♪ Anelis Assumpção está lançado compacto de vinil com remix, em dub, de Eu gosto assim, música de autoria da cantora e compositora paulistana, lançada pela artista em seu segundo álbum, Anelis Assumpção e os Amigos Imaginários (Scubidu Records / Pommelo Distribuições, 2014). Assinado por Victor Rice, o remix de Eu gosto assim ocupa o lado A do compacto produzido a convite da Vynil Lab e da Brasilis Grooves. No lado B, o disco reproduz apenas arte do artista de rua Paulo Ito.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
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segunda-feira, 26 de outubro de 2015
sábado, 25 de abril de 2015
Levadas sustentam o show em que Anelis se banha em águas jamaicanas
Resenha de show
Título: Anelis Assumpção & os Amigos Imaginários
Artista: Anelis Assumpção (em foto de Rodrigo Goffredo)
Local: Teatro do Oi Futuro Ipanema (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 24 de abril de 2015
Cotação: * * * *
Em cartaz até 25 de abril de 2015 no projeto Levada, do teatro do Oi Futuro Ipanema (RJ)
Título: Anelis Assumpção & os Amigos Imaginários
Artista: Anelis Assumpção (em foto de Rodrigo Goffredo)
Local: Teatro do Oi Futuro Ipanema (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 24 de abril de 2015
Cotação: * * * *
Em cartaz até 25 de abril de 2015 no projeto Levada, do teatro do Oi Futuro Ipanema (RJ)
♪ Anelis Assumpção se banha na praia do reggae e do dub em seu segundo álbum solo, Anelis Assumpção & os Amigos Imaginários (Scubidu Records / Pommelo Distribuições, 2014). Mas seria redutor restringir o azeitado som da cantora e compositora paulistana ao universo musical jamaicano. Há também levadas cubanas, batidas de rap, pegadas de rock e prosódias que evocam a obra desassossegada do compositor paulistano Itamar Assumpção (1949 - 2003), pai da artista. Aliás, é sintomático que a estreia carioca do show baseado no segundo álbum de Anelis tenha sido feita em projeto intitulado Levada, cuja quarta edição teve início neste último fim de semana de abril de 2015 no teatro do Oi Futuro Ipanema. Afinal, o som de Anelis - como visto e ouvido no show da noite de ontem, 24 de abril de 2015 - seduz mais pelo groove do que pelas músicas em si, embora Anelis tenha mostrado no segundo álbum notória evolução na sua produção autoral em relação ao primeiro CD solo, Sou suspeita, estou sujeita, não sou santa (Scubidu Records, 2011). Mas há algo mais do que o balanço sustentado pela banda entrosada e afiada na qual sobressai o sopro viçoso de Edy Trombone. As letras espertas apontam desde a primeira música do roteiro, Cê tá com tempo? (Anelis Assumpção, 2014), cantora e compositora disposta a jogar conversa dentro. E a conversa é tida várias vezes na cadência do reggae e do dub, gêneros que dão o tom de músicas como Neverland (Anelis Assumpção e Beto Villares, 2011), Mau juízo (Anelis Assumpção, 2014) - tema que embute citação de The firs time ever I saw your face (Ewan MacColl, 1957) - e Secret (Anelis Assumpção e Cris Scabello, 2011). Já Song to Rosa (Anelis Assumpção, 2014) atinge a velocidade do ska. Nenhuma novidade para quem já conhece o som e as preferências musicais de Anelis. A surpresa do roteiro foi a inédita Se a água acabar, (boa) parceria com o compositor paulistano Rodrigo Campos que faz na letra analogia entre a aridez afetiva - com versos inspirados como "Me castiga na secura / Me afoga na poeira" - e a escassez de água que assusta e assola a cidade de São Paulo (SP). Outro destaque do roteiro e do disco Amigos Imaginários é Devaneios (2014), música em que Anelis canta no show o rap que, no álbum, está confiado ao baiano Russo Passapusso, parceiro da artista na excelente composição. No bis, a lembrança de Mil e uma noites de Bagdá (Jorge Mautner e Nelson Jacobina, 1976) - número recorrente nos shows da artista desde a turnê do primeiro álbum solo - é respiro pop em roteiro que volta a se banhar em águas jamaicanas com o cover de You don't love me (No, no, no) (Dawn Penn, Bo Diddley e Willie Cobbs, 1994), sucesso da cantora Dawn Penn. Enfim, ao lado dos amigos reais de sua superbanda não creditada em cena pela cantora, Anelis Assumpção consolida neste show dançante, calcado no groove, a evolução exposta no disco editado em 2014.
Anelis dá voz em show no 'Levada' à inédita composta com Rodrigo Campos
♪ "Se a água acabar / Vou te deixar / Eu te avisei mais de uma vez / Você não quer acreditar", alertou Anelis Assumpção no refrão de Se a água acabar. Música inédita, composta pela artista paulistana em parceria com o conterrâneo Rodrigo Campos, Se a água acabar foi a boa surpresa do roteiro do show Amigos imaginários, baseado no segundo homônimo álbum da cantora e compositora. A música foi cantada pela primeira vez por Anelis na estreia carioca do show, agendada dentro da programação da quarta edição do projeto Levada, em cartaz no teatro do Oi Futuro Ipanema, no Rio de Janeiro (RJ). Outra novidade - na voz de Anelis - foi a citação em Mau juízo (Anelis Assumpção, 2014) da canção The first time ever I saw your face (Ewan MacColl, 1957), sucesso em vozes norte-americanas como a da cantora Roberta Flack. Novidades à parte, o mote da apresentação feita na noite de ontem, 24 de abril de 2015, foi o repertório do álbum Amigos imaginários (Scubidu Records, 2014), do qual a artista cantou músicas autorais como Devaneios (Anelis Assumpção e Russo Passapusso, 2014) e Song to Rosa (Anelis Assumpção, 2014). Fora da seara autoral, a cantora deu voz no bis a reggae da cantora jamaicana Dawn Penn, You don't love me (No no, no), de 1994. Eis o roteiro seguido em 24 de abril de 2015 por Anelis Assumpção - em foto de Rodrigo Goffredo - na estreia carioca de Amigos imaginários, show que fica em cartaz até 25 de abril no projeto Levada, do Oi Futuro Ipanema, no Rio:
2. Eu gosto assim (Anelis Assumpção, 2014)
3. Mau juízo (Anelis Assumpção, 2014) /
The first time ever I saw your face (Ewan MacColl, 1957)
4. Por quê? (Anelis Assumpção, 2014)
5. Secret (Anelis Assumpção e Cris Scabello, 2011)
6. Se a água acabar (Anelis Assumpção e Rodrigo Campos) - Música inédita em disco
7. Inconcluso (Anelis Assumpção, 2014)
8. Song to Rosa (Anelis Assumpção, 2014)
Ba ba boom (The Jamaicans, 1967)
9. Devaneios (Anelis Assumpção e Russo Passapusso, 2014)
10. Como é gostoso (Anelis Assumpção, 2011)
11. Neverland (Anelis Assumpção e Beto Villares, 2011)
12. Toc toc toc (Anelis Assumpção, 2014
Bis:
13. Mil e uma noites de Bagdá (Jorge Mautner e Nelson Jacobina, 1976)
14. Not falling (Anelis Assumpção e Giba Nascimento, 2012)
15. You don't love me (No, no, no) (Dawn Penn, Bo Diddley e Willie Cobbs, 1994)
- com citação de música de Anelis Assumpção com Arruda
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Com 'Amigos imaginários', Anelis joga conversa dentro e (a)firma seu estilo
Resenha de CD
Título: Amigos imaginários
Artista: Anelis Assumpção
Gravadora: Scubidu Records / Pommelo Distribuições
Cotação: * * * *
Título: Amigos imaginários
Artista: Anelis Assumpção
Gravadora: Scubidu Records / Pommelo Distribuições
Cotação: * * * *
♪ "Oi, tudo bem? (...) Eu tô aqui pra jogar conversa dentro. Você tá com tempo? Eu tô aqui...", se coloca à disposição Anelis Assumpção, por meio de versos de Cê tá com tempo? (Anelis Assumpção), uma das doze inéditas músicas autorais de seu segundo álbum solo, Amigos imaginários. Já na faixa que abre o disco, disponível para download gratuito e legalizado no site oficial da artista, a cantora e compositora paulistana convida o ouvinte a entrar no universo desse álbum que firma sua carreira solo e seu estilo autoral. Como o lançamento de Song to Rosa (Anelis Assumpção), canção levada no ritmo veloz do ska, já havia sinalizado em junho, o disco reedita o alto nível de inspiração de seu antecessor Sou suspeita Estou sujeita Não sou santa (Scubidu Records, 2011). Gravado entre fevereiro e maio deste ano de 2014, com produção dividida entre Anelis, Bruno Buarque (bateria), Cris Scabello (guitarra), MAU (baixo) e Zé Nigro (teclados), Amigos imaginários tem forte tempero latino, mas extrapola ritmos e latitudes. Tal tempero é detectado já na levada da segunda faixa, Eu gosto assim (Anelis Assumpção), e no acento cubano de Inconcluso (Anelis Assumpção), abolerada balada cantada em espanhol e aditivada com toque de reggae. Parte do molho do CD, aliás, vem da Jamaica. Temas como Mau juízo estão imersos no universo dub. Devaneios cai no suingue com a voz rapeada do cantor e compositor baiano Russo Passapusso, parceiro de Anelis na ótima composição. Já Minutinho - parceria de Anelis com Alzira E., arrudA (poeta que tem feitos boas conexões musicais com a cena paulista contemporânea) e Jerry Espíndola - é rock que figura entre os grandes momentos do CD. Também há algo de rock (e de samba...) - mas no sentido mais heterodoxo dos dois gêneros - em Declaração, música turbinada com as guitarras personalíssimas de Kiko Dinucci e Rodrigo Campos. Músico fundamental na atual cena musical paulistana, Dinucci é parceiro de Anelis na composição, feita com a adesão de Céu. Como ressalta apropriadamente a colega Tulipa Ruiz no atento texto que escreveu para apresentar o CD, Amigos imaginários é um disco de bando que tem um som de banda, formada pelos produtores do álbum com a adesão de Edy Trombone e de músicos eventuais que tocam em uma ou outra faixa. A sonoridade antenada valoriza músicas em si menos envolventes, como Por quê? (Anelis Assumpção). E esse som parece organizado, preciso, servindo bem a Toc toc toc (Anelis Assumpção) - outra música que sobressai menos no conjunto da obra - e a Deuso deusa (Anelis Assumpção), tema de base percussiva que fecha com aura meio sagrada Amigos imaginários, disco em que Anelis Assumpção joga conversa dentro com boas letras e músicas, (a)firmando seu estilo.
terça-feira, 3 de junho de 2014
Com clipe, 'Song to Rosa' anuncia segundo álbum de Anelis Assumpção
♪ Já em rotação na web, com clipe dirigido por Ava Rocha, a gravação de Song to Rosa é vindouro aperitivo do segundo álbum solo da cantora e compositora paulista Anelis Assumpção. Intitulado Anelis Assumpção e os Amigos Imaginários, o CD tem lançamento previsto para o segundo semestre de 2014. Inspirada composição de autoria solitária de Anelis, Song to Rosa é introduzida como canção, mas logo cai em batida que remete ao ritmo veloz do ska enquanto perfila a personagem-título, uma Rosa que rebolou na pista e que viveu a morte enquanto gerava uma vida. Sem se prender ao ritmo do ska, a gravação reafirma o estilo personalíssimo da filha do compositor paulista Itamar Assumpção (1949 - 2003). Com arranjo de metais orquestrado por Edy Trombone e Zé Nigro com a própria Anelis, a gravação de Song to Rosa tem vocais de Céu e Thalma de Freitas, cantoras que formam com Anelis o trio Negresko Sis. O baterista Bruno Buarque e o baixista MAU tocam na faixa - ótimo aperitivo do CD de Anelis.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Sem esquecer Itamar, Anelis apresenta seu próprio som no RecBeat 2013
Recife (PE) - Em 2007, Anelis Assumpção foi uma das atrações do RecBeat, o festival que faz folia na Capital de Pernambuco, durante o Carnaval, com sua programação alternativa. Na ocasião, a filha de Itamar Assumpção (1949 - 2003) celebrou a obra de seu pai na companhia da banda Isca de Polícia e comprovou o quanto o compositor paulista era querido pelo público antenado do Recife (PE). Seis anos depois, a cantora e compositora voltou ao RecBeat para se apresentar na 18ª edição do festival realizado no Polo Mangue do Carnaval do Recife, situado no Cais da Alfândega. Mas, desta vez, para mostrar seu próprio som. Sem esquecer Itamar, reverenciado ao fim do show com a abordagem de Nego Dito (Itamar Assumpção, 1980), Anelis priorizou música de sua própria lavra, a maioria registrada em seu primeiro disco solo, Sou suspeita Estou sujeita Não sou santa (2011) - caso de Luz dos meus olhinhos (Anelis Assumpção, Rubi Assumpção e Jerry Espíndola). Com seu groove de densas camadas sonoras, Anelis Assumpção se apresentou na segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013, na terceira das quatro noites do festival, cuja programação da edição 2013 foi montada com shows de Karina Buhr, Tulipa Ruiz, Céu e BNegão & Seletores de Frequência, entre outros nomes internacionais.
Foto: Rodrigo AmaralO blog Notas Musicais cobre o Carnaval do Recife (PE) a convite da Prefeitura do Recife.
domingo, 6 de maio de 2012
Anelis vai na 'Bubuia' com Céu no bis da passagem carioca da 'Caravana'
Já que Anelis Assumpção não estava a passeio no Circo Voador (RJ), onde fez sua primeira apresentação carioca na noite de 5 de maio de 2012, a cantora e compositora paulista foi na Bubuia com Céu. Anelis - vista com a colega na foto de Rodrigo Amaral - foi a (previsível) convidada da estreia no Rio de Janeiro (RJ) do show Caravana Sereia Bloom, de sua amiga e parceira. No bis do show de Céu, iniciado já na madrugada desde domingo, 6 de maio, Anelis entrou em cena em Bubuia, música que compôs e gravou com Céu e Thalma de Freitas para o segundo álbum de Céu, Vagarosa (2009). Como Céu observou no palco do Circo Voador, faltou somente Thalma de Freitas para o trio Negresko Sis ficar completo, já que Anelis foi na Bubuia.
Anelis lança reggae inédito em compacto de 45 rpm já posto na internet
Reggae da lavra de Anelis Assumpção com Giba Nascimento, Not Falling está sendo lançado pela cantora e compositora paulista em compacto de vinil de 45 rotações por minuto. À venda nos shows da artista por R$ 20, a partir deste mês de maio de 2012, o compacto já teve seu lado A disponibilizado para download gratuito pela Scubidu Records (clique aqui para baixar a faixa). O lado B traz outra versão do reggae aditivado com dub no azeitado registro de Anelis.
Com alta dose de reggae, Anelis capricha na estreia em palcos cariocas
Resenha de show
Título: Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa
Artista: Anelis Assumpção (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Circo Voador (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 5 de maio de 2012
Cotação: * * * 1/2
Título: Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa
Artista: Anelis Assumpção (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Circo Voador (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 5 de maio de 2012
Cotação: * * * 1/2
Ainda em fase de promoção de seu primeiro disco solo, Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa (2011), lançado após anos de militância na cena indie paulista, Anelis Assumpção fez seu primeiro show no Rio de Janeiro (RJ) na noite de sábado, 5 de maio de 2012. Abrindo para a estreia carioca do show Caravana Sereia Bloom de sua amiga Céu, com quem tem parentescos musicais, a filha de Itamar Assumpção (1949 - 2003) mostrou um show caprichado para quem chegou cedo ao Circo Voador para ver a apresentação da colega de Anelis no trio Negresko Sis. O capricho ficou evidente na luz desenhada por Fernanda Carvalho, nas projeções expostas ao longo dos dez números, no toque hype da banda e na própria performance de Anelis. O som da artista transita pela mesma trilha indie que pautou a trajetória de Itamar. Bem menos palatável e pop do que o de Céu, o repertório de Anelis reitera o caráter instigante e inquieto da cantora e compositora. Provavelmente ciente de que seu repertório autoral soa mais rico em texturas no disco, por conta da adesão de vasto time de colaboradores do CD, Anelis incluiu apenas cinco das 17 músicas do álbum - quinze entraram no CD e duas foram alocadas como bônus da edição em vinil - para se permitir investir em searas alheias condizentes com o espírito de seu trabalho. Referência forte na vida e na obra de Anelis, a música de Itamar é exposta logo na abertura com Mulher Segundo Meu Pai, tema do compositor paulista que o desativado grupo DonaZica - integrado por Anelis - gravou em 2005. Na sequência, Anelis apresenta inédita do baú do pai, O Que Você Tem Feito?, parceria de Itamar com Alice Ruiz que teve breve trecho (re)citado por Ruiz em faixa do CD Paralelas (Duncan Discos, 2005), gravado com sua parceira Alzira E. Da lavra própria, Anelis caiu no samba torto Passando a Vez (Anelis Assumpção e Luz Marina) e chutou bem a redonda Bola com os Amigos (Itamar Assumpção), tema espirituoso de ótica feminina cuja atmosfera dub embola o meio de campo rítmico. Oportuna lembrança da obra de Jards Macalé ("Um dos malditos mais benditos do Rio de Janeiro", na afetuosa definição dada pela artista em cena), Negra Melodia (Jards Macalé e Waly Salomão, 1977) joga o show na praia do reggae. E é nessa onda jamaicana que Anelis surfa na metade final do show ao cantar Neverland (Anelis Assumpção e Beto Villares), a inédita Not Falling - parceria com Giba Nascimento, lançada em compacto de vinil posto à venda a partir deste mês de maio de 2012 - e Luz dos Meus Olhinhos (Anelis Assumpção, Rubi Assumpção e Jerry Espíndola). A dose alta de reggae impediu o público de travar contato com outras caras da multifacetada obra de Anelis. Contudo, no fim, a sedutora abordagem de Mil e Uma Noites de Bagdá (Jorge Mautner e Nelson Jacobina, 1976) reiterou a boa impressão deixada pela artista em sua estreia carioca - ainda que o som demasiadamente indie de Anelis não tenha chegado a contagiar o público que esperava pela caravana pop de Céu. "Eu vou vestir o mar / Vou me fingir de peixe", poetizou Anelis Assumpção via letra de Sonhando (Karina Buhr) para quem ansiava pelo canto da sereia.
Anelis canta 'benditos malditos' Macalé e Mautner em sua estreia no Rio
"A gente não podia deixar de homenagear um dos malditos mais benditos do Rio de Janeiro", justificou Anelis Assumpção após cantar o reggae Negra Melodia em seu primeiro show em palcos cariocas, feito no Circo Voador, em 5 de maio de 2012, na abertura do show de Céu. Anelis - vista em foto de Rodrigo Amaral - se referia a Jards Macalé, parceiro do poeta e compositor Waly Salomão (1943 - 2003) no pioneiro reggae nacional, gravado por Macalé no álbum Contrastes (Som Livre, 1977). Além de Macalé, a filha de Itamar Assumpção (1949 - 2003) - um dos mais benditos malditos de São Paulo, evocado já no início do show com Mulher Segundo Meu Pai - reverenciou outro bendito maldito carioca, Jorge Mautner, lembrado com As Mil e Uma Noites de Bagdá, parceria com Nelson Jacobina que deu título ao álbum lançado por Mautner em 1976. Dentro de sua seara autoral, Anelis cantou o reggae Not Falling - música inédita que compôs em parceria com Giba Nascimento e que está lançando este mês em compacto de vinil - entre músicas de seu primeiro álbum, Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa, editado no mercado independente em 2011 nos formatos de CD e vinil. Eis o curto roteiro seguido com brilho por Anelis Assumpção em seu primeiro show no Rio de Janeiro (RJ):
1. Mulher Segundo Meu Pai (Itamar Assumpção, 2005)
2. O Que Você Tem Feito? (Itamar Assumpção e Alice Ruiz) - inédita
3. Passando a Vez (Anelis Assumpção e Luz Marina, 2011)
4. Bola com os Amigos (Anelis Assumpção, 2011)
5. Negra Melodia (Jards Macalé e Waly Salomão, 1977)
6. Sonhando (Karina Buhr, 2011)
7. Neverland (Anelis Assumpção e Beto Villares, 2011)
8. Not Falling (Anelis Assumpção e Giba Nascimento, 2012)
9. Luz nos meus Olhinhos (Anelis Assumpção, Rubi Assumpção e Jerry Espíndola, 2011)
10. Mil e Uma Noites de Bagdá (Jorge Mautner e Nelson Jacobina, 1976)
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Anelis honra a dinastia dos Assumpção em inquieto primeiro álbum solo
Resenha de CD
Título: Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa
Artista: Anelis Assumpção
Gravadora: Scubidu Records
Cotação: * * * 1/2
Título: Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa
Artista: Anelis Assumpção
Gravadora: Scubidu Records
Cotação: * * * 1/2
Presença recorrente no circuito paulista de shows ao longo dos anos 2000, Anelis Assumpção lança, enfim, seu primeiro álbum solo, Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa, produzido pela artista com o tecladista Zé Nigro. De título incomum, extraído da canção acústica Deita, o disco honra a dinastia da artista, filha de Itamar Assumpção (1949 - 2003), cuja voz é ouvida logo na abertura. Sampleada pela baterista Simone Sou, a voz de Itamar anuncia Mulher Segundo meu Pai - música da lavra do compositor, um dos pilares da vanguarda paulista - e se faz ouvir também nos beatboxs que pontuam a faixa. Na sequência, Bola com os Amigos (Anelis Assumpção) flerta com o dub e, ao expor o trabalho autoral da cantora, sinaliza o parentesco eventual do som de Anelis com o de Céu - nome, não por acaso, recorrente na ficha técnica do disco. Céu faz, por exemplo, alguns vocais de Secret, faixa em inglês assinada por Anelis com a guitarrista Cris Scabello que desagua na praia do reggae. Aliás, o ritmo jamaicano também embala Neverland (Anelis Assumpção e Beto Villares), faixa de tom onírico que ostenta as vozes da mesma Céu e de Thalma de Freitas, colegas de Anelis no trio Negresko Sis e convidadas também da jazzy Alta Madrugada (Anelis Assumpção). De poética inusitada ("Eu quero ter uma vida sustentável com o meu amor / Consumir conscientemente gozo e angústias"), Amor Sustentável (Anelis Assumpção e Cris Scabello) combina a voz incidental do ator Gero Camilo com a guitarra de Gustavo Ruiz enquanto Passando a Vez (Anelis Assumpção) cai bem no samba com suave arsenal percussivo. Fora da seara autoral, Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa surpreende ao flertar com o afrobeat em Sonhando, tema de Karina Burh, gravado por Anelis com apropriada citação de fonograma de Fela Kuti (1938 - 1997), pioneiro ícone do gênero. Os metais esquentam a faixa. Já a temperatura de Estrela (Anelis Assumpção) - canção que soa quase como vinheta, por conta da letra próxima de um hai kai - é intencionalmente mais baixa. E por falar em poesia, Quaresmeira (Anelis Assumpção e Jerry Espíndola) salpica fina poesia no tempo da delicadeza, quase como se a música estivesse suspensa no ar. O encontro da voz de Anelis com a da convidada Alzira E resulta bonito. Entre faixa em inglês cantada em clima de cabaré (One Day, de Anelis Assumpção) e tema que recorre ao canto falado do rap (Como É Gostoso, faixa-bônus da edição digital e do vinil), Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa apresenta a sequência da faixa Deita e reitera a assinatura musical da artista em Luz nos Meus Olhinhos (Anelis Assumpção, Rubi Assumpção e Jerry Espíndola). No todo, ao longo de suas 17 faixas (O Importante É o que Interessa é faixa-bônus turbinada com rap de Rodrigo Brandão e alocada somente no vinil e na edição digital), o inquieto disco confirma a força de Anelis Assumpção independentemente de sua nobre origem.
sábado, 23 de abril de 2011
Filha de Itamar, Anelis lança disco em junho com adesões de Céu e Gero
Filha de Itamar Assumpção (1949 - 2003), Anelis Assumpção já é figura conhecida na cena indie paulista por suas conexões com cantoras como Céu e Tulipa Ruiz. Por isso mesmo, há expectativa sobre o álbum que Anelis vai lançar em 9 de junho de 2011. Sou Suspeita. Estou Sujeita. Não Sou Santa vai ser editado nos formatos de CD de vinil. O repertório autoral inclui temas como Bola com os Amigos, Neverland (parceria de Anelis com Beto Villares, gravada com a voz de Céu e o trombone de Bocato em ambiência jazzy), Amor Sustentável (música da lavra de Anelis com Cris Scabello que inclui texto recitado em inglês pelo ator Gero Camilo) e Estrela (tema de apenas dois versos, formatado com as percussões artesanais de Simone Sou e Bruno Buarque). Gravado entre junho de 2009 e janeiro de 2011, em São Paulo (SP), Sou Suspeita. Estou Sujeita. Não Sou Santa foi produzido por Anelis com Zé Nigro, com exceção da faixa Quaresmeira, pilotada por Gustavo Ruiz, guitarrista que toca no disco ao lado de músicos como o baterista Curumin. A foto acima, de Anna Turra, ilustra a capa do CD.
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