Como mostra a foto de Many Zoom, postada na página oficial de Laura Pausini no facebook, Ivete Sangalo voltou a hastear a Bandeira do Brasil no palco do Madison Square Garden, em Nova York (EUA), quatro anos após gravar nos Estados Unidos e lançar no Brasil o DVD e CD ao vivo Ivete Sangalo no Madison Square Garden (2010). Na noite de 6 de março de 2014, a estrela baiana foi uma das convidadas da cantora e compositora italiana na gravação ao vivo do show da turnê 20 - The Greatest Hits, com a qual Pausini celebra 20 anos de carreira. Ivete e Pausini cantaram versão bilíngue, em português e em italiano, de La cose che vivi / Tudo o que eu vivo (Giuseppe Carella, Fabrizio Baldoni, Gino De Stefani e Cheope, 1996), música que deu título ao terceiro álbum de Pausini e que já tinha sido regravada pela artista italiana com Ivete na compilação dupla homônima da turnê. O cantor e compositor italiano Biagio Antonacci também integrou o time de convidados da gravação ao vivo, fazendo dueto com Pausini em Vivimi / Víveme, música de sua autoria lançada pela cantora no álbum Resta in ascolto (2004). Pausini recebeu ainda o trio italiano Il Volo - com quem cantou Il mondo (Jimmy Fontana e Carlo Pes, 1965) - e o cantor e compositor espanhol Miguel Bosé, com quem fez dueto em Te amaré, parceria de Bosé com Juan Carlos Calderón. A cantora cubana Gloria Estefan completou o time de convidados, cantando com Pausini Sonríe, versão em espanhol de Smile, canção de Charlie Chaplin (1889 - 1977), lançada em 1936 como tema instrumental e letrada em 1954 por John Turner e Geoffrey Parsons. O CD e DVD de Pausini vão sair este ano.
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sábado, 8 de março de 2014
sábado, 28 de setembro de 2013
Gloria Estefan dilui a força de 'standards' em mais um álbum equivocado
Resenha de CD
Título: The standards
Artista: Gloria Estefan
Gravadora: Crescent Moon Records / Sony Music
Cotação: *
Título: The standards
Artista: Gloria Estefan
Gravadora: Crescent Moon Records / Sony Music
Cotação: *
O tempo parece estar fazendo mal a Gloria Estefan. Após se jogar na pista mais trivial do pop dance sob a condução de Pharrell Williams, produtor do equivocado 14º álbum de estúdio da artista cubana, Miss little Havana (2011), a cantora e compositora - outrora sólida referência da música latina produzida nos Estados Unidos - recorre à fórmula dos clássicos em seu 15º álbum. Recém-lançado no Brasil via Sony Music, o álbum é óbvio até no título The standards. Na capa, Estefan traja vestido de gala para não deixar dúvidas sobre a natureza previsível deste disco produzido pela própria artista. Os arranjos - justiça seja feita - são classudos e o canto de Estefan soa comedido. Mas o fato é que a abordagem destes standards pela cantora - alguns tratados com leve toque jazzy, caso de They can't take that away from me (George Gershwin e Ira Gershwin, 1937), outros com leve toque de latinidade, caso de You made me love you (James Monaco e Joseph McCarthy, 1937) - resulta bem insossa. Mesmo quando a orquestração se revela acertadamente econômica, como em I've grown accustomed to his face (Frederick Loewe e Alan Jay Lerner, canção de 1956 - e não de 1936, como desatentamente grafado no encarte do CD), a interpretação de Estefan carece de um algo mais que justifique a regravação de músicas já registradas de forma definitiva. Cantora caliente habituada a manter o fogo alto dos ritmos latinos, Estefan tem emoção rala para encarar um tema doído como Good morning heartache (Irene Higginbotham, Ervin Drake e Dan Fischer, 1946), talhado para cantoras capazes de mergulhos mais profundos nos versos de uma canção, caso de Billie Holiday (1915 - 1959), a quem tal standard estará para sempre associado. Estefan tampouco parece à vontade em The day you say you love me, versão em inglês (escrita pela própria artista) da abolerada canção El día que me quieras (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera, 1934). A faixa é quase risível, assim como o português carregado ouvido no registro de Eu sei que vou te amar (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959), envolto em arranjo-clichê de cordas. O único momento do álbum em que é possível ouvir Estefan sem lembrar imediatamente de registros anteriores muito mais felizes é Embraceable you (George Gershwin e Ira Gershwin, 1928), faixa de tom terno. No mais, Estefan nada acrescenta ou faz por standards como What a difference a day makes (Maria Grever e Stanley Adams, 1934) e What a wonderful world (George David Weiss e Bob Thiele, 1936). How long has this been going on? (George Gershwin e Ira Gershwin, 1928) ao menos se escora no suingue do (refinado) arranjo de metais. E o que dizer do dueto feito por Estefan com a cantora italiana Laura Pausini em Sonríe, versão em espanhol (feita por Estefan) de Smile (Charles Chaplin, John Turner e Geoffrey Parsons, 1954)? Enfim, o renascimento de Rod Stewart no mercado fonográfico em 2002, com o primeiro dos cinco volumes da série The great american songbook, fez a indústria do disco crer que um punhado de regravações de standards tinha o poder de trazer à tona artistas já sem fôlego comercial. The standards - o segundo consecutivo álbum equivocado de Gloria Estefan - prova que a gasta fórmula já está exaurida.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Eis a capa do álbum de 'standards' em que Estefan canta Tom & Vinicius
Esta é a capa do álbum, The standards, que marca a volta da cantora e compositora cubana Gloria Estefan para a gravadora Sony Music após breve passagem pela Universal Music. Disco de intérprete, The standards inclui no repertório Eu sei que vou te amar - um dos clássicos do cancioneiro de Tom Jobim (1927 - 1994) e Vinicius de Moraes (1913 - 1980) - em português e em espanhol. Eis as 16 faixas do CD, que tem lançamento programado para setembro de 2013:
1. Good morning heartache
2. They can’t take that away from me
3. What a difference a day makes
4. I’ve grown accustomed to his face
5. Eu sei que vou te amar
6. The day you say you love me - com Joshua Bell
7. Embraceable you
8. What a wonderful world
9. How long has this been going on - com Dave Koz
10. Sonríe (Smile) - com Laura Pausini
11. The way you look tonight - com Dave Koz
12. You made me love you
13. Young at heart
14. Sonríe (versão solo) - Faixa exclusiva da edição do iTunes
15. Yo sé te voy a amar - Faixa exclusiva da edição do iTunes
16. Natural woman (ao vivo com Carole King) - Faixa exclusiva da edição do iTunes
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Estefan volta para Sony e canta Gardel em inglês em disco de 'standards'
Canção abolerada lançada em 1934, El día que me quieras (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera) foi adaptada para o inglês por Gloria Estefan em versão intitulada The day you say you love me e gravada pela cantora e compositora cubana em seu 12º álbum solo de estúdio. O disco - que traz Estefan de volta para a Sony Music após breve passagem pela Universal Music, gravadora pela qual a artista lançou somente o álbum Miss little Havana (2011) - se chama The standards. Como o título do CD já explicita, a cantora radicada nos Estados Unidos recorre a standards da canção norte-americana no CD gravado entre dezembro de 2012 e fevereiro de 2013 com produção dividida entre o pianista Shelly Berg e Emilio Estefan. A seleção do álbum The Standards inclui How long has this been going on? (George Gershwin e Ira Gershwin, 1927), I've grown accustomed to his face (Frederick Loewe e Alan Jay Lerner, 1956), The way you look tonight (Dorothy Fields e Jerome Kern, 1935), What a difference a day makes (Stanley Adams e María Méndez Grever, 1959) - primeira música que Gloria cantou, em 25 de outubro de 1975, com os Miami Latin Boys - e You made me love you (James Monaco e Joseph McCarthy, 1937). The Standards tem lançamento agendado para o segundo semestre de 2013.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Pharrell joga Estefan na trivial pista do dance pop em 'Miss Little Havana'
Resenha de CD
Título: Miss Little Havana
Artista: Gloria Estefan
Gravadora: Crescent Moon Records / Verve Forecast
Cotação: * *
Título: Miss Little Havana
Artista: Gloria Estefan
Gravadora: Crescent Moon Records / Verve Forecast
Cotação: * *
Em seu 14º álbum de estúdio, o primeiro desde 90 Millas (2007), Gloria Estefan se deixa conduzir na pista mais trivial do pop dance pela pegada de Pharrell Williams, metade da dupla norte-americana The Neptunes, uma das grifes da indústria fonográfica dos Estados Unidos. Primeiro álbum em inglês da cantora cubana em oito anos, Miss Little Havana se distancia da linha introspectiva adotada pela artista no anterior Unwrapped (2003) e representa tentativa de conciliar o som dance com a efervescente latinidade que identifica Estefan no universo pop. Mas a mistura ficou sem aquele molho fresco dos tempos áureos da cantora. Temas assinados por Pharrell - como I Can't Believe, Make me Say Eyes, Heat e a faixa-título, Miss Little Havana - soam artificiais, sem a alma de Estefan. Pharrell filtra a latinidade da artista por seus padrões habituais sem levar em conta o histórico e a identidade da cantora e compositora radicada nos Estados Unidos. O resultado é um álbum de som sintetizado que torna Estefan uma espécia de Ke$ha do pop latino. Mesmo em faixas que evocam a tal efervescência latina da obra da artista, caso da acelerada Wepa, Miss Little Havana derrapa em batidas de dance pop que diluem a levada habitual da música de Estefan. Say Ay e So Good (de ritmo caribenho) também seguem por esse duvidoso caminho, deixando o álbum às vezes até linear. A bissexta balada Time Is Ticking também pouco faz por Miss Little Havana. Fica a sensação de que Pharrell Williams atuou além da conta na confecção do álbum, sobretudo como compositor. É sintomático que uma das poucas faixas realmente interessantes de Miss Little Havana - Hotel Nacional, de latinidade realmente moderna - seja uma das poucas assinadas por Gloria e Emilio Estefan sem a colaboração do Neptune. No fim, o single Wepa reaparece em remix no qual figura o rapper Pitbull, aumentando a sensação de que algo está fora da ordem nesse modernoso 14º álbum de Estefan. Não, Gloria Estefan não é Ke$ha...
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