arranjo de voz e piano, Li consegue mostrar um pouco de sua alma como intérprete, com sentimento diluído ao longo deste CD que segue padrões e fórmulas de sucesso. Tudo de novo...