Nem o rapper norte-americano Pharrell Williams (foto) por Happy - sacolejante funk-soul da trilha sonora do filme de animação Meu malvado favorito 2 - nem o grupo irlandês U2, no páreo com Ordinary love, tema do filme Mandela - Longo caminho para a liberdade. Tampouco a vocalista e compositora do grupo norte-americano Yeah Yeah Yeahs Karen O, que merecia levar a estatueta dourada por conta da bela canção The moon song, parceria de Karen com Spike Jonze que sobressaiu na trilha sonora do filme Ela. O Oscar de Canção Original foi em 2014 para Let it go, música composta por Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez para a trilha sonora do filme de animação Frozen. Já o Oscar de Trilha Sonora Original foi mais justo, premiando o compositor britânico Steven Price pela trilha sonora de Gravidade, filme feito de silêncios. Ainda que a trilha sonora de Ela - criada por William Butler (do grupo canadense Arcade Fire) com Owen Pallett - também merecesse ser premiada na cerimônia realizada no Dolby Theatre de Los Angeles (EUA) na noite de 2 de março de 2014.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
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segunda-feira, 3 de março de 2014
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Reflektor espelha representações de tempos modernos com sons dos 80
Resenha de CD
Título: Reflektor
Artista: Arcade Fire
Gravadora: Merge Records
Cotação: * * * 1/2
Título: Reflektor
Artista: Arcade Fire
Gravadora: Merge Records
Cotação: * * * 1/2
Grupo canadense que se agigantou no universo pop há três anos com o lançamento de seu terceiro álbum, The suburbs (2010), disco instantaneamente antológico que versou em tom épico sobre a desilusão da juventude confinada nas periferias urbanas, Arcade Fire alimentou naturais expectativas sobre seu quarto álbum, Reflektor, lançado nesta segunda-feira, 28 de outubro de 2013, após dias em rotação na rede. Arrojado, inclusive por durar exatos 85 minutos e 16 segundos, o duplo Reflektor é disco que leva o som da banda à outra direção, se desviando do cortejo trágico de Funeral (2004) - álbum que versou sobre perdas e morte em tom orquestral - e da densa linha emocional de Neon bible (2007), CD que questionou dogmas religiosos (impostos em nome de Deus) sem abrir mão do aparato sinfônico que caracterizou o som inicial do septeto. Este novo desvio de rota rumo a um som mais dançante, que faz a festa sem camuflar os efeitos da ressaca, deve ser creditado à junção de James Murphy - mentor do desativado LCD Soundsystem - ao time de produtores formado pelo recorrente Markus Dravs e pelos próprios integrantes do Arcade Fire. Reflektor propõe, em essência, jogo de espelhos entre o CD 1, mais luminoso, e o CD 2, de tom mais sombrio - ainda que os discos sejam os dois lados de uma mesma moeda. Ao todo, os dois discos apresentam 13 músicas - ou 14, se contabilizado o tema instrumental escondido ao fim do primeiro CD, com uma sinfonia de ruídos, e intitulado Faixa 0. Gravada com a participação do cantor inglês Davib Bowie, fã assumido do Arcade Fire, a música-título Reflektor se impõe de imediato como grande obra de arte musical. Ao longo de seus sete minutos e 33 segundos, a faixa salpica referências do som dos anos 80 - predominantes no álbum, mas reprocessadas em tom contemporâneo que impede o disco de se perder em trilha meramente retrô - enquanto espelha o jogo de representações dos cibernéticos tempos modernos, nos quais todos parecem (des)conectados. "Agora os sinais que enviamos / São novamente desviados / Nós ainda estamos conectados / Mas somos mesmo amigos?", questiona o grupo através dos versos de Reflektor. Na sequência, We exist - costurada por insinuante linha de baixo que remete tanto ao universo da disco music como à introdução de Billie Jean (1982), sucesso de Michael Jackson (1958 - 2009) - retoma o fio da meada religiosa de Neon bible ao refletir sobre a própria existência humana. "De joelhos / Rezando para que nós não existamos / Mas nós existimos", conclui a letra. A questão transcendental retorna, com mais nitidez, em Afterlife, grande faixa do disco 2 sustentada pelos mesmo sintetizadores que embasam Here comes the night time 2 (a primeira Here comes the night time está no CD 1). "Quando o amor acaba / Para onde ele vai? / E para onde vamos nós?", interroga Win Butler em Afterlife. Esses questionamentos existenciais vem sempre encorpados com referências sonoras até certo ponto alienígenas na discografia do Arcade Fire. Se camadas de dub soterram Flashbulb eyes, Porno soa imersa no synth-pop enquanto Joan of Arc - com letra que evoca a histórica mártir e que lembra que o amor pode refletir o ódio que leva à morte - rebobina influências do pós-punk. Já Awful sound (oh Eurydice) e It's never over (oh Orpheus) aludem ao mito grego de Orfeu & Eurídice - o que justificou a atitude da banda de recorrer à imagens do filme Orfeu Negro (1959) no vídeo jogado na internet com a íntegra do bom álbum. Enfim, Reflektor espelha a ambição do Arcade Fire, aparentemente decidido a fazer um disco hermético, conceitual, excessivamente longo, que dificilmente vai lhe render louros unânimes como o anterior The suburbs - imbatível na comparação por soar mais coeso - mas que empurra o grupo para frente. E, mesmo correndo risco de tropeço, uma banda sempre precisa caminhar para frente.
domingo, 22 de setembro de 2013
Álbum duplo do grupo Arcade Fire, 'Reflektor', tem somente 13 músicas
Com lançamento programado para 28 de outubro de 2013, o quarto álbum do grupo canadense, Reflektor, tem somente 13 músicas. A quantidade de músicas seria considerada normal se o disco não fosse duplo - o que faz supor que Reflektor tenha faixas muito longas. Eleita o primeiro single do álbum, a música-título, Reflektor, tem a participação do cantor e compositor britânico David Bowie. Eis - na ordem - a distribuição das 13 músicas nos dois CDs:
CD 1:
1. Reflektor
2. We exist
3. Flashbulb eyes
4. Here comes the night time
5. Normal person
6. You already know
7. Joan of arc
CD 2:
1. Here comes the night time II
2. Awful sound (oh eurydice)
3. It's never over (oh orpheus)
4. Porno
5. Afterlife
6. Supersymmetry
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Eis a capa de 'Reflektor', álbum duplo que o Arcade Fire lança em outubro
Com exposição de escultura do artista plástico francês Auguste Rodin (1840 - 1917) na capa, o quarto álbum do grupo canadense Arcade Fire, Reflektor, é duplo. Com lançamento agendado para 28 de outubro de 2013, o disco já tem um primeiro single em rotação na internet. Trata-se da música-título Reflektor, gravada com participação do cantor e compositor inglês David Bowie, admirador assumido da música do Arcade Fire. James Murphy - mentor do desativado LCD SoundSystem - está envolvido na produção do álbum. O repertório do CD ainda é ignorado.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Quarto álbum do Arcade Fire, 'Reflektor' vai chegar às lojas em outubro
Reflektor é o título do quarto álbum do grupo canadense Arcade Fire. O lançamento do sucessor do CD The suburbs - um dos mais incensados álbuns de 2010 - está programado para 29 de outubro de 2013, em edição da Mercury Records que será distribuída via Universal Music.
sábado, 14 de julho de 2012
sábado, 3 de março de 2012
Arcade Fire divulga faixa inédita feita para trilha do filme 'Jogos Vorazes'
Enquanto não apresenta o sucessor do álbum The Suburbs (2010), o grupo canadense Arcade Fire divulga música inédita composta e gravada para a trilha sonora do filme The Hunger Games (Jogos Vorazes, no título em português). Feita em fevereiro de 2012, a gravação de Abraham's Daughter já está em rotação na internet. É a música que vai ser ouvida nos cinemas durante a exposição dos créditos finais do filme - cuja trilha sonora inclui também Horn of Plenty, música gravada pelo vocalista da banda, Win Butler, com sua mulher Régine Chassagne, cantora e multi-instrumentista, co-fundadora e integrante do septeto Arcade Fire.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Arcade Fire relança 'The Suburbs' em junho com duas músicas inéditas
Um dos grandes discos de 2010, The Suburbs - o terceiro álbum de estúdio do Arcade Fire - vai ser relançado em 27 de junho de 2011 em Deluxe Edition que inclui duas músicas inéditas do grupo canadense, Culture War e Speaking in Tongues. A reedição virá com DVD que exibe o curta-metragem Scenes from Suburbs, assinado pela banda, e making of da gravação do CD.
terça-feira, 15 de março de 2011
Grupo Arcade Fire vai gravar DVD no Haiti em show com músicos do país
O grupo Arcade Fire pretende gravar DVD no Haiti neste ano de 2011. A ideia do septeto canadense é documentar seus shows em várias partes do país e a interação da banda com músicos do Haiti. O fotógrafo inglês Leah Gordon - que editou em 2008 um livro sobre o país - foi convidado para assinar a direção do vídeo, sobre o qual ainda não se sabe mais detalhes.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Retrô 2010: Arcade Fire se agiganta ao retratar a desilusão dos subúrbios
Em ano marcado por poucos discos internacionais dignos de figurar entre os melhores de 2010, o Arcade Fire se agigantou ao radiografar a melancolia e a desilusão dos subúrbios em seu terceiro álbum, The Suburbs, lançado em agosto. O disco elevou o status do septeto canadense e inseriu o Arcade Fire no mainstream. Recorrendo com mais economia ao aparato instrumental que moldou seus dois primeiros álbuns, Funeral (2004) e Neon Bible (2007), o grupo optou por som mais pop e enxuto que realçou as primorosas letras em que a banda disserta sobre o entediado estado de espírito da juventude que vive nos arredores das metrópoles. The Suburbs falou com maestria de jovens atordoados com as cobranças internas e externas para se obter sucesso, fama, dinheiro e modernidade. É um grande disco do ano!!!
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