♪ Lançado neste mês de maio de 2016, em edição independente do selo AAM distribuída nos Estados Unidos e no Brasil (no mercado nacional via Rob Digital), o 25º álbum de Antonio Adolfo, Tropical infinito, é homenagem do compositor e pianista carioca a jazzistas norte-americanos que influenciaram - como músicos e como compositores - as gerações de bossa-novistas que emergiram no início da década de 1960 no rastro da revolução estética feita por João Gilberto em 1958. Entre quatro temas de lavra própria (Cascavel, Luar da Bahia, Partido leve e Yolanda, Yolanda), Adolfo aborda temas do saxofonista de hard bop Benny Golson (Killer Joe e Whisper not), do pianista Horace Silver (1928 - 2014) - de quem o músico carioca revive Song for my father (1965) - e do saxofonista Oliver Nelson (1932 - 1975), representado no repertório por Stolen moments (1961). Adolfo toca o piano e assina a produção e os arranjos de Tropical infinito, disco gravado pelo músico em dezembro de 2015, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), com trio de metais formado por Jessé Sadoc (trompete e flugelhorn), Marcelo Martins (saxofone alto e sax soprano) e Serginho Trombone. O fino repertório de nove músicas do álbum Tropical infinito é completado por All the things you are (Jerome Kern e Oscar Hammerstein, 1939), o standard da canção norte-americana.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
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domingo, 29 de maio de 2016
sábado, 27 de junho de 2015
Antonio Adolfo toca dez composições de sua obra no CD instrumental 'Tema'
♪ Em atividade musical desde 1963, o pianista, arranjador e compositor carioca Antonio Adolfo iniciou, a partir de 1967, parceria com o compositor (também carioca) Tibério Gaspar. Dessa primeira fornada de composições com Gaspar, saiu Tema triste, registrado em disco na voz de Iracema Werneck, em 1968, um ano antes da gravação de Maysa (1936 - 1977). Decorridos quase 50 anos da composição da música, Adolfo apresenta Variações sobre Tema triste na última das dez faixas de seu 24º álbum, intitulado justamente Tema. Produzido e arranjado pelo próprio Antonio Adolfo para o mercado fonográfico dos Estados Unidos, mas com distribuição no Brasil sendo feita pela gravadora carioca Rob Digital, o CD Tema rebobina - no tom de jazz à moda brasileira que caracteriza o som de Adolfo - composições criadas pelo artista ao longo dessas suas mais de cinco décadas de trajetória musical. A seleção inclui Alegria for all (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar), Natureza (Antonio Adolfo e Xic Chaves) e Trem da serra (Antonio Adolfo), entre outros temas. O sopro de novidade vem da banda formada por Adolfo para tocar no disco e que inclui, além obviamente do próprio Adolfo, Armado Marçal (percussão), Claudio Spiewak (violão), Jorge Helder (baixo), Leo Amuedo (guitarra), Marcelo Martins (sax e flauta) e Rafael Barata (bateria e percussão). Com capa criada por Julia Liberati a partir de uma tela de Bruno Liberati, Tema é CD gravado nos Estados Unidos para ser consumido (primordialmente) pelo público dos Estados Unidos.
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Tocando de Jacob a Guinga, Antonio Adolfo abre série de discos de piano
Em 2013, ao reformar e ampliar seu estúdio Tambor, como parte das celebrações por seus 15 anos de vida, a gravadora carioca Deck adquiriu diretamente da fábrica Yamaha, no Japão, um grand piano acústico. A aquisição desse instrumento motivou a criação da série O piano de..., formada por discos instrumentais gravados por pianistas virtuosos. O primeiro CD da série é do compositor, pianista e arranjador carioca Antonio Adolfo. Lançado neste mês de abril de 2014, o CD O piano de Antonio Adolfo alinha 14 temas em repertório dominado por clássicos da música brasileira. A felicidade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959), Canção que morre no ar (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli, 1961), Catavento e girassol (Guinga e Aldir Blanc, 1993), Copacabana (João de Barro e Alberto Ribeiro, 1946), Doce de coco (Jacob do Bandolim, 1951), Insensatez (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1961), Retrato em Branco e Preto (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1968) e Teletema (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, 1969) figuram na seleção de Adolfo. A canção norte-americana All the things you are (Jerome Kern e Oscar Hammerstein II, 1939) é o único tema estrangeiro do CD O piano de Antonio Adolfo, no qual o músico toca recente tema de sua autoria, Chora baião.
quarta-feira, 19 de março de 2014
Com jazz, Antonio Adolfo celebra Rio e choro de Ernesto Nazareth em CD
O compositor, pianista e arranjador carioca Antonio Adolfo celebra o choro e o Rio de Janeiro de seu conterrâneo Ernesto Nazareth (1863 - 1934) - compositor pioneiro na produção de choro, ritmo de início carimbado com rótulos como tango brasileiro e polca - em Rio, choro, jazz..., CD gravado por Adolfo por seu selo AAM Music. O próprio Adolfo produziu e arranjou este disco lançado neste mês de março de 2014 e direcionado primordialmente ao mercado dos Estados Unidos, país no qual o pianista está radicado há sete anos. Gravada com o acento jazzístico recorrente no álbum, a faixa-título Rio, choro, jazz - composta por Adolfo para o projeto - é a única música inédita do repertório completado com nove temas da lavra profícua de Nazareth. Entre o choro e o jazz, com toque de samba, como exibe Feitiço (1897), Adolfo toca temas como Brejeiro (1893), Coração que sente (1903), Cuéra (1912), Fon-fon (1913), Não caio noutra (1881), Nenê (1895), Odeon (1909) e Tenebroso (1913) com finas misturas.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Antonio Adolfo apronta no Rio dois discos para 2014, e um é para o Brasil
Radicado nos Estados Unidos há seis anos, o pianista carioca Antonio Adolfo gravou neste mês de dezembro de 2013, no Rio de Janeiro (RJ), dois discos para serem lançados em 2014. Ambos foram gravados no estúdio Tambor, da gravadora carioca Deck. Um deles - um disco de piano solo feito para o Brasil - vai ser lançado pela Deck já no primeiro semestre de 2014. O outro foi idealizado para o mercado internacional, tendo sido gravado por Antonio Adolfo com o baixista Jorge Helder, o saxofonista Marcelo Martins (na flauta) e o baterista Rafael Barata.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
'Feito em casa', pioneiro disco indie nativo de Adolfo, é reeditado em vinil
Um dos discos pioneiros do mercado indie brasleiro, Feito em casa - álbum lançado pelo pianista Antonio Adolfo em 1977 - ganha reedição no seu formato original de LP. Lançado originalmente pelo selo Artezanal, do pianista e compositor carioca, Feito em casa ganha reedição em LP dentro da série Clássicos em vinil, da Polysom. A reedição do álbum em vinil de 180 gramas vai chegar às lojas ainda neste mês de outubro de 2013. Feito em casa reúne onze músicas compostas, arranjadas e produzidas por Adolfo, sendo que Dia de paz é assinada em parceria com o compositor carioca Jorge Mautner. A também carioca Joyce Moreno figura em Acalanto. E o próprio Antonio Adolfo se aventura como cantor na música Aonde você vai?.
terça-feira, 7 de maio de 2013
'Finas misturas' de Antonio Adolfo mixa o jazz com sons e tons do Brasil
Dois anos após entrelaçar baião e choro em álbum intitulado Chora baião (2011), o pianista Antonio Adolfo se debruça sobre um repertório de jazz, mas sem tirar do ouvido os sons da música brasileira. É justamente a fusão do jazz com ritmos, tons e sentimentos do Brasil que guia o músico em Finas misturas, CD recém-lançado pelo selo AAM Music nos Estados Unidos - país no qual Adolfo se radicou há seis anos - com distribuição no mercado nacional via Sala de Som Records. Em Finas misturas, disco gravado no Rio de Janeiro (RJ) em dezembro de 2012, Adolfo alinha quatro temas de sua autoria - Balada (música composta nos anos 70), Floresta azul, Misturando (síntese do conceito do disco) e Três meninos (composição com toque de baião que poderia ter figurado no álbum anterior do músico) - entre músicas de gigantes do jazz, recriadas com o toque brasileiro do pianista. Adolfo bate na tecla da fusão do jazz com ritmos nacionais ao longo de todo o disco. Giant steps, tema do saxofonista norte-americano John Coltrane (1926 - 1967), ganha elementos de quadrilha, ritmo que anima as festas juninas do circuito do Nordeste do Brasil. Já Memories of tomorrow, música do pianista norte-americano Keith Jarret, é impregnada do sentimento da toada nacional enquanto Con alma, composição do trompetista norte-americano Dizzy Gillespie (1917-1993), é ambientada em clima de bossa nova. Por fim, um toque cool de samba tempera Time remembered, tema do pianista norte-americano Bill Evans (1929 - 1980). Guiado por sua piano, Adolfo gravou suas misturas finas na companhia dos músicos Claudio Spiewak (violão), Jorge Helder (baixo), Leo Amuedo (guitarra), Marcelo Martins (sax tenor e flauta) e Rafael Barata (bateria e percussão).
sábado, 25 de agosto de 2012
Carol Saboya harmoniza Ivan com Milton em 'Belezas' com influência do jazz
Resenha de álbum
Título: Belezas - The music of Ivan Lins and Milton Nascimento
Artista: Carol Saboya
Gravadora: AAM
Cotação: * * * *
♪ Disco lançado nos Estados Unidos, ainda à espera de edição no Brasil
Título: Belezas - The music of Ivan Lins and Milton Nascimento
Artista: Carol Saboya
Gravadora: AAM
Cotação: * * * *
♪ Disco lançado nos Estados Unidos, ainda à espera de edição no Brasil
♪ A música de Ivan Lins nunca soou tão próxima da obra de Milton Nascimento. E vice-versa. Sob a produção e os arranjos do pianista Antonio Adolfo, a cantora Carol Saboya harmoniza 12 temas dos compositores cariocas - com ênfase na tal influência do jazz - em Belezas - The music of Ivan Lins and Milton Nascimento, álbum lançado nos Estados Unidos em julho de 2012. As obras de Ivan e Milton são irmanadas com maestria e requinte harmônico neste disco que ressalta as afinidades jazzísticas entre os cancioneiros destes dois compositores projetados na era dos festivais. Ambos são cultuados no universo jazzístico norte-americano. E é para esse mundo que Belezas acena. Cantora de técnica perfeita, Saboya já mostra apurado senso rítmico na faixa que abre o disco. O arranjo de Adolfo joga Bola de meia, bola de gude (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1980) na batida do baião. Na sequência, a balada Who is in love here - versão em inglês de Brenda Russell para A noite (Ivan Lins e Vítor Martins, 1979) - enfatiza o tom jazzístico do disco nas passagens instrumentais recorrentes em todas as 12 faixas. É como se a voz afinada e límpida de Carol fosse mais um instrumento na banda liderada por Adolfo e formada por músicos como o violonista Claudio Spiewak, o baixista Jorge Helder - responsável pela linha suingante de Beleza e canção (Milton Nascimento e Fernando Brant, 2003) - e o baterista Rafael Barata. Além de Beleza e canção, o último real grande álbum de Milton, Pietá (Warner Music, 2003), fornece para o repertório a canção Tristesse (Milton Nascimento e Telo Borges, 2003), faixa valorizada em Belezas pelo solo do saxofone de Dave Liebman, convidado deste disco que vai ser apreciado mais por jazzófilos do que pelo público dos compositores celebrados por Saboya - ainda que as arquiteturas originais das melodias estejam preservadas no álbum, como atesta o registro meio etéreo experimentado pela cantora em Ânima (Milton Nascimento e Zé Renato, 1982). Alguns temas de Ivan Lins ganham abordagens bilíngues, casos de Soberana Rosa (Ivan Lins e Vítor Martins,1995) - ouvida também na letra em inglês escrita por Brenda Russells para a versão intitulada She walks this earth - e da balada Doce presença (Ivan Lins e Vítor Martins, 1983). Nesta canção, revisitada em Belezas com a gaita de Hendrik Meurkens, a letra predominante é a feita em inglês por Jane Monheit e intitulada Sweetest presence, mas Saboya entoa alguns em versos em português - talvez por ter ciência de que o idioma do disco é a rigor somente um: o do latin jazz, dominado pelos músicos, que simulam em Três Pontas (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1967) a batida do trem que percorre toda a obra de Milton Nascimento, cantor de voz divina, celebrada por Ivan Lins e Vítor Martins em Estrela guia (1995), música ouvida em português e também na inédita versão em inglês, Oh, shining star. É o tema mais apropriado para fechar este disco brilhante em que Carol Saboya aproxima e entrelaça estes dois cantadores da liberdade, trovadores da esperança, donos de obras e vozes movidas pela fé e pela paixão. Belezas da face mais nobre da plural música do Brasil.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Antonio Adolfo entrelaça obras de Chico e Guinga no álbum 'Chora Baião'
No momento em que Chico Buarque está prestes a lançar disco de inéditas em que se presume influência de Guinga na composição e harmonização do repertório autoral, o pianista Antonio Adolfo entrelaça a obra dos dois compositores no CD Chora Baião, editado no Brasil neste mês de julho de 2011 pelo selo AAM Music. Como dá a entender o título do disco, que vai ser lançado nos Estados Unidos em setembro, Adolfo também junta choro e baião em repertório que - além de oito temas de Chico e Guinga - apresenta três músicas da lavra autoral do pianista, sendo que duas, Chorosa Blues e Chora, Baião, são inéditas, tendo sido compostas especialmente para o projeto (a terceira é Chicote). De Guinga, Adolfo selecionou Dá o Pé, Loro, Nó na Garganta, Di Menor e Catavento e Girassol. De Chico, as escolhidas foram A Ostra e o Vento (adornada com vocalises da cantora Carol Saboya, filha de Adolfo), Gota d’Água e Morro Dois Irmãos. Única parceria de Guinga com Chico, Você, Você é a única faixa cantada do CD, sendo ouvida na voz da citada Carol Saboya. Adolfo gravou Chora Baião com quarteto formado pelo guitarrista Leo Amuedo, o baixista Jorge Helder, o baterista Rafael Barata e o percussionista Marcos Suzano. A capa do álbum expõe ilustração de Bruno Liberati.
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