Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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terça-feira, 5 de abril de 2016

Gessinger lança single com regravações de (duas) músicas dos Engenheiros

Humberto Gessinger expande a curta discografia solo neste mês de abril de 2016 com a edição, via Deck, do single Louco pra ficar legal, no qual apresenta regravações de duas músicas que compôs para o grupo gaúcho Engenheiros do Hawaii, do qual foi líder e mentor. As músicas são Pra ficar legal (Humberto Gessinger e Paulo Galvão, 2001) e Faz parte (Humberto Gessinger, 1997), lançadas originalmente pela banda nos álbuns Surfando karmas & DNA (Universal Music, 2001) e Minuano (BMG, 1997). Gravado no estúdio Soma, em Porto Alegre (RS), o single sucede o álbum InSULar (Stereophonica, 2013) e o kit de CD e DVD inSULar ao vivo (Coqueiro Verde, 2014) na discografia solo do cantor, compositor e músico gaúcho. No disco, produzido pelo próprio Gessinger, o artista toca baixo, teclados, harmônica e guitarra, além de cantar as músicas, sendo acompanhado por Rafael Bisogno na bateria e Nando Peters na guitarra. Ambas as gravações foram postas para audição no YouTube. A faixa Pra ficar legal pode ser ouvida aqui. Já Faz parte,  aqui.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Solitário, Gessinger lidera exército em DVD ora regionalista, ora roqueiro

Resenha de DVD + CD
Título: Insular ao vivo
Artista: Humberto Gessinger
Gravadora: Coqueiro Verde Records
Cotação: * * * 1/2

Humberto Gessinger tem duas caras musicais e expõe ambas no kit de DVD + CD editado no fim de 2014 pela gravadora Coqueiro Verde Records. A mais visível dessas faces, a roqueira, foi captada no palco da casa Chevrolet Hall, em Belo Horizonte (MG), em 30 de maio de 2014. A apresentação mineira do show Insular tem a pegada do rock universal e é a base da gravação ao vivo. Em cena com os músicos Esteban Tavares (guitarra e violão) e Rafael Bisogno (bateria e percussão), o cantor, compositor e músico gaúcho comanda, solitário, um exército de fãs que faz coro espontâneo e forte em músicas reconhecíveis somente para os soldados de Gessinger. "Tô no meio da estrada e nenhuma derrota vai me vencer", brada Gessinger através de versos de uma dessas músicas, Ilex paraguariensis (Humberto Gessinger, 1995), composição do repertório da banda gaúcha Engenheiros do Hawaii (em recesso desde 2008). A rigor, Gessinger já está há bravos 30 anos na estrada fonográfica. Foi em 1985 que, como líder dos Engenheiros do Hawaii, o artista se projetou em em escala nacional iniciou sua caminhada numa highway que já não se mostra tão infinita. Álbum que inspirou o show, Insular (Stereophonica, 2013) é um (bom) disco solo no qual Gessinger já reflete sobre solidão e finitude. Como a batida do rock abafa outros sons feitos na casa Chevrolet Hall, tais reflexões ficam menos evidenciadas no roteiro que alterna músicas do álbum de 2013 com temas dos repertórios dos Engenheiros do Hawaii e da discografia paralela de Gessinger. É, a propósito, nessa transversal da estrada principal que Insular ao vivo expõe a face menos visível do artista, a do regionalista orgulhoso de suas origens gaúchas. O regionalismo é diluído no show de Minas Gerais pelo calor do rock, ainda que um acordeom pilotado pelo próprio comandante do exército se faça ouvir na canção Somos quem podemos ser (Humberto Gessinger, 1988). O orgulho dos Pampas brota para valer nos cinco números captados na Serra Gaúcha, mais precisamente na vinícola Casa Valduga da cidade Bento Gonçalves (RS) em 11 e 12 de maio de 2014 - quase três semanas antes da gravação em Minas. É ali na Serra, cercado de músicos conterrâneos, que Gessinger expõe afinidades com o compositor gaúcho Bebeto Alves - seu parceiro em A ponte para o dia e em Milonga orientao - e com o acordeonista (hábil nos improvisos) Luiz Carlos Borges, cantor e músico convidado de Deserto freezer (Humberto Gessinger, 1997). Alocado no meio do show, e não nos extras do DVD, esse set gaúcho valoriza a gravação. Mas é inegável que o discurso e o som de Gessinger - porta-voz da juventude da segunda metade dos anos 1980 - ecoam com mais força quando se aproximam das capitais. Há 30 anos minimizado pela crítica, Humberto Gessinger segue solitário na sua highway. Mas tem em sua defesa um exército pronto a disparar artilharia vocal a favor de seu comandante, como mostram o calor e o coro fervoroso dos fãs neste Insular ao vivo, retrato da vitória do artista.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Eis a capa e músicas de 'inSULar ao vivo', registro de show de Gessinger

Esta é a capa de inSULar ao vivo, kit de CD e DVD de Humberto Gessinger que vai chegar ao mercado fonográfico em novembro de 2014 em edição da gravadora carioca Coqueiro Verde Records. inSULar ao vivo perpetua a apresentação feita pelo artista gaúcho em 30 de maio de 2014 na casa Chevrolet Hall, em Belo Horizonte (MG), com o trio formado por Gessinger com o baterista Rafael Bisogno e o guitarrista Rodrigo Tavares. O mote do show é o repertório do álbum solo de Gessinger Insular (Stereophonica, 2013), mas o roteiro abarca sucessos da banda Engenheiros do Hawaii. O DVD também exibe números captados em show acústico feito por Gessinger na Serra Gaúcha. Eis as 23 músicas do CD + DVD inSULar ao vivo:

* Até o fim (Humberto Gessinger)
* Armas químicas e poemas 
(Humberto Gessinger)
* Bora 
(Humberto Gessinger)
* Ilex Paraguariensis 
(Humberto Gessinger)
* Surfando karmas & DNA 
(Humberto Gessinger)
* Eu que não amo você 
(Humberto Gessinger)
* Insular 
(Humberto Gessinger)
* Ando só 
(Humberto Gessinger)
* A ponte para o dia 
(Humberto Gessinger e Bebeto Alves) - Número gravado na Serra Gaúcha
* Voo do besouro 
(Humberto Gessinger) - Número gravado na Serra Gaúcha
* Deserto freezer 
(Humberto Gessinger) - Número gravado na Serra Gaúcha
* Milonga orientao 
(Humberto Gessinger e Bebeto Alves) - Número gravado na Serra Gaúcha
* Somos quem podemos ser 
(Humberto Gessinger)
* De fé 
(Humberto Gessinger)
* Sua graça 
(Humberto Gessinger) - Faixa exclusiva do DVD
* Nuvem (Humberto Gessinger)
* 3 x 4 
(Humberto Gessinger)
* Dançando no campo minado 
(Humberto Gessinger)
* Tchau radar, a canção 
(Humberto Gessinger e Rodrigo Tavares)
* Pra ser sincero 
(Humberto Gessinger e Augusto Licks)
* Dom Quixote 
(Humberto Gessinger e Paulinho Galvão)
* O exército de um homem só 
(Humberto Gessinger e Augusto Licks)
* Tudo está parado 
(Humberto Gessinger e Jota Quest) - Faixa exclusiva do DVD

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

DVD de Gessinger, 'inSULar ao vivo' vai sair via Coqueiro Verde Records

Caberá à gravadora carioca Coqueiro Verde Records distribuir, no último trimestre deste ano de 2014, o próximo registro de show do cantor e compositor gaúcho Humberto Gessinger. O DVD inSULar ao vivo registra o show captado pelo artista em Belo Horizonte (MG), em 30 de maio de 2014, em apresentação feita na casa Chevrolet Hall com o trio que Gessinger formou com o baterista Rafael Bisogno e o guitarrista Rodrigo Tavares. O show é baseado no CD solo Insular (Stereophonica, 2013), mas o roteiro abarca sucessos da banda Engenheiros do Hawaii.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Gessinger grava ao vivo em Minas Gerais, em 30 de maio, show com trio

Em turnê pelo Brasil com o show baseado em seu álbum solo Insular (Stereophonica, 2013), Humberto Gessinger programou para 30 de maio de 2014 sua próxima gravação ao vivo. O cantor e compositor gaúcho - em foto de Gláucio Ayala - vai registrar em Belo Horizonte (MG), para edição de DVD, o show do trio que formou com o baterista Rafael Bisogno e o guitarrista Rodrigo Tavares. A gravação vai ser feita em apresentação na casa Chevrolet Hall.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Gessinger lidera 'exército de um homem só' no coeso e reflexivo 'Insular'

Resenha de CD
Título: Insular
Artista: Humberto Gessinger
Gravadora: Stereophonica
Cotação: * * * 1/2

A rigor, Insular pode ser caracterizado como o primeiro disco solo de Humberto Gessinger, ainda que, ao longo de sua discografia, o cantor e compositor gaúcho várias vezes tenha sido o comandante do exército de um homem só no papel de líder e resistente mentor do grupo Engenheiros do Hawaii. Em Insular, bom disco que versa inclusive sobre a solidão, Gessinger comanda exército de virtuosos músicos gaúchos - como Luis Carlos Borges, cujo acordeom pontua a regionalista Recarga - sem deixar de estar essencialmente solitário na criação e na apresentação de inspirada safra autoral. Prestes a completar 50 anos, em 24 de dezembro de 2013, o artista já não é o guri desbocado que se tornou um porta-voz da juventude brasileira - surda às patrulhas da crítica que sempre minimizou a importância dos Engenheiros - à medida em que avançava na highway que acreditava ser infinita. Harmonizando a linguagem do rock com as influências gaúchas sempre presentes na música de Gessinger, Insular transita pelas trilhas da maturidade, nas quais já é possível vislumbrar o fim da outrora infinita highway. Tanto que na música que abre o CD, Terei vivido, o cantor reflete sobre o fato de já ter percorrido a maior parte do caminho existencial. Na mesma sintonia, Segura a onda, DJ - faixa de vibe roqueira que conta com a voz e o acordeom do gaúcho Nico Nicolaiewsky - flagra Gessinger assustado diante do espelho com a consciência de que envelheceu ao longo dos anos. Afinal, o pop não poupa ninguém. Produzido pelo próprio Gessinger, Insular é o primeiro álbum de inéditas da lavra do artista gaúcho desde Dançando em campo minado (2003), disco lançado há dez anos pelo grupo Engenheiros do Hawaii. Ao longo dessa década, Gessinger engatou projetos paralelos - um trio de duração efêmera e o duo Pouco Vogal, formado com o conterrâneo Duca Leindecker - sem deixar de ser e parecer um homem só, longe demais do hype das capitais. Insular não o desvia dessa rota geográfica-existencial. A repetição do termo gaúcho Prenda minha na letra da balada Essas vidas da gente, para citar somente um único exemplo, situa Gessinger em seu habitat natural, de onde surgem milongas como a Milonga do xeque-mate, de gauchismo diluído pelo toque universal da guitarra de Frank Solari. Entre rock de pegada mais tradicional (Bora, do significativo verso "O tempo vai passando, o passando vai pesando"), rock de arquitetura folk (Sua graça, faixa pontuada pela harmônica tocada pelo próprio Gessinger) e canção estruturada no tempo da delicadeza (a boa música-título Insular), Gessinger reforça sua (sempre nítida) assinatura como compositor sem se escorar tanto nas autorreferências que diluíram com o tempo a força do repertório dos Engenheiros do Hawaii. Insular prova que o artista anda com coerência e coesão pela highway que já se revela finita.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Gessinger promove seu álbum solo 'Insular' com parceria com Flausino

Parceria de Humberto Gessinger com Rogério Flausino, lançada pelo grupo mineiro Jota Quest no CD e DVD Multishow ao vivo - Folia & caos (2012), Tudo está parado é a música que promove Insular, álbum solo que o cantor e compositor gaúcho vai lançar em setembro de 2013. Gravado em Porto Alegre (RS), com incursões pelo Rio de Janeiro (RJ), Insular é o primeiro álbum de repertório essencialmente inédito lançado por Gessinger desde Dançando em campo minado (2003). Melissa Mattos assina a arte do disco no qual o mentor do grupo Engenheiros do Hawaii recebe nomes da música gaúcha como Bebeto Alves e os Black Bagual, Esteban Tavares, Frank Solari, Luis Carlos Borges, Nico Nicolaiewsky e Rafael Bisogno, entre outros. Eis as 12 músicas do álbum Insular, o 20º título da discografia de Humberto Gessinger: 

1. Terei vivido
2. Sua graça
3. Bora
4. A ponte para o dia - com Bebeto Alves nos vocais
5. Tchau radar, a canção - com Rodrigo Tavares nos vocais
6. Tudo está parado
7. Recarga - com Luis Carlos Borges no acordeon e vocais
8. Milonga do xeque-mate - com Frank Solari na guitarra
9. Insular
10. Essas vidas da Gente
11. Segura a onda, DG - com Nico Nicolaiewsky
12. Plano B


"Resolvi assumir o nome solo, pois não usei uma banda fixa na gravação do Insular. Convidei vários músicos que admiro, usei várias formações. Mas não houve ruptura na maneira como escrevo e toco, somente amadurecimento. Fui muito rigoroso na escolha do repertório, na busca dos convidados, da formação certa para cada música. Nesta estrada já longa, com 19 discos, aprendi que cada um deles tem sua maneira de chegar ao ouvinte. Acho que Insular está entre os discos mais misteriosos que gravei, cheio de detalhes, várias camadas, ligações entre as músicas, coisas que o pessoal vai descobrindo aos poucos. Não esperei dez anos para gravar um disco que ficasse velho em quinze minutos". Humberto Gessinger

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Gessinger grava seu primeiro álbum totalmente de inéditas em dez anos

O cantor e compositor gaúcho Humberto Gessinger grava em Porto Alegre (RS) álbum de inéditas - o primeiro com repertório inteiramente novo desde Dançando em campo minado (2003), CD lançado pelo grupo Engenheiros do Hawaii há dez anos. O disco vai ter intervenções de Luis Carlos Borges, Nico Nicolaiewsky (metade da dupla que encenou o espetáculo Tangos & tragédias), Bebeto Alves e Frank Solari, entre outros músicos associados ao pop dos Pampas.

sábado, 28 de maio de 2011

Livro 'Mapas do Acaso' é mergulho rápido na ilha particular de Gessinger

Resenha de livro
Título: Mapas do Acaso - 45 Variações sobre um Mesmo Tema
Artista: Humberto Gessinger
Editora: Belas Letras
Cotação: * * 1/2

Todo mundo é uma ilha, já sentenciou o compositor gaúcho Humberto Gessinger no título de uma das 12 músicas do primeiro sincero álbum do Engenheiros do Hawaii (Longe Demais das Capitais, 1986), grupo surgido na onda do pop rock dos anos 80 e subestimado pela crítica por mobilizar tribos de fãs adolescentes. Terceiro livro do autor da música Toda Forma de Poder, Mapas do Acaso é mergulho raso na ilha particular do escritor. Estruturada em textos breves e independentes, alocados na seção Notas Mentais para uma Próxima Vida, a narrativa flui porque Gessinger escreve bem. Mas exatamente pelo fato de os textos serem tão curtos o mergulho acaba sendo rápido. O sucessor de Meu Pequeno Gremista (2008) - livro publicado dentro de coleção infanto-juvenil sobre futebol - e Pra Ser Sincero (2009) esboça fragmentos de ideias e pensamentos extraídos da mente de um artista que nunca se preocupou em afinar o coro dos contentes e dos críticos musicais (sua observação no livro sobre clichês usados pelos críticos - caso de "imagens de letras cinematográficas" - é bem pertinente, aliás). Gessinger diz o que pensa e, normalmente, tem o que dizer. Por serem curtos e formatados como crônicas, os textos reunidos em Mapas do Acaso - as tais Notas Mentais que variam sobre um mesmo tema: observações filosóficas e/ou pragmáticas sobre coisas da vida - às vezes dão a impressão de que interrompem o fluxo de um pensamento que ainda poderia ser desenvolvido. Por outro lado, o livro soa bastante sincero do jeito que está editado. Tais fragmentos de ideias parecem ter sido transcritos como vieram à mente do autor, sem a preocupação de lustrá-los com um verniz intelectual. Talvez seja assim que devem ser lidas as crônicas que versam sobre música, futebol (algumas sobre música e futebol), literatura, Engenheiros do Hawaii (assunto predominante no anterior Pra Ser Sincero), enfim, sobre o cotidiano da vida. Por serem fluxos de pensamento, os textos nem sempre são pautados pela objetividade. Uma ideia leva à outra de forma sempre espontânea. Mas, ao fim do livro, no qual há 45 letras de músicas (algumas em rascunho, outras ainda inéditas em disco), paira a sensação de que o mergulho na ilha de Humberto Gessinger resultaria mais interessante se fosse mais profundo.