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sexta-feira, 10 de julho de 2015
Produzido por Raul, o primeiro álbum de Sampaio vai ser (re)editado em vinil
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Salles dilui a densidade do samba de Sampaio entre a seresta e o quintal
Resenha de CD
Título: Sérgio samba Sampaio
Artista: Chico Salles
Gravadora: Zeca PagoDiscos / Universal Music
Cotação: * * 1/2
Título: Sérgio samba Sampaio
Artista: Chico Salles
Gravadora: Zeca PagoDiscos / Universal Music
Cotação: * * 1/2
O cantor e compositor capixaba Sérgio Sampaio (1947 - 1994) soube cair no samba com a consciência social exigida de quem despontou nos anos 1970, década em que, se um artista não era contra, ele podia ser acusado de ser a favor. Sem tom panfletário, Sampaio mandou seu recado velado através de versos metafóricos como "Quem manda em mim sou eu / Quem manda em você é você", do samba Até outro dia (1976). Este samba - o mais inspirado da produção do compositor no gênero - abriu o segundo grande álbum de Sampaio, Tem que acontecer (Continental, 1976), e abre o sexto CD do cantor paraibano Chico Salles, Sergio samba Sampaio (2013), dedicado aos sambas do marginalizado artista. Habituado a um repertório de tom forrozeiro, Salles dilui a densidade do sambas compostos por Sampaio ao agregá-los neste disco editado pelo selo Zeca PagoDiscos, do cantor carioca Zeca Pagodinho. Contudo, mesmo fora do contexto e subtexto originais, os sambas de Sampaio - que entrou na avenida em 1972, com o estouro da marcha Eu quero é botar o meu bloco na rua, e saiu de cena há 20 anos, já esquecido - resistem ao tempo e às interpretações opacas de Salles. Os produtores Henrique Cazes e José Milton acertam ao ambientar em clima de fundo de quintal o medley que aglutina Polícia, bandido, cachorro, dentista - samba do quarto póstumo álbum de Sampaio, Cruel, editado em 2006 - e O que pintar, pintou (1976), partido alto cantado por Salles com Zeca Pagodinho. Outro destaque é Cada lugar na sua coisa (1976), tema inserido em universo seresteiro que condiz com o verso "Lugar de poesia é na calçada". A participação de Raimundo Fagner valoriza a faixa. Recorrente em temas como Nem assim (1983), o adorno seresteiro envolve História de boêmio (Um abraço em Nelson Gonçalves) (1977), recontada por Salles com a adesão do convidado maranhense Zeca Baleiro, artista que reeditou álbuns de Sampaio por seu selo Saravá Discos. Já Cala a boca, Zé Bedeu - samba da lavra do compositor capixaba Raul Sampaio, mas gravado pelo conterrâneo Sérgio no seu primeiro álbum, de 1973 - soaria mais natural na voz e com a verve do partideiro pernambucano Bezerra da Silva (1917 - 2005), mais vocacionado para cantar versos jocosos como "Que mulher danada / Essa que eu arranjei / Ela é uma jararaca, meu Deus / Com ela, eu me casei". Como já explicita seu título, Chorinho inconsequente (Sérgio Sampaio e Erivaldo Santos, 1971) se insinua fora do universo do samba. E o fato é que a maior e melhor parte do repertório de Sérgio Samba Sampaio vem do álbum mais coeso de Sampaio, o já mencionado Tem que acontecer, de cujo repertório Salles rebobina composições como O filho do ovo, Quanto mais e Velho bode (parceria de Sampaio com Sérgio Natureza). Bem mais para a seresta do que para o fundo de quintal, Chico Salles põe o bloco na rua com CD em que a ideia é melhor do que sua realização.
sábado, 21 de abril de 2012
Baleiro inclui música de Sampaio no roteiro da estreia carioca de show
Foi no Circo Voador, em julho de 1989, que Zeca Baleiro conheceu o compositor capixaba Sérgio Sampaio (1947 - 1994). Por isso mesmo, o artista maranhense - visto em foto de Rodrigo Amaral - resolveu incluir música de Sampaio, Que Loucura (1976), no roteiro do show Calma Aí, Coração durante a passagem da turnê pelo Rio de Janeiro (RJ). Afinal, a estreia carioca do show inspirado n'O Disco do Ano aconteceu no lendário Circo Voador, já aos primeiros minutos deste sábado, 21 de abril de 2012. A homenagem fez sentido não somente pelo local da apresentação. Admirador da obra de Sampaio, Baleiro finalizou e editou por seu selo Saravá Discos o disco que o colega deixara inacabado, Cruel (2006), além de ter reeditado em CD, em 2011, o quarto álbum de Sampaio, Sinceramente, lançado originalmente em 1982.
sábado, 5 de novembro de 2011
Baleiro reedita 'Sinceramente', terceiro e último disco de Sérgio Sampaio
Projeto antigo de Zeca Baleiro, a reedição em CD de Sinceramente - o terceiro e último álbum do cantor e compositor capixaba Sérgio Sampaio (1947 - 1994) - chega enfim ao mercado fonográfico neste mês de novembro de 2011 em tiragem de mil cópias produzida pelo selo de Baleiro, Saravá Discos. Título de cotação bastante alta na bolsa de discos, pela sua raridade, Sinceramente foi gravado e lançado por Sampaio em 1982, quando ele já amarga injusto ostracismo após ter lançado dois álbuns, Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (1973) e Tem que Acontecer (1976), dignos de figurar em qualquer antologia da MPB dos anos 70. Disco produzido pelo próprio Sérgio Sampaio, Sinceramente alinha onze temas autorais compostos solitariamente pelo artista (com exceção de Cabra Cega, parceria com Sérgio Natureza). Em Doce Melodia, o cantor recebe Luiz Melodia, único convidado do álbum. Em Homem de Trinta, música que abre o repertório de Sinceramente, Sampaio faz inventário existencial, alardeando com orgulho o fato de estar levando uma vida sã. Infelizmente, o lançamento independente de Sinceramente não tirou o artista do ostracismo. Luiz Calanca - dono do selo paulista Baratos Afins, fundamental na cena indie dos anos 80 - chegou a custear a gravação de demo de voz e violão de Sampaio, mas o cantor não conseguiria botar novamente um disco na rua. Morreu em 1994 sem conseguir lançar seu sonhado quarto álbum, Cruel, finalizado e lançado em 2006 por Baleiro para seu selo Saravá Discos, por onde, decorridos cinco anos, Sinceramente ganha enfim sua primeira e merecida reedição em CD com a capa original e encarte com as 11 letras.
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