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quinta-feira, 23 de julho de 2015
Atriz Mariana Rios lança single em inglês, 'Reach me', produzido por Bonadio

domingo, 23 de fevereiro de 2014
Produção de Bonadio acentua os clichês adolescentes do álbum de Gavassi
Resenha de CD
Título: Clichê adolescente
Artista: Manu Gavassi
Gravadora: Midas Music / Sony Music
Cotação: * * 1/2
Título: Clichê adolescente
Artista: Manu Gavassi
Gravadora: Midas Music / Sony Music
Cotação: * * 1/2
♪ Aos 21 anos, completados em janeiro deste ano de 2014, Manoela Latini Gavassi Francisco ainda gravita em torno do universo teen, como já explicita o título de seu segundo álbum, Clichê adolescente (2013). Tanto que o CD traz, além do encarte, poster dessa cantora, compositora e atriz paulistana que pode ser vista atualmente na novela Em família, recém-estreada na TV Globo. A direção artística de Rick Bonadio faz com que o disco - produzido por Bonadio com Fernando Prado - faça jus ao título. O que valoriza o disco é que o repertório autoral - composto por canções levadas ao violão de Fernando Prado com maior ou menor dose das programações e teclados pilotados pelo próprio Bonadio - apresenta músicas com certo faro pop radiofônico. Algo que jamais deve ser desprezado pelo fato de todas as 12 músicas do disco serem assinadas solitariamente por Gavassi, sem parceiros. Duas delas - Conto de fadas (2012) e a canção que batiza o disco, Clichê adolescente (2013) - são alocadas no CD como faixas-bônus em versões acústicas por já terem sido previamente lançadas na internet. Mas Clichê adolescente, a música, também aparece no álbum em registro feito com um toque de country perceptível também em O fim. Sucessor do álbum Manu Gavassi (2010), cujo cancioneiro foi composto quando a artista tinha entre 15 e 16 anos, Clichê adolescente esboça certo crescimento em versos como o da balada Se eu te abraço. Há toques de rock na arquitetura pop de Caminho da vida e - sobretudo - na de Talvez. Mesmo assim, o que se ouve são basicamente canções de amor que versam sobre questões juvenis na voz miúda da cantautora. Umas - casos de Cicatriz e Eu dou risada - fazem saltar a aguçada veia pop da promissora compositora em meio aos arranjos do padrão Bonadio de qualidade. Outras - como Segredo, balada gravada por Gavassi em dueto com o ator e cantor capixaba Chay Suede, ídolo teen projetado via TV Record na novela Rebelde e no reality show Ídolos - se lambuzam no excesso de mel permitido para adolescentes. Entre clichês que até poderiam ter sido atenuados se a produção evitasse seguir padrões, o álbum deixa entrever o real talento juvenil de Manu Gavassi.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Bonadio tira alma do pop soul de Negra Li no padronizado 'Tudo de Novo'
Resenha de CD
Título: Tudo de Novo
Artista: Negra Li
Gravadora: Universal Music
Cotação: * 1/2
Título: Tudo de Novo
Artista: Negra Li
Gravadora: Universal Music
Cotação: * 1/2
Seis anos após tentar migrar da cena hip hop paulista para o universo pop com um primeiro disco solo (Negra Livre, 2006) aprisionado dentro de mal-sucedida fórmula de sucesso imposta pela gravadora Universal Music, Negra Li volta à cena ainda sem liberdade artística. Segundo dico solo da artista paulista, Tudo de Novo sugere já no título um recomeço. Já não resquícios do passado de Li como rapper ao lado do parceiro Helião. As fotos de JR Duran - expostas na capa e ao longo do encarte - simbolizam a intenção de repaginar o visual de Li. Sob a direção artística de Paul Ralphes, o produtor Rick Bonadio se encarrega de dar o banho de loja na parte musical. A ênfase é num soul sem alma, de pegada assumidamente pop. Refrões pegajosos como o da faixa-título, Tudo de Novo (Maurício Bressan), explicitam a intenção de nivelar o som de Li pelo baixo padrão radiofônico. Os arranjos - assinados por Bonadio com Beto Paciello, autores da insossa Hoje Eu Só Quero Ser Feliz - se encarregam de ajustar tudo a esse padrão pop. O formato similar dos arranjos - as programações, o baixo e a guitarra / violão pilotados por Bonadio são mixados com os teclados de Paciello e com (eventuais) cordas arranjadas por Eric Silver - faz com que uma música de Leandro Lehart (Posso Morrer de Amor) soe igual a um tema de Sérgio Britto (Não Vá). O titã, aliás, figura em dose tripla como compositor na ficha técnica de Tudo de Novo. Além de Não Vá, Britto assina a balada Vai Passar - um dos hits em potencial do disco pela melodia levemente sedutora - e Como Iguais, faixa que se diferencia do restante do repertório por estar ambientada num clima jazzy de cabaré. O fraseado soul de Li - cuja voz soa bem colocada ao longo das onze faixas do álbum - é elegante, mas essa elegância não se revela suficiente para realçar toda a nostalgia contida na bela balada Fotografia, parceria antiga de Leoni com Leo Jaime, dois compositores que sabem falar a língua do pop com habilidade sem cair na banalidade que pauta, por exemplo, uma canção com Mais Um Olhar, parceria de Di Ferrero e Gee Rocha, gravada por Li com o toque do violão de Gee. Bastante irregular, o repertório de Tudo de Novo chega a roçar o primarismo melódico e poético em Volta pra Casa, tema assinado pela própria Li com Khristiano Oliveira. No fim, ao cantar Culto de Amor (Edgard Scandurra e Taciana Barros) em arranjo de voz e piano, Li consegue mostrar um pouco de sua alma como intérprete, com sentimento diluído ao longo deste CD que segue padrões e fórmulas de sucesso. Tudo de novo...
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