O selo carioca Discobertas presta outro inestimável serviço aos colecionadores de discos com a edição da caixa Pery internacional, já à venda no Brasil. Esta segunda caixa com reedições de títulos da discografia do cantor carioca Pery Ribeiro (1937 - 2012) é ainda mais valiosa do que sua antecessora, Pery Ribeiro anos 60 (2013), por embalar joias raríssimas de profícua fase internacional da discografia do artista. Lançados originalmente entre 1967 e 2012, todos os sete títulos reeditados sob produção do pesquisador musical Marcelo Fróes - Gemini V en México (1967), Pery (1968), Bossa Rio (1968), Bossa Rio - Alegria! (1969), Bossa Rio - Live in Japan (1970), Pery Ribeiro (1971) e Pery Ribeiro (1972) - eram até então inéditos em CD no Brasil. Os dois últimos discos da caixa, ambos intitulados Pery Ribeiro e gravados para o Brasil, são primorosos e flagram o cantor em fase áurea. Contudo, os discos internacionais se impõem para os colecionadores por serem títulos muitos obscuros no Brasil, sobretudo o Bossa Rio Live in Japan, gravado ao vivo em 1970 - com a participação do compositor e pianista acreano João Donato - para o mercado do Japão, país aonde já tinha sido lançado em CD. Gravado para os Estados Unidos em 1969, com produção do compositor e músico fluminense Sergio Mendes e com Pery à frente do grupo Bossa Rio, Alegria! também era raridade no mercado nacional. Sucedeu outro disco gravado pelo Bossa Rio nos EUA com produção de Sergio Mendes, em 1968, e também reeditado na caixa Pery internacional. Antes, no México, o cantor já gravara dois discos, Gemini V en México (1967) e Pery (1968), também reeditados nesta boa caixa com a reprodução das capas, contracapas, encartes e selos dos álbuns originais.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
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domingo, 6 de abril de 2014
sexta-feira, 21 de março de 2014
Eis a capa da caixa que embala os discos da fase internacional de Pery
Esta é a capa de Pery internacional, a caixa produzida pelo selo carioca Discobertas com reedições de sete títulos raros da discografia do cantor carioca Pery Ribeiro (1937 - 2012), lançados entre 1967 e 1972. Oportuna sequência da caixa Pery Ribeiro anos 60 (2013), Pery internacional abarca fase - a segunda metade dos anos 1960 - em que a carreira fonográfica do intérprete esteve direcionada para o mercado externo. Gemini V en México (1967), Pery (1968), Bossa Rio (1968), Bossa Rio - Alegria!(1969), Bossa Rio Live in Japan (1970), Pery Ribeiro (1971) e Pery Ribeiro (1972) são os discos embalados nessa caixa do selo Discobertas.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Discobertas encaixota mais sete álbuns de Pery, cobrindo fase 1967-1972
Dando continuidade à oportuna revitalização da discografia do cantor carioca Pery Ribeiro (27 de outubro de 1937 - 24 de fevereiro de 2012), o selo carioca Discobertas manda para as lojas, entre março e abril de 2014, uma segunda caixa com reedições de álbuns do artista. Sucessora da caixa Pery Ribeiro anos 60 (2013), que embalou sete discos do período 1961 - 1966, essa segunda caixa repõe em catálogo mais sete álbuns do cantor, abrangendo fase que vai de 1967 a 1972 - período em que Pery teve discos gravados com os grupos Bossa Rio, Bossa Três e Primo Quinteto. Foi a fase também que a discografia do cantor extrapolou as fronteiras do Brasil. Produzida pelo pesquisador musical Marcelo Fróes, criador do selo Discobertas, a caixa embala os álbuns Gemini V en México (1967), Pery (1968), Bossa Rio (1968), Bossa Rio - Alegria! (1969), o raríssimo Bossa Rio Live in Japan (1970), Pery Ribeiro (1971) - disco cuja capa expõe a foto que ilustra este post - e Pery Ribeiro (1972), álbum turbinado com preciosa e rara música-bônus, Do lado do coração, do cantor e compositor cearense Raimundo Fagner. De compacto, a faixa integrou a trilha sonora da novela Jerônimo, herói do sertão (TV Tupi).
terça-feira, 23 de julho de 2013
Força do abraço coletivo de Pery em Simonal varia ao longo de CD duplo
Resenha de CD
Título: Pery Ribeiro abraça Simonal - Dueto com amigos
Artista: Pery Ribeiro
Gravadora: Atração Fonográfica
Cotação: * *
Título: Pery Ribeiro abraça Simonal - Dueto com amigos
Artista: Pery Ribeiro
Gravadora: Atração Fonográfica
Cotação: * *
Tivesse sido gravado nos anos 60 ou 70, no auge da forma vocal de Pery Ribeiro (27 de outubro de 1937 - 24 de fevereiro de 2012), o CD Pery Ribeiro abraça Simonal - Dueto com amigos poderia ter resultado antológico, talvez até mesmo histórico. Afinal, trata-se de tributo de grande cantor de sua época a outro grande cantor da mesma geração, Wilson Simonal (23 de fevereiro de 1938 - 25 de junho de 2000). Dois senhores cantores cariocas que se fizeram ouvir ao longo dos anos 60 neste país de cantoras, ambos com sua bossa particular. Disco idealizado e produzido por João Santana, empresário do Rio Grande Norte associado à carreira de Simonal, Pery Ribeiro abraça Simonal - Dueto com amigos começou a tomar forma, no entanto, a partir de 2010, quando Pery já vivia fase crepuscular como intérprete e quando o brilho de Simonal já era vaga lembrança na mente de quem viveu os anos 60 - lembrança reavivada, é fato, pelo essencial documentário Simonal - Ninguém sabe o duro que dei (Micael Langer, Calvito Leral e Cláudio Manoel, 2009) e pelos esforços coletivos de seus filhos, Max de Castro e Wilson Simominha, para reabilitar a memória e a música de seu pai. Simoninha, a propósito, abre o tributo duplo, batendo bola com Pery em Aqui é o país do futebol (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1970). Simoninha é um dos amigos - como quer o título deste disco que se tornou póstumo na discografia de Pery porque o cantor saiu de cena antes de sua finalização - que se juntaram ao anfitrião em abraço coletivo em Simonal cuja força varia de acordo com a qualidade do arranjo e da interpretação de cada convidado. Se Zélia Duncan está leve e solta no Balanço Zona Sul (Tito Madi, 1963), sucesso do primeiro álbum de Simonal, Agnaldo Timóteo faz Sá Marina (Tibério Gaspar e Antonio Adolfo, 1968) descer a ladeira sem suingue - qualidade inexistente no canto asséptico de Marina Elali, convidada do samba País tropical (Jorge Ben Jor, 1969). E por falar em molho (o champignon no dicionário de Simonal), Fagner exercita suingue atípico em sua discografia ao reviver Noves fora (Fagner e Belchior, 1972) com Pery em registro que evoca o universo do samba-jazz. Contudo, brilhos individuais à parte, falta pressão aos arranjos - assim como falta um colorido à maioria das interpretações. A voz de Ângela Maria poderia ter sido mais bem colocada no samba-canção Aos pés da cruz (Marino Pinto e Zé da Zilda, 1942). Alcione baixa o tom para entrar no clima de Minha namorada (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1962). Wanderléa encara Lobo bobo (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli, 1959) em faixa introduzida por história contada na voz do próprio Simonal no auge da Pilantragem. Também introduzida por fala de Simonal, Velho arvoredo (Hélio Delmiro e Paulo César Pinheiro, 1976) enverga no encontro de Pery com Altay Veloso, mas não chega a cair. Já Caetano Veloso está à vontade no seu Remelexo (Caetano Veloso, 1967). Toni Garrido também marca boa presença em música menos óbvia, De como um garoto apaixonado perdoou por causa de um dos mandamentos (Nonato Buzar, Chico Anísio e Wilson Simonal, 1968). Outra lembrança rara do cancioneiro de Simonal é Silêncio (Eduardo Souto e Sergio Bittencourt, 1969), defendida por Pery em dueto com Chico César. Na linha mais do mesmo, Elza Soares reitera a ginga da raça em Tributo a Martin Luther King (Wilson Simonal e Ronaldo Bôscoli, 1967), samba de espírito soul que exala orgulho negro e que foi gravado pela própria Elza em 1970, três anos após a gravação original de Simonal. Sambista identificada com causas sociais, Leci Brandão ecoa outro tema de tom politizado, Mais valia não chorar (Ronaldo Bôscoli e Normando Soares, 1970), em dueto com Pery. Já Geraldo Azevedo pousa sua voz macia no Samba do avião (Antonio Carlos Jobim, 1962). Sem a habitual vivacidade das avenidas, Neguinho da Beija-Flor esmaece Vesti azul (Nonato Buzar, 1967). Enfim, o abraço coletivo em Simonal - comandado por Pery - podia ser mais forte. De todo modo, o disco duplo - gravado entre Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Campina Grande (PB) e João Pessoa (PB) - tem seu valor por cruzar, mesmo postumamente, os caminhos de dois grandes cantores que mereciam abraços mais apertados.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Caixa com discos de Pery mostra como cantor ganhou bossa nos anos 60
Resenha de caixa de CDs
Título: Pery Ribeiro Anos 60
Artista: Pery Ribeiro
Gravadora: Discobertas
Cotação: * * * *
Título: Pery Ribeiro Anos 60
Artista: Pery Ribeiro
Gravadora: Discobertas
Cotação: * * * *
Pery Ribeiro (27 de outubro de 1937 - 24 de fevereiro de 2012) morreu subestimado. Em seus últimos anos de vida, o cantor carioca esteve mais associado às histórias lendárias sobre seus pais - a cantora Dalva de Oliveira (1917 - 1972) e o compositor Herivelto Martins (1912 - 1992), célebre e ruidoso casal que viveu entre tapas e beijos - do que à sua própria história como intérprete refinado. Lançada neste mês de fevereiro de 2013, para lembrar o primeiro ano da morte do artista, a caixa Pery Ribeiro Anos 60 - produzida pelo pesquisador musical Marcelo Fróes para seu selo Discobertas - é boa oportunidade de recolocar Pery Oliveira Martins em seu devido lugar, o de grande cantor da música brasileira dos anos 60 e 70. A caixa embala os sete álbuns gravados pelo cantor na década de 60, quase todos com valiosas faixas-bônus extraídas de raros compactos da época. É fato que, a partir da década de 80, Pery passou a gravar - por contingências mercadológicas - discos insípidos que requentavam os sucessos do tempo áureo do artista. Entretanto, nas décadas de 60 e 70, Pery Ribeiro - assim batizado artisticamente no fim dos anos 50 por sugestão do radialista César de Alencar (1917 - 1990) - brilhou. E muito. A caixa flagra o cantor em álbuns gravados no seu apogeu vocal e artístico, mostrando como Pery soube refinar seu canto e seu repertório ao longo dos anos 60, década em que ganhou progressiva bossa. A evolução é nítida. A rigor, Pery Ribeiro sempre foi um cantor moderno. Seu fraseado macio já veio ao mundo em sintonia com as conquistas estéticas da Bossa Nova. Só que, nos dois primeiros álbuns da caixa, Eu gosto da vida (1961), Pery Ribeiro e seu mundo de canções românticas (1962), esse canto cheio de frescor foi posto a serviço de repertório criado na era folhetinesca do samba-canção. O segundo, em especial, foi pautado pela melancolia mais ou menos dramática do gênero, exposta já em títulos como Meu nome é ninguém (Luiz Reis e Haroldo Barbosa) e Até o amargo fim (Newton Teixeira e David Nasser). Foi a partir de seu arejado terceiro álbum, Pery é todo bossa (1963), que o cantor encontrou sua turma, seu estilo. Trata-se do disco que trouxe a antológica gravação original de Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), o clássico (quase) instantâneo lançado em shows no ano de 1962. Neste Pery é todo bossa, o repertório do cantor desanuviou e ficou ensolarado. Rio (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli) foi um dos destaques do carioquíssimo cancioneiro. Como o título Pery muito mais bossa (1964) já deixava entrever, o álbum seguinte seguiu os padrões de seu bem-sucedido antecessor, mas, ao mesmo tempo em que cantou a Moça da praia (Roberto Menescal e Lula Freire), Pery deu voz ao afro-samba Berimbau (Baden Powell e Vinicius de Moraes) e à vertente mais social da bossa que se engajava, gravando Feio não é bonito (Carlos Lyra e Gianfrancesco Guarnieri). Na sequência, Pery (1965) mexeu no time vitorioso. Sob os arranjos e regências do maestro Lyrio Panicalli (1906 - 1984), o cantor deu voz a quatro músicas de Marcos Valle - que tocou piano em Preciso aprender a ser só, um dos clássicos que compôs com seu irmão Paulo Sérgio Valle - enquanto gravou Carlos Lyra e olhou o passado da música brasileira através de abordagens de Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro) e João Valentão (Dorival Caymmi). De certa forma, Pery (1965) já aproximou o cantor da MPB que começava a germinar na efervescente era dos festivais. Só que, naquela época, Pery já era todo bossa e, por isso, lançou naquele mesmo ano de 1965 Gemini V - Show da boite Porão 73, álbum ao vivo que registra o show feito por Pery com Leny Andrade (então a sensação feminina da Bossa Nova) e o conjunto Bossa 3, sob a direção musical do pianista carioca Luiz Carlos Vinhas (1940 - 2001). O mesmo trio Bossa 3 divide com Pery os créditos de Encontro (1966), álbum posterior, gerado a partir do sucesso do show Gemini V. Encontro é grande disco orquestral, pautado pelo suingue do Bossa 3. No balanço da bossa, Pery Ribeiro encerrou magistralmente sua discografia brasileira da década de 60. Nos anos 70, mesmo já sem a exposição da década anterior, o cantor ainda faria ótimos discos antes de embarcar na onda kitsch da nostalgia, dando continuidade à sua carreira fonográfica de forma melancólica - o que contribuiu para que as flores não lhe tivessem sido dadas em vida. Daí a importância da caixa de Discobertas...
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Caixa embala os sete álbuns gravados por Pery Ribeiro na década de 60
Um dos melhores e mais subestimados cantores da música brasileira, Pery Ribeiro (27 de outubro de 1937 - 24 de fevereiro de 2012) tem embalados em caixa do selo Discobertas os sete álbuns que gravou no Brasil ao longo dos anos 60. Editada neste mês de fevereiro de 2013, para lembrar o primeiro aniversário da morte do filho de Dalva de Oliveira (1917 - 1972) e Herivelto Martins (1912 - 1992), a caixa Pery Ribeiro Anos 60 repõe em catálogo, em edições remasterizadas por Ricardo Carvalheira, os álbuns Eu gosto da vida (1961), Pery Ribeiro e seu mundo de canções românticas (1962), Pery é todo bossa (1963), Pery muito mais bossa (1964), Pery (1965), Show da boate Porão 73 (álbum de 1965 dividido pelo cantor com Leny Andrade e o conjunto Bossa Três) e Encontro Pery + Bossa Três (1966). Produzidas pelo pesquisador Marcelo Fróes (criador do selo Discobertas), as reedições foram turbinadas com faixas-bônus. Alguns títulos - como os raríssimos Eu gosto da vida (1961), Pery Ribeiro e seu mundo de canções românticas (1962) e Pery (1965) - eram até então inéditos em CD.
domingo, 1 de abril de 2012
Gravações ao vivo rebobinam bossas de Leny, Pery, Cariocas e Creuza
Em meados dos anos 2000, a gravadora Albatroz editou, em CDs e DVDs vendidos de forma avulsa, registros ao vivo de shows de Leny Andrade, Maria Creuza, Os Cariocas e Pery Ribeiro (1937 - 2012). Tais gravações estão sendo reeditadas neste ano de 2012 pela Music Brokers em embalagens digipack que juntam CD e DVD no mesmo produto. O título da série - Bossa Nova - 50º Aniversário, atrasado em quatro anos - reforça o fato de a coleção já ser antiga. Leny Andrade ao Vivo rebobina clássicos da Bossa Nova na voz da cantora. Pery Ribeiro ao Vivo flagra o cantor - morto em 24 de fevereiro, aos 74 anos - entre a Bossa Nova e a MPB, com sua voz diplomada na escola do cool jazz. Os Cariocas ao Vivo mostra o quarteto vocal à vontade na praia bossa-novista. Já Maria Creuza ao Vivo traz a cantora baiana imersa no cancioneiro de Vinicius de Moraes (1913 - 1980), do qual tem sido fiel intérprete. Já nas lojas!!
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Filho de Dalva e Herivelto, e herdeiro da bossa, Pery sai de cena aos 74
Pery Ribeiro (1937 - 2012) se gabava do fato de ter sido o primeiro a registrar em estúdio a célebre Garota de Ipanema, que veio ao mundo em 1962 pelas mãos e mentes inspiradas de Tom Jobim (1927 - 1994) e Vinicius de Moraes (1913 - 1980). De fato, Pery teve tal primazia ao dar voz à então nascente Garota em seu álbum Pery É Todo Bossa (1963). Mas não vai ser por tal proeza que o cantor - morto aos 74 anos na manhã desta sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012, vítima de enfarte - vai ser mais lembrado. O nome de Pery é hoje - e talvez vá ser sempre - bem mais associado ao canto passional de sua família. Afinal, Pery foi filho de um dos casais mais ruidosos da música brasileira, Dalva de Oliveira (1917 - 1972) e Herivelto Martins (1912 - 1992). Dalva e Herivelto eram as suas estrelas, como Pery sentenciou já no título de livro autobiográfico editado em 2006, mesmo ano em que o cantor lançou seu último CD, Cores da Minha Bossa. Mas tal parentesco - do qual o artista tinha orgulho - jamais deve fazer sombra à obra fonográfica do cantor, iniciada em 1960 com a gravação de um compacto duplo. Pery foi todo bossa em sua fase áurea. Embora os dois primeiros LPs do artista (Eu Gosto da Vida e Pery Ribeiro e seu Mundo de Canções Românticas, lançados em 1961 e em 1962, respectivamente) tenham sido gravados fora de sintonia com a modernidade que já se impunha naquela época, Pery foi mais um entre os muitos herdeiros das conquistas da Bossa Nova, gênero que abraçou a partir de seu terceiro álbum (o já citado Pery É Todo Bossa) e que norteou a partir de então sua discografia na década de 60 em álbuns como Pery Muito Mais Bossa (1964). A partir dos anos 70, a discografia de Pery Ribeiro já incursiona pela MPB que se consolidara na era dos festivais. Mas a bossa ficaria associada ao seu canto (assim como sua filiação ficaria associada ao seu nome). Pery Ribeiro foi todo bossa nos discos dos anos 60.
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