Dois álbuns históricos da cantora norte-americana Donna Summer - I remember yesterday (1977) e She works hard for the money (1983) - estão sendo reeditados esta semana nos Estados Unidos. Produzidas pelo selo norte-americano Culture Factory, as reedições são remasterizadas e reproduzem com fidelidade a arte dos LPs originais, como réplicas das edições em vinil. Quinto álbum de Donna, lançado em maio de 1977, em pleno apogeu da disco music, I remember yesterday foi o disco que trouxe a gravação original de I feel love (Donna Summer, Giorgio Moroder e Pete Bellotte), música que resiste bem ao tempo na cena eletrônica, ainda soando moderna quase 40 anos após sua gravação. No Brasil, a música-título I remember yesterday (Donna Summer, Giorgio Moroder e Pete Bellotte) - um hit na Europa antes mesmo de ser lançada como single - também se tornou bastante conhecida, tendo sido propagada na trilha sonora internacional da novela Espelho mágico (TV Globo, 1977). Já She works hard for the money - o 11º álbum de estúdio de Donna, lançado em maio de 1983 - foi o primeiro disco de Donna a fazer grande sucesso após o fim do reinado da disco music. Músicas feitas pela artista em parceria com o cantor e compositor norte-americano Michael Omartian, o reggae Unconditional love e a faixa-título She works hard for the money foram os hits deste disco já bem influenciado pela New Wave dos anos 1980. As reedições dos álbuns I remember yesterday e She works hard for the money já vão estar à venda em 18 de março.
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segunda-feira, 17 de março de 2014
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Aretha pretende gravar em janeiro álbum com 'covers' de Barbra e Donna
Voz emblemática do soul e do r & b que emergiu com força nos Estados Unidos nos anos 1960, a cantora norte-americana Aretha Franklin pretende gravar a partir de 1º de janeiro de 2014 disco com releituras de sucessos de outras cantoras dos EUA. Kenneth Edmonds (o Babyface) e Don Was figuram na produção capitaneada pelo executivo Clive Davis. Pela seleção inicial de Aretha, o sucessor de Aretha - A woman falling out of love (2011) vai trazer no repertório Last dance (Paul Jabara) - hit de Donna Summer (1948 - 2012) nas pistas de 1978 - e People (Jule Styne e Bob Merrill), sucesso que alavancou a carreira de Barbra Streisand em 1964. Se Aretha driblar os problemas de saúde enfrentados nos últimos três anos e finalizar o projeto, a cantora - hoje com 71 anos - vai lançar o 39º disco de estúdio de carreira iniciada já em 1956.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Ao remixar Summer, 'Love to love you Donna' reitera força dos originais
Resenha de CD
Título: Love to love you Donna
Artista: Donna Summer
Gravadora: Verve Records / Universal Music
Cotação: * * *
Título: Love to love you Donna
Artista: Donna Summer
Gravadora: Verve Records / Universal Music
Cotação: * * *
As gravações feitas por Donna Summer (1948 - 2012) nos anos 70 - geralmente formatadas pelos produtores e compositores Giorgio Moroder e Pete Bellotte (nome nunca mencionado na proporção de sua importância na carreira da cantora norte-americana) - passaram com folga na peneira do tempo. Embora gravitem em torno do globo espelhado da disco music, tais registros fonográficos já são definitivos e ainda explosivos quando jogados nas pistas. Até porque alguns - como a gravação original de I feel love (Donna Summer, Giorgio Moroder e Pete Bellotte), feita em 1977 - foram espantosamente revolucionários e inovadores para sua época. O que jamais invalida a intenção deste disco de remixes Love to love you Donna, idealizado para inserir a voz potente de Summer na cena dance atual. Recém-lançado no Brasil via Universal Music, o CD cumpre sua função, mas nem por isso deixa de soar irregular. Música que abriu as portas da fama para a artista, Love to love you baby (Donna Summer, Giorgio Moroder e Pete Bellotte, 1975) ressurge cheia de frescor em batida electro-funky formatada pelo italiano Moroder com o DJ norte-americano Chris Cox. O DJ e produtor holandês Afrojack também acerta o ponto do remix de outro clássico do repertório de Summer, I feel love (Donna Summer, Giorgio Moroder e Pete Bellotte, 1977), atualizando de fato esta gravação, também inserida pelo produtor britânico Benga no universo do dubstep (I feel love é a única música que ganha dois remixes no disco). Outro êxito vem da união do duo canadense Chromeo com o duo norte-americano Oliver. Hábeis ao remexer em Love is in control (Finger on the trigger) (Quincy Jones, Rod Temperton e Merria Ross, 1982), Chromeo & Oliver apresentam o mais pop dos 12 remixes de Love to love you Donna. Remix que - não por acaso - foi escolhido para anunciar em agosto de 2013 o lançamento do disco produzido por Dahlia Ambach Caplin com Randall Foster e posto nas lojas dos Estados Unidos em outubro. A imersão de Hot stuff na house - feita pelos DJs e produtores norte-americanos Eric Kupper e Frankie Knuckles - também merece menção honrosa. Em contrapartida, há remixes que já parecem fora de sintonia com o atual tempo dance. O DJ e produtor britânico Duke Dumont parece perdido em algum lugar dos passados anos 90 no remix de Dim all the lights (Donna Summer, 1979). Já a abordagem dub do grupo inglês Hot Chip para Sunset people (Pete Bellotte, Harold Faltermeyer e Keith Forsey, 1979) soa sonolenta com excesso de climas em atmosfera nublada. Por sua vez, o DJ filipino Ladiback Luke falha na missão (quase) impossível de trazer a épica MacArthur Park (Jimmy Web, 1968) para o universo clubber- até porque a eletrizante releitura feita por Summer em 1978, dentro do espírito da disco music, já parece ter esgotado as possibilidades do tema nas pistas. No fim, Love to love you Donna apresenta sobra do último álbum de Summer, Crayons (2008). La dolce vita reúne Summer com o seu mentor Giorgio Moroder, mas faixa não chega a empolgar. Assim como este disco de remixes também não chega a empolgar. Embora cumpra a sua função (com mais altos do que baixos), Love to love you Donna reitera a soberania das - inebriantes - gravações originais de Summer.
sábado, 12 de outubro de 2013
'Love to love you Donna' apresenta 12 remixes de sucessos de Summer
Nas lojas dos Estados Unidos a partir de 22 de outubro de 2013, em edição da Verve, e já com lançamento agendado no Brasil para novembro, o CD Love to love you Donna apresenta 12 remixes inéditos de gravações de Donna Summer (31 de dezembro de 1948 - 17 de maio de 2012). O título Love to love you Donna cita o sucesso Love to love you baby (1975), reciclado por Giorgio Moroder em remix de Chris Cox (Moroder foi o produtor e compositor que - ao lado do menos lembrado parceiro Pete Bellotte - formatou as principais músicas da cantora norte-americana). I feel love (1977) é rebobinado duplamente na coletânea em remixes de Afrojack e Benga. Já Last dance (1978) foi reembalado para as pistas atuais por Masters at Work enquanto Bad girls (1979) volta no Gigamesh Remix. La dolce vita une Donna e Moroder.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Voz imponente da 'disco music', Donna Summer sai de cena aos 63 anos
É impossível analisar o impacto da obra de Donna Summer (31 de dezembro de 1948 - 17 de maio de 2012) no universo pop sem recorrer ao clichê de rotular a cantora norte-americana como a rainha da disco music. Sim, Summer reinou mesmo na era dos embalos noturnos dos anos 70, década do apogeu dos artistas associados à disco music. Contudo, se a febre disco logo passou, abrindo caminho para a New Wave e o Tecnopop dos anos 80, a obra de Summer ainda permanece na pista por sua arquitetura sedutora - efeito da conexão da cantora com os produtores Giorgio Moroder e Pete Bellotte (este bem menos lembrado, mas tão importante na formatação das gravações de Summer quanto Moroder) - e pela voz potente e imponente da artista. Uma década antes de Madonna jogar o sexo na pista, Donna Summer já erotizara o universo dance em 1975 com a orgiástica gravação de Love To Love You Baby (Donna Summer, Giorgio Moroder e Pete Bellotte), hit mundial que alavancou a carreira da então desconhecida cantora nascida em Boston (EUA) que se influenciou pelo som negro propagado pelos discos da gravadora Motown e que, em 1974, lançara seu primeiro álbum, Lady of the Night. Dois anos após o estouro da sensual Love to Love You Baby, em 1977, Donna Summer gravou um de seus clássicos já atemporais, I Feel Love (Donna Summer, Giorgio Moroder e Pete Bellotte), cuja batida inebriante contagiou nomes como Madonna, David Guetta e Moby - somente para citar alguns que samplearam gravação que ainda soa moderna, 35 anos após seu lançamento. Sucesso em todas as pistas e rádios em 1978, Last Dance (P. Jabara) exemplifica a habilidade de Donna Summer - e as de Moroder e Bellotte - para reprocessar o som negro com a batida pop e esbranquiçada da disco music. Por ter voz poderosa, Donna podia gravar - como de fato gravou - temas como MacArthur Park (Jimmy Webb - em eletrizante voltagem de disco music) e Don't Cry For me Argentina (Andrew Lloyd Webber e Tim Rice, lançado em 1978 e rebobinado pela diva em 1981) sem parecer uma estranha no ninho da música mais rebuscada. Tanto que Donna encarou sem medo um dueto com Barbra Streisand em No More Tears (Enough Is Enough) (Jabara e Roberts), faixa de seu álbum On the Radio (1979). Em 1980, ao deixar a gravadora Casablanca, sintomaticamente quando a disco music já começava a agonizar na pista, Donna nunca mais viveu uma fase tão duradoura de sucesso. Em 1983, com o álbum She Works Hard For The Money, a diva até se jogou na praia do reggae e da New Wave, emplacando hits como Unconditional Love (Donna Summer e Omartian) e a música que deu título ao disco. Mas o sucesso começou a rarear e Donna - para sobreviver - começou a viver de seu passado, embora lançasse volta e meia um álbum de inéditas. O último a alcançar real repercussão foi Another Place in Time (1989), no qual Summer se uniu ao trio de hitmakers Stock, Aitken e Waterman, fornecedores de repertório para artistas como Ricky Astley. Músicas como Breakaway e This Time I Know It's for Real bombaram. Contudo, a rigor, Crayon (2008) foi o último álbum de Summer, sua last dance. A intensa repercussão mundial da morte da cantora neste triste 17 de maio de 2012 - aos 63 anos, vítima de câncer - somente reitera o fato de que a música de Donna Summer vai continuar viva, pois, ainda que datada e associada definitivamente à era das discotecas, é uma música dançante de alto nível, gravada por excelente cantora que nunca precisou se esconder atrás das batidas de seus produtores. Donna Summer tinha voz. E deu voz à disco music como nenhuma outra cantora e, por isso, hoje - mais do que nunca... - é inevitável o clichê de rotulá-la como a rainha dos embalos noturnos das sextas-feiras (Thank Got It's Friday é o título do filme de 1978 que a lançou como atriz de cinema) e dos sábados dos anos 70. Um reinado que atravessou gerações.
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